A SUBMISSÃO DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL 41

 

Esse tema me acompanhou durante todo o final de semana, não consegui esquecer a solução encontrada pela Polícia Militar de São Paulo, para justificar o reajuste diferenciado que o governo daquele Estado promoveu entre a Polícia Civil 30% e Polícia Militar 7%.

Primeiro deixo claro que os nossos companheiros da polícia civil merecem tanto quanto nós um bom salário, e que as minhas colocações nesse artigo são reflexões de quem pensa uma segurança pública de qualidade, principalmente unificada.

Em todo o Brasil os governantes acreditam que podem nos calar e nos manter acuados baseados na legislação castrense do militarismo, por isso sempre oferecem reajuste maior para outras instituições e bem menor para nós policiais militares, isso aconteceu em Sergipe no ano de 2009 quando o governo ofereceu 300% de reajuste para a polícia civil e 5% para a polícia militar, o que acabou resultando no Movimento Tolerância Zero, que acabou minimizando a situação, e causando um rompimento entre tropa e governador.

Observando a situação se repetir em São Paulo, por sinal era o único Estado no qual polícia militar e civil tinham salários iguais, me fez reafirmar  o meu próprio entendimento, as Polícias Militares do Brasil são muito submissas.Como é que pode uma polícia tão importante, tão grandiosa e principalmente tão responsável pelo funcionamento da maior parte da máquina pública, ser tão desprestigiada?

E não me venham com aquela velha desculpa de que a PM é uma polícia grande que dificulta nosso reajuste, eu respondo, A PM É DO TAMANHO DA IMPORTÂNCIA PARA O ESTADO E SOCIEDADE, nossa missão é impedir que o crime aconteça, porque depois do leite derramado é importante pegar quem derramou o leite, porém o leite nem sempre pode ser recuperado.

Fiquei impressionado com a propaganda do governo paulista, onde diz,“ PM é liberado para trabalhar no dia da folga” quer dizer deu um reajuste maior ao policial civil e oferece  ao policial militar escalas extras no dia da folga, é a nossa famosa GRAE, por é chamada de, Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho  Policial Militar, o pior que tem policiais militares que acham isso um benefício.

O que me deixa indignado é que são reajustes diferenciados entre servidores da mesma secretária, com os mesmos objetivos, ou seja, segurança pública, e que para a PM sempre sobra a maior parte do serviço, trânsito rodoviário estadual, radiopatrulha, policiamento comunitário, policiamento em eventos públicos ou particulares, segurança do governador, segurança dos agentes fazendários, guarda fúnebre de autoridades, policiamento de caatinga, combate a rebeliões, acompanhar manifestações públicas, cavalaria, força nacional, segurança de signatários, segurança dos fóruns de justiça, segurança dos juízes, atendimento a acidentes de trânsito, policiamento ostensivo e preventivo, banda de música para abrilhantar os eventos do Estado, reintegração de posse, segurança eleitoral, são tantas as atribuições que fica difícil elencar.

Na verdade eu gostaria de saber o que funciona sem a presença da polícia militar, porque o depende da PM não caberia em uma única página.Mas uma coisa é certa, do Oiapoque ao Chuí, a submissão é absurda, acorda!! oficiais e praças das PM’s do Brasil.

Fiquem com Deus, abraços.

Edgard Menezes (cidadão brasileiro)

Governador de SP sanciona leis que valorizam policiais civis 69

Leonardo Amorim

O governador participou da reunião do Conselho da Polícia Civil nesta terça-feira (17)
O governador participou da reunião do Conselho da Polícia Civil nesta terça-feira (17)
  • O governador participou da reunião do Conselho da Polícia Civil nesta terça-feira (17)
  • Ao final da reunião, Blazeck homenageou Alckmin e Grella com placas
Duas medidas tomadas pelo governador Geraldo Alckmin na última semana vão aumentar o salário de delegados, escrivães e investigadores da Polícia Civil a partir do ano que vem. As leis foram sancionadas na semana passada e publicadas no Diário Oficial do Estado de sábado (14).
A primeira delas – Lei Complementar 1.222 – cria o Adicional por Direção da Atividade de Polícia Judiciária (ADPJ) para a carreira de delegado de Polícia, reconhecida no ano passado como carreira jurídica, por meio da Emenda Constitucional nº 35. A medida elevará o salário inicial da carreira em torno de 25%.
A segunda é o reajuste salarial a escrivães e investigadores como reconhecimento ao nível universitário exigido em ambas as carreiras. A Lei Complementar 1.223 prevê aumentos em duas etapas que podem chegar a 17,5%.
As duas medidas foram comemoradas pelo delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Souza Blazeck, que agradeceu o apoio recebido pelo governador e pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
“No sábado, saiu a sanção do governador para os projetos que reestruturaram as carreiras da Polícia Civil. Os dois [projetos] avançaram graças ao apoio que recebemos. As conquistas foram possíveis porque vocês [governador e secretário] acreditaram nelas, não teríamos alcançado se vocês não tivessem se sensibilizado”, falou o delegado-geral durante reunião do Conselho da Polícia Civil nesta quarta-feira (17).
A reunião do colegiado, que reúne os diretores de departamentos da Polícia Civil, aconteceu na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e, pela segunda vez, contou com a participação de um governador de Estado. Antes de Alckmin, o único a participar de um encontro do Conselho da Polícia Civil foi Jorge Tibiriçá, em 1905.
“Essas iniciativas de valorização e motivação nos dão respaldo e incentivo. Sabemos das dificuldades, por isso nosso esforço é no sentido de retribuirmos à sociedade e ao senhor [governador] esse apoio prestado. Vamos nos esforçar para não decepcionar”, disse o secretário da Segurança ao agradecer a presença de Alckmin no encontro.
Contratação recorde
Ainda durante a reunião, Blazeck lembrou a contratação recorde que a Polícia Civil fará com a abertura de concursos públicos em diversas carreiras. O delegado-geral ressaltou que serão 5.684 vagas abertas para a instituição – entre concursos em andamento e outros que ainda serão abertos até o final do ano.
“Esse é um número nunca alcançado. Será atingido pela primeira vez na história da Polícia Civil de São Paulo”, comemorou o delegado-geral, que enfatizou investimentos de mais de R$ 107 milhões do Governo do Estado para construção e reforma de prédios, além de compra de materiais e equipamentos.
Ao final da reunião, Blazeck homenageou Alckmin e Grella com placas. “A Polícia Civil tem um trabalho muito importante para se fazer cumprir a lei. As conquistas de vocês são conquistas da sociedade de São Paulo”, concluiu o governador.
Mainary Nascimento

 

Alckmin participa de reunião do Conselho da Polícia Civil 29

 Alckmin participa de reunião do Conselho da Polícia Civil
Último encontro deste ano

 

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin esteve presente na reunião do Egrégio Conselho da Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (17), na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Na ocasião, o delegado geral de polícia, Luiz Mauricio Souza Blazeck, transferiu temporariamente a Presidência do Conselho ao governador, que assumiu a reunião.
A participação de Alckmin foi um marco na história da Polícia Judiciária: “Somente duas vezes um governador de São Paulo esteve presente em uma reunião de Conselho, a primeira foi em 1905, no governo de Jorge Tibiriçá e a outra está sendo hoje”, afirmou o delegado geral.
O Conselho da Polícia Civil é um órgão colegiado superior consultivo da Instituição. Com reuniões rotineiras, é presidido pelo delegado geral de polícia. Dele participam ainda o delegado geral de polícia adjunto, Valmir Eduardo Granucci, e os delegados de polícia diretores dos diversos departamentos da Instituição. Nessa reunião, além da participação especial do governador, as presenças do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira e do secretário-adjunto da SSP, Antonio Carlos da Ponte, foram outros diferenciais.
Na oportunidade, Mauricio Blazeck agradeceu o apoio que recebeu do governador e do secretário da Segurança Pública com relação à Lei Complementar 1.222, que criou o Adicional por Direção de Atividade de Polícia Judiciária (ADPJ) e à Lei Complementar 1.223, que reajustou os salários de escrivães e investigadores de polícia como reconhecimento ao nível universitário, que hoje é obrigatório em ambas carreiras.
O delegado geral falou sobre a grande quantidade de vagas abertas em concursos públicos de várias carreiras policiais: são 5.684 entre concursos em andamentos e outras que serão abertas ainda neste ano. Enfatizou sobretudo, que este é um número recorde.
Ao se pronunciar, o governador ressaltou que tem um grande apreço pelo serviço público. “Nós somos servidores, não trabalhamos para nenhuma empresa ter lucros, nós trabalhamos pelo bem coletivo, pelo bem comum”. E completou: “o que faz a diferença na administração é ter a pessoa certa no lugar certo. Precisa haver gente motivada, capacitada, experiente para se fazer um bom trabalho”, elogiou.
A reunião foi encerrada com uma homenagem feita por Mauricio Blazeck ao governador e ao secretário da Segurança Pública. Eles receberam uma placa das mãos do delegado geral, como forma simbólica de agradecimento e reconhecimento ao apoio que têm dado à Polícia Civil e suas importantes reivindicações.
por Adriana Ferrari e Rina Ricci

 

O desafio da segurança 23

 

Que a situação da segurança pública é ruim em todo o País é coisa há muito sabida, por experiência, tanto pela população, que sente isso na carne, em seu dia a dia, como pelas autoridades. Mas, quando expressa em números por meio de levantamento rigoroso, constata-se que na realidade ela é muito pior. É o que mostram os resultados da primeira Pesquisa Nacional de Vitimização, feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG e o Datafolha.

A parte da população afetada diretamente pela violência é muito grande, maior do que se poderia imaginar. Nada menos do que um em cada cinco brasileiros que vivem nas cidades com mais de 15 mil habitantes foi vítima de uma ação criminosa no período de 12 meses abrangido pela pesquisa – agressão, sequestro, fraude, ofensas sexuais, discriminação, furto e roubo.

Ou então de acidente de trânsito. A porcentagem da população vítima desses vários tipos de ocorrência varia muito de Estado para Estado – de 46% no Amapá, o pior colocado, a 17% em Santa Catarina. Mas mesmo o índice deste último, o menos violento, ainda é alto. A situação dos mais ricos – São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, com 20,1% e 20% – é também ruim.

Não admira que 64,9% dos brasileiros manifestem o medo de ser assassinados e que a sensação de insegurança seja maior em cidades tão diferentes como Belém, Maceió, São Paulo e São Luís. E um sinal de que a população encara com pessimismo a evolução da situação é que para 60,3% das pessoas ouvidas a criminalidade piorou. Pessimismo que outros dados reforçam. Apenas 19,9% das vítimas procuram a polícia, ou seja, a grande maioria – 80,1% – prefere o silêncio. Isso quer dizer que, na verdade, os números sobre a criminalidade no País são ainda piores e, consequentemente, é maior a gravidade da situação.

O silêncio das vítimas – que também não é novidade – está diretamente ligado à falta de confiança na eficiência do aparelho policial. A relação da população com a polícia é ambígua. Por um lado, é elevado o índice de confiança dos entrevistados tanto na Polícia Militar (77,6%) como na Polícia Civil (79,1%). E 54,6% dos que procuram a polícia se declaram satisfeitos, mas por razões que pouco têm a ver com seu desempenho profissional – 23,2% atribuem a avaliação positiva ao atendimento cordial recebido e 24,2% à boa vontade para resolver o problema apresentado. Por outro lado, só 3,7% afirmaram que o criminoso foi preso e 2,5% que foram informados do andamento da investigação.

É sem dúvida positivo que o atendimento nas delegacias tenha melhorado. Tratar bem os cidadãos é obrigação elementar dos servidores públicos, embora até pouco tempo atrás essa regra não recebesse a devida atenção da polícia. Mas isso, se não for acompanhado pelo mais importante – que é a eficiência na solução dos crimes -, não ajuda muito. Na realidade, como se vê, a confiança da população na polícia é bem menor do que parece à primeira vista. E essa confiança, como comprova o exemplo dos países onde ela existe em alto grau, é importante para o trabalho policial.

A pesquisa não só mostra a gravidade da situação da segurança pública, que há muito está no centro das preocupações dos brasileiros, como indica as principais questões a serem atacadas. E deixa claro também que as dimensões e características do problema exigem estreita colaboração entre União e Estados, tanto no terreno policial como no do sistema penitenciário. E, no caso específico dos Estados, um esforço maior que o feito até agora para acabar com as disputas entre as Polícias Civil e Militar, cuja desarticulação só favorece os bandidos.

Deixar de lado disputas político-partidárias é condição essencial para que essa ação conjunta se torne realidade. Isso não é nada fácil, mas os números indicam que a situação chegou a um ponto em que o interesse público tem de ser colocado acima de mesquinhas disputas de prestígio e poder. É o que certamente a população espera dos governantes.

Fonte: O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-desafio-da-seguranca-,1109418,0.htm