Bandeira de campanha de um certo F.P. : 7.514 procedimentos contra policiais civis, que vão de descumprimento de horário até desvios graves de comportamento, chegando a 72 demissões, 9 exonerações e 579 punições 51

Ferreira Pinto é candidato ao cargo de Deputado Federal peloEstado de São Paulo pelo PMDB.

Nascido no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto é formado em Direito e já foi tenente e capitão da Polícia Militar. Promotor de Justiça desde 1979, já trabalhou também como assessor da Corregedoria-Geral do Ministério Público.

Assumiu em 2009 a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, após os ataques promovidos pelos criminosos do grupo intitulado de Primeiro Comando da Capital, mais conhecido como PCC.

Assim que iniciou seu mandato como secretário garantiu que nenhum funcionário envolvido em denúncias graves ficaria à frente de cargos de confiança e até março de 2010 tinha instaurado 7.514 procedimentos contra policiais civis, que vão de descumprimento de horário até desvios graves de comportamento, chegando a 72 demissões, 9 exonerações e 579 punições.

Chance de derrota de Dilma anima mercados 47

CORREIO BRAZILIENSE
19 Ago 2014

CONUNTURA »
Bolsa avança e dólar recua diante da possibilidade de a presidente não se reeleger. Com a economia em ritmo lento, analistas reduzem para 0,79% a previsão de crescimento do PIB neste ano e continuam vendo a inflação perto do teto da meta
» DECO BANCILLON
» ROSANA HESSEL

A reviravolta no quadro eleitoral, que agora tem a ex-senadora Marina Silva (PSB) à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) num provável segundo turno, animou o mercado financeiro ontem. A possibilidade de que a petista perca as eleições, que ainda não estava tão clara no radar dos analistas de bancos e de corretoras, deixou os investidores eufóricos. O resultado foi que a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) avançou 1,05% e o dólar recuou 0,27%, para R$ 2,26 — um movimento que se repete sempre que a presidente aparece em desvantagem nas pesquisas.

“O recado do mercado parece claro: não importa quem vença as eleições, desde que não seja Dilma Rousseff”, analisou o economista-chefe de um grande banco de investimentos. A rejeição à petista reflete a desaprovação do setor privado a políticas implementadas pelo governo, especialmente nos setores de energia e petróleo, que mais sofrem com o intervencionismo do Planalto. Mas expressam também a insatisfação cada vez maior com os fracos resultados da atual administração, marcada por inflação em patamar elevado e baixíssimo crescimento da produção, uma combinação que a maioria dos economistas atribui a erros na condução da política econômica.

Ontem, por exemplo, os analistas ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central, reduziram pela 12ª semana consecutiva a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A estimativa recuou de 0,81%, na semana passada, para apenas 0,79%. Enquanto isso, a expectativa para a inflação mal saiu do lugar: passou de 6,26% para 6,25%.

“O mercado está convencido de que a economia trilha um caminho sem volta de baixo crescimento. Há uma sucessão de notícias ruins que tem feito os analistas continuarem cortando suas projeções”, disse o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal.

Espaço

Não surpreende, assim, a reação da bolsa à possibilidade de a presidente não ser reeleita. Ontem, tão logo foi divulgada a pesquisa do Instituto Datafolha, que mostrou Marina com 47% das intenções de voto numa disputa de segundo turno com Dilma, que ficaria com 43%, a bolsa começou a subir. Investidores mostraram especial interesse pelas ações da Eletrobras e da Petrobras, estatais que, segundo acredita o mercado, teriam mais espaço para obter melhores resultados num governo de Marina ou de Aécio Neves (PSDB).

 Já no início da manhã, os papéis da estatal Eletrobras avançavam quase 2%. Os da Petrobras subiam mais de 3%, apesar de já terem ganhado mais de 8% no pregão da última sexta-feira. A euforia contagiou os investidores estrangeiros. Mesmo antes da abertura do mercado brasileiro, por volta das 10h, as ações da Petrobras já mostravam elevação de quase 2% na Bolsa de Nova York. No fim do dia, porém, os papéis da petroleira fecharam com alta mais modesta, de 1,11%. A Eletrobras terminou o pregão com queda de 0,44%.

Cautela

Ainda que a substituição de Eduardo Campos, morto na semana passada, por outro candidato que não seja Marina não esteja nos cenários dos analistas, o mercado mantém certa cautela em relação à candidatura da ex-senadora, que ainda não foi oficializada. “Existe alguma apreensão em relação às posições de Marina em questões ambientais e diante do agronegócio”, assinalou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. “Ela tem uma perspectiva bastante regulatória nessas áreas e poderia causar muito estresse não só com a bancada ruralista no Congresso como com os empresários do setor de energia, que também ficariam bastante apreensivos com regras mais duras.”

Não por acaso, tão logo o mercado digeriu a possibilidade de Marina ser eleita, as ações de empresas que poderiam ser expostas a uma política ambiental mais dura passaram a reverter os ganhos da sessão. O cenário talvez fosse diferente, avaliou a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, se o candidato que estivesse à frente nas pesquisas fosse Aécio Neves.

“O tucano veio com a ideia de melhorar institucionalmente a relação do governo com o agronegócio, criando uma pasta que concentraria todas as políticas para o setor, numa espécie de superministério”, disse. Para a maioria dos analistas ouvidos pelo Correio, o senador é o candidato que mais agrada ao mercado, por defender políticas consideradas mais amigáveis ao capital. “A impressão é de que Aécio tentará montar um time de notáveis no governo, e isso anima bastante os investidores”, afirmou.

Confiança desaba

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) registrou 46,5 pontos em agosto, seis a menos do que no mesmo período do ano passado. O indicador ficou ainda muito aquém da média histórica de 57,4. Os valores do ICEI variam de zero a cem. Abaixo de 50 pontos revelam falta de confiança do empresário. Entre os 27 setores pesquisados, o índice ficou acima dos 50 pontos somente nas indústrias farmacêutica, de alimentos e de bebidas.

O califado petista 29

O califado petista
19 Ago 2014

Arnaldo Jabor – O GLOBO

As eleições para presidente não serão “normais” – apenas uma disputa entre dois partidos para ver quem fica com o poder. Não. Trata-se de uma batalha entre democratas e não democratas. Está na hora de abrirmos os olhos, porque está em curso o desejo de Dilma e seu partido de tomar o governo para mudar o Estado. Não tenho mais saco para tentar análises políticas sobre a “não política”. Não aguento mais tentar ser “sensato” sobre a insensatez. Por isso, só me resta fazer a lista do que considero as doenças infantis do petismo, cuja permanência no poder pode arrasar a sociedade brasileira de forma irreversível.

O petismo tem a compulsão à repetição do que houve em 1963; querem refazer o tempo do Jango, quando não conseguiram levá-lo para uma revolução imaginária, infactível. Os petistas querem a democracia do Comitê Central, o centralismo democrático, o eufemismo que Lênin inventou para controlar Estado e sociedade. Eles não confiam na “sociedade”; só pensam no Estado, na interferência em tudo, no comportamento dos bancos, nos analistas de mercado e principalmente no velho sonho de limitar a liberdade de opinião. Assinam embaixo da frase de Stálin: “As ideias são muito mais poderosas do que as armas. Nós não permitimos que nossos inimigos tenham armas, por que deveríamos permitir que tenham ideias?”. Nossa maior doença – o Estado canceroso – será ignorada e terá uma recaída talvez fatal. Não fazem autocrítica e não querem ser criticados. A teimosia de Dilma é total – vai continuar errando com galhardia brizolista. Sua ideologia é falha, mal assimilada nessa correria sindicalista e pelega. Até agora governaram um país capitalista com regras e métodos anticapitalistas – dá no desastre econômico a que assistimos. Eles odeiam a competência. Acham que administrar é coisa de burguês – vejam o estrago atual. Acham que planejam a História, que “fazem” a História. Por isso, adotaram a mui útil “mentira revolucionária”. Assim, podem ocultar tudo da sociedade para o “bem dela”. Aliaram-se ao que há de pior entre os reacionários brasileiros e vivem a volúpia de imitá-los, com um adorável Frisson perverso ao cometerem malfeitos para “fins justos”. Aliás nem sabem o que são seus “fins”; têm uma vaga ideia de “projeto” que não passa de um sarapatel de “gramscianismo” vulgar com getulismo tardio e um desenvolvimentismo dos anos 1960. Foi assim que criaram a “roubalheira de esquerda”, que chamam de “desapropriação” de dinheiro da burguesia. Isso justificou o mensalão, feito para eleger Dirceu presidente em 2010. Fracassaram. Aliás, o PT abriga muitos fracassados porque, ao se dizerem “revolucionários” sentem-se superiores a nós, os alienados, os neoliberais, os direitistas, os vendidos ao imperialismo.

Não entendem o mundo atual e continuam com os pressupostos de uma política dos anos 1930 na URSS. Leiam os livros do período e constatem se um Gilberto Carvalho não pensa igualzinho ao Molotov. Para eles, a oposição é a união da “burguesia” contra o “povo” . No entanto, quem se aliou à pior burguesia patrimonialista foram eles; ou Sarney, Renan, Jucá, Maluf e Severino do macarrão são bolcheviques? Petistas só pensam no passado como vítimas ou no futuro como salvadores e heróis. O presente é ignorado, pois eles não têm reflexão crítica para entendê-lo. Adoram estar num partido que pensa por eles. Dá um alívio não ter de pensar – só obedecer. A mediocridade sonha com o futuro onipotente. A morte súbita de Eduardo Campos pirou os “hegelianozinhos de pacotilha” que descobriram que a História é intempestiva e não obedece ao Rui Falcão. Agora, rumam em massa para Pernambuco para elogiar quem chamavam de “traidor e menino mimado”.

Querem criar os tais “conselhos” sociais, para adiar os problemas, fingindo uma “humildade democrática” para “ouvir” a população, de modo a ocultar seu autoritarismo renitente. Vivem a ideia de um futuro socialista como o substituto do sonho de “imortalidade” dos cristãos. Comunista não morre; vira um conceito. O homem é um ser social, e o “ser social” nunca morre. Para eles (e para o Kim da Coreia do Norte), o indivíduo é uma ilusão que criou essa dor melodramática. Quem morre é pequeno-burguês. Muitos intelectuais e artistas que sabem dessas doenças infantis preferem cavalgar o erro a mudar de ideia. Consola a consciência ter uma estrelinha vermelha pendurada na alma.

Os petistas têm uma visão de mundo deturpada por conceitos compartimentados e acusatórios: luta de classes, vitimização, culpados e inocentes, traidores e traídos. Acham que a complexidade é um complô contra eles, acham a circularidade inevitável da vida uma armação do neoliberalismo internacional. Confundem simplicidade com simplismo. Nunca fazem parte do erro do mundo; sentem-se superiores a nós, tocados pelo dedo de Deus.

Agora, no mundo modificado pelo fim do socialismo real, pelos impasses do Oriente Médio, pela crise financeira do capitalismo, pela revolução digital, sentem falta de uma ideologia que os justifique e absolva. E como não existe nenhuma disponível (social-democracia, nem pensar…), apelam para o tosco bolivarianismo que nos contamina aos poucos. É inacreditável como batem cabeça para ditadores e criminosos, de Ahmadinejad a Maduro, de Putin a Fidel, tudo em volta do fascismo populista de Chávez.

Dilma se acha Brizola, Lula imita Getúlio: nacionalismo, manipulação da liberdade, ódio a estrangeiros, desconfiança dos desejos da sociedade. Nada pior do que o brizolismo-getulista neste momento do país. Estávamos prontos para decolar no mundo contemporâneo, mas seguraram o avião e voltamos para trás.

Por isso, repito a frase oportuna de Baudrillard:

“O comunismo, hoje desintegrado, tornou-se viral, capaz de contaminar o mundo inteiro; não através da ideologia, nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de desfuncionamento e da desestruturação da vida social”.

Este é o perigo.

Inquérito policial eletrônico 20

Polícia Civil investe na tecnologia e contingente

Entre as iniciativas está o inquérito policial eletrônico
Luiz Maurício Souza Blazeck, delegado-geral da Polícia Civil – ADIVAL B. PINTO

Míriam Bonora
miriam.bonora@jcruzeiro.com.br

O uso da tecnologia e a reposição de funcionários na Polícia Civil são as principais medidas para combater o aumento da criminalidade na região de Sorocaba e em todo o estado. A afirmação é do delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Luiz Maurício Souza Blazeck, que esteve na última terça-feira em Sorocaba, no auditório da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), para uma palestra com delegados da cidade e da região.

Sobre o aumento dos homicídios, roubos e furtos de veículos na região de Sorocaba, registrados pelas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Blazeck argumenta que esse crescimento ocorreu também em outras regiões do estado e do país. Dentre as ações da Polícia Civil para combater esses índices, ele cita o uso da tecnologia, com a delegacia eletrônica, já implantada, o disque denúncia, o web denúncia e o programa estadual de recompensas. “Estamos buscando agora o uso da tecnologia para a investigação, como os sistemas alfa e fênix, e o próprio detecta”. Outra medida será o inquérito policial eletrônico, que deve ser aliado ao processo eletrônico para trazer economia, eficiência e aumento do nível de informações.

O delegado-geral comentou também sobre a reposição de funcionários da Polícia Civil. Ele lembra que uma nova lei, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), está em vigor desde o início deste mês e deve agilizar a chegada de novos profissionais, reduzindo o tempo entre a realização dos concursos e a formação dos policiais. “Há uma nova política para descentralizar a formação de policiais civis. O núcleo da Academia de Polícia Civil de Sorocaba já está cuidando da formação de novos policiais nas carreiras de investigador e escrivão de polícia”, acrescenta.

Fonte:

 JORNAL CRUZEIRO DO SUL – SOROCABA