Operação da Polícia Civil prende 2.850 no Estado de SP 35

Sexta-feira, 10/05/13 – 18:52

Rafael Iglesias

O Delegado Geral deu detalhes sobre a “PC 27”, que prendeu 2,8 mil

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A Operação “PC 27” da Polícia Civil prendeu 2.850 suspeitos em todo o Estado de São Paulo. Além disso, 384 adolescentes foram apreendidos. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin, durante solenidade de entrega de 924 viaturas para a Polícia Civil e os Bombeiros, no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta sexta-feira (10).

“A ação durou oito horas e teve o objetivo de prender suspeitos de homicídios, latrocínios e assaltos na Capital, na Grande São Paulo e no interior do Estado”, explicou Alckmin. A PC 27 começou na madrugada de quinta-feira (9) e terminou hoje.

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Souza Blazeck, 7,9 mil policiais participaram da operação com 2.999 viaturas. “Nossa intenção é de que ações assim sejam rotineiras, por isso, estamos analisando todas as regiões do Estado e montando estratégias”, disse.

Balanço

De ontem para hoje, foram registrados 667 flagrantes e 231 atos infracionais, pelos quais 829 pessoas foram presas e 237 adolescentes foram apreendidos. “Essas operações terão prosseguimento em São Paulo, porque é importante tirar os criminosos das ruas”, afirmou o secretário da Segurança Pública (SSP), Fernando Grella Vieira. “E, principalmente, desmontar quadrilhas”, concluiu Alckmin.

Apenas por mandado de prisão criminal, 815 adultos foram detidos, assim como 147 menores de idade. Além disso, 96 foragidos da Justiça foram recapturados e 746 foram presos administrativamente.

“O número é de bastante impacto e deve refletir nas estatísticas de criminalidade”, destacou o delegado geral. Blazeck também ressaltou que, para a realização da PC 27, foram 20 dias de estudos realizados em cada uma das delegacias seccionais do Estado, nos departamentos gerais e nos especializados.

Além das prisões, foram feitos 601 termos circunstanciados. No total, foram cumpridos 1.369 mandados de busca e apreensão.

Apreensões

“Através do trabalho investigativo, além das prisões, conseguimos apreender diversas drogas e armas”, contou Blazeck. Foram 91,1 kg de maconha, 48,3 kg de cocaína, 15,1 kg de crack, 67,2 gramas de ecstasy e 2,1 kg de outros entorpecentes.

A PC 27 também apreendeu 11 armas de fogo e apreendeu 424 veículos. Além desses, 123 carros e motos foram recuperados.

Novas viaturas

No mesmo dia em que divulgou o balanço de sua operação estadual, a Polícia Civil recebeu das mãos do governador 884 viaturas. São 500 veículos descaracterizados modelo Cobalt, 312 Hilux caracterizadas, 68 vans Peugeot para o transporte de presos e quatro caminhonetes S10.

Desses carros, 369 serão destinados à Capital, 70 à região metropolitana e 445 ao interior do Estado (veja a distribuição por Departamentos de Polícia Judiciária no final deste texto). O investimento foi de R$ 59,257 milhões.

O Corpo de Bombeiros (CB) também viaturas. São 40 Unidades de Resgate em resultado de um investimento de R$ 5,140 milhões da Secretaria de Estado da Saúde. Essas viaturas serão destinadas aos Postos de Atendimento Operacional dos Bombeiros de todo o Estado.

O secretário da Saúde, Giovanni Guido Cerri, também participou do evento e entregou as chaves dos carros aos coronéis Reginaldo Campos Repulho e Benedito Roberto Meira – comandante do CB e comandante geral da Polícia Militar, respectivamente.

Distribuição das viaturas da Polícia Civil

Decap – Capital: 369

Demacro – Grande São Paulo: 70

Deinter 1 – Vale do Paraíba e do Litoral Norte: 50

Deinter 2 – Campinas: 48

Deinter 3 – Ribeirão Preto: 56

Deinter 4 – Bauru: 53

Deinter 5 – São José do Rio Preto: 53

Deinter 6 – Baixada Santista e no Vale do Ribeira: 45

Deinter 7 – Sorocaba: 46

Deinter 8 – Presidente Prudente: 44

Deinter 9 – Piracicaba: 50

Rafael Iglesias

Polícia Federal reabre concurso para delegado, perito e escrivão 23

Data de publicação Sexta, 10 Maio 2013 13:51

A Polícia Federal reabriu, após quase um ano de suspensão, os concursos para 600 vagas de nível superior: 100 para perito criminal federal, 150 para delegado e 350 para escrivão. As vagas são para os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima e em unidades de fronteira.

 

 

 

Veja o edital de perito no site do Cespe/UnB

Veja o edital de delegado no site do Cespe/UnB

Veja o edital de escrivão no site do Cespe/UnB

 

Nos novos editais está prevista a reserva de 5% das vagas (18 para escrivão, 8 para delegado e 8 para perito) para candidatos com deficiência, atendendo à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A perícia médica será realizada no dia 3 de novembro para candidatos deficientes aprovados na prova objetiva, na prova discursiva e no exame de aptidão física.

As vagas que surgirem em decorrência do resultado do concurso de remoção, feito por funcionários da PF que pedem para serem transferidos de local de trabalho, não serão necessariamente oferecidas para os candidatos que terminarem o Curso de Formação Profissional dos concursos lançados.

 

Perito

Para perito, o salário é de R$ 14.037,11. O candidato deve ter diploma de conclusão de curso superior em ciências contábeis ou ciências econômicas; engenharia elétrica, engenharia eletrônica, engenharia de telecomunicações ou engenharia de redes de comunicação; ciências da computação, informática, análise de sistemas, engenharia da computação ou engenharia de redes de comunicação; engenharia agronômica; geologia; engenharia química, química industrial ou química; engenharia civil; biomedicina ou ciências biológicas; engenharia florestal; medicina; odontologia; farmácia e engenharia elétrica. O candidato deve ter ainda carteira nacional de habilitação de categoria, no mínimo, B.

 

Polícia Federal lança tira-dúvidas sobre concursos públicos

 

O perito realiza exames periciais em locais de infração penal, exames em instrumentos utilizados, ou presumivelmente utilizados, na prática de infrações penais, procede pesquisas de interesse do serviço, coleta dados e informações necessários à complementação dos exames periciais, participa da execução das medidas de segurança orgânica e zela pelo cumprimento das mesmas, desempenha outras atividades que visem apoiar técnica e administrativamente as metas da Instituição Policial, bem como executa outras tarefas que lhe forem atribuídas.

 

As inscrições devem ser feitas das 10h do dia 17 de maio até as 23h59 do dia 3 de junho pelo sitehttp://www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_perito. A taxa é de R$ 150,00.

 

O concurso terá a primeira etapa, constituída de prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica e prova de títulos. A segunda etapa terá curso de formação profissional.

 

Delegado

Para delegado, o salário também é de R$ 14.037,11. O candidato deve ter nível superior em direito e carteira nacional de habilitação de categoria, no mínimo, B.

 

O delegado instaura procedimentos de investigação, orientação e comando, supervisiona e executa missões de caráter sigiloso, participa na execução de medidas de segurança orgânica, entre outras atividades.

 

As inscrições devem ser feitas pelo site http://www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_delegado das 10h de 17 de maio às 23h59 de 3 de junho. A taxa é de R$ 150.

 

O concurso terá prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova oral e avaliação de títulos. Na segunda etapa haverá o curso de formação profissional.

 

Escrivão

Para as 350 vagas de escrivão, os candidatos devem ter diploma de conclusão de curso superior em nível de graduação em qualquer área e carteira nacional de habilitação de categoria, no mínimo, B. O salário é de R$ 7.514,33.

 

O escrivão dá cumprimento às formalidades processuais, lavra termos, autos e mandados, observando os prazos necessários ao preparo, à ultimação e à remessa de procedimentos policiais de investigação, acompanha a autoridade policial, sempre que determinado, em diligências policiais, dirige veículos policiais, cumpre medidas de segurança orgânica, atua nos procedimentos policiais de investigação e desempenha outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executa outras tarefas que lhe forem atribuídas.

 

As inscrições devem ser feitas no site www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_escrivao das 10h do dia 17 de maio até as 23h59 do dia 3 de junho. A taxa de inscrição é de R$ 125.

 

A primeira etapa do concurso terá prova objetiva, prova discursiva, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica e prova prática de digitação. A segunda etapa terá curso de formação profissional.

 

Outras etapas

O candidato será submetido à investigação social e/ou funcional, de caráter unicamente eliminatório, no decorrer de todo o concurso público, desde a inscrição até o ato de nomeação. A critério da administração, poderá ser avaliado também em exame antidrogas no decorrer de todo o concurso público, além da entrega do exame laboratorial.

 

Poderão haver ainda avaliações médica e psicológica complementares, de caráter eliminatório, durante o curso de formação profissional.

 

Datas das provas

A prova objetiva e a prova discursiva para todos os cargos serão aplicadas na data provável de 21 de julho. As provas serão aplicadas em todas as capitais do país.

 

Os locais e o horário de realização da prova objetiva e da prova discursiva serão publicados, em edital, no Diário Oficial da União e divulgados na Internet, no sitehttp://www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_escrivao, sitehttp://www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_delegado ehttp://www.cespe.unb.br/concursos/dpf_12_perito, na data provável de 11 de julho.

 

A prova objetiva será composta de 120 itens para julgamento de certo ou errado. A prova discursiva será um texto narrativo, dissertativo e/ou descritivo, com no máximo 30 linhas, no caso de perito e escrivão. Para delegado, serão 3 questões dissertativas e elaboração de peça profissional.

 

Para delegado, as disciplinas a serem cobradas são direito constitucional, direito administrativo, direito penal, direito processual penal, criminologia, direito civil, direito processual civil, direito previdenciário, direito financeiro e tributário, direito internacional público e direito empresarial.

 

Para escrivão, as matérias são língua portuguesa, noções de informática, atualidades, raciocínio lógico, noções de administração, noções de direito penal, noções de direito processual penal, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, legislação especial e noções de arquivologia.

 

Para perito, as disciplinas são de língua portuguesa, noções de informática, atualidades, raciocínio lógico, noções de direito penal, noções de direito processual penal, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional e legislação especial.

 

Os exames de aptidão física para todos os cargos estão previstos para serem aplicados nos dias 14 e 15 de setembro e serão constituídos de teste de barra fixa, teste de impulsão horizontal, teste de corrida de 12 minutos e teste de natação de 50 metros.

 

No caso do escrivão, a prova prática de digitação terá a duração de 10 minutos e consistirá de digitação de um texto predefinido de aproximadamente 2 mil caracteres. As datas previstas são 16 e 17 de novembro.

 

Para perito e delegado, para a avaliação de títulos, o período de entrega da documentação está prevista para os dias 18 e 19 de dezembro.

 

No caso do delegado, a prova oral será nos dias 27 e 28 de outubro.

 

O exame médico para todos os cargos está previsto para o dia 20 de outubro. Já a avaliação psicológica será no dia 10 de novembro.

 

O curso de formação profissional será realizado na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, em regime de internato, exigindo-se do aluno tempo integral com frequência obrigatória e dedicação exclusiva, no período provável de 3 de fevereiro a 20 de junho de 2014, das 7h30 de segunda-feira às 18h de sábado.

 

O concurso terá como prazo de validade 30 dias, prorrogáveis uma única vez por igual período, contados a partir da data de publicação da portaria de homologação do resultado final do Curso de Formação Profissional.

 

Candidatos já inscritos no ano passado

Os candidatos já inscritos no período de 18 de junho a 9 de julho de 2012 que desejarem alterar sua inscrição, no que diz respeito à cidade de realização de provas e/ou à concorrência como candidato com deficiência, poderão efetuar a alteração por meio dos endereços eletrônicos dos concursos das 10h do dia 17 de maio às 23h59 do dia 3 de junho de 2013.

 

Os candidatos já inscritos no período de 18 de junho a 9 de julho de 2012, que não efetuaram o pagamento e que desejam permanecer inscritos no concurso, deverão efetuá-lo até o dia 18 de junho.

 

As solicitações de devolução da taxa de inscrição deverão ser realizadas das 10h do dia 23 de maio às 23h59 do dia 24 de maio, observado o horário oficial de Brasília/DF, devendo o candidato para tanto, informar seu número de inscrição e senha de acesso, seu CPF, seus dados bancários e demais dados do concurso público solicitados no sistema. A devolução da taxa de inscrição não será efetuada em conta poupança ou conta investimento, somente em conta corrente.

 

Últimos concursos

O último concurso da Polícia Federal para escrivão foi realizado em 2009 e também foi organizado pelo Cespe/UnB. O cargo de escrivão recebeu 51.444 inscrições para 400 vagas (128,61 por vaga).

 

Para perito e delegado, os últimos concursos foram realizados em 2004, também pelo Cespe/UnB. Para delegado, se inscreveram 55.539 candidatos para 607 vagas. Para perito, foram 51.959 para 506 vagas.

 

PM devolve 3,4 mil tasers de lote fajuto 7

10 Mai 2013

Pistolas elétricas no valor de R$ 10, 8 milhões são entregues por empresa carioca com várias falhas de fabricação. Equipamentos encomendados com dispensa de licitação atrapalham o planejamento para a Copa das Confederações

ALMIRO MARCOS

Uma semana depois do escândalo do pedido de compra de capas de chuva para a Copa do Mundo — a ser realizada em período de seca —, que levou à troca do comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), aparece outro problema para a corporação. Um lote de pistolas elétricas e os respectivos cartuchos, entregue no fim do mês passado ao custo de R$ 10,8 milhões, acabou rejeitado por uma comissão de PMs. A posição do grupo foi pela devolução dos 3.425 tasers modelo Spark 800, além dos 5 mil cartuchos. O motivo: falta de qualidade mínima do material (leia fac-símile).

Os kits são fabricados pela Condor Equipamentos Não Letais (nome de fantasia da Condor S/A Indústria Química), estabelecida no Rio de Janeiro. A empresa brasileira foi contratada por dispensa de licitação sob a justificativa de que é a única no mercado nacional autorizada pelo Exército a fabricar o armamento. “De fato, foram encontrados vários produtos com defeito e, por isso, ocorreu a suspensão. A empresa já foi notificada”, explicou o tenente-coronel Zilfrank Antero de Araújo, do Centro de Comunicação Social da PMDF.

A corporação deu prazo de 30 dias para que a firma comprove a qualidade dos equipamentos e se não apresentarão defeitos em pouco tempo. Até a comprovação, o uso do equipamento está suspenso. Ao fim desse período, será aberto um procedimento administrativo para o cancelamento do contrato. Segundo Zilfrank, o pagamento ainda não foi feito por parte do governo. O imprevisto pode atrapalhar, inclusive, a utilização das pistolas durante a Copa das Confederações, cuja abertura será em Brasília, em 15 de junho. Ainda não é possível determinar se haverá tempo para o teste das novas pistolas, além do treinamento dos policiais do Batalhão de Choque.

Foi justamente a aproximação da época de grandes eventos esportivos que levou a PMDF a buscar alternativas de armamentos não letais como forma de atender as recomendações de entidades de direitos humanos e da própria Organização das Nações Unidas (ONU). Por isso, a corporação começou a negociar com a Condor no fim do ano passado. Da empresa, foram compradas granadas químicas (gás lacrimogêneo) no valor de R$ 6,2 milhões — negociação fechada em 2012 — e assinado um contrato para a aquisição dos kits de pistolas elétricas. Em ambos os casos, os acordos acabaram firmados no contexto da dispensa de licitação.

Responsabilidade

O carregamento com as armas chegou no fim de abril. Uma comissão formada por três policiais militares (um capitão, um subtenente e um sargento) foi incumbida da análise provisória do material. Coube a esse grupo avaliar se os produtos estão conforme as especificações do contrato. Com a avaliação de 2.225 kits até 2 de maio, os PMs verificaram 43 com peças quebradas e um estojo em que faltavam os cartuchos. Os problemas no suporte das pilhas, para a comissão avaliadora, configurou “defeito crítico”, o que poderia comprometer o uso do equipamento.

No parecer, ao qual o Correio teve acesso com exclusividade, os policiais militares apontaram que o fornecedor deveria ser o “responsável pelo controle de qualidade e pelo processo de produção”, além de “executar a inspeção do produto e focar nos níveis de qualidade desejados”, principalmente por ser um lote de alto valor de compra. Em sua defesa, a assessoria de imprensa da Condor justificou que se trata apenas de questão logística. “O percentual de ocorrência de problemas é inferior a 1%, e consideramos este percentual aceitável”, informou a empresa, por meio de nota.

Mesmo assim, o parecer conclusivo da comissão da PM foi por rejeitar todo o carregamento, deixando de incorporá-lo ao patrimônio da corporação. A justificativa é de que o material não atende as exigências solicitadas no edital. “Até agora, todas (as unidades verificadas) apresentaram o mesmo mecanismo divisor (ressalto) do habitáculo das pilhas recarregáveis, sendo previsível a quebra das demais em curto período de tempo pelo uso contínuo, pois é um material frágil para o que se propõe”, diz parte do documento.

Radiografia

Custo: R$ 10.856.527

Equipamentos: 3.425 pistolas elétricas modelo Spark 800 e 5 mil cartuchos de lançamento de dardos energizados

Fabricante: Condor S/A Indústria Química

Comprador: Polícia Militar do DF

Modalidade: compra direta por dispensa de licitação

Problemas verificados por comissão da PM:

» Um dos kits não continha três cartuchos de lançamento de dardos

» 43 kits apresentaram quebra no divisor do compartimento das pilhas recarregáveis

» Presença de material considerado frágil em todos os

mecanismos do cartucho das pilhas recarregáveis, com

previsível quebra em curto período de tempo

Funcionamento

» Ao serem acionadas, as pistolas elétricas arremessam dardos com alcance de cerca de 10 metros de distância

» Ligados às armas por fios condutores elétricos, os dardos se fixam nas roupas por meio de ganchos

» Assim que há a fixação, a descarga elétrica chega à vítima

» As ondas emitidas paralisam a pessoa, interrompendo a comunicação do cérebro com o corpo

» O resultado é a imobilização imediata da pessoa

Correio Braziliense

STF nega às polícias de SP o uso de armas apreendidas de criminosos 8

10 Mai 2013

Curtas

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a lei do estado de São Paulo que autoriza as polícias Civil e Militar a usarem armas de fogo apreendidas de criminosos. No julgamento realizado ontem, prevaleceu o voto do ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação, segundo o qual as normas relativas a material bélico e ao processo penal são de competência privativa da União. Os demais ministros presentes ao plenário seguiram o voto do relator. Uma lei federal que regula o tema estabelece que as armas apreendidas devem ser encaminhadas ao Comando do Exército, a quem cabe optar pela destruição ou doação para órgãos da segurança pública ou mesmo para as Forças Armadas.

CORREIO BRAZILIENSE

Um debate sobre a atual encruzilhada histórica e o papel do POLICIAL MILITAR sobre o tema: DESMILITARIZAÇÃO. 28

“Sou policial militar e sempre considero o tema da desmilitarização como algo sério. As polícias estaduais militarizadas desde a sua formação nem sempre levam consigo aquilo que deveria ser o benefício de uma educação militarizada.

Muito pelo contrario, começam a conhecer a injustiça dentro de suas próprias instituições desde cedo, aprendendo que um superior hierárquico por mais errado que esteja não pode ser observado por seu subalterno, ou seja, no militarismo a hierarquia sobrepõe-se ao certo, e a critica exercida em favor da verdade(esta tão importante critica que leva ao aperfeiçoamento e correções de erros) é passível de punição.
Na formação, ou seja no curso de formação de soldados, o tratamento degradante é posto como ferramenta para a forja de obediência, na justificativa que as situações extremas levam o ser humano a gravar com mais força aquilo que quer ser ensinado. Discordo. O que me leva a discordar é que estes cursos de formação de soldados ensinam que a humilhação é parte da educação militar, o que vai de encontro a qualquer linha de pensamento amadurecida e evoluída.
Um curso que ensina que ocupamos uma posição onde devemos aceitar a perseguição, a punição nem sempre justa, e esperar que todos os que passam por este tipo de formação desvalorativa exerçam com amor uma profissão que iniciou exercendo a humilhação? Os instrutores em primeiro lugar devem ser tratados como semideuses, não se pode discordar deles, e nem sempre há como gostar deles.
Não existe uma ponte entre o discente e o docente e isso não existe!! Não há aprendizados sem interação. Deve-se pagar com respeito e reverência instrutores que humilham, perseguem, e que levam o limite do desrespeito ao extremo..isso gera respeito? Não, gera repulsa, desprezo, revolta, por mais que isso não venha a superfície pelos controles institucionais.
Um aluno de um CFSD deve ser humilhado para tratar com respeito os cidadãos que dependem de seu trabalho? Que tipo de educação humilha com a finalidade de ensinar o respeito? Apenas a educação militar, porque esta não evoluiu.. O mundo evoluiu, as ciências exatas ou não tiveram seu ganho, seu crescimento, a educação escolar assimilou este crescimento, reconhecendo as reais necessidades, abordando linhas teóricas que levam a sério o papel do aluno e do educador, e do como o ambiente de formação irá determinar as tendências de futuras práticas.
Mas o militarismo está estagnado, não sabe o que é construtivismo, apenas sabe que a regra da educação é o exercício da injustiça e que sua aceitação é de fundamental importância para se formar uma tropa que não questiona, que não denuncia, porque tem na memória que isto gera punição e não trás benefício algum.
Uma tropa de policiais militares que aceita uma formação como esta tende a se fechar para o mundo, e aceitar que sua instituição é injusta com seus membros e sempre vai ser assim, autoritária, punitiva, e não há como melhora-la”. (texto do SD PM – A.C).

Vagabundo , safado e filho da puta…Infelizmente o cidadão não pode ser incentivado a prender – sempre que possível – criminosos…Vagabundo ficou mais folgado porque o povo está desarmado! 15

Telhada apreende adolescente em SP e o chama de “vagabundo” e “safado” no Facebook

Janaina Garcia Do UOL, em São Paulo

O vereador e coronel da reserva Paulo Telhada (PSDB) usou o Facebook nesta quinta-feira (9) para divulgar a apreensão de um adolescente no Bexiga, região central de São Paulo. Menor de idade, o rapaz, de 16 anos, havia tentado furtar o celular de outra adolescente que passava pela rua Samuel das Neves. No bolso do adolescente havia um alicate.

Quinto vereador mais votado na capital paulista na eleição de 2012, Telhada, ex-comandante do 1º Batalhão do Choque da Rota, divulgou o texto na página onde mais de 115 mil pessoas o seguem na rede social. Nele, se referiu ao adolescente como “meliante”, “safado” e “vagabundo” e salientou que ele já havia passado pela Fundação Casa, há dois meses, por tráfico de drogas e vandalismo. Segundo o vereador, no texto, a abordagem dele ao rapaz ocorreu quando saía para almoçar e com apoio de policiais de um batalhão próximo. Dali, encaminharam o menor apreendido ao 5º Distrito Policial (Aclimação) para registrar boletim de ocorrência.

Antes, porém, o coronel fez questão de salientar: “No momento da abordagem tivemos nosso carro colidido por outro carro que passava no local, amassando a porta traseira. Além de eu ter me machucado, ainda ficamos com um prejuízo financeiro”.

Adolescente foi liberado horas depois

No 5º DP, a delegada que atendeu a ocorrência no plantão, Priscila de Oliveira Rodrigues, afirmou que o adolescente seria liberado mediante a apresentação de um responsável. Ela confirmou as passagens anteriores do rapaz pela Fundação Casa, a partir do depoimento dele, mas afirmou que, pela lei, a tentativa de furto pela qual ele responderá não implica em apreensão.

“Não ficou constatado uso de violência, nem grave ameaça. O que ele disse, e mesmo a vítima relatou, é que puxou o celular dela na rua. Como o alicate apreendido estava no bolso, não ficou configurado roubo ou tentativa de roubo”, declarou a delegada. Segundo ela, o adolescente disse que a ferramenta seria usada, “na verdade, para quebrar cadeados e furtar bicicletas”. “Mas de modo algum ele mostrou esse alicate à vítima”, concluiu. “O bicho saiu pulando igual a um cabrito; o derrubei na peitada”

Em entrevista ao UOL no final da tarde, Telhada, empossado hoje vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, afirmou que agiu ao ver o ladrão “puxando o cabelo e dando tapa na menina, uma mocinha”.

“Estava com um amigo no carro, quando vimos que era um assalto e saímos correndo atrás dele. Estava passando um carro, quase fui atropelado e meu veículo foi atingido; tive um baita prejuízo. [O menor infrator] Era um garotão esguio, e o bicho saiu pulando igual um cabrito até que eu o derrubei na peitada”.

Mesmo assim, contou que foi ferido pelo alicate do menino em um dos dedos. “Infelizmente, mais uma vez as nossas leis mostram a eficácia delas”, concluiu, sobre a soltura do apreendido horas depois.

Internautas lamentam que Telhada não feriu jovem

Nos comentários na postagem, internautas parabenizaram o coronel pela atitude, pediram mudanças na lei para punir com mais rigor menores infratores ou lamentaram que uma atitude mais drástica da parte de Telhada não tivesse sido adotada em relação ao adolescente. Alguns sugeriram, por exemplo, que o menor tivesse sido baleado ou tido os dentes quebrados.

Indagado se a divulgação desse tipo de material não fomenta mais violência, Telhada discordou –mas enfatizou: não incentiva o cidadão “não policial” a reagir.

“Quem fala isso não tem coragem nem de prender o cara. Fico chateado, porque as pessoas falam esses absurdos quando estão nervosas, mas, na hora de sentar no banquinho perante o juiz, é o policial quem tem que ir”, disse, para completar: “Mas nunca aconselho que o sujeito reaja em uma situação dessas, a menos que seja policial, ainda que à paisana: se mesmo à paisana visse e não fizesse nada, seria um covarde. Tem, sim, que prender o vagabundo.”

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/05/09/telhada-apreende-adolescente-em-sp-e-o-chama-de-vagabundo-e-safado-no-facebook.htm