PARABÉNS – O delegado Carlos Bruno Gaya da Costa mata suspeito em tentativa de sequestro relâmpago 35

Delegado mata suspeito em tentativa de sequestro relâmpago

Diário de Guarapuava
FolhaPress

Por Martha Alves
SÃO PAULO, SP, 30 de outubro (Folhapress) – Um delegado da Polícia Civil reagiu a uma tentativa de sequestro relâmpago e matou um suspeito, na Vila Uberabinha, zona sul de São Paulo, na madrugada de hoje.
O delegado Carlos Bruno Gaya da Costa, do 1º DP de Santo André, estacionou seu Focus Hatch na rua dos Periquitos para comprar um lanche em uma rede de fast food da região, por volta das 2h. Quando ele retornou ao carro foi rendido por dois homens, um deles armados.
Os suspeitos obrigaram a vítima a sentar no banco de trás do carro. O delegado reagiu e baleou o suspeito que estava na direção do carro. Ele morreu no local. O outro suspeito, que estava armado, conseguiu fugir a pé.
Segundo a polícia, os dois suspeitos pretendiam levar o delegado para realizar saques em caixas eletrônicos.
Outro caso
Policiais militares prenderam dois suspeitos de pertencer a uma quadrilha que realizava sequestros relâmpagos, na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, na noite de ontem.
A vítima estava em um carro na rua Chico Nunes, na Vila Andrade, quando foi abordada por ao menos três homens armados.
Segundo a Polícia Militar, os três ladrões recolheram os cartões bancários e de crédito da vítima e a mantiveram refém no carro. Eles entregaram os cartões bancários e de crédito a outros dois membros da quadrilha responsáveis por realizar saques em caixas eletrônicos e compras.
O vigia de um supermercado suspeitou dos dois homens que faziam compras em um supermercado com o cartão de crédito da vítima e avisou a polícia. Eles foram presos na
avenida Carlos Caldeira Filho.
A vítima foi liberada pelo restante da quadrilha na mesma rua onde foi sequestrada. Os criminosos fugiram levando o seu carro.
O caso será registrado no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi).

Comissão de Segurança Pública vai apurar atos violentos na zona norte da capital 28

Enviado em 30/10/2013 as 19:11 – ESCRILUDIDA

Foram aprovados convites ao chefes das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica
Da Redação: Marisilda Silva

Adilson Rossi, presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, Adilson Rossi (PSB), deverá nos próximos dias oficiar ao comandante-geral da Polícia Militar, ao delegado-geral da Polícia Civil e à superintendente da Polícia Técnico-Científica, convidando-os para discutir com os deputados membros da comissão permanente da Assembleia Legislativa os acontecimentos ocorridos na zona norte da cidade de São Paulo desde o último domingo, 27/10. Na ocasião, à morte de um jovem durante abordagem policial, seguiu-se reação imediata da população, com carros queimados, lojas saqueadas. Também na rodovia Fernão Dias, distante centenas de metros da região, três grandes caminhões e seis ônibus foram incendiados.

Segundo Major Olímpio (PDT), os acontecimentos são consequência da estrutura da polícia na região, que ele classificou como insignificante. “E a da Polícia Rodoviária Federal na Fernão Dias é inexistente”, completou o parlamentar. Já os deputado Pedro Tobias (PSDB) e Osvaldo Verginio (PSD) consideraram que é preciso discutir a situação “recuada” em que se encontra a polícia no Estado de São Paulo.

No mesmo sentido, Antonio Salim Curiati (PP) propôs também que se encaminhe um apelo ao Ministério da Justiça e ao Congresso Nacional no sentido de que seja revisto o Código de Processo Penal brasileiro.

Pauta

Na reunião, os deputados apreciaram uma pauta com 20 itens, cinco dos quais apenas para ciência. Entre os projetos de lei, sete receberam pedido de vista e oito foram aprovados. Foi também aprovado requerimento de autoria da deputada Beth Sahão (PT), que solicita à Secretaria da Segurança Pública informações acerca do número de registros envolvendo violência contra a mulher no ano de 2012 e nos primeiros seis meses de 2013. As informações completas sobre as deliberações podem ser acessadas no portal da Assembleia Legislativa.

Além dos parlamentares já citados, participaram ainda da reunião os deputados Dilador Borges e Fernando Capez, do PSDB, e Hamilton Pereira e Marco Aurélio, do PT.

http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=339293

JOGO DO BICHO EM SANTOS – Operação Madagascar, Tribunal de Justiça decide que não há prova de que os investigadores de Santos tenham mantido atividade ilícita 20

A decisão ,  publicada no último dia 15 , consta nos autos do Mandado de Segurança impetrado pelo MP contra ato do juiz de direito da  5ª Vara Criminal de Santos, figurando como interessados os investigadores de polícia Ademir Mira Marques, Wilson Augusto Junior, Agostinho Pereira, Marcelo Cardoso de França e Jorge Gomes dos Santos.

Os policiais civis ,  no meado do mês de setembro , juntamente com  mais vinte e seis pessoas, entre as quais cinco policiais militares, foram denunciados,  após investigações sigilosas do núcleo do GAECO de Santos,  que resultaram na Operação Madagascar,  por quadrilha armada (art. 288, parágrafo único, do Código Penal), jogo do bicho (art. 58, da lei das contravenções Penais, corrupção ativa (art. 333, parágrafo único, do Código Penal, por diversas vezes), corrupção passiva (art. 317, § 1º, c.c.o art. 327, caput e 2º, por diversas vezes) e lavagem de dinheiro (art. 1º, incisos V e VII, c.c. o art. § 4º, da Lei nº 9.613/98, por diversas vezes).

Em linhas gerais , o Ministério Público denunciou o envolvimento dos policiais no jogo do bicho na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.

Segundo o Ministério Público, o esquema movimentou mais de R$ 80 milhões em um ano e meio, sendo R$ 3 milhões de reais de propina.

22 – TIGRE 85, 86, 87, 88

22 – TIGRE
85, 86, 87, 88

Conforme os termos da denúncia dos promotores,  o empresário  Carlos Virtuoso é bicheiro e comanda, desde dezembro de 2007, uma organização criminosa que explora o jogo do bicho. O grupo teria mais de 200 pontos de apostas, 148 em São Vicente, 46 em Santos, 23 em Praia Grande.

Na visão dos promotores, o esquema na Baixada Santista só foi possível porque alguns policiais civis receberam dinheiro para não revelar o esquema e ex-policiais militares fizeram toda a segurança para o grupo.

O Juiz da 5ª Vara Criminal de Santos ao receber a denúncia negou a decretação de prisão preventiva dos policiais e afastamento preventivo das funções públicas .

Os promotores inconformados recorreram da decisão  e impetraram o Mandado de Segurança.

O Excelentíssimo Desembargador  Aben-Athar de Paiva de Coutinho , da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça , negou a concessão do  pedido liminar por meio do qual os promotores buscavam a decretação da prisão preventiva dos investigadores de polícia , sustentando “ser absolutamente pertinente à decretação da providência cautelar requerida para interromper de forma definitiva as atividades da organização que permanece em operação sem qualquer repressão dos órgãos policiais, até porque diversos integrantes da Polícia Civil participam de tal organização mediante recebimento de propina, tendo sido identificados no curso da investigação, como intermediários da transação, somente os cinco chefes de investigadores de Delegacias de Santos e São Vicente que foram denunciados” (“sic” ).

Não obstante a argumentação dos promotores do GAECO, o Desembargador relator PAIVA COUTINHO  fundamentou que não  se verificou a existência dos pressupostos para o deferimento liminar, porque a tutela de urgência em mandado de segurança exige flagrante ilegalidade ou abuso de poder, hipótese não verificada no caso, já que em princípio o indeferimento das cautelares pretendidas se assenta no fato de que:  “Não existe risco aparente à instrução criminal, nem à aplicação da lei penal”.

“Também não ficou indicado que os denunciados tenham mantido a atividade ilícita. Logo, não há que se falar em risco à ordem pública”, disse o relator.

Diante de mais esse revés sofrido pelo MP, a denúncia contra os policiais fica ainda mais enfraquecida; especialmente em razão de não haver materialidade de quaisquer dos crimes imputados aos investigadores.

Apesar da ausência de  prova da materialidade dos crimes, os policiais civis foram afastados por ordem do delegado diretor do DEINTER-6; remanejados para o exercício de meras funções administrativas.

Também, além de responderem a processo administrativo, que poderá resultar em demissão, por ordem da administração policial, tiveram as armas, distintivos  e as identidades funcionais recolhidas.

Policiais militares ou vândalos fardados ? 20

MP quer que policiais que destruíram carro durante operação sejam expulsos

Ação foi filmada por câmeras de segurança; tenente que ordenou a ação também foi denunciado

Do R7

Policiais podem ser expulsos da corporaçãoRecord Minas

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou os cinco policiais militares que foram flagrados destruindo um carro durante uma operação em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O tenente que ordenou a ação também foi denunciado.

Segundo o MPMG, na esfera criminal, os policiais teriam cometido abuso de autoridade ao praticarem “ato lesivo à honra ou ao patrimônio de pessoa natural ou jurídica” e, no caso do tenente, também por agir de forma omissa tanto por não conseguir impedir o crime quanto por não buscar punição aos policias quando soube do fato.

 

Já na esfera cível, o MP acusa os policias de feriram os princípios da moralidade e da legalidade que norteiam a Administração Pública e de agiram em desacordo com o Código de Ética da Polícia Militar ao não respeitarem os princípios da cidadania e dos direitos humanos e ao desprestigiarem a instituição policial e a imagem dos militares.

O órgão quer que o tenente tenha seus direitos políticos suspensos de três a cinco anos, seja obrigado a pagar multa de 40 salários e não possa contratar com o Poder Público.

Já em relação aos cinco policiais, o MP quer que eles percam a função pública, tenham seus direitos políticos suspensos de três a cinco anos, sejam obrigados a pagar multa de 80 salários e fiquem proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

A operação

Segundo o Ministério Público, durante a busca por veículos de criminosos, os policiais teriam confundido o Escort de um morador da cidade, estacionado na rua, com um dos automóveis procurados na ação de combate à criminalidade. Ao se depararem com o veículo sem ninguém dentro, os militares o teriam arrombado, rasgado os pneus, retirado o banco traseiro e danificado a pintura e a lataria.

A vítima só teria descoberto o que ocorreu por causa de câmeras instaladas em um estabelecimento comercial próximo ao local onde o carro estava estacionado.

flagra

Haddad e vereadores do PT sepultaram as chances de o ministro da Saúde Alexandre Padilha vencer Geraldo Alckmin em 2014 36

SP: vereadores aprovam aumento de até 35% para o IPTU em 2014

Reajuste para imóveis residenciais será de até 20%; para os comerciais, de até 35%. Projeto foi aprovado em segunda votação e irá para sanção do prefeito

Vereadores discutem durante a sessão que aprovou o aumento do IPTU na capital paulista Foto: Vagner Magalhães / Terra
Vereadores discutem durante a sessão que aprovou o aumento do IPTU na capital paulista
Foto: Vagner Magalhães / Terra

A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira, segunda votação, o Projeto de Lei do Executivo que prevê o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano para a cidade de São Paulo no próximo ano. A aprovação permite o aumento de até 35% para os imóveis comerciais e 20% para os residenciais. Agora, o projeto vai para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

Para imóveis com valorização superior a esses percentuais, haverá novos reajustes até 2017. Nos próximos três anos, o limite será de 15% para os imóveis comerciais e 10% para os residenciais. O valor final será condicionado pela atualização da Planta Genérica de Valores, ou seja, o valor venal do imóvel. Pela legislação, a planta é revisada a cada quatro anos.

O projeto foi aprovado por 29 vereadores. Outros 26 votaram contra. Também ficou definido que os aposentados que ganhem até três salários mínimos e tenham apenas uma residência ficam isentos do pagamento do imposto. Haverá descontos progressivos para aqueles que estiverem nessa situação e que tenham vencimentos entre quatro e cinco salários mínimos.

Para quem ganhe entre três e quatro salários, haverá um desconto de 50%. Para quem estiver entre aqueles com vencimentos entre quatro e cinco salários o desconto será de 30%.

De acordo com a Prefeitura, no próximo ano, o aumento médio do IPTU na capitalficará em 14,1%, sendo que a média do aumento do IPTU para imóveis residenciais pagantes ficará em torno de 10,7%. O número de contribuintes isentos permanecerá estável em cerca de um milhão. O total de contribuintes na cidade é de cerca de 3 milhões.

Os vereadores oposicionistas Patrícia Bezerra (PSDB), Gilberto Natalini (PV) e Mário Covas Neto (PSDB) utilizam nariz de palhaço durante a sessão Foto: Vagner Magalhães / Terra
Os vereadores oposicionistas Patrícia Bezerra (PSDB), Gilberto Natalini (PV) e Mário Covas Neto (PSDB) utilizam nariz de palhaço durante a sessão
Foto: Vagner Magalhães / Terra

O vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), que votou contra o aumento, diz que houve um esgotamento de pagamento por parte da sociedade. “Há pessoas de 70, 80 anos, que não tem renda e vão ter de pagar uma fortuna de IPTU. Eles estão em zonas que sofreram valorização, mas o IPTU chegou a um ponto em que vão ter de deixar suas casas. Tenho muito respeito pelo prefeito Fernando Haddad, mas acho que ele não percebeu que a cidade quer algo um pouco diferente”, disse.

Cunha ainda lembrou os vereadores que eles podem ter problemas no futuro. “Não andem na rua porque as pessoas que votaram em vocês vão querer encontrá-los”.

O líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT), afirmou que o prefeito Fernando Haddad foi informado imediatamente do resultado e agradeceu o apoio dos vereadores. “Ele gostou, ficou feliz. É um projeto a favor da cidade”, disse ele.

O vereador Ricardo Young (PPS) disse que o governo deveria agradecer a oposição. “Demos inúmeras chances para que os vereadores repensassem o projeto, mas nem assim houve uma proposta mais razoável”.

Veja como votaram os vereadores:

A favor do aumento
Alessandro Guedes (PT);
Alfredinho (PT);
Ari Friedenbach (Pros);
Arselino Tatto (PT);
Atílio Francisco (PRB);
Calvo (PMDB);
Conte Lopes (PTB);
George Hato (PMDB);
Jair Tatto (PT);
Jean Madeira (PRB);
José Américo (PT);
Juliana Cardoso (PT);
Laércio Benko (PHS);
Marquito (PTB);
Milton Leite (DEM);
Nabil Bonduki (PT);
Nelo Rodolfo (PMDB);
Noemi Nonato (PROS);
Orlando Silva (PCdoB);
Paulo Fiorilo (PT);
Paulo Frange (PTB);
Pastor Edmílson Chaves (PP);
Reis (PT);
Ricardo Nunes (PMDB);
Ricardo Teixeira (PV);
Senival Moura (PT);
Souza Santos (PSD);
Vavá (PT);
Vadih Mutran (PP).

Contra o aumento
Adilson Amadeu (PTB);
Andrea Matarazzo (PSDB);
Aurélio Miguel (PR);
Aurélio Nomura (PSDB);
Claudinho Souza (PSDB);
Coronel Camilo (PSD);
Coronel Telhada (PSDB);
Dalton Silvano (PV);
David Soares (PSD);
Edir Sales (PSD);
Eduardo Tuma (PSDB);
Floriano Pesaro (PSDB);
Gilson Barreto (PSDB);
Goulart (PSD);
José Police Neto (PSD);
Marco Aurélio Cunha (PSD);
Mário Covas Neto (PSDB);
Marta Costa (PSD);
Gilberto Natalini (PVP);
Ota (PROS);
Patrícia Bezerra (PSDB);
Ricardo Young (PPS);
Roberto Tripoli (PV);
Sandra Tadeu (DEM);
Toninho Paiva (PR);
Toninho Vespoli (Psol)

Dr. COROMÉ PM – Exemplo da “grande honestidade” dos oficiais das políciais militares: SÚCIA ESTRELADA ! 26

30/10/2013 12h15 – Atualizado em 30/10/2013 12h44

Tenente-coronel flagrado ao furar blitz no ES é afastado, diz governo

Militar depôs ao MP-ES e disse que foi humilhado durante abordagem.
Vídeo mostra militar saindo de bloqueio, que teve ocorrência cancelada.

André Falcão, Juirana Nobres e Mário BonellaDo G1 ES, com informações da TV Gazeta

tenente-coronel da Polícia Militar que tentou furar uma blitz da Lei Seca, em Vitória, foi afastado do cargo de assessor jurídico pelo comando da corporação, no final da manhã desta quarta-feira (30), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp). Dependendo do resultado das investigações, José Dirceu Pereira pode ser expulso da PM. O G1 teve acesso ao depoimento que o militar prestou ao Ministério Público do estado (MP-ES). Ele alega que foi humilhado pelos soldados durante a ação. Imagens da blitz foram registradas por um soldado e as gravações da central da polícia mostram uma ordem para cancelar a ocorrência.

O caso aconteceu no dia 13 de outubro, na Avenida Nossa Senhora da Penha. Segundo os policiais, o militar saía do estacionamento de uma boate e foi abordado. Ao ser parado, o vídeo mostra o tenente-coronel questionando: “Você sabe que eu sou coronel da polícia, né? Vocês querem me ferrar?”, diz. Os soldados suspeitaram que o motorista estivesse embriagado e solicitaram a documentação, que foi negada. No áudio do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), os diálogos apontam que o tenente-coronel deixou o local da blitz e uma ocorrência feita contra ele acabou sendo cancelada por determinação de um major da PM.

Já me humilhou na frente dos recrutas, obrigado por ter me sacaneado bastante.”
José Dirceu Pereira,
tenente-coronel

Depoimento
Dois dias depois do ocorrido, no dia 15 de outubro, o tenente-coronel José Dirceu prestou depoimento ao MP-ES. Ele relatou que os policiais “não pediram a documentação, foram truculentos e mal educados”. Em um dos trechos, o tenente-coronel conta a sua versão. “Tá feliz agora né sargento! Já me humilhou na frente dos recrutas, obrigado por ter me sacaneado bastante. Peguei minha carteira, dei ré no carro e fui embora”, relatou ao MP.

José Dirceu diz, no depoimento, que um amigo acompanhou a fiscalização, de um outro carro que também saiu do estacionamento da boate. Segundo o documento, este amigo relatou que os policiais não foram truculentos. A testemunha depôs à Polícia Civil e não citou, em nenhum momento, agressividade dos policiais.

Contradição
O tenente-coronel informou que os policiais não pediram que ele apresentasse a documentação. “Em nenhum momento o graduado pediu minha carteira de habilitação ou documento do veículo. Em nenhum momento pediu para que eu me submetesse a exame etílico”, relatou em depoimento ao Ministério Público. Mas as imagens mostram que o sargento que abordou Dirceu na blitz pediu que ele apresente os documentos.

Em depoimento, militar disse que foi humilhado na frente de recrutas no Espírito Santo. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Em depoimento, militar disse que foi humilhado na frente de recrutas no Espírito Santo. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

MP-ES
O procurador do MP-ES Sócrates de Souza informou que a Corregedoria da Polícia Militar deveria ter sido acionada e que o tenente-coronel agiu errado. “A sensação que fica é de que ele está acima da lei e exerce a hierarquia sobre seus subordinados. O MP entende que a corregedoria deveria ser acionada. O comandante do batalhão deve prestar esclarecimentos sobre o cancelamento da ocorrência. Se fosse o inverso, o soldado estaria preso. Isso mancha a imagem da instituição”, disse.

Delegacia de trânsito
O delegado de trânsito Fabiano Contarato analisou a situação e disse que o militar pode responder por três crimes. “Houve o crime de resistência, pois ele se opôs a um ato legal que era a blitz, por crime de desacato, já que é possível ocorrer crime de desacato entre funcionários públicos mesmo se o desacatado foi inferior hierárquico, e ainda o crime de denunciação caluniosa, pois o tenente foi até a auditoria da Polícia Militar para denunciar os policiais que o abordaram sabendo que eram inocentes”, falou.

Corregedoria da PM
O chefe da corregedoria da PM, o coronel Celante, informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos. “Há vários relatos e vamos juntar todos para saber o que aconteceu. Quanto ao cancelamento, garantimos que tudo será investigado. Não sei em que circunstâncias ela foi cancelada e por ordem de quem. Com a conclusão, o documento é repassado ao MP, que vai verificar as provas e ver se há caso de indiciamento. Se for comprovado, os envolvidos podem responder por crime de natureza militar ou comum”, comentou.