PATIFARIAS DA PM TRADICIONALMENTE DISSIMULADAS COMO “CASOS ISOLADOS”! 21

PATIFARIAS DA PM TRADICIONALMENTE DISSIMULADAS  COMO “CASOS ISOLADOS”! 

        Na atual vereança de Mauá, Região do Brande ABC, anteprojeto pretende banir nomes de ditadores das ruas da cidade onde o “Vereador Tatu” (Manoel Lopes) já encaminhou milhares de Ofícios, conforme entrevista concedida, semana passada, ao Jornal Diário do Grande ABC, alertando o poder público sobre o perigo dos buracos. Em muitos vídeos, ouvem-se, a priori, as reclamações; a seguir, ele surge dos buracos para as “considerações finais”, ocasião em que destaca o desleixo administrativo. Na Polícia Militar seria chamado de “zica”, à vista da recorrência como fala das mazelas perpetuadas. É heresia incontestável atribuir-se o codinome de “gloriosa” à Polícia Militar, tão recalcitrante nos seus “pecados originais”. Quando se apegou na “conveniência do serviço público”, despachando-me de Santo André (sede do CPA/M-6) para Mauá (30º BPM/M), no dia 15/01/00, não foi sem propósitos, meticulosamente definidos. Necessitava me afastar da investigação das PATIFARIAS (desvios de finalidade) que relatei enquanto Chefe da Motomecanização do referido CPA, pois, se devidamente apuradas, recairia no alto comando não apenas os já configurados crimes de improbidade administrativa e prevaricação. Seria inevitável o efeito dominó. Eu, a “peça” do jogo que mais incomodava, preventivamente retirado do tablado da 2ª Companhia do 10º BPM/M desde que intencionei investigar o acidente da viatura M-10290, e, da sede do referido Batalhão, depois do anunciado assassinato do Tenente Ayres.

Naqueles propósitos estava prevista aleatória instauração de “Procedimentos Disciplinares” contra mim. Depois de meia-dúzia destes, infundada e consecutivamente, bastaria meu encaminhamento ao Hospital Militar, para “consulta psiquiátrica”, e, pronto: estaria “legalmente” garantida a “inconsistência” de tudo o que doravante eu ousasse afirmar. Documentos nos quais eu eventualmente “teimasse”, mencionando desmandos e arbitrariedades, seriam prontamente considerados “sem fundamento” ou “inexistentes”. A administração militar não apuraria os crimes até então registrados, ou seja, englobados nos “inventados” por mim, a partir da certamente já premeditada “consulta”. Na mais elegante das hipóteses, chegaria à conclusão, mediante respectivas IP – Investigações Preliminares – de minha “inimputabilidade”. Com o passar do tempo, tais “infundadas” alegações cairiam no absoluto descrédito. Plano perfeito. Assim, o 30º BPM/M cumpriria sua missão de me perseguir. Era tamanha essa convicção que a precipitada, além de incorrigível e arrogante, administração militar literalmente escondeu materiais na sala da Comandante do 30º BPM/M, para me imputar a primeira acusação (PATDS Nº 30BPMM-003/02/00) por não localizá-los. Terminadas as suas férias, a Comandante reabriu o tal recinto, fazendo “reaparecer” os materiais tão exaustivamente procurados. Absolvido de “não ter a dedicação imposta pelo sentimento do dever”, enfrentei as demais 38 (TRINTA E OITO) acusações, até o ano de 2010, ainda esperando a solução desta última (PD Nº CMTG-105/362/2010) cujas testemunhas de “minha defesa”, por mim arroladas, evidenciaram a mais nojenta e vingativa sanha da administração militar, recalcitrante e traída, como dona da mesma “verdade” que a faz acostumada e cinicamente moradora do “buraco das PATIFARIAS”, à semelhança dos revelados pelo “Vereador Tatu”. Afinal, quantos “homens-avestruz” continuam no status quo de pífios gestores públicos, escondendo da imprensa a espiritualmente cara suja, ou, nessa impossibilidade de esquiva, continuam a insistir que “não sabiam de nada” dessas recorrentes mazelas? São “gestores” da mesma estirpe do signatário da INFORMAÇÃO Nº 30BPMM-003/04/00, de 20/07/00, decisivo “colaborador” da mesma Comandante para “consistir” aquela primeira acusação, depois do mais longo, inédito e imotivado vai-e-vem ao qual pôde um servidor público estadual ser subjugado.

Por si sós, as apresentadas reportagens (subsidiárias desta postagem) sobre o “glorioso” Hospital da Polícia Militar, desbancaram o “Plano B” – consultas forjadas para minha “imputabilidade”. Na mais oportuna e conveniente ocasião para que a PM desistisse de outras forjadas “consultas psiquiátricas” em “determinados pacientes”, além de apurar, rigorosamente, as já consumadas, preferiu apenas adiar tais crimes. É da sua maldita tradição conceituar tantas safadezas como “casos isolados”, porém, uma vez eternizados, voltam-se contra ela mesma. A PM dispensa inimigos externos que lhe pudessem “desmoralizar”, bastando-lhe os “dignos do oficialato” que lhe põem no mau costume de arruinar a própria credibilidade.

 

Valdir Souza