CENSURA ON-LINE – Governos, magistrados e órgãos policiais pedem ao Google remoção de vídeos e blogs que lançam luz sobre suas condutas 13

CENSURA ON-LINE

Cresce pedidos de remoção de conteúdo no Google

É crescente o número de pedidos feito por governos para que o Google remova conteúdos de seu resultado de busca. De janeiro a junho de 2013, recebemos 3.854 pedidos para remover 24.749 itens, um aumento de 69% em comparação ao segundo semestre de 2012

Para mostrar como leis e políticas afetam o acesso a informações on-line, o Google publica desde 2010 um Relatório de Transparência. Segundo o relatório governos e autoridades continuam pedindo para remoção de conteúdo político.

“Juízes solicitam a remoção de informações críticas sobre eles; departamentos de polícia pedem para removermos vídeos ou blogs que lançam luz sobre sua conduta; e instituições locais, como prefeituras, não querem que as pessoas consigam encontrar informações sobre seus processos de tomada de decisão”, conta a diretora jurídica da empresa Susan Infantino, em publicado no Blog do Google.

De acordo com ela, difamação, privacidade e até mesmo leis de direito autoral são usadas nas argumentações ara tentar remover discursos políticos dos nossos serviços. Os dados mostram um crescimento significativo no número de solicitações recebidas de dois países no primeiro semestre de 2013: Turquia e Rússia.

“Embora as informações que apresentamos em nosso Transparency Report certamente não representem uma visão abrangente da censura on-line, elas demonstram uma tendência crescente e preocupante no número de solicitações de governos e reforçam a importância da transparência em relação aos processos que regem tais solicitações. À medida que continuamos a adicionar dados, esperamos que eles se tornem cada vez mais úteis e informativos para os debates políticos e decisões ao redor do mundo”, explica Susan.

O Estado Delinquente 43

Autor: Ives Gandra da Silva MARTINS

Todo criminoso deve ser punido. Cabe ao Poder Judiciário condená-lo, após o devido processo legal e respeitada a ampla defesa. É o que determina a Lei Suprema (artigo 5º, incisos LIV e LV)

Nas democracias, o processo penal objetiva defender o acusado e não a sociedade, que, do contrário, faria a justiça com as próprias mãos.

O condenado deve cumprir sua pena nos estabelecimentos penais instituídos pelo Estado, em que o respeito à dignidade humana necessita ser assegurado. Quando isso não ocorre, o Estado nivela-se ao criminoso. Age como tal, equiparando-se ao delinqüente, da mesma forma que este agiu contra sua vítima.

A função dos estabelecimentos penais é a reeducação do condenado para que, tendo pago sua pena perante a comunidade, retorne à sociedade preparado para ser-lhe útil.

Os cárceres privados constituem crime. Quem encarcera pessoas, tirando-lhes a liberdade, deve ser punido e sofrer pena que o levará a sofrer o mesmo mal que impôs a outrem.

E o cárcere público? Quando um criminoso já cumpriu o prazo de sua pena e tem direito à liberdade, mas o Estado o mantém encarcerado, torna-se o ente estatal um delinqüente como qualquer facínora.

Todo condenado deve cumprir sua pena, mas nunca além daquela para a qual foi condenado. Se o Estado o mantém no cárcere além do prazo, torna-se responsável e deve ser punido por seu ato. Como não se pode encarcerar o Estado, deve, pelo menos, pagar indenizações à vítima pelos danos morais causados.

A tese vale também para aqueles que forem condenados a regimes abertos ou semi-abertos e acabarem por cumprir a pena em regimes fechados, por falta de estrutura estatal, pois estarão pagando à sociedade algo que lhes não foi exigido, com violência a seu direito de não permanecerem atrás das grades. Nestes casos, devem também receber indenização por danos morais.

A tese de que todos são iguais e não deve haver privilégio seria correta, se o Estado mantivesse estabelecimentos que permitissem um tratamento pelo menos com um mínimo de respeito à dignidade humana. Como isso não ocorre, a tese de que todos devem ser iguais e, portanto, devem “gozar” das péssimas condições que o Estado oferece, é simplesmente aética, para não dizer algo pior.

Em vez de o Estado dar exemplo de reeducação dos detentos, a tese da igualdade passa a ser garantir a todos tratamento com “igual indignidade”.

Enquanto a Anistia Internacional esteve Brasil, pertenci à entidade. Lutávamos, então, não só contra tortura, mas contra todo o tratamento indigno aos encarcerados, pois não cabe à sociedade nivelar-se a eles, mas dar-lhes o exemplo e tentar recuperá-los.

Por isto, ocorreu-me uma idéia que sugiro aos advogados penalistas e civilistas -não atuo em nenhuma das duas áreas— qual seja, a criação de uma Associação, semelhante àquela que Marilena Lazarini criou em defesa dos consumidores, para apresentar ações de indenização por danos morais em nome das pessoas que: a) cumpram penas superiores àquelas para as quais foram condenadas; b) cumpram penas em regimes fechados, quando deveriam cumpri-las em regime aberto ou semi-aberto; c) cumpram penas em condições inadequadas.

Talvez assim o Estado aprendesse a não nivelar-se aos delinqüentes. Sofrendo o impacto de tais ações, quem sabe poderia esforçar-se por melhorar as condições dos estabelecimentos penais, respeitar prazos e ofertar dignidade no cumprimento das penas.

Todo criminoso deve cumprir sua pena, mas nos estritos limites da condenação e em condições que não se assemelhem àquelas dos campos de concentração do nacional-socialismo.

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(*) O autor é Coordenador da Revista Brasileira de Direito Tributário e Finanças Públicas e membro dos Conselhos Editoriais da Revista Magister de Direito Empresarial, Concorrencial e do Consumidor e da Revista Magister de Direito Civil e Processual Civil.

Feliz 2014!…POLICIAIS CIVIS DE SÃO PAULO , UNI-VOS ! 71

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Fazer sucesso criando blog de futebol , especialmente escrevendo sobre o Corinthians , é tarefa das mais fáceis .

Qualquer um faz!

Conquistar leitores divulgando notícias e escrevendo sobre a Polícia Civil de São Paulo não é tarefa nada simples.

De futebol quase todo mundo gosta.

Corintianos, Brasil afora, se contam aos milhões.

A Polícia Civil de São Paulo quase todo mundo detesta; seus membros não alcançam 40.000.

Verdadeiramente, não obstante grandes dificuldades, 2013 marca o nosso FLIT PARALISANTE como uma das mídias sobre assuntos policiais mais importantes do Brasil.

Diga-se de passagem, absolutamente independente.

Mais de 8.500.000 visitas; contando milhares de leitores fieis que diariamente nos honram com seu precioso tempo.

Por várias vezes ultrapassando a marca de 120.000 acessos num único dia.

Nada ruim para um Blog amador!

Especialmente em tempos de Facebook e Twiter.

Um grande feito considerando-se o nosso público principal: funcionários da Polícia Civil.

Desagregadores à parte , o humilde sucesso deste Blog jamais teria ocorrido não fosse a fidelidade e o carinho de milhares de amigos anônimos; também sem o auxílio de colaboradores como o radialista João Alkimin, amigo cada vez mais dileto, que não apenas escreve neste nosso ( de todos nós ) Flit, mas que também acredita em nossa firmeza de caráter e pureza de propósitos, divulgando as injustiças e perseguições que nos infligem desde 2007 até o presente.

A luta iniciada em maio 2007, continuará em 2014, sempre alicerçada na companhia diária de nossos queridos leitores.

Parafraseando o Jarim Lopes Roseira: POLÍCIA MUDA , NÃO MUDA!

Assim, vamos gritar: POLICIAIS CIVIS DE SÃO PAULO , UNI-VOS !

Com verdadeira gratidão queremos para todos os nossos amigos e leitores um 2014 renovador.

De muitas conquistas, saúde, alegria e dinheiro.

Vida curta aos nossos inimigos…

Para eles nem justiça!

Jarim Lopes Roseira: “Polícia muda, não muda”! 27

Enviado em 30/12/2013 as 20:45 – Jarim Lopes Roseira

RENOVEMOS A ESPERANÇA

Primeiramente quero cumprimentar o Administrador deste Blog, Dr. Roberto Conde Guerra, pela persistência de mantê-lo “no ar”, propiciando a comunicação entre policiais. E isto não é pouco. Afinal, sempre achei que “Polícia muda, não muda”.

Sei que não é fácil. Há entre nós policiais — como não poderia ser diferente — pessoas de todas as índoles, pensamentos e formas de pensar e de agir.

Algumas apelam para o “quanto pior melhor” — e demonstram isso claramente — ; outras querem ver uma Polícia Civil diferente, mais moderna, eficiente, respeitada e valorizada. Estes, porém, são mais comedidos, talvez temendo que a defesa de suas ideias seja alvo de chacotas, às vezes com extrema baixaria, totalmente não condizente com o decoro de um Policial. E isso é deprimente, não leva a nada. Apenas serve para afastar os que têm alguma contribuição a dar.

Felizmente, isso tem melhorado muito. Reputo uma evolução de mentalidade, o que por si, é bastante esperançoso.

Como há cerca de 40 anos milito como classista e/ou sindicalista, trabalho para manter a esperança de dias melhores. Não quero ser nenhum “pai da matéria”, mas sempre fiz a minha parte: nunca me omiti. Participo de tudo, defendo meus pontos de vista, sempre respeitando o dos outros. Enfim, me considero, pelo menos, bem informado.

Dizer que nossas associações e sindicatos têm tido um grande desempenho, lamentavelmente, não é verdadeiro. Uns se esforçam mais, outros menos; meia dúzia tem boa representatividade, outros, quando necessário, não lotam um fusca.

É lamentável. Poderia ser diferente, mas não é. E faz tempo que é assim e não muda. Seja por causa da perniciosa perpetuação no cargo, que traz a acomodação e outras mazelas, seja por falta de maior preparo e empenho pelas causas a serem defendidas.

Por isso, sempre defendi, e continuo defendendo, que conste de cada Estatuto de entidade (associação ou sindicato), cláusula permitindo apenas uma recondução ao cargo.

Seja como for, não podemos perder a esperança. Assim como não devemos esmorecer na hora certa de reivindicar. Há muito a se pleitear, urgentemente, pois não dá mais para esperar. Nossa lei orgânica está ultrapassada; a Reestruturação das carreiras se arrasta há doze anos. A defasagem do efetivo chega a ser revoltante. Não temos assistência psicológica e trabalhista (normas de prevenção e segurança) condizentes. O número de policiais com as mais diversas patologias, é incalculável. E a Administração não faz nada.

Temos que jogar duro com o governo insensível que herdamos há 16 anos. Insensível, teimoso (cada um pode adjetivar como quiser): não percebe (ou finge não perceber) que segurança pública é prioridade.

Não percebe (ou não quer perceber) que Policial mal remunerado, desmotivado, sem perspectiva de ascensão na carreira e na vida, só favorece à criminalidade. Qualquer um sabe disso, não precisa repetir ou detalhar.

Contudo, nos estertores deste ano de 2013, RENOVEMOS A ESPERANÇA.

Jarim Lopes Roseira, presidente da IPA e Diretor da FEIPOL-SE