Câmara articula CPI dos supersalários de juízes e procuradores; líderes temem ‘declaração de guerra’ 7

POR PAINEL

Turma do fundão Enquanto parte da Câmara luta pela harmonia com o Ministério Público, deputados começam a falar em coletar assinaturas para criar uma CPI dos Supersalários logo na volta do recesso. O movimento na Casa ainda é difuso.

Geral, mas restrito O foco seriam procuradores e juízes, mas integrantes do Executivo e do Legislativo entrariam no escopo para evitar a ideia de perseguição. Líderes tratam o tema com cautela. Dizem que a CPI equivaleria a uma declaração de guerra.

Olho por olho A decisão da Justiça em São Paulo na última semana de cortar o reajuste dos vereadores da capital, concedido por eles próprios, incendiou parte da bancada paulista em Brasília.

Um Comentário

  1. Fiz minha tese de mestrado baseado no funcionalismo de vários paises europeus; não ha muitas faixas de salários de servidores, no maximo umas 6, ou seja, quem possui um emprego de baixa escolaridade, ganha cerca de 17% do salario de um juiz, que exige nivel superior.
    Aqui nessa republiqueta, tomamos como exemplo no funcionalismo estadual: um agente de organização escolar, de nivel medio, ganha, em media, 1000 reais, e um oficial de justiça, ganha em torno de 12000 mensais, isso que oj era de nivel médio ate ha algum tempo.

    Ou seja; mesmo patrão, mesma maquina e o aos AG de org escolar e ofertado em torno de 8% do oficial de justiça.

    Agora pra demonstrar a disparidade, um aoe – que agora vocês estão familiarizados – ganha 1000 reais, juiz ganha em media 60 mil mensais, ou seja, menos de 2% desse salario e o recebimento mensal dos servidores da educação. No cargo de agente de org escolar.

    Quero mostrar com isso, que precisamos de uma organização mais justa, mais distributiva, pois o funcionalismo não pode ter varias faces e varias disparidades salariais. Crescimento significa também uma distribuicao de renda mais justa no funcionalismo, pois ela significa o estado, e o estado tem que ser justo, fraterno.

    Curtir

  2. Oi Dr. Guerra, uma sugestão de post. Um bom artigo escrito pelo Gilmar Mendes!

    É hora de acabar com vantagens ilegais de juízes e MP e frear o corporativismo

    ImprimirEnviar7922615
    28 de dezembro de 2016, 10h35
    Por Gilmar Mendes

    *Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (28/12).

    Os pensadores que se propuseram a ensaiar explicações abrangentes sobre a formação de nosso país, de um modo ou de outro, afirmaram as características da colonização portuguesa e o ranço patrimonialista que dela herdamos.

    Em seu ensaio sobre o segundo escalão do poder no Império, Antonio Candido afirma que uma das formas de ascensão social no Brasil estava na nomeação para cargo público, o que aproximava o funcionário dos donos do poder, dava-lhe amplo acesso à burocracia, propiciando-lhe, assim, proteção institucional de direitos, interesses e privilégios.

    Claro que a crítica se centrava na nomeação de apaniguados, muitas vezes não habilitados para o exercício das funções públicas. A nova ordem constitucional procurou, por meio da regra do concurso público, prestigiar o mérito para a investidura no serviço.

    Ocorre que isso acabou por alimentar a capacidade organizacional das categorias de servidores, situação institucional facilitadora da conquista de direitos e privilégios, muitas vezes em detrimento da maioria da sociedade civil, a qual não conta com o mesmo nível de organização.

    Infelizmente, a Constituição de 1988 não encerrou esse ciclo. Conta-se que Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, costumava dizer que o constituinte foi tão generoso com o Ministério Público que o órgão deveria ver o Brasil com os olhos de uma grande nação amiga.

    Na prática atual, no entanto, os altos salários, muitas vezes inaceitavelmente acima do teto constitucional, e os excessos corporativistas dos membros do Parquet e do Judiciário nos levam a enxergar a presença de um Estado dentro do Estado, obnubilando, por um lado, a divisão de tarefas entre as instituições, que deveria viabilizar o adequado funcionamento do governo, e escancarando, por outro, o crescente corporativismo que se revela a nova roupa do nosso velho patrimonialismo…….. (Cont..)

    Curtir

  3. Quem vai ganhar com isso pode ter certeza que somos nós. Que inicie a partida, bola no campo, muitas substituições vão ter.

    Curtir

  4. Quem ganhará essa serão eles mesmos!!!! Chegarão a um acordo e pronto. Somente quem não consegue nada somos nós mesmos!!!! Salários incompatíveis com a função, auxilio alimentação irrisório, quase um terço do salário para o plano de saúde ( se eu dependesse do servidor quando precisei, não estaria mais aqui), carga excessiva devido à falta de mão de obra……lá eles não sabem o que é isso!!!!!

    Curtir

Os comentários estão desativados.