São Paulo exporta “know-how ” do crime 16

Notícias 05/02/2013 – Facção criminosa de SC copia modelo de grupo que atua em SP

DA BBC BRASIL

A facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), que realizou mais de 50 ataques contra ônibus e forças de segurança em 16 cidades de Santa Catarina na última semana, estruturou suas forças seguindo o modelo do crime organizado de São Paulo, segundo membros do Judiciário ouvidos pela BBC Brasil. As informações são do Portal do jornal Folha de S. Paulo.

Assim como o paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), o PGC foi criado com o suposto objetivo de lutar contra abusos de direitos humanos cometidos contra detentos por agentes do Estado. O mais notório exemplo desses abusos é um vídeo divulgado recentemente pelo jornal “A Notícia” com cenas de tortura num presídio de Joinville.

As imagens mostram agentes penitenciários usando bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e disparando com tiros de borracha contra dezenas de detentos nus agachados contra uma parede, sem mostrar resistência.

Segundo o juiz de execuções penais de Joinville, João Marcos Buch, a violência ocorreu durante uma operação realizada por agentes do Deap (Departamento de Administração Prisional), enviados da capital, Florianópolis, ao Presídio Regional de Joinville no dia 18 de janeiro.

O magistrado solicitou as gravações das câmeras de segurança depois de receber denúncias de parentes dos presos. “Após os relatos dos familiares, fui até a prisão e pude constatar, a olho nu, as violações. Pedi a liberação das imagens das câmeras de segurança e exames de corpo de delito comprovaram o uso de tortura”, disse em entrevista à BBC Brasil.

Os abusos contra os detentos foram o estopim da atual onda de ataques incendiários e a tiros contra ônibus, carros e bases da polícia iniciada no último dia 30. Os atos de violência já deixaram um passageiro de ônibus ferido e um suspeito morto. Trata-se da segunda onda de violência do gênero em pouco mais de três meses.

“Eu diria que a onda de ataques em Santa Catarina é motivada por uma série de fatores, mas na região de Joinville sem dúvida passa pelos reflexos da operação alvo de denúncias de tortura”, avalia Buch. Outras causas da violência são transferências de presos e corte de regalias no sistema prisional.

MODELO IMPORTADO

Segundo o promotor Alexandre Graziotin, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), de Florianópolis, o PGC surgiu há cerca de cinco anos, depois que uma liderança criminosa local conviveu com chefes do PCC em um presídio federal.

De acordo com Graziotin, a facção possui atualmente cerca de dois mil membros, espalhados pelo sistema prisional catarinense. Eles convivem com membros de outras organizações criminosas – inclusive o PCC. “Recebemos informações de que há um compromisso de tratamento não agressivo entre as facões (PGC e PCC)”, afirmou.

Membros do Judiciário ouvidos pela BBC Brasil dão uma dimensão do poder de fogo da organização. O juiz João Marcos Buch afirma que as autoridades catarinenses já admitem a existência do grupo. “Eles (PGC) seguem os moldes estruturais e organizacionais do PCC. O governo estadual já admite isso. Só não temos certeza quanto ao nível de organização”, disse.

“É muito nítido que as ordens (dos ataques) partem de dentro dos presídios. E se o crime organizado chegou onde chegou dentro das penitenciárias, é por falta do Estado”, avalia o juiz.

INVESTIGAÇÃO

A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e o Departamento de Administração Prisional afirmaram, por meio de nota, que “repudiam todo e qualquer ato de excesso, que denote falta de profissionalismo e não encontre amparo legal em sua execução”.

Autoridades estaduais afirmaram que um inquérito foi aberto para averiguar as denúncias de tortura e aplicar as potenciais punições.

“O vídeo nos deixou muito tristes. Nenhum de nós aceita aquele comportamento. Por isso instauramos uma sindicância”, disse o governador catarinense, Raimundo Colombo (PSD).

FORÇA NACIONAL

O possível envio da Força Nacional de Segurança para o Estado foi discutido na segunda-feira por autoridades catarinenses, segundo Graziotin.

Mas, segundo ele, como os alvos atacados são muito diversos e não há informações de inteligência sobre onde poderiam ocorrer os próximos atentados, o acionamento da Força Nacional não seria totalmente eficaz. Isso porque não seria capaz de patrulhar todo o Estado simultaneamente, evitando novas ações.

“Não quero dizer que receber ajuda é ruim, mas mesmo que o grupo (a Força Nacional) venha para cá não há como identificar qual tipo de ação a facção vai fazer”, disse o promotor

Alckmin promete acabar com presos em delegacias de SP até agosto 37

05/02/2013-14h39

DE SÃO PAULO

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu zerar, até agosto, a quantidade de detentos homens em cadeias públicas e distritos policiais, e de mulheres até o próximo ano.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, hoje são 3.300 homens e 1.400 mulheres presos nesses locais. A intenção é que eles sejam encaminhados para os Centros de Detenção Provisória.

Segundo o governador, São Paulo será o primeiro Estado brasileiro a alcançar essa meta. Alckmin disse ainda que a medida permitirá à Polícia Civil melhorar seu trabalho de polícia investigativa e judiciária, por retirar os presos das delegacias.

O secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, disse que São Paulo tem hoje 198 mil presos, com um deficit em torno de 50 mil vagas. Segundo ele, o objetivo é reduzir o deficit para 30 mil vagas até o fim do ano.

Gomes pondera, contudo, que o alcance dessa meta dependerá do ritmo de entrada de novos presos. “Tem um número crescente de presos que entram no sistema prisional”, disse.

No ano passado, a média de entrada de novos presos foi de 9.000 por mês. Em janeiro deste ano, o número ultrapassou os 10 mil, segundo o secretário.

Para tentar reduzir o deficit de vagas, o governo construirá anexos em unidades prisionais já existentes, o que poderá gerar de 5.700 a 6.000 novas vagas, disse o secretário.

Para o secretário, porém, a criminalidade não será resolvida apenas com o sistema penitenciário. “Eu acredito que só a prisão não vai resolver o problema da criminalidade. Acho que tem que se buscar meios também para evitar que o crime ocorra”, disse.

Veja fotos

Carcereiro ofende quem mais lhe defende: O jovem advogado Sylvio Alckmin – filho do nosso João Alckimin – foi afrontado enquanto assistia idoso encarcerado 59

Alô, OAB! Olha o abuso!

Atenção, OAB paulista: este caso é um escândalo. Um senhor de 70 anos, condenado a regime semiaberto, foi preso no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, SP. Seu advogado, Sylvio Alckmin, foi visitá-lo, levando-lhe água mineral e alimentos. Até aí, tudo normal – mas o carcereiro, sabe-se lá por que motivo, resolveu implicar com o advogado. Destratou-o, desacatou-o e ainda ameaçou sacar a arma. O delegado Ricardo Glória poderia prender o carcereiro em flagrante; mas preferiu fazer um boletim de ocorrência, por ameaça, injúria e abuso de autoridade. O carcereiro, apesar disso, insistiu em cometer mais irregularidades: ameaçou colocar o senhor de idade, condenado a regime semiaberto, na cela número 6, que abriga presos de alta periculosidade.

É assim que se trata um advogado?

www.brickmann.com.br                    carlos@brickmann.com.br

Hortolândia: Unidades policiais estão sem funcionários para atendimento 60

02/02/2013 19:29

João Colosalle

Os servidores comissionados cedidos pela Prefeitura à Polícia Civil foram exonerados após a troca de prefeito

Os dois DPs (Distritos Policiais) de Hortolândia e a DM (Delegacia do Município) estão sem funcionários para atendimento ao público. Segundo apurou o LIBERAL, os servidores comissionados cedidos pela Prefeitura à Polícia Civil foram exonerados após a troca de prefeito. Com isso, algumas ocorrências nem chegam a ser registradas. Outras têm sido feito de maneira improvisada por policiais, investigadores e até delegados.
Uma fonte ligada à Polícia Civil relatou à reportagem que até o final do ano passado 13 servidores municipais atuavam na Delegacia e nos Distritos. Cinco estavam na DM, cinco no 1º DP, no Jardim Rosolem, e mais três no 2º DP, no Jardim Amanda. A maioria era responsável pelo atendimento ao público. Após a exoneração feita pelo prefeito Antonio Meira (PT), apenas dois funcionários foram recontratados.
“No 1º DP não tem ninguém para atender o público. O atendimento é feito por policiais, que ficam se revezando. Na DM só há um e é onde há o maior volume de serviços porque envolve o Centro. No 2º DP também só existe uma pessoa”, disse a fonte, que pediu anonimato. Algumas pessoas têm deixado de registrar os boletins de ocorrência devido à demora no atendimento, que em alguns casos chega a uma hora.
A situação, no entanto, não é novidade. Em 2008, os dois Distritos foram fechados por falta de funcionários. A paralisação do serviço gerou protestos da população e de vereadores da cidade.
Em nota, a Prefeitura de Hortolândia afirmou que a responsabilidade pela contratação de funcionários para as delegacias não é dela e sim do governo do Estado. Informou, porém, que “já foram contratados cinco servidores, além de mais cinco que foram encaminhados pela Guarda Municipal”. A informação foi rebatida pela fonte ouvida pelo LIBERAL. Segundo ela, não há nenhum servidor novo e os cinco cedidos pela Guarda trabalham para a Polícia Civil há oito anos.
A reportagem também questionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública, mas não obteve resposta.

http://www.oliberalnet.com.br/noticia/725D56A7C6C-unidades_policiais_estao_sem_funcionarios_para_atendimento

VOLTAS QUE A VIDA DÁ: Inquérito sobre tentativa de homicídio contra ex-prefeito Clermont Castor retorna para as mãos de delegado apontado como suspeito de participação no crime e interessado em ocultar receptação e adulteração de cadastro no sistema de trânsito 28

ATENTADO
Snap 2013-02-04 at 13.42.37

Clermont Castor (PL) não corre risco de morte
Prefeito de Cubatão leva dois tiros; polícia não tem pistas de atirador

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS  03 de julho de 2001
O prefeito de Cubatão (SP),  Clermont Silveira Castor (PL), levou pelo menos dois tiros em um  atentado na noite de ontem,  quando ía da prefeitura para casa. Às 20h30, um Corsa Sedan preto emparelhou com o carro oficial  em que o prefeito estava com seu  motorista, na avenida Tancredo  Neves (bairro Vila São José). Do interior do Corsa, um homem efetuou disparos contra o  carro do prefeito, que recebeu um  tiro na mandíbula e outro no rosto. Ele teria sido atingido ainda  por um terceiro tiro, não confirmado pela polícia. Castor foi levado de ambulância  para a Santa Casa de Santos, onde  estava sendo submetido a uma tomografia computadorizada às  22h. Segundo os médicos, ele não  corria risco de morte. Até a noite de ontem, a polícia  não tinha pistas do Corsa nem  dos autores do atentado, que fugiram. Também não se sabia qual  teria sido a motivação do crime. A principal testemunha, o motorista do carro oficial, estava sendo preservada pela polícia, que  iria interrogá-lo. O veículo foi levado para a delegacia-sede de Cubatão e seria submetido à perícia. A administração de Castor enfrenta uma crise interna devido às  divergências entre os secretários  dos vários partidos que integram  a administração. O prefeito cogita  substituir alguns auxiliares e até  mesmo deixar o PL. Médico, foi eleito no ano passado, quando disputou sua quarta  eleição consecutiva para prefeito  -foi derrotado nas três primeiras. Sua vitória interrompeu um  ciclo de 15 anos em que Nei Serra  (PTB) e José Osvaldo Passarelli  (PFL) se alternaram no poder.

————————————————————–

A tentativa de homicídio – entre diversos pretextos que iriam desde ordem passional até políticos – supostamente teria como principal motivação o fato de o prefeito ter comprado um motor diesel e efetuado a transformação das características de sua camioneta gasolina a cargo do então delegado de trânsito de Cubatão: Vanderlei Mange.

Quando a falcatrua – O MOTOR ERA ROUBADO – ganhou publicidade o prefeito teria tomado satisfações e exigido seu motor original e restituição do dinheiro.

Dias depois sofreu o atentado.

Logo na fase inicial do inquérito o delegado de trânsito – que também tinha se encarregado da presidência das investigações – foi reputado suspeito do crime por chefiar uma quadrilha instalada naquela CIRETRAN.

Foi denunciado em dezembro de 2001 e teve a prisão preventiva requerida pelo MP .

Processo vai, processo vem; um acerto aqui, um pedido acolá, tudo acabou em PIZZA!

Mange, em razão de suas ligações políticas, com pouco mais de dois anos como Delegado, foi nomeado diretor da CIRETRAN de Cubatão; permanecendo sete anos como dirigente daquele órgão – apesar das reiteradas acusações de corrupção no quadro funcional.

Hoje – além de continuar fazendo política   – é um dedicado pregador e defensor das igrejas evangélicas.

Será que a defesa que faz dessas igrejas é tão pura quanto a defesa que sempre fez  do DETRAN?

————————————————————————————

Jornal A Tribuna

Quinta-feira, 29 de novembro de 2001 – 6h48

Diretor da Ciretran é denunciado

O promotor de Justiça de Cubatão, Pablo Perez Greco, disse ontem que o Ministério Público já formalizou a denúncia contra o diretor da 159ª Ciretran de Cubatão, Wanderley Mange de Oliveira.
‘‘Ele talvez ainda não tenha sido notificado. Mas isso deverá ocorrer nos próximos dias’’, disse.Mange é suspeito de participar de um esquema de cobrança de propina de perueiros clandestinos, em Cubatão.
Ontem, também, o comando da Polícia Civil da Baixada Santista anunciou que Wanderlei Mange de Oliveira será transferido para ocupar a função de delegado plantonista em Guarujá. O seu cargo na 159ª Ciretran será ocupado pelo delegado Roberto Conde Guerra, que estava no 3º Distrito Policial de São Vicente.

De acordo com a Polícia Civil, a mudança não tem relação com as denúncias feitas na terça-feira, pela Promotoria Pública de Cubatão. As transferências já estavam programadas com antecedência.

Segundo o promotor Pablo Perez Greco, a 4ª Vara Criminal de Cubatão é que vai se encarregar de acompanhar a ação penal envolvendo Daniel Gualberto Chaib e Wanderley Mange de Oliveira. ‘‘Pelo que sei, os dois devem ser convocados para serem interrogados, também nos próximos dias’’.

Pablo Greco disse que a prisão preventiva de Daniel Chaib tem caráter provisório, podendo ser revista pela Justiça. ‘‘Mas pelos documentos coletados durante o mandado de busca e apreensão e em função da autuação em flagrante por porte ilegal de arma, acho pouco provável que isso possa ocorrer de forma rápida’’.

Se nada piorar neste ano de 2013, cerca de 250 policiais serão assassinados no Brasil até o dia 31 de dezembro 44

Namorando com o suicídio’

Publicada em 30/01/2013

Por J. R. Guzzo

Se nada piorar neste ano de 2013, cerca de 250 policiais serão assassinados no Brasil até o dia 31 de dezembro. É uma história de horror, sem paralelo em nenhum país do mundo civilizado. Mas estes foram os números de 2012, com as variações devidas às diferenças nos critérios de contagem, e não há nenhuma razão para imaginar que as coisas fiquem melhores em 2013 – ao contrário, o fato de que um agente da polícia é morto a cada 35 horas por criminosos, em algum lugar do país, é aceito com indiferença cada vez maior pelas autoridades que comandam os policiais e que têm a obrigação de ficar do seu lado. A tendência, assim, é que essa matança continue sendo considerada a coisa mais natural do mundo – algo que “acontece”, como as chuvas de verão e os engarrafamentos de trânsito de todos os dias.

Raramente, hoje em dia, os barões que mandam nos nossos governos, mais as estrelas do mundo intelectual, os meios de comunicação e a sociedade em geral se incomodam em pensar no tamanho desse desastre. Deveriam, todos, estar fazendo justo o contrário, pois o desastre chegou a um extremo incompreensível para qualquer país que não queira ser classificado como selvagem. Na França, para ficar em um exemplo de entendimento rápido, 620 policiais foram assassinados por marginais nos últimos quarenta anos – isso mesmo, quarenta anos, de 1971 a 2012. São cifras em queda livre. Na década de 80, a França registrava, em média, 25 homicídios de agentes da polícia por ano, mais ou menos um padrão para nações desenvolvidas do mesmo porte. Na década de 2000 esse número caiu para seis – apenas seis, nem um a mais, contra os nossos atuais 250. O que mais seria preciso para admitir que estamos vivendo no meio de uma completa aberração?

Há alguma coisa profundamente errada com um país que engole passivamente o assassínio quase diário de seus policiais -e, com isso, diz em voz baixa aos bandidos que podem continuar matando à vontade, pois, no fundo, estão numa briga particular com “a polícia”, e ninguém vai se meter no meio. Essa degeneração é o resultado direto da política de covardia a que os governos estaduais brasileiros obedecem há décadas diante da criminalidade. Em nenhum lugar a situação é pior do que em São Paulo, onde se registra a metade dos assassinatos de policiais no Brasil; com 20% da população nacional, tem 50% dos crimes cometidos nessa guerra. É coisa que vem de longe. Desde que Franco Montoro foi eleito governador, em 1982, nas primeiras eleições diretas para os governos estaduais permitidas pelo regime militar, criou-se em São Paulo, e dali se espalhou pelo Brasil, a ideia de que reprimir delitos é uma postura antidemocrática – e que a principal função do estado é combater a violência da polícia, não o crime. De lá para cá, pouca coisa mudou. A consequência está aí: mais de 100 policiais paulistas assassinados em 2012.

O jornalista André Petry, num artigo recente publicado nesta revista, apontou um fato francamente patológico: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conseguiu o prodígio de não comparecer ao enterro de um único dos cento e tantos agentes da sua polícia assassinados ao longo do ano de 2012. A atitude seria considerada monstruosa em qualquer país sério do mundo. Aqui ninguém sequer percebe o que o homem fez, a começar por ele próprio. Se lesse essas linhas, provavelmente ficaria surpreso: “Não, não fui a enterro nenhum. Qual é o problema?”. A oposição ao governador não disse uma palavra sobre sua ausência nos funerais. As dezenas de grupos prontos a se indignar 24 horas por dia contra os delitos da polícia,reais ou imaginários, nada viram de anormal na conduta do governador. A mídia ficou em silêncio. É o aberto descaso pela vida, quando essa vida pertence a um policial. É, também, a capitulação diante de uma insensatez: a de ficar neutro na guerra aberta que os criminosos declararam contra a polícia no Brasil.

Há mais que isso. A moda predominante nos governos estaduais, que vivem apavorados por padres, jornalistas, ONGs, advogados criminais e defensores de minorias, viciados em crack, mendigos, vadios e por aí afora, é perseguir as sua próprias polícias – com corregedorias, ouvidorias, procuradorias e tudo o que ajude a mostrar quanto combatem a “arbitrariedade”. Sua última invenção, em São Paulo, foi proibir a polícia de socorrer vítimas em cenas de crime, por desconfiar que faça alguma coisa errada se o ferido for um criminoso; com isso, os policiais paulistas tornam-se os únicos cidadãos brasileiros proibidos de ajudar pessoas que estejam sangrando no meio da rua. É crescente o número de promotores que não veem como sua principal obrigação obter a condenação de criminosos; o que querem é lutar contra a “higienização” das ruas, a “postura repressiva” da polícia e ações que incomodem os “excluídos”. Muitos juízes seguem na mesma procissão. Dentro e fora dos governos continua a ser aceita, como verdade científica, a ficção de que a culpa pelo crime é da miséria, e não dos criminosos. Ignora-se o fato de que não existe no Brasil de hoje um único assaltante que roube para matar a fome ou comprar o leite das crianças. Roubam, agridem e matam porque querem um relógio Rolex; não aceitam viver segundo as regras obedecidas por todos os demais cidadãos, a começar pela que manda cada um ganhar seu sustento com o próprio trabalho. Começam no crime aos 12 ou 13 anos de idade, estimulados pela certeza de que podem cometer os atos mais selvagens sem receber nenhuma punição; aos 18 ou 19 anos já estão decididos a continuar assim pelo resto da vida.

Essa tragédia, obviamente, não é um “problema dos estados”, fantasia que os governos federais inventaram há mais de 100 anos para o seu próprio conforto – é um problema do Brasil. A presidente Dilma Rousseff acorda todos os dias num país onde há 50 000 homicídios por ano; ao ir para a cama de noite, mais de 140 brasileiros terão sido assassinados ao longo de sua jornada de trabalho. Dilma parece não sentir que isso seja um absurdo. No máximo, faz uma ou outra reunião inútil para discutir “políticas públicas” de segurança, em que só se fala em verbas e todos ficam tentando adivinhar o que a presidente quer ouvir. Não tem paciência para lidar com o assunto; quer voltar logo ao seu computador, no qual se imagina capaz de montar estratégias para desproblematizar as problematizações que merecem a sua atenção. Não se dá conta de que preside um país ocupado, onde a tropa de ocupação são os criminosos. Bela solução dada pela Itália, foi a criação da denominada POLÍZIA PENITENZIÁRIA na década de 90, no Brasil, os agentes prisionais são considerados a escoria da sociedade e da segurança pública, e o crime reina latente em todos lugares.

Muito pouca gente, na verdade, se dá conta. Os militares se preocupam com tanques de guerra, caças e fragatas que não servem para nada; estão à espera da invasão dos tártaros, quando o inimigo real está aqui dentro. Não podem, por lei, fazer nada contra o crime – não conseguem nem mesmo evitar que seus quartéis sejam regularmente roubados por criminosos à procura de armas. A classe média, frequentemente em luta para pagar as contas do mês, se encanta porque também ela, agora, começa a poder circular em carros blindados; noticia-se, para orgulho geral, que essa maravilha estará chegando em breve à classe C. O número de seguranças de terno preto plantados na frente das escolas mais caras, na hora da saída, está a caminho de superar o número de professores. As autoridades, enfim, parecem dizer aos policiais: “Damos verbas a vocês. Damos carros. Damos armas. Damos coletes. Virem-se.”

É perturbadora, no Brasil de hoje, a facilidade com que governantes e cidadãos passaram a aceitar o convívio diário com o mal em estado puro. É um “tudo bem” crescente, que aceita cada vez mais como normal o que é positivamente anormal – “tudo bem” que policiais sejam assassinados quase todos os dias, que 90% dos homicídios jamais cheguem a ser julgados, que delinquentes privatizem para seu uso áreas inteiras das grandes cidades. E daí? Estamos tão bem que a última grande ideia do governo, em matéria de segurança, é uma campanha de propaganda que recomenda ao cidadão: “Proteja a sua família. Desarme-se”. É uma bela maneira, sem dúvida, de namorar com o suicídio.

Fonte: “Veja”, edição que está nas bancas

O Brasil ocupa a 108ª colocação, de um total de 179 nações, em liberdade de imprensa 11

BBC BRASIL

LIBERDADEDEIMPRENSA

 

 

 

O Brasil caiu nove posições no Ranking de Liberdade de Imprensa Mundial de 2013 e agora ocupa a 108ª colocação entre 179 nações. Na lista do ano passado, o país já havia caído 41 posições em relação a 2011.

 

 

Segundo a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira, que atua na defesa da liberdade de imprensa em todo o mundo, ”o cenário da mídia brasileira enfrenta graves distorções”.

 

”Fortemente dependente de autoridades políticas no nível estadual, a mídia regional está exposta a ataques, violência física contra seus profissionais e censura provocada por ordens judiciais, que também atingem a blogosfera”, afirma o texto do relatório.

 

Esses problemas, segundo o documento, ”foram exacerbados por atos de violência durante a campanha municipal de outubro de 2012”.

 

Em uma escala de 0 a 100, em que 0 representa total respeito à liberdade de imprensa e 100, o oposto, o Brasil fez 32,75 pontos.

 

De acordo com a Repórteres Sem Fronteira, os critérios para elaborar o ranking incluem avaliações sobre pluralismo, independência da mídia, ambiente de trabalho e autocensura, legislação, transparência e infraestrutura.

 

América Latina

 

Na América Latina e no Caribe, as nações que melhor figuram na relação são a Jamaica, na 13ª posição (um avanço de três posições), e a Costa Rica, que está em 18º lugar (e subiu uma posição).

 

Entre os sul-americanos, o país que melhor figurou no ranking foi o Uruguai, que ocupou o 27º lugar e cresceu cinco colocações.

 

No continente americano, o Brasil ficou atrás ainda de Suriname (31º), Estados Unidos (32º), El Salvador (38º), Trinidad e Tobago (44º), Haiti (49º), Argentina (54º), Chile (60º), Nicarágua (78º), República Dominicana (80º), Paraguai (90º), Guatemala (95º) e Peru (105º).

 

O Peru subiu dez posições e passou à frente do Brasil no ranking. Mas a liberdade de imprensa no país está à frente de outras nações da região, como Bolívia (109º), Venezuela (117º) e Equador, que caiu 15 colocações e agora está em 119º.

 

Com um total de seis jornalistas mortos no ano passado, o México manteve o status de país mais perigoso para jornalistas nas Américas e teve uma das piores colocações da região (153ª). O pior desempenho do continente americano foi o de Cuba (171º), considerada também um dos dez países da lista com o pior índice de liberdade de imprensa.

 

Perigo

 

Entre os países considerados mais perigosos para a atividade jornalística figuram a Somália (175º), seguida do México e do Paquistão (159º).

 

A nação classificada como a mais perigosa para jornalistas foi a Síria (176º). Outros países do Oriente Médio sacudidos pela onda de protestos populares conhecida como Primavera Árabe também figuram em posições baixas na lista.

 

Tunísia, Egito e Tunísia, que promoveram a derrubada de regimes autocráticos, ocupam respectivamente a 138ª, a 158ª e a 131ª colocações. Outras nações do Oriente Médio também aparecem entre as mais baixas colocações, como Omã (141º) e Iêmen (169º).

 

O relatório afirma que ”alguns dos novos governos levados ao poder pelos protestos se voltaram contra jornalistas e blogueiros que cobriram as manifestações desses movimentos e suas aspirações por mais liberdade”.

 

Topo e base

 

Os mesmos três países que lideraram o ranking no ano passado novamente ocupam o topo da lista na relação deste ano.

 

Na primeira posição, a Finlândia voltou a ser classificada como o país que mais respeita a liberdade de imprensa, seguida, respectivamente, da Holanda e da Noruega.

 

Segundo a Repórteres sem Fronteira, apesar de serem seguidos diferentes critérios, que vão da legislação dos diferentes países até atos de violência praticados contra jornalistas, há um padrão recorrente tanto nas primeiras como nas últimas colocações.

 

”Países democráticos ocupam o topo da relação, enquanto países ditatoriais ocupam as últimas três posições. Novamente, são os mesmos três do ano passado, Turcomenistão (177º), Coreia do Norte (178º) e Eritréia (179º)”, afirma o documento.

 

Além destas três, nas últimas colocações figuram ainda Cuba , Vietnã (172º), China (173º), Irã (174º) e Somália. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Itagiba Antonio Vieira Franco: “não tenho subordinados, tenho AMIGOS” 64

Enviado em 03/02/2013 as 12:24 – por  Itagiba Antonio Vieira Franco

Aos meus queridos amigos da Policia Civil.

Sinto-me profundamente envaidecido e agradecido pelas palavras e elogios que ora recebo e que, sincera e humildemente, não mereço: sempre pautei minha vida pelo trabalho e dedicação à Policia Civil, que procurei, ao longo de todo esse tempo, defender e enaltecer.

Razão de todos os meus empenhos, a minha missão como policial sempre teve como principal bandeira a verdade, o respeito a todos que me procuram e defesa daqueles que necessitam.

Jamais procurei qualquer benefício que me favorecesse, me policiando rigidamente nesse sentido, no resguardo de minha família e daqueles que me acompanharam e acompanham profissionalmente, pois não suportaria sentir em seus olhos a sensação de decepção e desilusão. A todos devo satisfação de meus atos, da lisura do meu comportamento e do comprometimento com a causa policial.

Se hoje encontro-me à frente de uma unidade de um Departamento de destaque da Policia Civil, no caso o DHPP, devo, em primeiro lugar, a sua atual Diretora, Dra. Elisabete Sato que, provavelmente, com a concordância do Sr. Delegado Geral de Policia, Dr. Blazeck, em mim depositou confiança na condução de unidade tão complexa e trabalhosa como a Divisão de Homicídios que, todos aqueles que me cercam, sabem que era onde sempre desejei trabalhar, muito embora por ali já tenha passado, há alguns anos, em uma de suas equipes básicas: muito embora não tivesse qualquer tipo de compromisso com a minha pessoa, a Dra. Elisabete me convidou e eu aceitei de pronto, para meu orgulho e felicidade.

Hoje, portanto, recebendo, humilde como sempre, esses elogios, não posso deixar de agradecê-los: um de vocês comentou que não se faz nada sozinho; concordo; em todo o trabalho há a participação conjunta de Delegados, Escrivães, Investigadores, Agentes, Papiloscopistas, etc, que são a espinha dorsal de qualquer unidade policial: nunca tive, não tenho e nunca terei a presunção de que posso fazer tudo sozinho: aliás, longe disso, pois, talvez, alguns não saibam, fui também Escrivão (com muita honra), durante nove (9) anos, portanto, “ralei” muito nessa honrada carreira e que foi a base que me auxiliou para ascender ao cargo de Delegado de Policia. Portanto, sei do que estou falando.

Quanto a ser “o melhor Delegado de Policia de São Paulo”, há um evidente exagero e não mereço, sinceramente, assim ser chamado: aliás, esse título poderia ser dado, por exemplo, e com merecimento, a outro Delegado de Policia que sempre admirei e que considero o melhor de todos, um Delegado completo, no caso o Dr. Rui Ferraz Fontes; meu desejo, sim, e decepção, e que sempre expressei, é de nunca ter podido trabalhar diretamente com ele, para aprender, em sua plenitude, como é “fazer policia”: como ele, outros tantos Delegados vocacionados que trazem dentro de si o orgulho de bem desempenhar suas funções e que vim a conhecer ao longo de minha carreira.

Esses, sim, merecem esse título.

Aliás, deixo expresso que as melhores pessoas que encontrei em minha vida, independente de carreira, foram em nossa Instituição e cujas amizades faço questão de manter. Sempre digo, também, que na Policia Civil não tenho subordinados; tenho AMIGOS, pessoas que convivi e convivo diariamente e que me trazem apoio e alegria. Nunca deixo de atender a quem quer que seja: quem chega, sabe disso, que minha porta está sempre aberta para receber a todos.

E aproveito a oportunidade para convidar aqueles que se referiram a minha pessoa e que, talvez ainda não me conheçam pessoalmente, que o façam. Um abraço bem grande os esperam.

Hoje, que o final de carreira se avizinha, espero, ainda, fazer novas e grandes amizades.

Um grande abraço a todos.

Do sempre amigo Itagiba Franco. Delegado de Policia (e acima de tudo Policial). Com muita honra.

https://flitparalisante.wordpress.com/2013/02/01/simplesmente-o-melhor-delegado-da-policia-civil-de-sao-paulo/#comment-206541

Baladas agora têm bombeiro na porta para atrair cliente 1

O ESTADÃO

03 Fev 2013

Tragédia em Santa Maria esvazia noite no Baixo Augusta e dá “cara” mais segura a casas de Pinheiros, Itaim e outros bairros

Quem saiu à noite em São Paulo durante a semana notou uma mudança de cenário. Depois da morte de 236 jovens na boate Kiss, em Santa Maria (RS), no domingo passado, várias casas fecharam as portas na capital paulista. As ruas ficaram mais vazias, principalmente, na região do Baixo Augusta, no centro.

Em outros bairros, como Vila Olímpia, Pinheiros e Itaim-Bibi ganharam outra cara. No lugar de belas hostesses, entrou a figura do bombeiro na porta da balada. Uma delas tinha até ambulância estacionada na noite de quinta-feira.

Transmitir segurança passou a ser o mais importante. Alvará e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros viraram parte da decoração. Na She Rocks, no Itaim-Bibi, a papelada estava iluminada como um quadro. A documentação entrou no vocabulário dos jovens e virou assunto na fila. “Aqui tem alvará, né?! Isso quer dizer que não vai pegar fogo”.

Na porta da D-Edge, na Barra Funda, a estudante Emilly Serpa, de 18 anos, já anunciava que a primeira coisa que faria ao entrar seria verificar onde fica a saída de emergência. “Minha mãe não queria que eu viesse. Mas jurei para ela que a balada era segura. Tem até bombeiro na porta”, disse Vitória Puccia, de 21 anos, que estava com amigas comemorando o aniversário de Emilly.

Já no Baixo Augusta, região com o maior número de casas fechadas – entre elas Sarajevo Club, Studio SP e Labo movimento foi abaixo do normal a semana toda. O vai e vem dos jovens na calçada foi substituído por um vazio, e o medo da fiscalização contagiou os empresários da noite. “Eu também teria medo se minha casa não fosse nova e não estivesse com tudo em dia”, disse Ronaldo Rinaldi, dono da Blitz Haus, inaugurada há um mês na Rua Augusta.

Blitz. Depois de anunciar a interdição de 26 estabelecimentos irregulares na cidade, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse ontem que isso só vai valer para casos “mais graves”. “Se for algum problema rapidamente sanável, os bombeiros vão orientar”.

Na tarde de ontem, a Subprefeitura da Sé fez uma blitz em parceria com os bombeiros em oito casas do Baixo Augusta e interditou a Inferno Club por irregularidades nos extintores e no revestimento. Segundo a casa, o local foi fechado “por precaução” e será reaberto na terça. Também foram encontradas irregularidades no Comedians Club, que não foi fechado e terá 15 dias para se adequar. O mesmo ocorreu anteontem na quadra da escola de samba Rosas de Ouro e D-Edge, que foram intimadas pela Prefeitura e estão irregulares, mas não fecharam.

ARTUR RODRIGUES, NATALY COSTA, VALÉRIA FRANÇA e WILLIAM CASTANHO

Como obter alvará de funcionamento em São Paulo: SOLTA O MAÇO NA MÃO DO FISCAL QUE CORONEL ( subprefeito ) BATE O CARIMBAÇO!… ( Na gestão de Gilberto Kassab (PSD), 30 das 31 administrações regionais chegaram a ser comandadas por oficiais aposentados da Polícia Militar ) 13

O GLOBO

SP tem mais de 700 denúncias de corrupção

03 Fev 2013

Cidade concentra 5,7 mil bares e 283 danceterias; empresários temem denunciar pedidos de propina

Thiago Herdy

SÃO PAULO

Para se conseguir um alvará de funcionamento na cidade com o maior número de bares e casas noturnas do país, dificilmente se escapa do jogo de fiscais corruptos, segundo relatos de empresários da noite e também de quem cuidou do controle interno da atividade do servidor público em São Paulo. Enquanto parlamentares e dirigentes do Executivo ensaiam medidas para tornar mais rigorosas as regras que regem o funcionamento dos estabelecimentos como forma de evitar a repetição de tragédias como a de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quem conhece o setor sugere o combate à corrupção e mudanças na organização da fiscalização.

Se há quem aceite pagar calado pela propina, também existem aqueles que não concordam e buscam os órgãos de controle da atividade pública para denunciar os abusos. Nos últimos sete anos a ouvidoria da prefeitura de São Paulo recebeu 754 denúncias de irregularidades graves envolvendo funcionários da administração municipal, em geral. Responsável por dar continuidade aos processos, o Departamento de Procedimentos Disciplinares (Proced) contabiliza 30 processos em andamento para apurar casos de corrupção envolvendo servidores na cidade.

Mas, frequentemente procurado por donos de casas noturnas e restaurantes que desejam saber como lidar com o problema, o diretor-jurídico da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato, diz que ainda prevalece a regra geral de não denunciar. Ele orienta os empresários paulistanos a buscar o Ministério Público, mas reconhece que eles preferem pagar propina a denunciar o achaque oficial, por medo de sofrer represálias.

– Muitas vezes o fiscal indica determinada empresa, determinado parceiro que pode conduzir o pedido de abertura (do bar). Aí essa empresa cobra (a propina) pelos dois. É muito mais seguro para o fiscal fazer desse jeito – acusa Maricato.

São Paulo concentra 283 danceterias e 5.697 bares, de acordo com o registro de empreendimentos ativos da Receita Federal. A Prefeitura não autoriza acesso à integra dos processos contra servidores, sob a alegação de que correm sob sigilo. Ainda assim, o procurador de Justiça de São Paulo e ex-corregedor-geral da prefeitura Edilson Mougenot Bonfim cita a “ação de fiscais achacadores” como um dos problemas que enfrentou no período em que esteve à frente do órgão, entre 2010 e 2012.

– São pessoas que atuam nas atividades fiscalizatórias da prefeitura e muitas vezes usam o nome de terceiros, um chefe ou um secretário, pessoas que nem sempre pactuam com isso – diz o ex-corregedor.

Ele propõe fazer convênio com instituições de engenheiros e arquitetos para eles mandarem profissionais capacitados para visitar os estabelecimentos.

Para Bonfim, mudar leis não é uma forma de lidar com o tema.

– Enquanto houver a corrupção, o achaque, não se resolve o problema. As leis nós já temos suficiente, é só aplicar – afirma.

achaque levou à demissão de secretário

O ex-corregedor diz ter conseguido afastar funcionários em função de irregularidades constadas no exercício da atividade pública. Apenas em 2011 e 2012 foram 160 exonerações, de acordo com a corregedoria. No entanto, por causa da estrutura enxuta do setor, ainda há muito há se feito. Ele acredita que o órgão não suportaria a procura se fosse conhecido pela população.

– Se o povo soubesse que a Corregedoria existe, não haveria a menor condição de responder à demanda – avalia.

Apenas na última semana, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social instaurou nove inquéritos civis para investigar boates que funcionam na cidade sem alvará. Cada dono de estabelecimento será chamado para dizer porque a casa funciona sem o documento.

O mesmo ocorrerá com representantes do município. Foi uma acusação de pedido propina de R$ 100 mil para permitir o funcionamento da boate “Romanza”, em São Paulo, que custou o emprego do ex-secretário de Controle Urbano da cidade, Orlando Almeida, afastado no fim do governo de Gilberto Kassab (PSD), em dezembro de 2012.

Proprietário de uma loja de equipamentos de som, o empresário José Atônio Ramos Cadima instalou câmeras de vídeo em sua loja quando começou a ser procurado por um funcionário da prefeitura que usava o acesso ao sistema interno da administração municipal para tentar arrancar R$ 5 mil do comerciante em troca da regularização. Um interlocutor foi preso em flagrante no momento em que recebia o dinheiro. A Justiça de São Paulo condenou a dupla a dois anos de prisão por concussão (recebimento de vantagem indevida por funcionário público).

– Ser um cara honesto é algo que tinha que fazer parte do ser, mas as pessoas te engrandecem e ficam te dando parabéns – afirma Cadima sobre a coragem de filmar o achaque

SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRE : O coronel Marcelo Prado – que é da Baixada Santista – foi ripado do comando do CPI-6; será substituído por um “Paulistano” 19

Licença

Troca de comando do CPI-6 ocorre na terça-feira

Da Redação

O coronel Marcelo Prado não será mais o comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI-6), responsável pela Baixada Santista e Vale do Ribeira. O oficial irá tirar um mês de licença e irá para reserva.
Policial militar há 30 anos, Prado irá atuar na Escola Superior de Sargentos, em São Paulo. Ele passou sete meses no cargo de comandante do CPI-6 e, durante o período, chegou a receber convites para trabalhar em algumas prefeituras da região.
O novo comandante será Carlos Celso Castelo Branco Savióli, que atuava no comando do policiamento da Zona Oeste da Capital. A troca de comando acontecerá na terça-feira (5).

João Alkimin: CAÇA-NIQUEIS NOVAMENTE?…( Os mAlckmnistas estão voltando ) 24

CAÇA-NIQUIES NOVAMENTE? O QUE ESTA ACONTECENDO EM SANTOS?

Pensei que tal pratica já tivesse sido extinta, entretanto ao que parece a prática delituosa voltou a ocorrer. Na área do DEINTER 6 é assustador o número de máquinas caça-níqueis adesivadas com selos que, possivelmente contabilizam os pagamentos. Quem mora na baixada santista sabe do que estou falando. Vale salientar que, ao que se sabe, segundo informações que me foram confiadas, o pedágio não é pago para Polícia Civil do Estado.

Mas a pergunta quem não quer calar é: porque esta prática criminosa não é combatida de forma real e efetiva, e porque sempre torna a ocorrer? Noutro artigo já disse e volto a afirmar que a exploração de máquinas caça-níquel é crime, bem como fechar os olhos para este fato. Pergunta-se ainda que providências estão sendo tomadas ou que serão tomadas pelo Diretor do DEINTER 6?

Por óbvio que não é somente o DEINTER 6 que está assombrado por esta maldição. O DECAP, o DEMACRO, e os DEINTER´S também convivem de forma pacífica com tal situação. Não me refiro à cidade de Santos de forma seletiva, mas pela prática corriqueira deste tipo de delito naquela cidade. O mesmo ocorre em Mogi das Cruzes/SP. Na Capital é ainda mais evidente esta pratica criminosa, ao exemplo das cidades de Guarulhos e Osasco que, também pertencem ao DEMACRO.

O Secretário de Segurança Pública e o Governador estão viajando pelo interior, mas será que estão a par desta situação vexatória em que máquinas caça-níqueis são exploradas nas barbas da polícia civil? Ora, tais autoridades deveriam ir pessoalmente ou por seus assessores averiguarem bares, padarias e botecos durante as viagens que tem feito ao interior; locais onde faltamente encontrarão inúmeras máquinas caça-níqueis sendo exploradas.

Ora, é atribuição e dever da Polícia Civil do Estado combater de forma efetiva e diuturna esta prática criminosa. Disto fazem brotar outras indagações que não querem calar: o Delegado Geral desconhece este fato? E o Comandante Geral da Polícia Militar? Ou quiçá o Secretário de Segurança Pública, sabe o que está acontecendo?

Como radialista tenho dever de levar estas informações à público, bem como cidadão que sou.

Já passou a hora do Secretário de Segurança e do Governador do Estado notarem que urgem providências enérgicas em prol da sociedade que esta assolada por este mal; ao que parece uma excelente oportunidade para corrigirem no âmbito administrativo, o descalabro perpetrado com a injusta demissão do Delegado Conde Guerra, isso, se antecipando à uma decisão judicial que certamente lhe será favorável, pois, as vezes a grandeza de uma autoridade esta na humildade de reconhecer o seu próprio erro ou de seu antecessor.

Parece-me que além da clara ingerência política que é evidente e descarada, a impressão é que legalizaram os jogos de azar. Voltaremos nós a viver com máquinas caça-níqueis, desmanches e tudo continuará como sempre foi?

Estes fatos, permitem que o Ministério Público interfira de forma incisiva nos rumos investigativos da polícia civil. Particularmente sou contra a interferência do Ministério Público no âmbito da investigação policial, mas infelizmente a inércia, incompetência e conivência da instituição polícia civil é que permitem esta ingerência.

Espero sinceramente que a administração superior da polícia, a qual tem por dever de ofício sair de sua letargia, tome imediatamente medidas para coibir tais fatos.

Termino com a citação de Maquiavel, pois para um bom entendedor, meia palavra basta.

“Quando um cidadão privado torna-se príncipe de sua pátria, pode-se chamar seu governo de principado civil. O comandante deste deve ter, antes de tudo, uma grande e afortunada astúcia, e este deve fazer, em benefício do povo, e não dos poderosos; pois a ele sempre caberá governar o mesmo povo, mas vive bem sem os poderosos. Se o povo deste Estado for hostil, ele abandonará o príncipe. Os povos fiéis ao governante devem ser amados, e os que não são fiéis e não confiam no príncipe, devem ou serão empregados como conselheiros, ou considerados inimigos e temidos”( O Príncipe,de Nicolau Maquiavel).


João Alkimin

Simplesmente o melhor delegado da Polícia Civil de São Paulo 52

Enviado em 01/02/2013 as 11:14 – Polícia é sempre polícia

Pela primeira vez vejo que alguém na polícia escolheu a pessoa certa para o cargo certo, Dr. Itagiba Antonio Vieira Franco, no Delegado Divisionário de Homicídios, o maior conhecedor de homicídios, mais dedicado delegado nessa área agora no lugar certo e detalhe, não trabalho com ele e não tenho contato com ele, mas o cara é foda, agora as canas saem mesmo.

Assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança de SP e DECADE fazem patifaria com a Band 30

Olá, Dr Guerra. Veja o comentário de hoje do Ricardo Boechat hoje na rádio Bandnews FM. A Bandrecebeu uma denúncia de uma loja que vendia fogos de artifício de maneira ilegal. Constatou com câmera escondida
e depois acionou a delegacia de produtos controlados da polícia civil( subordinada à diretoria dirigida pelo ex- delegado geral,
Marco Antonio Desgualdo). Delegadotitular e investigadores foram até o local junto com a equipe da Band e houve o flagrante. Só que minutos
depois todas as emissoras apareceram. A polícia avisou a secretaria de segurança pública, como se o trabalho fosse só mérito dela, e a
assessoria de imprensa do órgão ligou pra todo mundo. Uma falta de ética, já que a concorrência só poderia ser avisada depois da exibição da
reportagem. É a chamada patifaria. Na próxima, a imprensa solta a denúncia e só avisa a polícia depois. Aí quem sabe o bandido foge. Abs.

Testemunha volta atrás e afirma que mentiu ao acusar 4 PMs por morte em SP 18

31/01/2013-04h00

DE SÃO PAULO

Dois dias após dizer que quatro PMs arrastaram um jovem de 16 anos para um matagal na zona leste de São Paulo e o mataram a tiros, a principal testemunha do caso voltou atrás.

Em novo depoimento ao DHPP (departamento de homicídios), a testemunha, protegida, disse que fez a falsa denúncia porque foi xingada pelos PMs que mataram o jovem Wallace Victor Souza.

Ela afirmou que na madrugada do dia 13 ouviu tiros na rua Rock Estrela. Quando foi ver o que ocorria, os policiais disseram: “Entra agora em casa, sua filha da puta! Vai já pra dentro (sic)”.

Ela negou que tenha sido coagida a mudar sua versão.

Na ocasião da morte, o sargento Carlos Ferreira e os soldados Alex Alves, Washington Custódio e Amauri Goulart perseguiam dois homens que tinham roubado a casa e o carro de um taxista.

Souza foi morto com dois tiros e, na versão inicial da testemunha, gritou por socorro antes de ser baleado. Três pessoas ligaram para a polícia, mas só uma delas registrou o depoimento no DHPP.

Segundo versão dos PMs, um dos suspeitos fugiu a pé. O outro, Souza, desceu do carro roubado e disparou contra eles, que revidaram.

Os quatro estão presos. A defesa solicitou a soltura deles, mas o pedido foi negado. A solicitação será refeita. A Promotoria diz que analisa o caso. (AFONSO BENITES)