Mais um ingênuo PM morre por total despreparo acadêmico…Não é herói, é mais um mau exemplo de desprezo pela vida dos policiais brasileiros 99

Sinto orgulho por ele ter sido policial, diz pai de PM morto em assalto

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em Pirassununga (SP)

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  • Mirthyani Bezerra/UOL

    Elton foi enterrado no Cemitério Municipal de Pirassununga, sua cidade natal

    Elton foi enterrado no Cemitério Municipal de Pirassununga, sua cidade natal

O corpo do cabo da Polícia Militar Elton Ricardo Cunha, 38, morto durante um assalto dentro de um ônibus em São Paulo, foi enterrado na manhã deste sábado (21), no Cemitério Municipal de Pirassununga (216 km da capital paulista).

Cerca de 200 pessoas, entre parentes, amigos e colegas de farda foram à cidade natal de Elton para se despedir dele. Dois ônibus com colegas do 1ª Cia do 7º BPM saíram de São Paulo com destino ao enterro.

A família estava bastante abalada com a tragédia. A irmã mais velha dele, que se identificou como Elen à reportagem, disse que o irmão era uma pessoa muito querida e sonhadora.

“A gente sabe que vai acontecer, mas nunca espera que seja da forma que foi”, disse emocionada abraçada a uma amiga da família.

Reprodução

À paisana, Elton reagiu ao assalto e foi atingido por cinco tiros dentro do ônibus

À paisana, Elton reagiu ao assalto e foi atingido por cinco tiros dentro do ônibus, que fazia a linha que ele pegava todos os dias para ir ao trabalho.

Outras duas pessoas morreram na ação, incluindo um dos dois assaltantes. Um suspeito foi preso no dia seguinte.

“Sinto orgulho por ele ter sido um policial militar”, disse o pai de Elton, o agricultor Benedito Cunha, 64, bastante emocionado.

Segundo ele, Elton não costumava ir com frequência a Pirassununga por causa da profissão.

Elton era formado em Direito e foi morar em São Paulo quando passou no concurso da PM, há 14 anos.

No mesmo ano conheceu a mulher, Cristina, em São Paulo, quando começara a namorar. Há três anos, os dois se casaram e não tinham filhos. O casal vivia em um apartamento em Diadema.

O primo Valdenir Aparecido Ferreira, 56, contou sobre uma ceia de Natal há dois anos, quando o Elton disse que estava planejando prestar concurso para a Polícia Civil.

“Ele era um sonhador. Desde que se formou em direito, dizia que queria ser delegado. Ele entrou na PM, queria conquistar o espaço dele. Temos certeza que ele fez o que gostava de fazer e foi mais um guerreiro morrendo por cumprir a sua missão, que era proteger as pessoas”, disse.

PM se sente na obrigação de agir, diz comandante

O comandante do Policiamento da Área Metropolitana da PM de São Paulo, coronel Temístocles Telmo, disse que, como policial militar, Elton foi formado para defender a sociedade e reagiu ao assalto por causa dessa missão.
“Mesmo estando de folga, o PM se sente na obrigação de agir. E não foi diferente com ele. Ele era um bom policial, dedicado, conceituado”, disse.
O coronel afirmou que o sentimento da corporação é de dor. “Nenhum comandante deseja passar por um momento desses. Elton era como um filho”, disse.

O PM atuava na região central da capital paulista e atualmente trabalhava na praça Roosevelt, na Consolação.

Investigações

Um laudo da PM apresentado à Polícia Civil no início da noite desta sexta-feira (20) apontava sete elementos probatórios entre as imagens captadas do assalto que terminou com três mortos do ônibus em que o cabo Cunha foi morto e o suspeito preso, Raphael Teleforo Barbosa, 24.

O laudo foi enviado para a Justiça, que, em audiência de custódia realizada neste sábado (21), converteu o flagrante em prisão preventiva. Ele deve ficar em um CDP (Centro de Detenção Provisória) até ser julgado pelo caso.


Qualquer polícia civilizada de país civilizado não trata seus membros como simples coisas substituíveis.

A regra de ouro em qualquer situação crítica: PRESERVAÇÃO DA VIDA DOS POLICIAIS.

Nenhum policial de nenhuma polícia de elevado padrão de eficiência sacrifica a própria vida para impedir crimes patrimoniais.

Pura e simplesmente deixam que os criminosos executem o roubo!

Prendê-los, posteriormente, será uma questão de tempo… Dias, meses ou anos, pouco importa!

A única preocupação é com a vida!

Desde os anos 1970 as grandes polícias evitam o confronto, mas as brasileiras continuam disseminando essa doutrina.

Pior: inoculando a mentira de que o policial deve agir 24 horas por dia.

E alguns ingênuos acreditam!

Morrem por nada, por ninguém e sem direito a nada.

Fechada a tumba deles ninguém mais lembrará, salvo seus entes queridos que sofrerão eternamente.

Alguns com muito orgulho de o filho ter morrido pela polícia…

Deveria é ter vergonha!