DELTA UNO – ORIGINAL – O metamórfico Renato Nalini e a aposentadoria dos policiais civis aos 65 anos 132

hipocrisiaCaro Dr. Guerra, boa tarde!

Após um longo (mas não tenebroso) inverno, torno a estas plagas nada inóspitas (“quase” parafraseando um antigo “Desembargador” de Polícia[sic] que tinha, até, assessor “ghost writer”…).

“Fliteiro” da Velha Guarda, na realidade, sempre estive, como diria nossa companheira Suely, “acompanhando…”.

A propósito desta extravagante decisão da Presidência do TJ paulista, não posso deixar de me manifestar, trazendo à colação de todos o posicionamento do Exmo. Presidente do TJ, à época em que exercia o árduo mister de Corregedor Geral de Justiça, a respeito da aposentadoria compulsória aos 70 anos.

Era notoriamente contra. Considerava-a prematura e contraproducente.

Seguem trechos:

“A compulsória não resiste a uma análise de custo-benefício e se afasta de qualquer lógica. Faça-se o levantamento de quantos aposentados compulsoriamente ainda vivem e qual sua idade. Some-se o valor dos proventos ao dos subsídios pagos àqueles que os substituíram.
(…)”

“Não é apenas no Judiciário, mas no Ministério Público, nas Universidades. A lenda do “País Jovem” já não corresponde à realidade. O Brasil envelhece. Seus jovens morrem no trânsito, morrem de overdose, morrem de Aids. Ficam os “velhos”, que precisam ser mantidos por uma Previdência que já é deficitária e que, em breve, chegará ao caos.
(…)”

“Mesmo assim, os que se consideram longe da compulsória continuam a justificar que se afaste a velharia. Vão ter de pagar proventos e depois pensões, por algumas décadas.
(…)”

Aqui, o link com o texto completo de Sua Excelência, que, acertadamente, à época, empregou o título “País pouco inteligente”:

http://renatonalini.wordpress.com/2012/10/10/pais-pouco-inteligente/

Umas quadras de tempo antes, ao defender a aposentadoria compulsória apenas aos 75 anos, o destacado Desembargador em apreço consignou, em seu twitter:

“Mas os jovens têm pressa. Pensam que uma reforma que passe a compulsória para os 75 anos será ‘o fim da carreira’.Preferem ‘o fim da picada’ ”

Segue, também, link: https://twitter.com/renatonalini/status/101276844992643072

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Sua Excelência, o presidente da egrégia Corte de Justiça paulista, a maior da América Latina, hoje, quiçá, venha a consignar, em suas redes sociais, a reiteração do gênio Raulzito: “…Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante…”

Já eu, prefiro repetir o velho Machado de Assis: “Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Forte abraço.

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Caro Delta, inicialmente destaco a nossa alegria por saber que não nos abandonou; que continua vivo e forte.  

Em relação ao desembargador presidente do TJ , nenhuma semelhança ao nosso Rauzito – ouso afirmar que ele está mais para “Moisés” como sempre esteve o hoje aposentado compulsoriamente  “desembargador de polícia” ; aquele que promoveu a nossa demissão a título de “higienização” da Polícia Civil.  

Moisés – em sentido pejorativo: pessoa que não pratica aquilo que doutrina.

Também , pudera!

A doutrina era do “caneta” (“ghost writer” ). 

Nalini , aparentemente , só defende os próprios interesses; como falta-lhe pouco mais de um ano para completar os 70 anos,  advoga a tese de que o legislador ordinário possui competência para diminuir ou  aumentar o parâmetro constitucional de 70 anos para aposentadoria compulsória.

Certamente continua torcendo para que os magistrados aposentem-se tão-só aos 75 anos.

E que danem-se os policiais civis aposentados aos 65.