Operação Blecaute: Polícia Civil para pela 6ª vez amanhã 29

 

A Polícia Civil de São Paulo irá paralisar as atividades, nesta terça-feira (10), entre 10h e 16h, com a sexta Operação Blecaute. O ato, organizado pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), com o apoio do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindpesp), visa protestar contra as condições de trabalho.

 

Durante o período, todas as delegacias – Ciretran’s e Seções de Trânsito do Estado – permanecerão de portas abertas, mas com suas atividades suspensas. A intenção da paralisação, de acordo com a presidente da Adpesp, Marilda Pansonato Pinheiro, não é prejudicar a população. “Queremos esclarecer à sociedade sobre o real “cenário de sucateamento” que vem impedindo a Polícia Civil de prestar um atendimento de qualidade ao cidadão.”

 

Na semana passada, a categoria se manteve em alerta, pois havia comprometimento do governo em anunciar uma proposta de recomposição salarial aos policiais civis, o que não aconteceu.

 

A categoria cogita decretar greve caso o governo não se pronuncie ou se a proposta anunciada for insatisfatória. Desde 20 de agosto, delegados de polícia de São Paulo permanecem em estado de greve, iniciativa que deverá se prolongar até que as demais entidades representativas da Polícia Civil deliberem, em assembleias próprias, pelo movimento.

 http://www.jcnet.com.br/Geral/2013/09/operacao-blecaute-policia-civil-para-pela-6a-vez-amanha.html

A meganha paulista anuncia campanha publicitária contra as legítimas aspirações dos delegados, dos escrivães e dos investigadores da Polícia Civil…Lembrando que os nossos inimigos – por meio de artifícios – há muitos anos ganham bem mais do que nós; além de inúmeras vantagens funcionais diferenciadas…A folha de pagamento da PM conta mais de 15000 ( quinze mil ) oficiais arrombando o erário com salários de marajás…A PM não precisa de aumento salarial; precisa de vergonha na cara ! 49

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Fábio Morrone – O desprezo seria a melhor vingança? 49

SIPOL

POLICIAIS CIVIS
O desprezo seria a melhor vingança?
Tanto o Senhor Governador, como o Senhor Secretário já tiveram provas suficientes da intenção de algumas instituições.
Nesse momento algumas Autoridades do Governo podem estar pensando: “se estão fazendo isso tudo agora, o que não farão perto das eleições se continuarmos a lhes dar força e atenção desmedidas em detrimento das entidades civis”?
Estão, por si só, rebolando à bambolê na areia movediça. Senhores Policiais Civis, não vamos mais fazer parte de discussões acaloradas e sem sentido que só alimentam o monstrengo de horrores.
O momento é adequado a exercitarmos toda nossa serenidade e intelectualidade e mostrar às Autoridades Constituídas que somos civis e que somos civilizados. E que durante décadas esquecidos ainda somos fiéis ao Estado Democrático de Direito, e que isso nos distingue. Conosco a sociedade jamais será ameaçada de ruptura da segurança pública.
Por quê? Porque não há o que romper. Pois se dependêssemos da análise unipolar de determinados comentários nunca se ouve de falar em união. Quanto mais em ruptura. Nunca se uniram a nós, como poderiam romper? O parco caminho trilhado foi deflorado com palavras insensatas que, graças a Deus, não vieram de seu Comandante Supremo, o Governador.
E pra rasgar o verbo, jamais os grandes jornais publicariam tamanha insensatez nem por todo dinheiro do Mundo. Talvez uma nota, sobre a bravata.
Fábio Morrone
Presidente do SIPOL.

RUPTURA JÁ ! – Policiais civis, uni-vos contra mais uma canalhice da Polícia Militar; não se iludam: policiais militares são inimigos…Nossas coirmãs são AS GUARDAS CIVIS 98

“…Além disso, o policial militar está sempre comprometido com o cidadão: não faz greve, não faz operação blecaute, não prejudica a população. É leal ao Governo e à sociedade, portanto não é justo receber salário inferior…”.
COMUNICADO À POPULAÇÃO DE SÃO PAULO

A SEGURANÇA PÚBLICA EM RISCO

 

As Entidades Representativas dos Policiais Militares e o Conselho de Comandantes Gerais vêm a público para demonstrar sua preocupação com a segurança no Estado de São Paulo, motivada pela forma DISCRIMINATÓRIA com a qual o Governo Geraldo Alckmin está tratando a questão salarial das polícias, pretendendo conceder reajuste menor aos policiais militares.

Sabemos que as Instituições se completam: uma faz a prevenção, outra a investigação e a outra a perícia. Por isso, há mais de 20 anos, todas têm salários equiparados. O que o Governo Alckmin está prestes a fazer, criando subcategorias nas polícias, COLOCARÁ EM RISCO A SEGURANÇA DO CIDADÃO, pela desmotivação dos policiais militares e pela desarmonia que será criada entre as polícias.

Todos merecem ganhar melhor. E também o policial militar, que está na linha de frente trabalhando 24 horas por dia nos 645 municípios, no Bombeiro, no Águia, na ROTA, no Policiamento, na Rodoviária, no Trânsito, na Ambiental, defendendo e morrendo pelo cidadão de São Paulo, como fizeram mais de 100 policiais militares que perderam a vida em 2012, além dos mais de 300 que ficaram feridos no cumprimento do dever.

Além disso, o policial militar está sempre comprometido com o cidadão: não faz greve, não faz operação blecaute, não prejudica a população. É leal ao Governo e à sociedade, portanto não é justo receber salário inferior.

Esperamos que o Governador Geraldo Alckmin conceda o tão bem-vindo e necessário reajuste, mas que faça justiça com todas as policiais estaduais, pois todas são formadas por homens e mulheres comprometidos com o cidadão, todos merecem o mesmo tratamento.

São Paulo, 9 de setembro de 2013

COORDENADORIA DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS

DOS POLICIAIS MILITARES

CONSELHO DOS COMANDANTES GERAIS

Angelo Criscuolo

Presidente da Coordenadoria das Entidades Representativas

fonte: http://www.aopm.com.br/materias.asp?IDpublish=1848&sectionID=49&sectionParentID=0

O POVO NÃO PODE SER REFÉM DE MEGANHAS – A Polícia Militar – por inveja e mesquinhez – faz ameaças a Geraldo Alckmin…Urge total afastamento da Polícia Civil desse órgão mentiroso e imediato poder de polícia às Guardas Municipais 98

A SEGURANÇA PÚBLICA EM RISCO

As Entidades Representativas dos Policiais Militares, reunidas em sessão plenária em 09 de setembro de 2013 em conjunto com o Conselho de Comandantes Gerais, e em face das últimas notícias dando conta de que o Governo do Estado continua propenso a dar reajustes diferenciados às diversas carreiras policiais, em detrimento dos policiais militares, comunicam aos seus associados e à população de São Paulo o seguinte:

1. Não serão aceitas pelos policiais militares quaisquer propostas de reajustes diferenciados que os coloquem em posição de subalternidade em relação a alguma outra Instituição Policial;

2. As Entidades continuarão em seu propósito de convencer o Governo do Estado das consequências nefastas de proposta dessa natureza, na medida em que ela causaria total ruptura no sistema de segurança pública, com sérios prejuízos à população;

3. Não obstante, continuarão em trabalho ativo de convencimento de parlamentares, políticos e representantes da sociedade civil que de alguma forma possam também levar ao Governo o caráter explosivo dessa proposta;

4. Finalmente, como forma de tornar pública ao Governo e a toda a população de São Paulo a irresignação com relação a essa discriminação, as Associações farão publicar em jornal de grande circulação “Carta Aberta “, informando aos cidadãos a ameaça de ruptura no sistema de segurança pública de São Paulo.

Caso as medidas anunciadas não surtirem o efeito desejado, outras medidas legais e legítimas poderão ser adotadas para levar ao conhecimento do cidadão a terrível discriminação que está para ocorrer contra a Corporação responsável maior por sua segurança.

ANGELO CRISCUOLO

Presidente da Coordenadoria das Entidades Representativas

http://www.aopm.com.br/materias.asp?IDpublish=1847&sectionID=49&sectionParentID=0

Ao “Comandante” MARCOS : várias Associações e Entidades da PM escreveram um documento (contra aumento diferenciado para a PC) ao Senhor Governador 102

Se tiver um espaço para publicar essa pequena contribuição do SIPOL a um dos escritores mais gozadores, cujas palavras já tive oportunidade de ler na Internet.

sipol-prudente.blogspot.com.br

Caro “irmão” “MARCOS”.

Dê o seu nome verdadeiro aqui como eu faço e vou não só contestar TUDO O QUE VOCÊ DISSE, mas provar-lhe cabalmente o contrário de suas razões. Intelectual e documentalmente. Vou te mostrar o ângulo correto para análise de suas próprias afirmações. E vou aproveitar a INSANA AUDIÊNCIA QUE MINHAS INFORMAÇÕES VÃO TER ENTRE OS PRAÇAS, para mostrar vários outros ângulos corretos de várias outras afirmações que você fez.

Se você se identificar poderei lhe escrever ABERTAMENTE AQUI sobre tudo o que você disse, mas acho que você não vai ter coragem de se identificar. Porque vai passar vergonha.

As Entidades da PC só escreveram a tal tabela, porque várias Associações e Entidades da PM escreveram um documento (contra aumento diferenciado para a PC) ao Senhor Governador. E mais, intrinsecamente, a meu ver, usaram a sociedade para atingir o Governo. E como você mesmo PODE AFIRMAR CABALMENTE, A TABELA SÓ TEM VERDADES. VERDADES NUAS E CRUAS. E você vem confessar na Internet que realmente têm essas vantagens porque seus COMANDANTES lutaram. Sim, mas também porque NOSSAS ENTIDADES NUNCA SE OPUSERAM A NADA. Nunca escreveram cartinha ao Governador mostrando ardente ciúme e quiçá inveja.

Nunca trabalhamos conta a PM. A PM sim foi na porta do Palácio em 2008 e nos barrou, sem necessidade, só para criar efeito midiático. Você tem orgulho disso “MARCOS”?! Deve ter orgulho de quantas outras cartinhas às quais não tivemos acesso?

Você vem com a cara lavada postar na Internet que os itens de vantagens da PM sobre a PC são VERDADEIROS e ainda tentar injustamente nominar bodes expiatórios.

Pois bem Governador, como Vossa Excelência pôde verificar na palavra do tal “MARCOS”, a PM já tem sim inúmeras vantagens sobre a PC. Portanto é mais do que urgente e legítimo reconhecer a Carreira Jurídica e o Nível Universitário para Escrivães e Investigadores e reestruturar as demais carreiras da Polícia Civil.

MARCOS, seu danado………………………..OBRIGADO CARA!

SOCIEDADE PAULISTA – Com ou sem aumento diferenciado a POLÍCIA CIVIL TRABALHA PARA VOCÊ POR VOCAÇÃO. E vai fazer de tudo, aconteça o que acontecer para que, nossa SOCIEDADE não seja mais prejudicada do que já foi, pelo sucateamento de nossa grande instituição Policial Civil.

Fábio Morrone.

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Recado do oficialato às praças: ” SEU COMANDO ESTÁ BRIGANDO PARA QUE AS PRAÇAS DA PM, QUE TEM SEU CURSO DE FORMAÇÃO JÁ RECONHECIDO POR LEI ESTADUAL COMO SUPERIOR NÃO SEJAM PASSADOS PARA TRÁS POR TIRAS E ESCRIVÃES FORMADOS EM LETRAS, GEOGRAFIA…A PC TEM MUITO DINHEIRO PARA PAGAR JABA PARA INIMIGOS FALAREM MAL DE OFICIAIS( COMO SE DELEGADOS FOSSEM GRANDE COISA) E DA CORPORAÇÃO ” ( “sic” ) 159

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VC TEM APOSENTADORIA ESPECIAL, PROMOÇÃO A CABOS E SGT POR ANTIGUIDADE, PODE ACESSAR O OFICIALATO POR TRÊS VIAS( SE FOR SGT VAI CHEGAR A 2º TEN FACINHO, NA PC ESCRIVÃO NÃO CHEGA A DELEGADO) VC PM TEM APOSENTADORIA INTEGRAL E PARIDADE ATIVO INATIVO( SEU COMANDO BRIGOU POR ISTO ENQUANTO OS DELEGADOS DEIXARAM A PC A MÍNGUA NA CRIAÇÃO DA PREVIDÊNCIA ESTADUAL PELO ALCKIMIN( OS PC SÓ APOSENTAM POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E IDADE MAS AINDA PERDEM NA MÉDIA DE CONTRIBUIÇÃO), OS DELEGADOS SÓ PENSAM NELES E QUEREM SER CARREIRA JURÍDICA( PROMOTOR FRUSTADO), NA PC PARA LEVAR SALÁRIO INTEGRAL TEM QUE FICAR 05 ANOS NA FUNÇÃO, NÃO SE TIROU O POSTO IMEDIATO DE PRAÇAS EM 1993 NEM PRECISAM HJ CUMPRIR 02 ANOS PARA LEVAR OS POSTO IGUAL OS OFICIAIS. SEU COMANDO ESTÁ BRIGANDO PARA QUE AS PRAÇAS DA PM, QUE TEM SEU CURSO DE FORMAÇÃO JÁ RECONHECIDO POR LEI ESTADUAL COMO SUPERIOR NÃO SEJAM PASSADOS PARA TRÁS POR TIRAS E ESCRIVÃES FORMADOS EM LETRAS, GEOGRAFIA, ETC, QUE SE DIZEM NÍVEL SUPERIOR, E SEGUNDO DIZEM TERÃO AUMENTO ENTRE 700,00 E 1200,00 A MAIS QUE A PM, LEIA-SE SD E CB E SGT( QUAL É A DIFERENÇA O NOSSO PM É FORMADO PARA SER PATRULHEIRO E SUPERVISOR) SEU COMANDO AUTORIZOU Q VC FIZESSE SERVIÇO EXTERNO (OPERAÇÃO DELEGADA)COM TD GARANTIAS, NA PC OS DELEGADOS SÓ SE PREOCUPARAM EM APROVAR A LEI DO GAT( GRATIFICAÇÃO DE ACUMULAÇÃO DE TITULARIDADE ONDE UM DELEGADO GANHA 3000,00 REAIS A MAIS QDO ACUMULA DUAS DELEGACIAS, NESTA DEMANDA SALARIAL OS OPERACIONAIS DA PC NÃO TERÃO NENHUM BENEFÍCIO FORAM, ESQUECIDOS ( ELES NAS TABELAS DE VENCIMENTOS DA LC 731/93 SÃO EQUIPARADOS AO CABO E SOLDADO ( FAÇA A SUA CONCLUSÃO DISTO)AQUI O SEU COMANDO BRIGA POR UM AUMENTO LINEAR PARA TODOS, NA PC É CADA UM SI. PELO AMOR DE DEUS PM SE ALINHAR A TIRA EM LUTA PARA MELHORAR O QUE PARA VC?( LEIA NO SITE FLITPARALISANTE O QUE SE FALA DA PRAÇA PM). O PRÓXIMO PASSO DA PC SERÁ COLOCAR UMA EMENDA CONSTITUCIONAL PARA DAR PODER DE POLÍCIA A GUARDA MUNICIPAL( OU APROVAR AS QUE JÁ EXISTEM) , RESULTADO ,MESMO VC SENDO ATIVO OU INATIVO, A SUA PM VAI PRO BELELÉU E COM ELA TEU VENCIMENTO E TUA APOSENTADORIA, VAI SER IGUAL AO DER O ÚLTIMO QUE SAIR APAGUE A LUZ, PORTANTO PARE DE SEGUIR FALSOS LÍDERES, A PC TEM MUITO DINHEIRO PARA PAGAR JABA PARA INIMIGOS FALAREM MAL DE OFICIAIS( COMO SE DELEGADOS FOSSEM GRANDE COISA) E DA CORPORAÇÃO, INIMIGOS ESTE QUE AS VEZES MORAM AO LADO DO TEU ARMÁRIO NO QUARTEL, REFLITA

Ler mais: http://www.appmaresp.com/news/relacionamento-com-a-policia-civil-pode-estar-sendo-sabotado-por-interesses-ate-o-momento-desconhecido/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=http%3A%2F%2Fwww.appmaresp.com%2Fnews%2Frelacionamento-com-a-policia-civil-pode-estar-sendo-sabotado-por-interesses-ate-o-momento-desconhecido%2F

Policiais civis e militares protestam durante desfile cívico…( ENQUANTO ISSO OS CORONÉIS E O CABO WILSON COMEMORAM A SUSPENSÃO DO AUMENTO SALARIAL PARA DELEGADOS, ESCRIVÃES E INVESTIGADORES ) 37

Comandados pelo deputado estadual major Olímpio Gomes (PDT), um pequeno grupo de policiais pede reajuste de salário

Felipe Frazão

O desfile cívico em São Paulo começou às 9h15 deste sábado com um protesto nas arquibancadas do Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Um pequeno grupo de policiais civis e militares levou faixas e bradou contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB).  O ato ocorreu bem em frente à tribuna de honra, onde Alckmin acompanha o desfile ao lado do prefeito Fernando Haddad (PT) e do comando das Forças Armadas e das policias Civil e Militar.

O grupo do movimento Reaja SP e da PEC 300 são liderados pelo deputado estadual major Olímpio Gomes (PDT).  O deputado tentou constranger o governador ao gritar palavras de ordem por melhorias no salário da PM e pela aprovação de uma CPI na Assembleia Legislativa paulista para investigar o cartel em concorrências do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no estado.

O deputado foi aplaudido por famílias que assistiam ao desfile das arquibancadas e coordenou uma vaia coletiva a Alckmin, que não reagiu. Segundo Olímpio, a PM pode deliberar greve se não entrar em acordo com o governo paulista na Justiça pelo reajuste salarial ate terça-feira. A Polícia Civil decretou estado de greve. “Estamos à beira de ter uma grande paralisação na PM, fato que só ocorreu em 1961 no governo Carvalho Pinto”.

Apenas dois dos nove setores de arquibancada do Anhembi estão cheios. Não houve registro de manifestação no entorno do sambódromo, mas o desfile está esvaziado com público menor do que em anos anteriores.

Cartel – Segundo o deputado, faltam apenas seis assinaturas para que parlamentares consigam as 32 necessárias para instaurar uma CPI na Alesp. Ele acusa Alckmin de barrar a adesão de parlamentares do PSDB e aliados.

“O governo impede a sua base de assinar a CPI. Porque CPI a gente sabe como começa, mas não sabe como termina. Deputados da base aliada de Alckmin dizem nos bastidores que queriam assinar”, afirmou major Olímpio.

O governador Geraldo Alckmin não comentou sobre o protesto liderado pelo pedetista nas arquibancadas. “Hoje e um dia importante de comemoração e de reflexão, de luta para novas conquistas”, disse Alckmin.

Sobre o aumento salarial na PM, motivo do protesto, Alckmin disse que o crescimento do PIB atrapalhou o planejamento. “É preciso atender pleitos justos e reajustar salários, mas com responsabilidade fiscal. O orçamento tem limites. Fizemos o orçamento com crescimento do PIB de 4, 5% e infelizmente foi de 2%. Há limitações.”, declarou

Carreira Jurídica Militar: excremento vazado da patológica inveja e sentimento de inferioridade do oficialato das PMs 54

Carreira Jurídica Militar – De volta à Ditadura?

Tramita na Assembléia Legislativa de Minas Gerais a PEC 59, de autoria de alguns membros do parlamento, com o objetivo de exigir a formação superior em direito para ingresso no oficialato da Polícia Militar de Minas Gerais, além de atribuir à carreira militar o status de jurídica. Muito mais que uma simples modificação nos requisitos de ingresso à carreira ou em sua nomenclatura, a proposição exige atenção especial da sociedade e do próprio Governo, sob pena de duro golpe ao Estado Democrático de Direito e à própria Constituição.

                  É de se observar, inicialmente, que a reivindicação dos militares ocorre em reação ao recente reconhecimento na Constituição Estadual de carreira jurídica de Estado aos Delegados de Polícia, fruto de amplo e transparente debate social, especialmente como segunda proposta mais votada no seminário de segurança pública realizado pela própria Assembléia em 2006, além de fundamentado em disposições expressas do Conselho Nacional de Justiça e em decisões do Supremo Tribunal Federal. Ainda assim, a proposição relativa aos Delegados de Polícia amadureceu por longos quatro anos em nosso Parlamento.

                  A proposta dos militares não foi debatida ou analisada, sequer superficialmente. É o que expõe em seu blog, aliás, o renomado Professor Sapori, ex-Secretário de Estado de Defesa Social, Coordenador do Curso de Ciências Sociais da PUC Minas e Secretário Executivo do Instituto Minas Pela Paz:

                   “A conquista recente dos Delegados da PCMG suscitou uma resposta anacrônica e irracional de setores do oficialato da PMMG. E as entidades representativas das diversas carreiras da PCMG estão reagindo à PEC 59, como era de se esperar.

                    Confesso-me abismado com a PEC 59/2010. Jamais podia imaginar que o oficialato de uma Polícia Militar pudesse reivindicar o statusde carreira jurídica. Para tanto estão prevendo que o ingresso no quadro do oficialato da PMMG exigirá o bacharelado em Direito.
 
                     Eis um infeliz retrocesso na história da Polícia Militar de Minas Gerais!

                     Na ânsia de não perder espaço político para os Delegados mineiros, setores do oficialato da PMMG estão  metendo os pés pelas mãos.” (grifo nosso).

                     Em seguida é preciso que se esclareça o que significa dizer que determinada carreira é jurídica?

A definição de carreira jurídica nos é apresentada em dois planos. No normativo, o art. 2º da Resolução nº 11/2006 do Conselho Nacional de Justiça prevê que “Considera-se atividade jurídica aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito, bem inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico, vedada a contagem do estágio acadêmico ou qualquer atividade anterior à colação de grau.

No plano jurisprudencial, o Supremo Tribunal Federal, mais alta corte Judiciária do país e responsável pela defesa das disposições constitucionais já trouxe em inúmeros de seus julgados a caracterização de carreira jurídica. A título de ilustração, o Ministro Carlos Ayres Brito, em voto proferido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.460, discorre que “Há exceções, reconheço, nesse plano do preparo técnico para a solução de controvérsias. E elas estão, assim penso, justamente nas atividades policiais e nas de natureza cartorária. É que a Constituição mesma já distingue as coisas. Quero dizer: se a atividade policial diz respeito ao cargo de Delegado, ela se define como de caráter jurídico. […] Isto porque: a) desde o primitivo § 4º do artigo 144 da Constituição, que o cargo de Delegado de Polícia é tido como equiparável àqueles integrantes das chamadas carreiras jurídicas […]”.

                 Notadamente no mesmo sentido, o Ministro Cezar Peluso, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.614/PR, asseverou que“compete somente às polícias judiciárias (e não às militares) a lavratura de termos circunstanciados (Lei nº 9.099/95) –, cabe ao delegado de polícia a realização de “um juízo jurídico de avaliação dos fatos que são expostos”.

                Portanto, de forma mais objetiva possível, pode-se afirmar que pertencem às carreiras jurídicas os cargos que, além de exigirem formação superior em direito pela utilização inevitável e preponderante de conhecimentos jurídicos, atuam no processo (ainda que na fase pré-processual) com capacidade postulatória, em nome próprio, com a realização de valoração jurídica. Sabidamente, pertencem às carreiras jurídicas os cargos de Magistrado, Promotor de Justiça, Defensor Público, Procurador do Estado e Delegado de Polícia, essencialmente.

Na atuação da Polícia Militar, conforme disposto no art. 144 da Constituição da República, não há utilização de conhecimentos jurídicos de forma preponderante, tampouco de forma considerável pois ao órgão cabe a manutenção da ordem e a prevenção do crime, especialmente através da realização de policiamento (patrulhamento) ostensivo, dando visibilidade à presença do Estado de forma a inibir a prática do delito.

Ainda que nos refiramos à apuração de crimes militares não há que se falar em carreira jurídica. O Oficial Militar responsável pela elaboração de inquérito policial militar realiza mera adequação matemática de uma conduta a uma norma militar, inexistindo aqui capacidade postulatória e tampouco valoração jurídica por parte de seus responsáveis. É por tal razão que o policial militar que age em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal, ainda assim, é preso e indiciado pelo crime penal. Basta lembrar que o IPM é realizado, indistintamentepor qualquer Oficial da Polícia Militar, sem que possua formação superior em direito.

                    Por que então a busca de se criar a inexistente figura do militar jurista?          O que pretendem, pois, os militares com a tentativa equivocada de tal inserção?

Como muito bem afirmado pelo Professor Sapori, trata-se de reação dos Oficiais, motivada pelo medo da perda de prestígio em relação aos Delegados de Polícia e, mais, pelo medo da inevitável diferenciação salarial que deve existir entre os cargos.

Os Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, sabidamente, alegam uma inconstitucional e absurda vinculação salarial com os Delegados de Polícia como questão cultural no Estado. Ora, a remuneração dos diversos cargos da Administração Pública deve obedecer aos critérios de requisito, à natureza das funções e ao grau de responsabilidade, por inarredável previsão constitucional. Não há como se defender a tal vinculação porque, pertencendo os Delegados de Polícia às carreiras jurídicas, tal quais deve ser tratado sob o aspecto remuneratório.

Mas seria menos preocupante se o único objetivo do Oficialato da Polícia Militar de Minas Gerais fosse o “prestígio jurídico”. Por detrás da proposta está uma tendência já hoje observada de militarização da investigação criminal, o que nos remete ao período sombrio da ditadura militar em nosso país.

É que a função constitucional da Polícia Militar é a prevenção do crime e a manutenção da ordem. Não é sem razão que os policiais militares usam uniforme e uma de suas principais estratégias deveria ser a presença policial com o objetivo de inibir a prática do crime. Diz-se “deveria” porque se observa em nosso Estado o abandono da prevenção em prol de uma cultura de repressão.

Imagine-se presenciando diariamente, na saída pela manhã e no retorno à noite, a presença de uma dupla de policiais militares rondando a pé o quarteirão residencial. Sentir-se-ia seguro? Será que ali ocorreriam crimes contra o patrimônio? Como se explicar a atuação repressiva em prejuízo da prevenção?

Basta examinar as ferramentas motivacionais dos estatutos da PMMG. Não há previsão de premiação para os militares ou unidades militares que reduzam o índice de criminalidade em determinada região, mas, sim, existe premiação para a realização de prisões e apreensões. Institucional e culturalmente na Polícia Militar de Minas Gerais o militar que impede a ocorrência de delitos através de eficiente patrulhamento e presença policial, não é reconhecido, enquanto aquele que prende tem méritos. O que é mais importante: evitar que o crime ocorra ou prender o criminoso depois de sua ocorrência?

O abandono da prevenção pode ser comprovado pela simples observação cotidiana da ausência de viaturas e de policiais militares, aliada à ilegal atuação da P2 (militares sem farda) que exercem atividade investigativa ilegal, repita-se, desprovida de procedimento e de controle por quem quer que seja.

Pois bem, a Polícia Militar em Minas Gerais tem se dedicado a atuar depois da ocorrência do crime, em concorrência com a Polícia Civil. Nessa atuação, vítimas, testemunhas e criminosos já tem sido levados às unidades militares para diversos procedimentos (não previstos em lei) e o objetivo maior da PEC 59 é abrir uma porta para que a investigação criminal seja feita intra muros de unidades militares, remetendo-nos, uma vez mais, ao período sombrio da ditadura. Não basta a prisão de supostos criminosos. É preciso que a investigação criminal seja realizada em estrita obediência aos preceitos legais de forma a se garantir o processo penal futuro e a responsabilização do autor do crime.

É cristalina a absoluta ausência de interesse público na aprovação da referida PEC, tratando-se de manobra rasteira de tentar impor de forma ilegítima uma situação inexistente por pura vaidade classista.

É oportuno se registrar que o militarismo possui características próprias que tem como fundamento o enfrentamento ao inimigo, destinado às guerras. Ademais, o regime militar possui benefícios próprios, dentre os quais os previdenciários. Acredita-se que o Oficialato não pretenda deles abrir mão para se tornar carreira jurídica.

O atual estágio do Estado Democrático de Direito, alcançado a duras penas em nosso país e em constante amadurecimento, exige-nos uma reflexão mais profunda sobre a real necessidade de uma Polícia Militar para manutenção da ordem social e prevenção da criminalidade. Qual o verdadeiro sentido de uma polícia militarizada para agir no meio social?

Pretender a formação em curso superior para, em tese, maior qualificação de seus profissionais, é absolutamente legítimo. Por que então não se formam policiais pedagogos, assistentes sociais, sociólogos? Profissionais mais bem capacitados para a proximidade com o cidadão, para a presença visível que traz concreta sensação de segurança?

É necessário, urgentemente, que nos atentemos aos verdadeiros objetivos do Oficialato da Polícia Militar de Minas Gerais, cujas estratégias, não raras vezes, sequer encontram respaldo no próprio corpo militar que sustenta a instituição. Não se pode permitir que uma proposta tão grave à democracia seja votada e aprovada sob cortinas e à toque de caixa sem amplo debate e acurada análise aos quais desde já convidamos toda a sociedade e as autoridades públicas.

A quem pretenda a atuação na gestão da investigação criminal, cabe a formação necessária e a aprovação em concurso público para Delegado de Polícia.

               Sobre o sol reluzente da democracia já é possível avistar a sombra assustadora da ditadura.
Daniel Barcelos Ferreira
Delegado de Polícia
Professor de Direitos Humanos da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais
Especialista em Segurança Pública e Complexidade