Litisconsórcio Delinquencial entre políticos, lideranças criminosas e policiais 51

Interessante a forma como determinadas autoridades se insurgiram com as declarações do Ministro da Justiça sobre a promiscuidade entre comandantes e dirigentes policiais, políticos e crime organizado.

Logicamente que toda generalização é burra e deve ser evitada, mas o conteúdo das declarações não traz nenhuma novidade e, para a infelicidade de todos os cidadãos de bem deste país, não é pontual do Rio de Janeiro, mas fenômeno pulverizado por todos os Estados Membros da Federação.

Existe uma enorme ingerência política na estrutura organizacional das forças de segurança estaduais. O chamado “critério técnico” para promoção por merecimento, para atribuição de direção de departamento, de seccional, de distrito policial na polícia civil NUNCA EXISTIU e o mesmo deve ocorrer em relação aos comandos dos batalhões da polícia militar. O pretendente, necessariamente, precisa ter um padrinho político para avalizá-lo. Este, na maioria das vezes, é patrocinado com generosas colaborações advindas de bicheiros, maquineiros, donos de puteiros, de desmanches ilegais, de bingos e de diversas outras atividades ilegais e morais que cabe a polícia reprimir mas não o faz para preservar a fonte de custeio do padrinho, o “falso” caixa dois, pois na verdade toda essa vantagem indevida vai mesmo para o bolso desses políticos ladrões que nos governam. A coisa funciona mais ou menos assim.

Esse negócio que não existe militar corrupto, só se for em outro país. Está aí o Coronel Batista que não me deixa mentir. Está aí o enorme esquema de fraudes em licitações da PM de São Paulo que subtraiu milhões dos contribuintes deste Estado.

Polícia, Corrupção e Política andam de mãos dadas já não é de hoje neste país.

E o Ministério Público? Como sempre, só atua se cair no colo ou apertar no seu calcanhar. Mais de uma década de roubalheira no Rio de Janeiro e nunca ouvi dizer de qualquer atuação do MP local contra a improbidade administrativa instalada.

Isso é Brasil.

escrito por :  Dr. amigo da Brigadeiro Tobias 9º andar .

E do governo federal chefiado por Presidente da República corrupto que está acertado com 251 deputados federais, o ministro não diz nada? 10

Comando da PM no Rio é acertado com deputado estadual e crime, diz ministro

Josias de Souza

O ministro Torquato Jardim (Justiça) faz um diagnóstico aterrador do setor de segurança pública no Rio de Janeiro. Declara, por exemplo, que o governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá, não controlam a Polícia Militar. Para ele, o comando da PM no Rio decorre de “acerto com deputado estadual e o crime organizado.” Mais: “Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio.”

Torquato declara-se convencido de que o assassinato do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, que comandava o 3º Batalhão da PM carioca, no bairro do Méier, não foi resultado de um assalto. ”Esse coronel que foi executado ninguém me convence que não foi acerto de contas.” O ministro conta que conversou sobre o assunto com o governador e o secretário de Segurança do Rio. Encontrou-os na última sexta-feira, em Rio Branco (AC), numa reunião com governadores de vários Estados.

“Eu cobrei do Roberto Sá e do Pezão”, relata Torquato. Entretanto, os interlocutores do ministro reiteraram que se tratou de um assalto. E o ministro: “Ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana [em verdade, o oficial da PM estava fardado], num carro descaracterizado. O motorista era um sargento da confiança dele.”

Na avaliação do ministro da Justiça, está ocorrendo uma mudança no perfil do comando da criminalidade no Rio. “O que está acontecendo hoje é que a milícia está tomando conta do narcotráfico.” Por quê? Os principais chefões do tráfico estão trancafiados em presídios federais. E o crime organizado “deixou de ser vertical. Passou a ser uma operação horizontal, muito mais difícil de controlar.”

Ao esmiuçar seu raciocínio, Torquato declarou que a horizontalização do crime fez crescer o poder de capitães e tenentes da política. “Aí é onde os comandantes de batalhão passam a ter influência. Não tem um chefão para controlar. Cada um vai ficar dono do seu pedaço. Hoje, os comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio.”

Torquato diz acreditar que o socorro do governo federal ao Rio, envolvendo as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária, vai atenuar os problemas. Mas “a virada da curva ficará para 2019, com outro presidente e outro governador. Com o atual governo do Rio não será possível.”

O ministro relata: “Nós já tivemos conversas —ora eu sozinho, ora com o Raul Jungmann [ministro da Defesa] e o Sérgio Etchegoyen [chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência]—, conversas duríssimas com o secretário de Segurança do Estado e com governador. Não tem comando.”