Alckmin isolado na liderança será reeleito no 1º turno 125

Com a avaliação do governo em ascensão, Alckmin seria reeleito com 54%

RICARDO MENDONÇA
DE SÃO PAULO

17/07/2014 19h34

Com a avaliação de seu governo em ascensão, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lidera isolado a disputa pelo governo do Estado de São Paulo e seria reeleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

Segundo o Datafolha, ele tem 54% das intenções de voto na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Em segundo lugar, com menos de um terço das intenções de voto do tucano, aparece o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), que alcança 16%. O candidato do PT, Alexandre Padilha, tem 4%. Os demais nomes inscritos na disputa somam outros 4%.

A pesquisa, realizada na terça (15) e nesta quarta (16) com 1.978 entrevistas em 55 municípios, não é diretamente comparável com o levantamento anterior do Datafolha em São Paulo porque o rol de candidatos mudou.

Na investigação do início de junho, antes da oficialização das candidaturas, Alckmin alcançava 47%, Skaf tinha 21%, Padilha ostentava os mesmos 4% no cenário que parecia o mais provável da disputa, sem o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

Se não é viável dizer se as intenções de voto nos candidatos cresceram ou recuaram, é possível afirmar, pelo menos, que a situação política de Alckmin melhorou no intervalo de um mês e meio.

Isso porque a avaliação positiva de seu governo, esta sim comparável, cresceu com uma diferença acima da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos.

Em junho, 41% dos paulistas achavam a gestão do tucano boa ou ótima. Agora, sua taxa de aprovação subiu para 46%.

No levantamento da taxa de rejeição, Padilha lidera: 26% dos eleitores paulistas dizem que não votariam no ex-ministro da Saúde de jeito nenhum. Skaf vem em segundo com 20%, tecnicamente empatado com os 19% de Alckmin.

Esta rodada da pesquisa Datafolha foi feita por encomenda da Folha em parceria com a TV Globo. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-00010/2014. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Editoria de Arte/Folhapress

Transcrito da Folha de São Paulo ; nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.‏

O crescimento do PCC 20

 

 

Ex-delegado geral Abrahão José Kfouri Filho participará do plano de governo de Skaf 27

Snap 2014-07-17 at 14.11.26Publicado num dos grupos de delegados de polícia:

Abrahão José Kfouri Filho SP., 15.7.14.
Caros colegas Delegado(a)s de Polícia.
Não pretendia abordar esse assunto agora, pois, amanhã bem cedo, viajarei para o exterior, de onde retornarei dia 29. Não achava producente deixar esse hiato, após abordar o assunto. Vejo, entretanto, que ele já veio à baila e não devo me afastar por 15 dias sem manifestar-me. Segue o real histórico dos fatos. Há questão de 30/40 dias, colegas, justificadamente temerosos, postaram mensagens antevendo que, eventualmente eleito Skaf, teriam voz ativa em seu governo, especialmente na área da segurança pública, três pessoas – especialmente uma delas – que, pelos antecedentes pessoais, funcionais e corporativos, poderiam nos ser prejudiciais. Dias após, sabedor de que o Dr. José Roberto Batochio compusera oficialmente a chapa do Skaf, como candidato a vice-governador, dirigi-me aos colegas dizendo que seria interessante aproximarmo-nos dele para, com ele, estabelecer um contraponto na eventualidade de vencerem a eleição, sem que isso valesse intenção de voto. E por que Batochio? Na minha gestão como Presidente da ADPESP ele foi nosso advogado, competente, amigo e dedicado. Como representante da OAB participou de bancas de concurso para Delegado de Polícia. Foi Presidente da OAB/SP e OAB/BRASIL, sempre nos prestigiando. Foi Deputado Federal (votei nele). Trabalhou pela aprovação da PEC 37. “Não morre de amores” pela PM e pelo MP. Ou seja, será certamente nosso aliado, acaso eleito. Afianço isso! Entendo que a todo colega, como cidadão diferenciado, deva ser respeitado o direito à livre escolha eleitoral. Eu mesmo afirmei que não sabia em quem votar. Ou melhor, SABIA EM QUEM NÃO VOTAR: Geraldo Alckmin, por todo o menoscabo com que nos tratou e por todo prejuízo que causou e ainda causa à Policia Civil e aos Delegados de Policia em particular, apesar do suspeito incensamento que lhe fazem alguns poucos … Aguardava eu um posicionamento dos colegas quando, na segunda-feira passada, dia 7, estava na Associação onde recebi um telefonema do Dr. Batochio, que já estava sabendo da reserva que se fazia ao nome do Skaf, justamente pela presença das três “personalidades”, uma em especial. Conversámos por uns 15 minutos, relembramos saudosos momentos e, ao final, coloquei-lhe tudo o que ocorria na classe sobre esse assunto. Disse-me que aguardasse novo contato. Já na manhã do dia seguinte, ligou-me e pediu-me que participasse de uma reunião com o Skaf, às 10,30. Compareci e conversámos, franca e abertamente, por cerca de uma hora. Procurei falar e expor tudo quanto lembrei e sobre tudo que vem sendo perpetrado, nas seguidas gestões tucanas, em desfavor da Polícia Civil e dos Delegados de Polícia, em particular. Abordei detalhes sobre disputas corporativas das quais temos sido constantes alvos. Falei dos vencimentos irrisórios, da falta de recursos e de estímulos, etc. Acho que pouca coisa deixou de ser explicitado. Perguntei-lhe, após, direta e claramente, sobre seu posicionamento acerca do temor que a classe estava sentindo diante de alguns que o rodeiam e apoiam. Ele foi absolutamente direto, claro e firme ao assegurar, ao Dr. Batochio e a mim, que, acaso eleito, não haverá qualquer sentido ou possibilidade que a segurança pública seja confiada a quem, no atual governo tucano, exerceu cargo de confiança, somando-se a isso a nossa rejeição. Ao final, convidou-me para participar do grupo que elaborará seu plano de governo com vistas à segurança pública. Não teria sentido não aceitar. Aceitei e fiquei de indicar mais um ou dois colegas para compô-lo. As primeiras reuniões deverão ocorrer quando eu voltar da viagem, ou seja, início de agosto. Nas postagens feitas hoje, os colegas pediram que eu me manifestasse. Não podia deixar de fazê-lo. É o que faço aqui, embora alongadamente. Saúde, luz e paz. Kfouri.

Aprovado estatuto que garante poder de polícia às guardas municipais 177

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) projeto que cria o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Com a aprovação do texto (PLC 39/2014 – Complementar), do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a categoria passará a ter direito ao porte de arma e à estruturação em carreira única, com progressão funcional. O projeto, que tramitava em regime de urgência, será encaminhado à sanção presidencial.

De acordo com o projeto, as guardas municipais terão poder de polícia com a incumbência de proteger tanto o patrimônio como a vida. Deverão utilizar uniformes e equipamentos padronizados, mas sua estrutura hierárquica não poderá ter denominação idêntica a das forças militares.

O Estatuto Geral das Guardas Municipais regulamenta dispositivo da Constituição que prevê a criação de guardas municipais para a proteção de bens, serviços e instalações. A guarda municipal deverá ainda colaborar com os órgãos de segurança pública em ações conjuntas e contribuir para a pacificação de conflitos. Mediante convênio com órgãos de trânsito estadual ou municipal, poderá fiscalizar o trânsito e expedir multas.

Outra competência é encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do crime. A guarda municipal poderá ainda auxiliar na segurança de grandes eventos e atuar na proteção de autoridades. Ações preventivas na segurança escolar também poderão ser exercidas por essa corporação.

O projeto prevê igualmente a possibilidade de municípios limítrofes constituírem consórcio público para utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda municipal de maneira compartilhada.

Esse consórcio poderá ficar encarregado também da capacitação dos integrantes da guarda municipal compartilhada. Todos os guardas deverão passar por esse tipo de capacitação e currículo compatível com a atividade.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), parabenizou guardas municipais que desde cedo aguardavam a votação em Plenário. O projeto tramitou mais de dez anos no Congresso. Ela ressaltou que a aprovação do estatuto colabora para melhorar a segurança da população.

Gleisi explicou que aceitou emenda de redação do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para definir as competências das guardas municipais e das outras forças policiais.

A aprovação também foi saudada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). Para ele, o estatuto colabora para a manutenção da ordem e da segurança em várias regiões do país.

Antes de concluir a votação do projeto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que sua aprovação representa um avanço e defendeu a alocação de mais recursos para a área de segurança pública.

Durante a discussão da matéria, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) concordou com a retirada de requerimento de sua autoria que solicitava o exame do projeto pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Também saudaram a aprovação do projeto os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Mário Couto (PSDB-PA), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Braga (PMDB-AM), Paulo Paim (PT-RS), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Magno Malta (PR-ES), Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Romero Jucá (PMDB-RR) e as senadoras Ana Amélia (PP-RS), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Agência Senado

Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado