São Paulo ganha mais de 900 policiais 116



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De: Governo SP – Sala de Imprensa <imprensa@comunicacao.sp.gov.br>
Data: 12 de maio de 2014 18:06
Assunto: São Paulo ganha mais de 900 policiais
Para: dipol@flitparalisante.com

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Segunda-feira, 12 de Maio de 2014

São Paulo ganha mais de 900 policiais

Os primeiros policiais do São Paulo Contra o Crime começam a atuar

O governador Geraldo Alckmin participou nesta segunda-feira, 12, da formatura de 559 novos policiais, com 302 agentes policiais, 117 agentes de telecomunicações, 22 auxiliares de necropsia, 42 médicos legistas e 76 peritos criminais. Outros 360 investigadores também foram empossados e iniciarão o curso de formação. Com isso, o efetivo das Polícias Civil e Técnico-Científica do Estado de São Paulo recebe o reforço de 919 novos policiais, que serão destinados a unidades de todas as regiões do Estado – capital, Grande São Paulo e interior.

“Hoje é um dia histórico na vida de cada um dos formandos e empossados. Quero dar os parabéns e cumprimentá-los por estarem ingressando na melhor polícia do Brasil que é a Polícia de São Paulo. É um dia histórico para o nosso Estado, para os 42 milhões de brasileiros paulistas que também dependem do trabalho de cada um de vocês que vão fazer a diferença para salvar vidas, para preservar a vida das pessoas, a liberdade de ir e vir e principalmente servir ao nosso Estado. Vocês são homens e mulheres de coragem, que colocaram a profissão para servir aos 42 milhões de paulistas. Polícia não é lugar para amadores, é profissionalismo, cada vez mais inteligência, equipamento, um time para poder fazer a diferença. Nós estamos muito felizes”, ressaltou Alckmin.

O Governo, por meio do programa São Paulo Contra o Crime, lançado em maio do ano passado, está fazendo contratações recordes para as Polícias Civil e Técnico-Científica, com 3.981 novas vagas. O investimento anual com todas as contratações do programa será de R$ 305 milhões.

Do total dos formados, 140 policiais são de vagas do programa, que começam a trabalhar após realização de concurso, treinamento policial e estágio obrigatório. As turmas de auxiliares de necropsia, médicos legistas e peritos criminais contam com os primeiros formandos do programa.

Em fevereiro, outros 84 peritos já haviam se formado. Estão em andamento, também, outros nove concursos que vão contratar mais 3.297 policiais para as duas instituições, além de 600 oficiais administrativos e 84 técnicos de laboratório para a Polícia Técnico-Científica.

Serão selecionados nesses concursos 1.384 investigadores, 788 escrivães, 129 delegados, 89 atendentes de necrotério, 447 peritos, 140 médicos legistas, 120 fotógrafos técnico-periciais, 55 desenhistas técnico-periciais e 145 auxiliares de necropsia.

Concurso e curso

Somados, os seis processos seletivos que escolheram os 919 policiais tiveram mais de 220 mil inscritos. Do total de formandos e empossados, 770 são homens e 149 mulheres.

Os 559 recém-formados já concluíram o estágio de um mês e começam a atuar nas unidades policiais. Os 360 investigadores ingressarão agora no curso de formação da Academia de Polícia Civil “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”, que tem duração de três meses e meio, além de 60 horas de palestras.

Entre as disciplinas e palestras integrantes dos cursos estão criminalística, direitos humanos, inteligência policial, polícia comunitária, estatuto da criança e do adolescente, técnicas de abordagem, gerenciamento de crises, socorros de urgência, nova Lei Seca, entre outras.

Valorização

Os policiais civis, técnico-científicos e militares receberam reajuste de 36,59% desde 2011, quase o dobro da inflação do período, que foi de 19,38%, de acordo com o IPCA.

No final do ano passado, o governador sancionou duas leis complementares para valorização das carreiras da Polícia Civil. A primeira delas – Lei Complementar 1.222 – criou o Adicional por Direção da Atividade de Polícia Judiciária (ADPJ) para a categoria de delegado, reconhecida como jurídica. A medida eleva o salário inicial em torno de 25%.

A segunda – Lei Complementar 1.223 – se refere ao reajuste salarial concedido a escrivães e investigadores como reconhecimento ao nível universitário exigido para as duas carreiras. A lei prevê aumentos em duas etapas que podem chegar a 17,5%.

Distribuição

Os 559 policiais recém-formados serão destinados à capital (157), Grande São Paulo (79) e interior (323).

– Veja a distribuição detalhada por região: http://saopaulo.sp.gov.br/usr/share/documents/514.pdf

Secretaria da Segurança Pública

(11) 3291-6685

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Governo do Estado de São Paulo

 

‘Torturaram muito ele’, diz mulher de PM morto que espera indenização 39

FOLHA DE SÃO PAULO

12/05/2014 03h20

A costureira Alessandra Cardoso Atencio, 43, recebeu em 28 de abril de 2012 a notícia mais triste de sua vida: “pegaram o Elias”.

Elias Barbosa dos Santos, então com 38 anos, era o homem por quem havia se apaixonado em 1995, ainda como vendedor de asfalto, pouco antes de ele realizar o sonho de se tornar policial militar.

Alessandra torcia para que a frase “pegaram o Elias” nunca chegasse, embora fosse avisada pelo marido. “Ele dizia: ‘Vão me matar, mas antes de pegarem minha arma, levo um bocado de gente'”.

Elias não conseguiu seguir o plano. O policial, de folga, entrou num bar onde ocorria reunião do PCC. Um dos integrantes do grupo percebeu a arma de Elias e preparou um grupo para o bote. O soldado foi rendido quando tentava voltar para o carro.

Há indícios de que chegou a ser arrastado por um carro pela rua, em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo). “Depois, foram pegando outros PMs”, disse Alessandra.

“Torturaram muito ele antes de matar. Deixaram só a cabeça para fora do buraco onde enterraram.”

O principal suspeito do crime, Anderson Minhano, 31, foi morto por policiais da Rota. A investigação da Polícia Civil apontou que foi ele quem determinou a morte.

A costureira tenta receber a indenização para se mudar para outra cidade. “A gente tem medo, porque continuamos sendo vistos como família de polícia. Quando meu filho sai, eu não durmo”.

O governo afirmou que analisa o pedido.

Raquel Cunha/Folhapress
Alessandra Cardoso Atencio ficou viúva em 2012 quando o seu marido foi assassinado
Alessandra Cardoso Atencio ficou viúva em 2012 quando o seu marido foi assassinado

Geraldo Alckmin dá calote nas famílias de policiais assassinados pelo “Partido do Crime” 33

Governo de SP não paga indenização a famílias de PMs assassinados

ROGÉRIO PAGNAN
MARINA GAMA CUBAS
DE SÃO PAULO

12/05/2014 03h20

Marta Umbelina da Silva de Moraes, 44, tornou-se símbolo do drama vivido por PMs de São Paulo na guerra não declarada entre a polícia e os criminosos da facção PCC ocorrida em 2012.

A soldado foi assassinada na frente da filha de 11 anos, com mais de dez tiros, quando tentava abrir o portão de casa, em um dia de folga.

A história de Martinha, como era conhecida, sensibilizou muita gente. Mas o governo de São Paulo ainda não pagou indenização à família.

Em 2012, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) havia se comprometido a indenizar famílias de policiais e de agentes penitenciários assassinados em razão da profissão, mesmo de folga.

Assim como Marta, outros policiais foram caçados fora do horário de trabalho.

Como o seguro atendia apenas PMs em serviço ou no trajeto de casa ao trabalho, o governo editou nova lei, em abril de 2013, para cobrir os demais casos. O prêmio prometido pode chegar a R$ 200 mil.

Levantamento feito pela Folha revela que, de 80 nomes de policiais assassinados em 2012, em apenas oito casos houve publicação no “Diário Oficial” autorizando o pagamento às famílias.

O governo de São Paulo se recusou a fornecer a quantidade de indenizações autorizadas desde janeiro de 2012.

Editoria de Arte/Folhapress

Confirmou, porém, que de uma lista de seis casos emblemáticos de 2012 enviados pela Folha nenhum teve autorização de pagamento.

Em três desses casos não há ao menos um procedimento aberto para analisar eventual pagamento porque, segundo o governo, não há “registro de pedidos de indenização”. A família de Marta está nessa lista.

O decreto que regulamentou a lei do ano passado não cita a necessidade de o governo ser acionado para fazer os pagamentos. Diz que a apuração para a indenização deve ser “de ofício instaurada” (ou seja, automaticamente).

Ao fim dela, se não houver empecilho, o governo “adotará providências necessárias à identificação dos herdeiros ou sucessores do militar”.

De todas as famílias pesquisadas pela reportagem, nenhuma foi procurada pela PM ou pelo governo.

Questionada sobre os artigos da lei, a gestão Alckmin disse que as apurações são feitas, mas que é obrigatório que a família protocole um pedido -só não apontou onde há essa exigência na lei.

O governo alega que as famílias deveriam ser informadas pela PM da necessidade de fazer o pedido. “A determinação da SSP [Secretaria da Segurança Pública] é que as famílias sejam avisadas. Se houve erro ou falha de comunicação em algum dos casos, eles serão verificados, para serem corrigidos”, diz.

Para o deputado major Olímpio (PDT), essa interpretação, da necessidade de a família apresentar pedido, contraria o objetivo da lei, proposta pelo próprio governo.

Ao determinar uma “instauração por ofício”, diz ele, a intenção era justamente proteger os herdeiros dos PMs, principalmente os sem condições ou instrução suficientes para reclamar seus direitos.

O advogado Adriano dos Santos, 40, que defende as famílias de cerca de 70 policiais, afirma que nenhum de seus clientes foi informado pelo governo da necessidade de pedir a indenização.

Ainda segundo o major Olímpio, oficiais da PM informaram a ele que há 304 casos em análise pelo governo para eventual pagamento -envolvendo não só homicídios.

Anteontem, ocorreu mais um assassinato que terá de ser investigado: o capitão da PM Marcos Ferreira Mata, 45, foi morto a tiros em frente a um bar em Guarulhos.