Operação Blecaute: Até Quando? interrompeu as atividades da Polícia Civil por cinco horas 27

Nesta terça-feira (13/08) Delegados e Policiais Civis de todo o Estado de São Paulo suspenderam suas atividades por cinco horas em protesto contra as péssimas condições de trabalho impostas pelo Governo e o avanço da criminalidade para o Interior Paulista.

A Operação Blecaute: Até Quando?, movimento organizado pela ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), contou com a adesão de 98 por cento das mais de 2 mil delegacias do Estado. Este foi o terceiro ato de protesto realizado pela Polícia Civil em menos de quinze dias.
O ato teve por objetivo protestar contra o Governo Paulista que por mais de 20 anos vem executando uma administração equivocada de sucateamento da Polícia Civil, resultando nos altos índices de criminalidade e nas baixas porcentagens de esclarecimento, aumentando diretamente a insegurança da população e a criminalidade no Interior Paulista.
Após o período de interrupção das atividades, cerca de 700 Delegados e Policiais Civis da Capital e Interior paulista, representantes das mais de todas as seccionais do Estado, se reuniram no centro de Ribeirão Preto. O ato teve início com protesto realizado em frente ao Teatro Dom Pedro II, onde representantes de vários Sindicatos de Polícia fizeram uso da palavra, entre eles a presidente da ADPESP, Dra. Marilda Pansonato Pinheiro, do Emauri Lúcio da Mata, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Ribeirão.
Logo depois do protesto houve passeata que caminhou rumo à Câmara Municipal de Ribeirão Preto, onde uma comissão de representantes da Polícia pelo presidente, vereador Cícero Gomes da Silva e pelo vereador, Samuel Zanferdini. No plenário, todos os participantes da passeata também foram recebidos em sessão ordinária transmitida pela TV Câmara e demais órgãos de imprensa local. Em discurso, a presidente da ADPESP,  Dra. Marilda Pansonato, salientou que a Polícia Civil segue impedida de exercer seu trabalho por conta do sucateamento feito pelo Governo.
Mais uma vez, o resultado bem-sucedido do movimento contou com a adesão total de todos os Delgados e Policiais Civis do Estado. E, até quando permaneceremos reféns do descaso do Governo Paulista em relação à Segurança Pública? O basta contra tantos desrespeitos vem sendo dado, dia a pós dia, com a união de toda classe à luta por melhores condições de trabalho para prestar um atendimento digno e de qualidade ao povo paulista.

Confira a repercussão na mídia:

Policiais civis protestam em Ribeirão por melhores condições de trabalho 17

Enviado em 14/08/2013 as 7:44 – MENDIGO

13/08/2013 23h10 – Atualizado em 13/08/2013 23h18

Sindicatos pedem mais estrutura em delegacias para combate ao crime.
SSP informou que está empenhada em negociar com a categoria.
Do G1 Ribeirão e Franca

Policiais civis de diferentes cidades da região de Ribeirão Preto (SP) se reuniram na Praça XV de Novembro, no Centro de Ribeirão, para reivindicar melhores condições de trabalho. Com cartazes e apitos, a categoria reclamou ao governo estadual melhorias na estrutura, melhores salários e aumento no número de funcionários nas delegacias para tornar mais efetivo o combate ao crime. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) informou que está aberta a negociações com os policiais.
O protesto, que faz parte de um movimento realizado em outras cidades do Estado e denominado Operação “Blecaute”, paralisou os serviços das 10h às 15h em delegacias de Ribeirão Preto, que só atenderam flagrantes nesse período. A manifestação pacifica teve adesão de entidades como o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp).
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“A Polícia Civil paulista não tem qualquer condição de realizar o seu trabalho, e a culpa não é dos policiais. A culpa é do governo que não estrutura a Polícia Civil para que possa fazer as investigações. Os policiais querem, mas infelizmente o governo não nos dá condições de trabalho”, afirmou George Melão, presidente do Sindpesp.
Segundo ele, o número de profissionais que trabalham nas delegacias paulistas é o mesmo de 1994 e os prédios estão em condições precárias. “Não temos equipamentos a contento, equipamentos de ponta, não temos delegacia com estrutura de delegacia, ou seja, prédios que não possuem qualquer condição de abrigar uma unidade policial. Se o Governo de São Paulo não acordar vamos à falência.”
A falta de condições de trabalho têm levado muitos policiais civis a desistirem da carreira ou se mudarem do Estado, de acordo com Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo. “Depois de 20 anos de sucateamento, pouco restou do policial civil. Desmotivado, desvalorizado, totalmente esquecido e o resultado quem paga é a sociedade. Em São Paulo, a cada dez dias um delegado abandona a carreira. Ou ele vai para outra carreira jurídica ou vai para outro Estado ser delegado de polícia”, disse.
Governo do Estado
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo comunicou, em nota, que está empenhada em negociar com os policiais e informou que nos últimos dois anos eles tiveram reajuste salarial e inclusão de benefícios.

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http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2013/08/policiais-civis-protestam-em-ribeirao-por-melhores-condicoes-de-trabalho.html

Dissídio coletivo das categorias policiais – Audiência marcada pelo Desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, para 22 de agosto 181

VicePresidenteJoseGasparGonzagaFranceschiniEnviado em 14/08/2013 as 7:26

14 de agosto de 2013 Notícias
No dia de ontem – 13/08/2013, o SIPESP, representado pelo Presidente João Rebouças, juntamente com o escritório que administra o Departamento Jurídico, representado pelos Drs. Evandro Capano e Fernando Capano, estiveram no Tribunal de Justiça para dar prosseguimento ao pedido de Audiência no Dissídio Coletivo das categorias.

Foi uma surpresa muito gratificante a receptividade do Desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, o qual com uma simplicidade e grande conhecimento, mostrou-se sensível as nossas reivindicações.

Levamos ao conhecimento do mesmo, o motivo da nossa preocupação pelo momento em que passa a Segurança Pública no Estado.

Imediatamente foi marcada a data de 22 de Agosto de 2013, para a primeira audiência, na qual o governo será “intimado”, para sentar-se à mesa de negociações com as entidades.

Foi uma Vitória Fantástica do SIPESP e de seu Departamento Jurídico.

Agora o governo do Estado deverá, neste Dissídio, comparecer perante a Justiça e iniciar as negociações.

fonte: site Sipesp: http://www.sipesp.org.br/comunicado-2/#more-989

Altamiro Borges: Protestos contra Alckmin vão crescer – “Fora Alckmin” 18

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publicado em 13 de agosto de 2013 às 15:00

por Altamiro Borges, em seu blog

Nesta quarta-feira, dia 14, estão agendados dois protestos contra o propinoduto tucano, o esquema de corrupção envolvendo os governos do PSDB de São Paulo e poderosas multinacionais do setor de transporte – como Siemens e Alstom.

O primeiro, que sairá do Vale do Anhangabaú às 15 horas, é organizado pelo Sindicato dos Metroviários e pelo Movimento Passe Livre (MPL).

Já o segundo, às 17 horas, é convocado por centrais sindicais e movimentos estudantis e comunitários, ocupará a frente da Assembleia Legislativa e exigirá a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar as denúncias de corrupção em licitações do Metrô.

Apesar das diferenças de enfoques – há setores que já pregam o chamado “Fora Alckmin” e outros que centram suas energias na exigência da criação da CPI -, há consenso nos movimentos sociais de que é preciso intensificar a pressão contra o tucanato que hegemoniza o estado há quase duas décadas.

A ideia é não abandonar as ruas nas próximas semanas. Uma plenária de entidades da juventude na semana passada fixou um intenso calendário de mobilizações. A avaliação é de que o PSDB está fragilizado, inclusive com a quebra da blindagem da mídia, e que é necessário reforçar a pressão da sociedade contra os seus desmandos e os seus estragos em São Paulo.

O governador Geraldo Alckmin está na berlinda e será o principal alvo dos protestos. Num primeiro momento, ele negou as denúncias e afirmou que não sabia de nada. Na sequência, ele montou uma comissão de fachada – com entidades que inclusive são financiadas pelas multinacionais envolvidas no esquema de corrupção – para “averiguar” as denúncias de corrupção.

A bancada governista na Assembleia Legislativa tem feito de tudo para evitar a instalação da CPI, mas os deputados morrem de medo da pressão das ruas. A batalha contra o propinoduto tucano será decidida nos próximas dias, o que reforça a urgência de massivas mobilizações populares.

Desde 1995, a agremiação que rouba as cartas em São Paulo é o PSDB. 15

Enrolado, Alckmin se agarra às más companhias

Josias de Souza – UOL

13/08/2013 20:59

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, convocou uma entrevista coletiva para repassar aos jornalistas duas informações sobre o conluio que fraudou licitações para a compra de equipamentos de trens e do metrô:

1. Seu governo não está na chuva sozinho: “Não houve cartel só em São Paulo. […] Há irregularidades em licitações de transporte e energia em diversos outros Estados e também em obras do governo federal.”

2. A delatora Siemens será processada: “A empresa foi chamada duas vezes pela controladoria do Estado de São Paulo para prestar esclarecimentos. E, por duas vezes, se recusou a colaborar com as investigações. Cabe a nós, agora, conseguir o ressarcimento devido ao Estado.” Os contratos serão mantidos.

É curiosa, muito curiosa, curiosíssima a movimentação do tucanato. A plateia fica com a impressão de que as plumas e os bicos só se mexem quando alguém grita “pega ladrão”.

Trocando em miúdos: descobriu-se que os trilhos de São Paulo cheiravam mal em 2008. Naquele ano, noticiou-se no estrangeiro que a fancesa Alstom encontrava-se sob investigação na França e na Suíça. A empresa pagara propinas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Só no metrô de São Paulo, a Alstom distribuíra por baixo da mesa US$ 6,8 milhões. (Nessa fase, a encrenca também tinha ramificações noutros Estados e no governo federal, então sob Lula).

Uma autoridade envolvida nessa apuração que veio à luz em 2008 relatara que, três anos antes, pessoas responsáveis pelas compras de equipamentos em São Paulo sugeriram à Alstom que desse “um presente político para o caixa do partido”. Que partido? Desde 1995, a agremiação que dá as cartas no Estado é o PSDB.

Surpreendido pela notícia, o tucanato prometera rigorosas apurações. E nada. Num raciocínio de lavadeira, os tucanos imaginaram que bastaria colocar o ferro em cima do escândalo e esperar o tempo passar. Erro. De repente, a alemã Siemens, parceira da Alstom num dos contratos do metrô paulista, propôs ao Cade trocar autodelação por leniência punitiva.

Celebrado o acordo, a Siemens levou à mesa as cartas marcadas de São Paulo, do Distrito Federal e, pelo que diz Alckmin, também de outras praças. O que faz o governador de São Paulo? Finge que 2008 não existiu, declara que seu governo é “vítima”, insinua que o estouro de cartéis é atribuição do Cade, trata o delator a pontapés e liga o ventilador: “Não houve cartel só em São Paulo.” Novo erro.

As más companhias não melhoram nem pioram a alma de ninguém. Judas andava com Cristo. E vice-versa. Na verdade, o que as más companhias –e sobretudo as péssimas companhias— oferecem é a ilusão que faz certas pessoas se imaginarem melhores do que são. O PSDB ainda não se deu conta. Mas as ruas cheias de junho revelaram o surgimento de um Brasil diferente. Um país que já não aceita passivamente o papel de bobo.