Pesquisa Ibope aponta reeleição de Alckmin no primeiro turno 46

O ESTADÃO

Redação

quarta-feira 30/07/14

Soma dos percentuais dos adversários atinge apenas 21% das intenções de voto, enquanto governador tem 50%

Daniel Bramatti

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 50% das intenções de voto e seria reeleito no primeiro turno se as eleições fossem realizadas hoje, segundo pesquisa Ibope divulgada pelo SP TV, da Rede Globo.

Em segundo lugar na corrida estadual está o candidato do PMDB, Paulo Skaf, com 11% das preferências. Já o petista Alexandre Padilha aparece com 5%. Os demais candidatos, somados, chegam a 5%.

Com isso, a soma dos porcentuais dos adversários de Alckmin atinge 21%, taxa insuficiente para levar a disputa para o segundo turno. Alckmin será reconduzido ao cargo já na primeira rodada da eleição se obtiver maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, mais do que a soma dos rivais.

O Ibope também entrevistou os eleitores sobre a avaliação que fazem do governo estadual. Para 40%, a administração de Alckmin é boa ou ótima. Outros 38% consideram o governo regular, e 19%, ruim ou péssimo.

A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 26 e 28 de julho, por encomenda da Rede Globo. Foram feitas 1.512 entrevistas em todas as regiões do Estado. A margem de erro máxima é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número SP-00013/2014 .

Skaf faz declaração de amor à PM e esquece dos policiais civis 37

Skaf se declara à PM de São Paulo, mas evita fazer promessa a oficiais:
Candidato a governador de São Paulo, o empresário Paulo Skaf (PMDB) se declarou nesta quarta-feira (30) à Polícia Militar de São Paulo em evento com oficiais, mas evitou fazer promessas, embora tenha sido questionado a respeito e assistido a uma apresentação de meia hora com reivindicações que iam de reajuste salarial ao fim da Operação Delegada, conhecida como “bico oficial”.
Ao lado do candidato ao Senado Gilberto Kassab (DEM), Skaf foi recebido pela Coordenadoria de Entidades Representativas dos Policiais Militares do Estado (CERPM) em sua sede na zona norte de São Paulo. Ele ouviu a comparação do salário médio do PM paulista (R$ 3,4 mil) com o do Distrito Federal (R$ 5,2 mil) e a dimensão de oficiais para cada habitante. Enquanto em São Paulo ela é de um PM para 700 habitantes, na capital federal essa proporção é de um policial para 189 pessoas.

Obstáculo: Skaf é desconhecido para 80% dos eleitores de pequenas cidades paulistas

Durante uma apresentação de quase meia hora, Skaf ouviu críticas à Operação Delegada, que utiliza mão de obra de policiais em horário de folga. Segundo a CERPM, a elevada carga horária e a baixa remuneração comprometem o policial “física e psicologicamente”.

Depois dessa apresentação, Skaf foi convidado a falar. Apesar de ter sido perguntado duas vezes sobre suas propostas, ele preferiu não se comprometer com nenhuma demanda, apenas com a “valorização profissional”.
O candidato substituiu as promessas por uma declaração: “Se eu viesse com sonhos, sem realidade, seria uma enganação, mas podem contar que valorizo a PM e me orgulho muito dela”, afirmou: Vocês não precisam me convencer de nada. A Polícia Militar mora aqui do lado esquerdo”, completou, dando tapinhas sobre o peito.

Skaf também evitou criticar o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), função que coube ao deputado estadual Olímpio Gomes. “Quem é o maior adversário da população, o PCC ou o Geraldo Alckmin? Ele não cumpre o que assina.”

MATÉRIA DO IG DE HJ .

ESTE SE GANHAR É CHEQUE MATE NA POLICIA CIVIL .. AVISE A FAMÍLIA OS AMIGOS , OS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE ,REPASSE AO MAXIMO DE ELEITOR POSSÍVEL , NÃO VAMOS ENTREGAR SÃO PAULO.

Pesquisa diz que 77,2% dos policiais são a favor da desmilitarização da PM 44

Fabiana Maranhão
Do UOL, em São Paulo

30/07/201411h09 > Atualizada 30/07/201412h16

  • Paulo Whitaker/Reuters – 20.jul.2012

    Policiais militares participam de cerimônia de formatura no centro de São PauloPoliciais militares participam de cerimônia de formatura no centro de São Paulo

Uma pesquisa feita com policiais de todo o país, lançada nesta quarta-feira (30) em São Paulo, revelou que a maioria diz ser a favor da desmilitarização da PM. Ainda segundo o estudo, um terço dos policiais brasileiros pensa em sair da corporação na qual trabalham.

O estudo foi realizado com 21.101 policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e peritos criminais de todos os Estados. Os profissionais foram ouvidos entre os dias 30 de junho e 18 de julho.

A pesquisa “Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública” foi promovida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas da Fundação Getúlio Vargas e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Perguntados sobre a hierarquia policial, 77,2% dos entrevistados disseram não concordar que as polícias militares e os corpos de bombeiros militares sejam subordinados ao Exército, como forças auxiliares, demonstrando que são a favor da desmilitarização da PM.

“Se considerarmos apenas os policiais militares, 76,1% defendem o fim do vínculo com o Exército. O que é um sinal claro de que o Brasil precisa avançar na agenda da desmilitarização e reforma das forças de segurança”, afirma Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração do fórum e pesquisador da FGV.

De acordo com a pesquisa, 53,4% discordam que os policiais militares sejam julgados pela Justiça Militar. Para 80,1% dos policiais, há muito rigor em questões internas e pouco rigor em assuntos que afetam a segurança pública.

Nova polícia

Mais da metade dos policiais (51,2%) afirmaram que as atuais carreiras policiais não são “adequadas” e deveriam mudar.

Eles deram suas opiniões sobre qual deveria ser o modelo da polícia brasileira: 27,1% deles sugeriram a criação de uma nova polícia “de caráter civil, com hierarquia e organizada em carreira única”; outros 21,86% apontaram como solução a unificação das polícias militares com as civis, “formando novas polícias estaduais integradas e civis”.

Dos entrevistados, 83,2% concordaram que os regimentos e códigos disciplinares precisam ser modernizados e adequados à Constituição Federal de 1988.

Insatisfação com a profissão

Os policiais também responderam questões ligadas às condições de trabalho. Segundo a pesquisa, 34,4% dos policiais afirmaram que pretendem sair da corporação “assim que surgir outra oportunidade profissional”. E 55,1% disseram que planejam se aposentar onde trabalham atualmente.

Perguntados se, caso pudessem escolher, optariam novamente pela carreira na sua corporação, 43,7% falaram que sim; 38,8% responderam que não.

Sobre as dificuldades que enfrentam na rotina de trabalho, mais de 80% deles citaram baixos salários, leis penais que consideram “inadequadas”, contingente policial insuficiente, falta de uma política de segurança pública e formação e treinamento insuficientes.

Polícia pelo mundo

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BRASIL – A polícia brasileira é dividida entre a militar, que é responsável pelo policiamento ostensivo, e a civil, que se encarrega das investigações dos crimes. As duas atuam nos Estados. O país também possui a Polícia Federal, de caráter civil e atuação nacional Ricardo Moraes/ Reuters

Perfil dos entrevistados

Dos policiais que participaram do projeto, mais da metade (52,9%) é da Polícia Militar. Outros 22% são da Polícia Civil. A maioria (63,5%) tem ensino superior completo ou especialização, e grande parte (44,4%) trabalha em média oito horas por dia.
Em relação à formação, 37,5% dos policiais tiveram de seis a 12 meses de aulas durante curso para ingressar na corporação; 34,2% tiveram de três a seis meses.
Sobre a renda mensal, 27,2% deles ganham de R$ 5.000 a R$ 10 mil; 26,2%, de R$ 2.000 a R$ 3.000; e 20,9%, de R$ 3.001 a R$ 4.000. O valor é líquido, incluindo os adicionais.
“Não obstante tecnicamente os dados não se constituírem em um retrato exato das opiniões de todos os policiais brasileiros, eles nos autorizam algumas análises e hipóteses exploratórias sobre reformas das polícias no Brasil e incentivam a participação destes profissionais na definição dos rumos de suas instituições”, diz texto da pesquisa.