Fábio Morrone havia publicado uma matéria ofensiva sobre o presidente do SEPESP após uma reunião no Colégio de Líderes da Alesp.
Data: 23/10/2013

Confira no site do SEPESP a carta resposta do presidente da entidade, João Xavier Fernandes, a Fábio Morrone, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (SIPOL) da Região de Presidente Pudente. O presidente do SIPOL Presidente Prudente havia publicado, no site do seu Sindicato, uma matéria ofensiva sobre Xavier após uma reunião no Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que aconteceu na terça-feira, dia 22. Leia a seguir:
SENHOR FABIO MORRONE
Presidente do SIPOL Presidente Prudente
Tivemos o prazer de acessar a sua matéria sobre os fatos da reunião na ALESP, com o Colégio de Lideres ocorrido em na terça-feira, dia 22.
Podemos, assim, neste momento tão importante, analisar e conhecer os verdadeiros representantes de uma categoria.
Primeiro é importante observar que toda a sociedade, incluindo os trabalhadores da Policia Civil do Estado de São Paulo, vive em um Estado democrático de direito, onde as pessoas são livres para expressar suas vontades e seus pensamentos, inclusive quando as pessoas estão revestidas de um cargo de representação de uma categoria de trabalhadores, momento em que, às vezes, procura-se superar o “EU” expor o sentimento de seus representados. E aí começamos a entender, pelas suas palavras e expressões, o que você pensa enquanto sociedade, enquanto trabalhador e, principalmente, enquanto representante de uma categoria.
Com respeito à pessoa e representante de uma categoria, passamos a chamá-los para uma breve reflexão.
Inicialmente, dispensamos comentários aos elogios apresentados a FEIPOL e seus representantes, por entender que tenha compromissos e motivos que te levam aos elogios. Mas vamos refletir sobre o“homem de boina com camiseta com a cara de um medico argentino, que foi desqualificado por Fidel Castro”, palavras suas.
Assim, quanto à camiseta e cara do médico desqualificado, pedir-lhe-ia e aconselharia conhecer um pouco mais. Isto se faz com leitura, conhecimento, debates, humildade etc.
Mas sobre o “homem de boina”, causou-nos muita estranheza a forma que você se dirigiu. Trata-se deJoão Xavier Fernandes, presidente do SEPESP, valendo lhe informar que este senhor lutou, lutou muito para ser o presidente deste Sindicato e, para seu conhecimento, por suas opiniões e posições firmes, ele chegou a ser expulso da entidade por duas vezes, pagou suas mensalidades em consignação judicial para garantir o direito de ser filiado.
Disputou e ganhou as eleições no Sindicato por duas vezes, ganhou e não conseguiu tomar posse, e só está presidente neste momento porque ganhou pela terceira vez e só conseguiu tomar posse através de ação judicial, processo N. 00005754720102020011, que tramitou pela 11° Vara da Capital. Isto é parte da luta do “homem de boina”.
Mas não é só. Foi com este mesmo homem que você conversou várias vezes, inclusive, pedindo informações, e orientações, fazendo perguntas sobre a luta; pediu informações sobre o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Sr. Rebouças, e ele, gentilmente, lhe passou um histórico e breve relato de toda a luta da categoria, do apoio da CUT e da Cobrapol, dos atos organizados, a busca da união etc. Mas, até aí, o “homem de boina” não sabia que o senhor era o presidente do SIPOL Presidente Prudente, e quando tomou conhecimento, ouviu de sua própria pessoa que disse que ia pedir renúncia, porque a sua categoria não participava, era omissa e que iria conversar com Sr. Reouças sobre sua pretensão em representá-lo naquela região, Presidente Prudente.
Este mesmo “homem de boina” participou de reunião, onde se discutia o movimento de reivindicação, juntamente com outras lideranças, quando a sua explanação foi no sentido de que a greve ou luta na sua região não compensava, porque não tinha participação da categoria, mas que somaria com o Sindicato dos Investigadores.
Quanto ao fato especifico da reunião com Colégio de Lideres e a fala áspera do “homem de boina”, agora podemos entender o porquê de sua insatisfação, pois já se passaram quase 20 anos e os hábeis parlamentares gostam mesmo de palavras e falas lapidadas, eloquentes e meigas, palavras que não foram as suas, porque o senhor não tem se manifestado publicamente, mas demonstra concordância em seu texto, e aí perguntamos: em quase 20 anos de governo, acreditamos os parlamentares que lá passaram não são diferentes e gostam de palavras assim, mas e a sociedade? E os Escrivães? E os Investigadores? Será que não queriam falar algo parecido ou igual? Quantos queriam usar a palavra e dizer, mas sequer tiveram a oportunidade de ir dizer pessoalmente e não puderam, pois estavam presos em seus afazeres, registrando ocorrências, investigando fatos etc.
O QUE OS REPRESENTADOS DEVEM ESPERAR DE SEUS REPRESENTANTES?
Há muito tempo o movimento sindical vem vivendo, juntamente com seus trabalhadores representados, promessas, propostas vazias, e a categoria continua desprestigiada, trabalham em más condições, muitas vezes ficando com sequelas, afastando-se de suas funções, a até assassinados, e as palavras doces continuam tanto por parte de alguns representantes e com muita propriedade pelo governo, seus representantes e sua base aliada, que, como cordeiros, após palavras amáveis e doces podem responder em coro; AMÉM!
Mas acredito e tenho certeza de que os trabalhadores da categoria e todos que atuam direta ou indiretamente com a segurança Pública, estão de olho aberto para a realidade. Todos em seus locais de trabalho e/ou em suas áreas de atuação saberão entender o momento e a indignação do REPRESENTANTE da categoria – ESCRIVÃES de Policia.
Por fim, chamamos a toda a categoria para uma grande reflexão: QUE REPRESENTANTE QUEREMOS?O lapidado e de palavras doces, amáveis e bajuladoras, ou aquele que busca expor e respeitar o sentimento de uma categoria e seus representados, que se encontram escravizados, humilhados pela proposta governamental? – PLC 44/2013 – VEJA SUBSTITUTIVO N° 1 no site www.sepesp.org.br
Um abraço fraterno.
Joao Xavier Fernandes
Presidente do SEPESP






