Publicado em 31/07/2013
O Movimento Passe Livre centra sua luta nos transportes públicos. E por isso volta às ruas a 14 de agosto. Volta por conta de uma denúncia: ao longo dos últimos 20 anos, num esquema de cartel e corrupção, governos do PSDB em São Paulo teriam lesado os cofres públicos em R$ 425 milhões.
O esquema teria sido montado para vencer concorrências na área de metro e trens. Com envolvimento de políticos e funcionários públicos de governos do PSDB paulista.
A investigação nasceu da devassa feita, no exterior, em duas multinacionais do setor: a francesa Alstom e a alemã Siemens. Com confissão de ex-funcionários, na justiça. Por lá já tem gente demitida e presa.
A Alstom aponta distribuição de US$ 6,8 milhões para integrantes do tucanato paulista entre 1998 e 2001. Um ex-funcionário da Siemens revelou: de outro contrato superfaturado, algo como R$ 46 milhões seguiram para gente do PSDB.
No Brasil, a denúncia é fruto de acordo feito pela Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em troca a multinacional ganha imunidade.
O uso do futuro do pretérito composto -teria, teriam, seriam- é uma imposição elementar do jornalismo. Isso são denúncias. Denúncias sobre o que seria um propinoduto tucano, mas não são fatos já julgados.
Será preciso, via ministério público e Justiça, investigar e apontar quem é culpado e quem é inocente. É claro que isso terá desdobramentos na política; o chamado “mensalão” do PT, por exemplo, está em cartaz há 9 anos.
O que não se deve esperar é o mesmo empenho, a mesma gana e, principalmente, o mesmo barulho. Cinco mil dólares na cueca de um petista é algo espetacular. Ir ao banco com carteira de identidade e receber 20 ou 50 mil de um “por fora” é também espetacular; além de ser crime, é rudimentar e é hilário enquanto método.
Tudo isso e muito, muito mais, alimentou o espetáculo do “mensalão”. E o problema é do PT, que se enfiou nessa porque quis. Mas admitamos: R$ 425 milhões, com multinacionais e corrupção, é também enredo espetacular. Do PSDB.
A diferença está, estará na disposição de se ir a fundo nesse “trenzão” tucano. No investigar, noticiar e reverberar até a punição.
No Brasil tem os escândalos que existem. E tem escândalos que não se quer que exista. Para estes, reserva-se o estrondoso silêncio.
A propósito, recordemos o que disse Paulo Vieira de Souza, que depôs na CPI da Delta/Cachoeira. Em entrevista à Revista Piaui, o ex-diretor do Dersa paulista escancarou: “Por que a CPI proibiu abrir as contas do eixo Rio-São Paulo? Porque se abrir, cai o Brasil.”
Tema: Política
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ão Paulo – A empresa de tecnologia alemã Siemens que, entre outras atividades, fabrica trens e sistemas de transportes, informou à Justiça de São Paulo que poderá devolver aos cofres públicos parte do valor que teria sido superfaturado no fornecimento de equipamentos de trens e metrô ao governo de São Paulo.
A declaração foi feita por executivos da Siemens no Brasil em reunião com promotores, há uma semana, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. No início do mês, a empresa alemã denunciou um acordo secreto, do qual fazia parte, para formar cartéis ao competir licitações para compra de equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
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Siemens
De acordo com a denúncia, empresas como a Siemens e também subsidiárias da Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui acordavam preços mínimos que, na prática, aumentavam em média 20% os custos para fornecer equipamentos de transportes ao Metrô e à CPTM, empresa de trens que opera na região metropolitana de São Paulo. Há suspeitas ainda de que parte do dinheiro do superfaturamento de trens, vagões e contratos de prestação de serviços tenham sido usados para subornar autoridades do governo paulista.
Ao fazer a denúncia e colaborar com as investigações, a Siemens poderá, em acordo com a promotoria, garantir à empresa e a seus executivos imunidade administrativa e criminal. Em nota, a empresa afirma que “coopera integralmente com as autoridades brasileiras” e afirma que defende concorrências leais e obriga todos os seus funcionários a “cumprir regulamentos antitruste”. As outras empresas citadas na denúncia também afirmam colaborar com as investigações.
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OI que impera é o falso moralismo.
PSDB é blindado pela globo, Isto É, Veja, etc…….
Tem muita gente com rabo preso nesse propinoduto, mas como é PSDB não vai dar em nada.
Gostaria de ver o MP, tão moralista se empenhar nessa investigação com o afinco que tem quando investiga policiais civis….
quero ver promotor ter CÚ de investigar o governador e sua corja.
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Essas denúncias são bem antigas, a grande mídia aliada do psdb conseguiu esconder até agora, quem sabe o MPL faça uma grande manifestação no dia 14/08 denunciando este propinoduto, uma manifestação pacífica com milhões de pessoas nas ruas de SP, para que a mídia aliada do psdb não tenha como esconder estas falcatruas. Todos tem que participar.
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A mídia paulista, no bolso do PSDB, recheada com as gordas verbas da publicidade tucana, não repercute essa roubalheira aqui em SP.
Dias desses, ouvi em uma rádio, um “jornalista” sendo cobrado por um ouvinte a respeito dessas denúncias e fiquei pasmo com a resposta. O “jornalista”, que vive entrevistando o Picolé de Chuchú e elogiando sua “prôba” administração, ao ler a interpelação sobre o Propinoduto do Metrô, disse que isso era uma denúncia antiga, que já vinha sendo apurada há quase 20 anos, por isso não merecia ser discutido e foi logo mudando de assunto.
Vejam onde reside a sacanagem. Quando tratam de um caso de corrupção de policiais contra traficantes, não mais que uma dúzia de PCs, que sequer foram denunciados ao Poder Judiciário, aí os engomadinhos do MP correm atrás da Rede Globo, Bandeirantes e outros órgãos comprados, para propagar prisôes temporárias desnecessárias e trombetear que as “investigações” estariam sendo prejudicadas. E tome entrevistas, degravações de conversas e tudo que possa manter a mídia acesa no assunto, 24 horas por dia.
Já quando o escândalo é gigantesco, estratosférico, com envolvimento de pelo menos QUATRO GOVERNADORES, muitos Secretários de estado, políticos, deputados e assessores parlamentares, aí deixam a notícia de lado, sob a pífia e conivente alegação, que o caso já era sabido e vinha sendo investigado.
Vinha sendo investigado por quem ?
Se até a chacina do Carandiru, levaram mais de 20 anos para julgar e ainda vai correr mais 20 nos recursos, garantindo a mais completa IMPUNIDADE aos assassinos, querem que o povo engula mais essa maracutaia desses larápios do PSDB ?
Pior, ainda vão querer forçar a reeleição desses pilantras, lobos em pele de cordeiros, para que todos, mídia, políticos corruptos, membros do MP e aquinhoados do Poder Judiciário, continuem gozando de suas vantagens, mamatas e poder absoluto.
Já passou da hora da população paulista acordar e cobrar a mídia paulista sobre tais escândalos nos governos do PSDB.
E também cobrar o tal Ministério Público, que vendeu-lhes a imagem de “defensor da sociedade”, mas pelo visto, só defendem seus próprios interesses e os pássaros de plumas azuis e amarelas, com bico grande e dôce, cientificamente chamados de TUCANALIGNÁCEOS PROPINUS GOSTUM.
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01/08/2013 19:45
Tribuna
Da Redação
Com o retorno dos parlamentares às atividades na Assembleia Legislativa após período de recesso, o presidente Samuel Moreira abriu a sessão plenária desta quinta feira, 1º/8, marcando o início dos trabalhos do segundo semestre.
Superfaturamento
“Não houve recesso em São Paulo para a corrupção”, exclamou o deputado Carlos Giannazi (PSOL) em alusão às denúncias de superfaturamento em obras feitas por empresas e publicadas pela revista IstoÉ, envolvendo o governo estadual. O parlamentar afirmou que, com o recesso, apenas os trabalhos na Casa foram suspensos, mas que, individualmente, cada deputado trabalhou e acompanhou as denúncias. Giannazi defendeu a criação de uma CPI para investigar as denúncias. (SC)
“Propinoduto do tucanato”
Hamilton Pereira (PT) afirmou que, diante das denúncias do “propinoduto do tucanato”, base aliada e oposição devem se unir para instalar uma CPI e investigar as denúncias feitas contra o Poder Executivo. O deputado afirmou também que há muitos vetos a projetos de autoria de deputados aprovados pela Assembleia. Ele explicou que dos 715 itens inclusos na Ordem do Dia, 675 se referem a vetos do governador que devem ser apreciados pelo Plenário. “Este é o único Estado em que o Poder Legislativo não legisla. Somente o Executivo governa em São Paulo”. (SC)
Instauração de CPI
Luiz Claudio Marcolino (PT) afirmou que as denúncias envolvendo o governo estadual não são novidade para a bancada do PT, que já havia comunicado ao Ministério Público tais irregularidades. “O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado não apuraram nada apresentado a eles. Essa é uma denúncia grave e deve ser apurada pela Assembleia”, afirmou o parlamentar defendendo a instauração de uma CPI a respeito. (SC)
Polícia e insegurança
Olimpio Gomes (PDT) criticou o governo do Estado pela “insegurança pública”, e informou estar coletando assinaturas para uma CPI que investigue a soltura de presos envolvidos com o PCC. Segundo o deputado, os meliantes saem da prisão para executar policiais. “O bandido sai pela porta da frente, e isso não pode ocorrer”. Olimpio ainda citou o julgamento dos policiais do caso Carandiru, afirmando que houve uma “pré-condenação dos agentes que estavam fazendo o seu serviço”. (VF)
Motociclistas
Jooji Hato (PMDB) discorreu a respeito dos acidentes que envolvem os motociclistas e exibiu uma reportagem do telejornal Bom Dia São Paulo, da tevê Globo, sobre os riscos vividos pelos motoqueiros. De acordo com o parlamentar, os acidentes acabam gerando um custo alto para o governo. “São aproximadamente 20 mil internações registradas por ano”, afirmou. Hato, que lamentou o veto a seu projeto de lei que visa a proibição de garupa de moto. “Se o meu projeto não fosse vetado, ocorreriam menos acidentes.” (VF)
Cartel
Luiz Claudio Marcolino (PT) mostrou o projeto de resolução em que o deputado apoia a coleta de assinaturas para abertura de CPI para investigações do suposto cartel envolvendo Metrô, CPTM e empresas que participavam de licitações. Leu reportagens sobre denúncias de corrupção e formação de cartel, e reclamou dos deputados que não aprovam instalação de CPI sobre o assunto. (GC)
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GLOBO = PSDB OU PSDB=GLOBO…..
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Pingback: Bob Fernandes/ O escândalo de R$ 425 milhões: o “Trenzão” do … : Revista Veja Brasil
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SE EXISTE DENUNCIAS DESSE PORTE E O M.P. E TRIBUNAL DE CONTAS ESTÃO SE OMITINDO OU COISA PARECIDA, É CASO PARA O GOVERNO FEDERAL E POLÍCIA FEDERAL INVESTIGAR TODOS ENVOLVIDOS, TODOS SE TORNAM SUSPEITOS. É MUITO GRAVE ESSAS DENUNCIAS E PRECISA CHAMAR A ATENÇÃO DOS ÓRGÃOS FEDERAIS PARA DAR TODO APOIO PARA INVESTIGAR A FUNDO PORQUE ENVOLVE MUITO DINHEIRO PÚBLICO.
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CADE O GAECO NESSAS HORAS?
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SEM TROLOLÓ………. VAMOS A GREVE E PONTO FINAL….CHEGA DE CONVERSA FIADA QUE FULANO DISSO QUE DISSE E BELTRANO FALOU ISSO E AQUILO……PAPAGAIO TAMBÉM FALA….NÃO VENHAM COM CONTRA INFORMAÇÃO… O POVINHO DA CONTRA INFORMAÇÃO JÁ COMEÇOU A TRABALHAR PARA DESARTICULAR O MOVIMENTO, ESTÃO A MANDO DO GOVERNO E PSDB PARA EVASIAR O MOVIMENTO DIZENDO PROMESSINHAS DO GOVERNO, MAS NÃO SOMOS OTÁRIOS NÃO….VAMOS EM FRENTE MINHA GENTE….CHEGA DE PALHAÇADAS…..GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ GREVE JÁ
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Isso foi “bom” acontecer para quem ainda é partidário… não tem essa mais de bandeira pessoal. Temos que lutar pela boa educação, saúde, transporte, etc, ou seja, melhorias que efetivamente aumentem a nossa qualidade de vida. Não exiete mensalão do PT ou essa bosta de Trenzão do PSDB. É tudo crime contra o povo e deve ser combatido com força…
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Assina aí: não pega nada…
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E o fiat elba do collor hein? Que absurdo!
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GENTE !, S.M.J., ISTO É UM PINGO D ‘ÁGUA NO FUNDO DO OCEANO. POIS É DEVIDO A ESSA E OUTRAS FALCATRUAS QUE NÃO SOBRA NUMERÁRIO PARA PAGAR UM SALÁRIO MELHOR PARA OS MERECIDOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO.ME AJUDEM AÍ Ó !…
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Boa Tarde!
Senhoras e Senhores.
Impeachment já.
Caronte.
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Só uma perguntinha: E AGORA, SEUS FILHOS DA PUTA QUE VOTAM NO PSDB??!!!!
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02/08/2013 15h15 – Atualizado em 02/08/2013 16h09
Governo de SP vê ‘polícia política’ em caso de cartel no Metrô; Cade repudia
Secretário criticou vazamento seletivo e ‘desvirtuamento’ do papel do Cade.
Conselho disse que respeita sigilo e que não tem ‘conclusão sobre o caso’.
Do G1 São Paulo
103 comentários
CARTEL_metro_sp (15h50) (Foto: Editoria de Arte / G1)
saiba mais
Siemens afirma que governo de SP ‘deu aval’ a cartel do Metrô, diz jornal
Governo de SP nega saber de cartel e diz que Cade faz ‘polícia política’
Cade diz que ‘repudia’ acusações de uso político do caso de cartel
Cade confirma em nota acordo de delação sobre suposto cartel
Siemens nega ter divulgado dados sobre suposto cartel no Metrô de SP
Alckmin diz que exigirá ressarcimento de prejuízos com formação de cartel
Cade apura suspeita de cartel em licitações do Metrô de SP e DF
Corregedoria de SP quer cópia de inquérito sobre cartel em licitações
O secretário chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido, disse nesta sexta-feira (2) que a investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o suposto cartel em licitações do Metrô está sendo usada como “instrumento de polícia política”. Em resposta às declarações, o Cade disse em nota que “repudia” acusações de “instrumentalização política” das investigações.
As declarações ocorrem após ser divulgado que a empresa alemã Siemens apresentou ao Cade documentos nos quais afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel para licitação de obras do Metrô no estado, segundo reportagem publicada nesta sexta pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Edson Aparecido disse que está ocorrendo “um processo de vazamento seletivo” que afirmou ser “absolutamente inacreditável” por ferir o acordo de leniência feito com a empresa investigada. “Acaba fazendo um processo de vazamento seletivo, que nós temos acompanhado pela imprensa”, disse o secretário. “A ação não nos parece que seja de esclarecimento, mas seja muito mais de uma ação política”.
Ele disse haver “desvirtuamento” do papel do conselho, que deveria “garantir a livre concorrência” e não trabalhar como “instrumento de polícia política”.
Em nota, o Cade informa que “somente tiveram acesso ao acordo de leniência e aos documentos que o acompanham as partes investigadas e os órgãos que assinaram o acordo: o Cade, o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Ministério Público Federal” e que “respeita estritamente os critérios de confidencialidade, os deveres de sigilo e os requisitos legais”.
A Siemens divulgou nota em que afirma ter conhecimento das investigações do Cade sobre um suposto cartel em licitações no Metrô, mas nega ter sido fonte das informações divulgadas na imprensa de que teria fornecido documentos e provas do conluio.
O secretário chefe da Casa Civil disse que o governo de São Paulo não tem acesso a documentos da investigação e que a procuradoria do estado deve tomar medida judicial para obter as informações junto ao Cade.
Presidente da Corregedoria de São Paulo, Gustavo Ungaro afirmou que o estado é parte interessada no processo, “uma vez que, se confirmado o cartel, o estado de São Paulo terá sido vítima deste conluio de empresas privadas”. Sobre o acesso aos documentos pelo governo, ele disse que “as solicitações feitas pela Corregedoria não foram até o momento atendidas”.
O Cade afirmou que órgãos que solicitaram informações sobre o caso, “inclusive a Corregedoria Geral da Administração do Estado de São Paulo”, obtiveram resposta que fala da “necessidade de autorização judicial para compartilhamento de informações com quaisquer órgãos que não sejam signatários do acordo de leniência, em razão do segredo de Justiça”.
Negociação consta em diários, diz jornal
A negociação entre a empresa alemã e representantes do estado está relatada em diários entregues às autoridades brasileiras, diz a publicação. Em julho, segundo a “Folha”, a Siemens denunciou ao Cade a existência de um cartel para a construção e a manutenção de linhas de trens e Metrô e também para a compra de equipamentos ferroviários em São Paulo e no Distrito Federal.
De acordo com a reportagem, o cartel em São Paulo teria sido formado em 2000, no governo de Mário Covas (PSDB), para a construção da linha 5 do Metrô. A empresa, segundo o jornal, teria assinado um documento em que garantiria a imunidade caso o esquema fosse descoberto.
O Cade apontou, afirma ainda o jornal, que o esquema se estendeu ao governo de Geraldo Alckmin (2001-2006) e também ao primeiro ano do governo de José Serra (2007).
O ex-secretário de Transportes durante o governo Covas, Cláudio de Senna Frederico, afirmou à “Folha de S.Paulo” que não tinha conhecimento do cartel. O governo Alckmin disse ao jornal que, se confirmado o esquema, pedirá a punição dos envolvidos. Serra não foi localizado, de acordo com a publicação.
Conforme reportagem da “Folha”, a Siemens apresentou às autoridades a lista de 18 empresas, sendo algumas de um mesmo grupo, e 23 executivos que teriam participado do cartel. Subsidiárias de multinacionais como a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui estão na relação, de acordo com o jornal.
Secretário de Transportes no governo Covas, Claudio de Senna Frederico afirmou ao G1 que não pode confirmar ou não se houve a formação de cartel entre as empresas para a construção do Metrô. Diz que desconhecia o fato até então e que não houve nenhuma conivência ou consentimento da pasta na época.
Em nota, o PSDB afirmou que “nunca compactuou, nem nunca há de compactuar, com o erro e com a falta de conduta ética” e que ao governo de São Paulo “interessa buscar ressarcimento e punir os eventuais responsáveis pela suposta formação de cartel”. O partido disse que “causa estranheza, no entanto, que o Cade se negue a fornecer o conteúdo das investigações para que a Corregedoria de São Paulo faça seu trabalho” e criticou o órgão por fazer “vazamentos seletivos” com o “claro objetivo de confundir e de produzir efeitos políticos e eleitorais”.
O G1 está tentando ouvir todos os envolvidos na denúncia.
Cade analisa documentos
O Cade informou nesta sexta-feira ao G1 que analisa desde o começo de julho documentos que apontam suspeitas de envolvimento de 13 empresas na formação de cartel para supostas fraudes em seis licitações para aquisição de trens, além de manutenção e construção de linhas ferroviárias e do Metrô, em São Paulo e no Distrito Federal.
Em São Paulo, segundo o Cade, irregularidades teriam ocorrido na construção da primeira fase da linha 5 e da extensão da linha 2 do Metrô da capital paulista, além da aquisição de trens pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O Cade informou que o processo é sigiloso e que, por isso, não pode confirmar se a empresa envolvida é a Siemens. O conselho confirma que a investigação começou após a assinatura de um acordo de leniência, que equivale a uma delação premiada.
De acordo com o Cade, não é possível afirmar, no atual estágio de apuração, a abrangência do suposto cartel em licitações para aquisição de carros de trens, manutenção e construção de linhas de trens e metrôs.
O conselho disse que o atual inquérito administrativo é uma fase preliminar de investigação. “Apenas após a análise de todo material apreendido pelo Cade durante a operação de busca e apreensão realizada no dia 4 de julho e eventual instauração de um processo administrativo é que poderão ser identificadas as empresas e pessoas físicas envolvidas, os projetos e cidades afetadas e o período em que o cartel teria atuado”, diz o Cade em nota.
Alstom afirma que está colaborando
A Alstom esclareceu que recebeu um pedido do Cade para apresentar documentos relacionados a um procedimento administrativo referente à lei concorrencial. A empresa disse que está colaborando com as autoridades.
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02/08/2013 19:34
Opinião – A impunidade de Alckmin
“A omissão e a conivência do governador não se limitam a prejudicar apenas o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)”
João Paulo Rilo*
De um lado, metrô e trens da Capital com manutenção precária, expansão suspensa pela Justiça e muito desconforto e insegurança. Do outro, um esquema de desvios de recursos em licitações e pagamento de propinas para agentes públicos e políticos do PSDB de São Paulo, instalado no início dos governos tucanos, há quase 20 anos, e denunciado em 2008.
Impune, o esquema vem sendo bovinamente perpetuado pelos governadores Covas, Serra e Alckmin. Investigado no Brasil e no exterior, nenhuma providência foi tomada pelos sucessivos governos tucanos. Ao contrário. Mesmo alertado em 2011 por representação apresentada por mim juntamente com o deputado Enio Tatto, mesmo o presidente do Metrô tendo sido afastado do cargo pela Justiça, mesmo após o Ministério Público apontar um prejuízo de mais de R$ 300 milhões, o governador Geraldo Alckmin retomou as obras da Linha 5 do metrô apesar das denúncias de acertos entre as empresas concorrentes da licitação.
O cartel que avançou sobre os recursos paulistas tem, de um lado, empresas como a Alstom, a Bombardier, a CAF, a Siemens, a TTrans e a Mitsui. Do outro lado, daquele lado onde deveriam estar os que defendem o interesse público, estão agentes públicos e políticos que permitiram a drenagem de aproximadamente US$ 50 milhões dos cofres públicos estaduais para paraísos fiscais, utilizados depois no pagamento de propinas, segundo investigações e a revista IstoÉ. Ou seja, esse valor desviado e devidamente lavado, retornou para os bolsos daqueles que teriam a responsabilidade de gerir os recursos públicos.
Alckmin, certamente, ao cunhar a sua última frase oportunista – “faltaria guilhotina [para cortar cabeças de corruptos] se o povo soubesse o que se passa” ” referia-se aos seus próprios desmandos e aos de seus parceiros. Lamentavelmente, a omissão e a conivência do governador não se limitam a prejudicar apenas o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
De perto, o Palácio dos Bandeirantes tem mais em comum com o Palácio de Versalhes do que gostaria de admitir o líder tucano. Há escândalos para escolher. Na Educação, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação se nega a dar explicações sobre sérios desvios de recursos, enquanto escolas, professores, funcionários e alunos são humilhados pela falta de investimentos do Estado com maior PIB da Nação; na Segurança Pública, o genocídio de jovens negros na periferia é sistematicamente minimizado enquanto o cotidiano dos policiais se divide entre baixíssimos salários e denúncias de colegas corruptos.
Há ainda as absurdas tarifas de pedágio aliadas à falta de transparência sobre os custos das concessionárias, as privatizações incontroláveis ” agora são imóveis públicos à venda para fazer caixa, além de Pinheirinho, o enganoso projeto de cotas, o esquema das emendas parlamentares, os orçamentos fictícios, entre muitos outros. O suficiente para a reedição do que foi o “armário de ferro” para Luís XVI.
A improbidade de Alckmin e a sua omissão em relação ao desvio de recursos do Metrô e da CPTM devem ser apuradas pela Justiça. Nada justifica tanta impunidade diante de tantas evidências e após tantos anos de investigações e colaborações dos envolvidos e acusados. Quando eleitos, nem o governador nem qualquer outro representante político obtiveram o privilégio de pairar sobre a lei.
*João Paulo Rillo é deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo PT.
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TRANSPARENCIA ONLINE INTERNET AOVIVOEÁCORES-etc-mas-SIMPLIFICADA DIRETA E RETA e sem nada BUROCRÁTICO-etc-mas com a tal PARTICIPAÇÃO POPULAR DEMOCRÁTICO ORÇAMENTÁRIO-etc-pois localmente decidem tudo que se refere á cada centavinho público ou não-mas como se fosse uma FECHADISSIMA SOCIEDADE SECRETA MEDIEVAL-só entre eles-e nada por parte do POVO LOCAL-etc-por isso-tudo tudo ACABA mesmo facilita mas para ter as tais corrupções negociatas superfaturamentos-etc-pois nada ali está ONLINE-etc-
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Bom dia Senhores,
Em princípio, esses fatos, já é do conhecimento daqueles com “autoridade” desde do seu início e na verdade SÓ ESTÁ TOMANDO A DIMENSÃO ATUAL, talvez, face as manifestações que vem acontecendo, querendo alguns OMISSOS aparecerem e aproveitarem o momento.
Abraços
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VAMOS FALAR A VERDADE ALGUÉM DO MP ESTADUAL DA DANDO COBERTURA. EXISTE SIM CORRUPTO NO MP. ISSO É FATO. LÁ NÃO É UMA ILHA DE BONS MOÇOS E MOÇAS. ELES TEMBÉM TÊM QUE SER RESPONSABILIZADOS E PRESOS POR CONIVÊNCIA, PREVARCAÇÃO E IMPROBIDADE. BASTA NINGUÉM, NUNGUÉM MESMO DEVE ESTAR ISENTO DE PUNIÇÃO POR QUALQUER TIPO DE CRIME PRATICADO, NÃO IMPORTANTO AS PRERROGATIVAS DE FUNÇÃO E OU IMUNIDADES POLITICAS.
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GRANDE “PAULO 1 “,DIANTE DE TODAS ESSAS “FALCATRUAS”. SABE O QUE EU GANHEI ! O% DE AUMENTO. É MOLE OU QUER MAIS !. MEU IRMÃO ESSES DESGOVERNOS MAIS CEDO OU MAIS TARDE SEM SOMBRA DE DÚVIDAS IRÃO DE RESSARCIR O ERÁRIO PÚBLICO, PENA QUE UM JÁ ESTÁ JAZINDO. MAIS OS DEPENDENTES DELE TEM QUE PAGAREM. ME AJUDEM AÍ Ó !….
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O POVO MORRENDO NAS FILAS DO SUS, MAS ENQUANTO ISSO……..
05/08/2013 – 12h29
Senado gasta R$ 5 milhões com Sírio-Libanês em apenas seis meses
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GABRIELA GUERREIRO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
Ouvir o texto
Sob o comando de Renan Calheiros (PMDB-AL), o Senado gastou em seis meses 70% a mais com despesas médicas no Sírio-Libanês do que o total pago em 2012 para atender congressistas, dependentes, servidores e até ex-senadores e seus cônjuges no hospital paulista.
De fevereiro a julho deste ano –em janeiro, Renan ainda não era presidente da Casa–, foram pagos R$ 5,1 milhões ao Sírio-Libanês, enquanto no ano passado foram R$ 3 milhões, de acordo com o Portal de Transparência do próprio Senado.
Sarney apresenta melhora, relata filho após visita
O dinheiro foi gasto com serviços que incluem consultas, emergência e atendimento complementar a diagnósticos e tratamentos.
Em janeiro, Renan Calheiros não era presidente.
O Sírio-Libanês é o hospital preferido pela maioria dos políticos brasileiros para fazer desde checkups a tratamentos e cirurgias. O senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, foi transferido semana passada do Maranhão para o hospital paulista.
A fama do hospital atrai também parentes dos congressistas e ex-senadores que têm direito ao plano de saúde da Casa –desde que tenham exercido o mandato por pelo menos seis meses. Todos têm as consultas, exames e procedimentos integralmente custeados pelo Senado, sem o pagamento de nenhuma contrapartida.
O Sírio é um dos hospitais credenciados pelo plano de saúde do Senado, o SIS (Sistema Integrado de Saúde). Os gastos no hospital incluem o pagamento de honorários a médicos que se tornaram famosos pelo tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Zanone Fraissat-12.nov.10/Folhapress
Fachada do hospital Sírio-Libanês na capital paulista
Fachada do hospital Sírio-Libanês na capital paulista
CHEQUE SEM FUNDO
“Nessa questão de saúde, quando você tem cobertura é melhor ser atendido lá do que em centros menos desenvolvidos”, disse o ex-governador de Pernambuco, senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), que esteve internado no hospital no ano passado.
Jarbas disse que foi obrigado pelo Senado a dar um cheque sem fundos para custear os honorários médicos do seu tratamento cardíaco no Sírio até que a Casa efetivasse o ressarcimento de R$ 110 mil.
“O Senado é uma Casa de mal feitos. Eu levei um ofício do Senado em que a Casa se responsabilizava pelos gastos hospitalares. Uma pessoa da diretoria-geral pediu para eu passar o cheque, negociar com os médicos, que a Casa pagaria. Eu disse que é crime passar cheque sem fundo, mas tive que fazer isso para o Senado me ressarcir depois, tudo isso me recuperando de uma cirurgia”, afirmou.
GASTOS
Nos primeiros sete meses deste ano, a Casa gastou R$ 77,8 milhões em despesas médicas. Ao assumir o comando do Senado, Renan prometeu economizar R$ 6 milhões com a extinção do serviço médico ambulatorial do Senado.
O senador manteve apenas os atendimentos de emergência, mas servidores dizem que a medida vai ampliar os gastos do plano de saúde –que passou a custear todos os tipos de consultas.
Ao contrário dos congressistas, os servidores têm que contribuir com um percentual se aderirem ao plano. Todos têm direito ao reembolso de consultas médicas de hospitais, clínicas ou profissionais que não são credenciados na rede do plano.
OUTRO LADO
O Senado informou que mantém dois contratos de credenciamento com o Sírio-Libanês, sendo um deles com a unidade do hospital em Brasília e outro com a de São Paulo.
Esclareceu ainda que, no caso da sede do hospital na capital paulista, “os honorários médicos não estão incluídos, mas são passíveis de ressarcimento, mediante perícia e dentro dos valores fixados em tabela”.
“A regra do SIS estabelece que os servidores participam com uma contribuição mensal fixa individual e para cada dependente, além de pagar 30% de qualquer despesa realizada em qualquer estabelecimento conveniado, inclusive o Sírio-Libanês”, informou.
O Senado explicou ainda que os congressistas não precisam necessariamente escolher estabelecimentos conveniados, mas têm direito ao ressarcimento das despesas médicas.
Sobre o aumento das despesas no início deste ano em relação ao volume gasto durante todo o ano de 2012, o Senado atribuiu a evolução a “um conjunto de variáveis”, entre elas o envelhecimento dos atendidos.
“Considerando que não houve reajuste da tabela dos preços pagos ao hospital Sírio-Libanês, a explicação para a evolução das despesas pode estar relacionada a um conjunto de variáveis, como o crescimento do número de usuários, aumento na quantidade e na natureza das intercorrências médicas, o envelhecimento da população, entre outras”, explicou o Senado. Informou também que, no caso dos conveniados, o pagamento é feito diretamente ao hospital, “após análise e auditoria das contas”.
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