CHAMADA MILK NEWS TV 2013 : entrevista com o assassino – que “só queria furar um pouquinho ” – José Adão Pereira Passos 19

Na churrascaria
“Eu só queria furar um pouquinho”, diz comerciante que matou turista
Da Redação
Uma fatalidade. É desta forma que a morte a facadas do estudante Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, no último dia de 2012, em Guarujá, é descrita por Diego Souza Passos, de 23 anos, filho do suspeito do crime, o empresário José Adão Pereira Passos, de 55 anos.

Mário questionou uma diferença de R$ 7,00 em uma refeição na Churrascaria e Pizzaria Casa Grande, na Enseada, de propriedade de José Adão, e foi morto com três golpes de faca.

Pai e filho acusados apresentaram-se, por volta das 21 horas de ontem, na Delegacia Sede da Cidade. Diego é gerente do local. O crime ocorreu pouco após as 19 horas de segunda-feira, véspera do Ano-Novo.

Acompanhados do advogado Valdemir Batista Santana, ambos prestaram depoimento ao delegado Luiz Ricardo Lara Dias Júnior. Nela versão de Diego, detalhada em coletiva à imprensa no final da noite de ontem, a confusão começou quando o grupo de turistas de Campinas, de oito a 12 pessoas – ele não informou com exatidão – reclamou do preço por pessoa, que teria de ser R$ 12,99, e não R$ 19,99, como era cobrado.

“O preço menor é cobrado até as 18 horas, e já passava desse horário. Essa turma começou a confusão por causa do preço”, falou o gerente.

O filho do dono do restaurante disse que Mário, o turista assassinado, teria falado para os amigos não se preocuparem. “Ele disse que o pai é juiz e que resolveria isso”.

O desentendimento continuou e José Adão tentou resolver o caso conversando com o grupo de turistas, mas, segundo Diego, o próprio Mário teria agredido o empresário, com socos e chutes, que caiu no chão.

Uma briga generalizada começou e, ainda na versão de Diego, ele sofreu um leve desmaio ao ser golpeado no pescoço, sem ter presenciado o crime. “Quando acordei, a coisa (as facadas) já tinha acontecido”.

Sua reação foi pegar o pai e sair do local do crime, o que também foi feito por outros três garçons envolvidos. O gerente estava com a mão machucada, segundo ele, por uma garrafada.

José Adão pediu desculpas e disse que não matou ninguém por R$ 7,00. Só quis defender o filho

Sem intenção

Chorando, José Adão se dirigiu aos jornalistas pedindo desculpas e dizendo que “não matei ninguém por R$ 7,00. Só quis defender o meu filho”.

Ele também descreveu o que houve como uma fatalidade, sem se omitir da responsabilidade pelo seu ato. No entanto, alega que desferiu apenas uma facada, embora o Boletim de Ocorrência descreva três golpes de faca nas costas.

José Adão explicou que a faca usada no crime, assim como outras, estava no balcão das carnes e era usada para cortar pernil, chester e tender. “Foi a única coisa que vi quando meu filho estava sendo golpeado, os caras estrangulando ele”.

Mas ele garante que a intenção não era matar. “Eu não queria matar ninguém, só queria furar um pouquinho para ele soltar o meu filho”.

Emocionado, José Adão declarou que queria pedir perdão a Deus e explicou que “não vou me fingir de vítima ou de coitado. Fui lá e peguei uma faca, mas sem intenção de matar”.

Ele ainda esclareceu que tudo aconteceu rapidamente. “Eu bati no ombro dele (a vítima fatal) uma vez, duas vezes e ele não soltou (o filho). Aí, bati a terceira, mas foi no lugar errado”.

Como ambos os acusados se apresentaram à polícia após 24 horas do crime, não houve prisão em flagrante e os dois foram liberados da delegacia. Mas a Polícia Civil deve pedir, ainda hoje, a prisão preventiva do empresário.

Imagens do sistema de câmeras do restaurante deverão ser analisadas para ajudar nas investigações.

Por Justiça

O corpo de Mário Sampaio foi enterrado por volta das 9 horas de ontem, no Cemitério da Saudade, em Campinas. A família pede punição pelo assassinato.

“Eu clamo por Justiça, porque, se fosse meu irmão (em relação a ela), ele iria atrás”, afirmou Valéria Sampaio, irmã do estudante. “Não vai diminuir a nossa dor. Mas esse cara pode continuar esfaqueando outras pessoas, acabando com a vida de outras famílias”.

João Alkimin: É INADMISSÍVEL 23

É INADMISSÍVEL

Em curto espaço de tempo vejo-me obrigado a escrever…
O déspota Ferreira Pinto foi demitido pelo Governador, foi nomeado um novo Secretário que escolheu o novo Delegado Geral. E o que aconteceu? Nada. Absolutamente nada.
A letargia é total, fizeram algumas tímidas mudanças, defenestrando o Diretor da Corregedoria Delegado Délio Montresor, o que já não foi sem tempo e, o Diretor do DECAP Dr. Toledo, aquele que criou centrais de flagrante para conforto da Polícia Militar, esquecendo-se que muitas vezes a população, aquela que em última instância é quem deve ser atendida, tinha que se deslocar para longas distâncias, para conforto da Polícia Militar.
Fora isso, nada, absolutamente nada foi feito. Todos os Departamentos estão parados e paralisados. E é bom que se lembre que Policia se faz com operacionais e não com diretores de Departamentos, divisionários, que raramente saem de seus gabinetes com ar condicionado, a não ser para dar entrevista em algum caso rumoroso ou para se encontrarem com o ex Secretário Ferreira Pinto, para degustarem vinhos de qualidade  e charutos cubanos, ou ainda para viajarem a Argentina para proporcionar um imerecido descanso ao então ex Secretário.
O que fez até agora o Doutor Grela? Reviu algumas das demissões que poderiam ser analisadas no âmbito administrativo, como do Dr.Guerra, Dr.Frederico e tantos outros? Nada, não fez absolutamente nada.
Em meu entendimento estamos vivendo uma época extremamente perigosa, uma policia civil desmotivada, ainda amedrontada e cheia de hematomas de tanto que apanhou na gestão Ferreira Pinto.
Acorde Sr. Secretário! Acorde Sr. Delegado Geral! Antes que seja tarde!
Se os senhores não possuem conhecimentos suficientes sobre a policia para fazerem as mudanças urgentes e necessárias, então peçam para sair e permitam que alguém preparado as faça. Já disse e volto a repetir, temos inúmeros juízes e desembargadores criminais aposentados que certamente fariam muito bem esse papel, tomando inclusive, providências imediatas.
Não consigo conceber que um Delegado Geral de Policia, com anos de carreira não saiba escolher o homem certo para o lugar certo. Pois, ou não sabe ou simplesmente não lhe permitem que façam… E ai certamente estaria fazendo um papel muito feio, o de boneco do ventríloquo.
Vejo algumas mudanças  que em nada servem para dar ânimo a policia civil, um Delegado de policia nomeado para o gabinete do Secretário, em que isso auxilia o combate ao crime que está assolando nosso estado?
Talvez os senhores não saibam, mas esse clima de insegurança afeta a todos os operacionais e mesmo aqueles que estão ainda ocupando cargos de Diretoria. Há uma reunião do Conselho da Policia Civil marcada para o próximo dia 9, há inúmeros processos de promoção de policiais civis de todas as carreiras, como será esse conselho? Com os atuais Diretores? Com parte deles? Com novos Diretores?
Quanto mais tempo passa, mais se vai minando a autoridade daquele que tem obrigação de fazer modificações. Pode ser doloroso, mas certamente é melhor que se corte a frio do que a conta gotas.
Já disse uma vez e volto a afirmar que a obrigação do Secretário de Segurança Pública e do Delegado Geral é com a população. As nomeações devem ser feitas pelo critério de capacidade profissional e não de amizade.
E é bom que não venham agora com a velha conversa de que quem está respondendo a algum tipo de processo não pode assumir cargo de chefia, porque o próprio Secretário já jogou o critério por terra.
Portanto, escolham os melhores e permitam que a Policia Civil volte a trabalhar, sem medo de perseguições. Reveja sr.Secretário, as demissões feitas simplesmente por absoluta maldade do ex Secretário e Vossa Excelência pode fazê-lo, é melhor que faça no âmbito administrativo do que aguardar uma decisão judicial, pois, certamente sairá mais caro, não para o estado mas para todos nós que teremos que pagar não só os atrasados mas provavelmente as indenizações vultuosas.
Não é possível continuarmos a aguentar a apatia dos maiores dirigentes da Policia Civil. Tempo para pensar já tiveram, agora é hora de agir.
João Alkimin

Debate sobre as Particularidades da Justiça Militar, Disciplina Militar e Assedio…( Câncer cala a Juíza Militar Roseane Pinheiro de Castro ) 37

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https://flitparalisante.wordpress.com/2009/12/25/ex-pesadelo-dos-coroneis/

Fernando Martins :
Roseane faleceu de câncer no dia 16 de outubro de 2012

Apresentação por mim mesma

Roseane Pinheiro de Castro, brasileira, divorciada, natural de São Paulo – Capital, filha de policial militar do Corpo de Bombeiros e uma dona de casa. Nomeada Juíza de Direito em 31 de dezembro de 1993, através de concurso público, tomando posse em 10 de janeiro de 1994, na Justiça Militar do Estado de São Paulo, onde já exercia o cargo de diretora judiciária, ingressando, naquele Tribunal em 04 de maio de 1978. Portanto, mais de 28 anos de serviços públicos prestados. E, por quase 10 anos a única MULHER a judicar naquela Justiça Castrense.

Durante os últimos quatro anos que permaneci naquele Tribunal Militar, toda uma série de perseguições contra mim começaram a acontecer, praticadas por juízes militares, ocorrendo vários incidentes, com o único objetivo de disseminar o terrorismo psicológico. Desde tentativas de invasão à residência, transferência do soldado que fazia minha segurança pessoal, mudança de gabinete da juíza sem autorização (por mais de 5 vezes), sumiço de sentenças, represálias a funcionários e amigos, intimidações aos filhos e até a avó de 87 anos, sem contar as ameaças e constrangimentos, em suas diversas formas. Tudo era motivo de instaurações de processos administrativos, grampos telefônicos, “campana” do Serviço Reservado da PM e muito mais!!!…

Um dos maiores absurdos aconteceu quando fui surpreendida com uma intimação do Presidente do Tribunal Militar para ser submetida a exame de sanidade mental no Hospital da Polícia Militar a ser realizado por um Capitão PM Psiquiatra, médico esse que periciava os policiais réus a mando desta Juíza, quando em processos de sua competência… Atente-se para o fato que eu não era policial militar e sim uma juíza togada com departamento médico oficial específico, se fosse o caso de qualquer avaliação clínica.

Apenas um parêntese: qualquer Coronel PM que esteja na ativa pode ser nomeado Juiz Militar de Segunda Instância pelo Senhor Governador do Estado sem a necessidade de concurso público e, pasmem, não é exigido diploma de bacharel em direito!!! E são esses coronéis que passam a perceber mais de 40 (quarenta) mil reais por mês, face as inúmeras vantagens que trazem da Polícia Militar e passam a integrar os vencimentos desses militares. O que é proibido pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

Um caso interessante ocorreu no primeiro semestre desse ano, onde um coronel que havia prestado concurso público, juntamente comigo e sido REPROVADO no exame oral, foi nomeado JUIZ do Tribunal Militar sem qualquer tipo de seleção ou concurso…

Voltando…

Passei a ser um estorvo para o Tribunal porque, além de um arquivo vivo de tudo que acontecia ali à nível de irregularidades e corporativismos, não compactuava com nada disso, passando a denunciá-los, inclusive, casos de assédio sexual envolvendo como vítimas as policiais militares, tendo como seus algozes, diversos Oficiais de alta patente da Polícia Militar. Cheguei a condenar um Coronel e, a partir daí foi decretada a minha “pena de morte como juíza!!! Tudo foi feito para livrarem aquele réu da condenação, onde o Conselho de Justiça se recusava a assinar a sentença e, mais uma vez, denunciei à Imprensa e aos órgãos Superiores tal arbitrariedade.

Passei a ser alvo de Assédio Moral daqueles juízes militares, chegando a ser processada, simplesmente porque não havia cumprimentado o Presidente num evento público (sic). Outro por não realizar audiência sem advogado do réu (é a mais absurda verdade!), outro por socorrer uma policial feminina que se sentiu mal em audiência e o Tribunal recusou-se a prestar-lhe socorro. E foi quando pedi o auxílio da polícia civil onde, através dessa Instituição, conseguimos acudir a contento aquela mulher.

Dei entrada em vários Mandados de Segurança por Assédio Moral, junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde, infelizmente, foram arquivados, liminarmente, SEM julgamento de mérito.

Devido a matérias publicadas pela mídia escrita ou televisiva, comecei a ser procurada por várias mulheres policiais militares que estavam sendo vítimas tanto de assédios morais como sexuais, por parte de Oficiais PMs, passando a auxiliá-las e prestar-lhes a assistência jurídica e até psicológica, juntamente com seus advogados e incentivando-as a denunciar, processualmente, aqueles fatos delituosos que estavam acontecendo em seus quartéis…

E, quanto mais me envolvia em tentar ajudá-las e a seus familiares, independente até da magistratura, mas, como pessoa humana, mais eu irritava aqueles juízes coronéis, porque sentiam que a Polícia Militar estava sendo exposta, negativamente, por mim…

Meu fim não tardou, e em ?????????, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno I do Poder Judiciário, página …. a minha aposentadoria.

As armadilhas não pararam por aqui !…

Imaginem a época da ditadura militar e terão uma idéia !!!

Salvo raras exceções, quando procurei qualquer pessoa quer do Poder Judiciário quer da Imprensa, simplesmente as portas se fecham….Não é difícil deduzir que o medo de represálias, ainda prevalece nesse País, em relação aos militares.

Enfim, não compactuei com qualquer ilegalidade, corporativismos e outras coisas…Queria, somente trabalhar em paz. O que foi impossível, somado ao receio desses juízes PMs atentarem contra minha integridade física e a de meus filhos. Então, deram um jeito de se “livrarem” de mim, declarando-me insana, inválida permanentemente, ou seja, incapaz de qualquer ato público ou civil. E, hoje, através de um laudo expedido por “médicos Psiquiatras”, sendo um deles que sequer conheço, tenho o diagnóstico de transtorno afetivo bipolar com sintomas maníacos psicóticos. Resumindo, louca!!!!!!

Muito mais há para se falar…

Diante de tudo isso é que decidi criar esse espaço de ajuda a muitas pessoas que passam por problemas semelhantes, principalmente às policiais femininas que, assim como eu, sentiram-se sozinhas e abandonadas pelo Sistema. Espero contribuir, a partir desse momento para, ao menos, amenizar o sofrimento das vítimas de todo os tipos de assédios e abusos da minoria da população de farda desse País.

E, seja o que Deus quiser!!!!!!

Roseane Pinheiro de Castro
http://www.massacredasminorias.com/

NOVA GESTÃO EMBROMADORA – Prorrogado – ‘ad aeternum’ – prazo para a DGP estabelecer a distribuição dos ocupantes dos cargos policiais 51

Segue Resolução publicada no D.O. Executivo I em 03/01/13 referente as matérias: Adpesp ajuíza sua primeira Ação Civil Pública de 24/08/12 e Delegado geral terá de se explicar ao Judiciário de 13/09/12. Tiveram 05(cinco) anos para fazer tal estudo e não conseguiram.

Resolução SSP-02, de 02-01-2013

Prot. GS-12877/12

Prorroga o prazo estabelecido nas Resoluções SSP-

218/2009 e 303/2009

O Secretário da Segurança Pública de São Paulo

Considerando que a adequação do quadro de pessoal às

necessidades operacionais da Polícia Civil demanda a realização

de estudos minuciosos sobre os quais incidirão os resultados da

reengenharia que vem sendo implantada e que ainda dependem

de maior dilação para fornecerem dados seguros, resolve:

Artigo 1º – O prazo de que trata o artigo 2º da Resolução

SSP-218/2009 e p artigo 1º da Resolução SSP-303/2009 fica

prorrogado até que a Polícia Civil disponha de dados seguros

para estabelecer a distribuição dos ocupantes dos cargos policiais

civis nas unidades do Estado.

Artigo 2º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua

publicação.

A MODERNIDADE VEM DO NORDESTE: Venho aqui parabenizar os verdadeiros gestores da segurança pública deste estado, os SENHORES delegados da Polícia Civil pelos seus recentes feitos e por terem, literalmente, colocado a Polícia Militar no bolso e sob sua subordinação 28

Policial Militar faz análise sobre posições de coronéis e prisão de capitão

Policial Militar faz análise sobre posições de coronéis e prisão de capitão

Um comentário postado no blog da AMESE, mostra um verdadeiro desabafo feito por um oficial da Policia Militar do estado de Sergipe. O militar comenta sobre os postos assumidos por delegados na SSP, inclusive questiona o posicionamento dos coronéis. Alem disso, o oficial comenta ainda sobre a realização do Pré-Caju e também sobre a recente prisão do capitão Leandro. “Senhores, eu também sou um destes insatisfeitos e farei minha parte no período de 17 a 20 de janeiro deste ano em apoio ao meu amigo capitão Leandro”, diz ao final de seu desabafo o militar.

Veja o que pensa o oficial da policia militar em comentário postado no blog da Amese:

Antes de começar a escrever o texto que seguirá neste comentário quero pedir desculpas aos leitores deste conceituado blog para o fato de estar usando o anonimato. Sou oficial da Polícia Militar, há quase dez anos no mesmo posto, e me encontro totalmente insatisfeito com a atual situação por que passa nossa briosa corporação. Para início de conversa, venho aqui parabenizar os verdadeiros gestores da segurança pública deste estado, os SENHORES delegados da Polícia Civil pelos seus recentes feitos e por terem, literalmente, colocado a Polícia Militar no bolso e sob sua subordinação de uma forma nunca antes realizada neste estado. Não bastasse os delegados de polícia civil terem ocupado com bastante destreza os cargos de secretário e secretário-adjunto da Segurança Pública do estado, uma delegada ocupa agora, e com todos os méritos, a recém criada Secretaria Municipa l de Segurança Pública do Município de Aracaju. Para a Polícia Militar, quando sobra, e se sobrar, só nos cabe o segundo escalão e a omissão em tentar pelo menos ocupar uma destas vagas e lutar pela melhoria da instituição. No ano passado a tropa realizou uma demonstração histórica de revolta com o tratamento de quarta categoria que vem sofrendo do governo do estado. Cansada de esperar pelo comando da corporação resolver os problemas históricos de caráter trabalhista e social, ela mesma resolveu chamar a atenção da sociedade e do governo realizando atos que culminaram com o quase cancelamento de Precaju do ano passado. Muitos oficiais da Polícia Militar, eu incluso, cumpriram com seu juramento institucional, compareceram ao evento e trabalharam como elementos de execução nesta festa realizando buscas pessoais, transportando elevados, dirigindo viaturas, obedecendo cegamente  à doutrina de obediência cega que nos é cobrada nas academias de Polícia Militar. Só que a insatisfação que reinava somente no seio das praças pulverizou-se também em direção ao oficialato de baixa patente no dia de ontem com a prisão do oficial mais humilhado da história recente da PM sergipana. Para os que não se recordam, o capitão Leandro tomou uma famosa cangalha de vários capitães mais modernos no final do ano de 2006. Tal cangalha se fosse realizada por oficiais que possuíssem o mínimo de ética no proceder de seus cargos seria plenamente aceitável. Mas, não foi o que ocorrera. Sem citar nomes, todos os que passaram à frente de Leandro eram tradicionais bajuladores de políticos de nosso estado, que construíram suas carreiras na base da pidança e outros jeitinhos que muito bem conhecemos. A prisão do capitão Leandro mostra muito bem o poder que possui um coronel  de Polícia Militar. Um poder apenas interno e constrangedor! Onde estava este mesmo coronel de Polícia Militar quando os delegados da Policia Civil conseguiram derrubar no Tribunal de Justiça a possibilidade de policiais militares continuarem lavrando o Termo Circunstanciado de Ocorrência? Onde, pelo amor de Deus? Com a possibilidade de lavratura de TCO a PM atenuaria e muito o problema de falta de efetivo e perda de tempo em registrar ocorrências, além de mostrar à sociedade que a PM também tem força extra-muros, diminuindo a impunidade na prática dos crimes de menor potencial ofensivo. Onde estavam, também, os coronéis da Polícia Militar quando não ocuparam ou lutaram para ocupar um dos três cargos mais importantes da segurança pública estadual e que já foram ditos aqui quais são? Onde? Graças ao reajuste que conseguimos nas costas de nossos praças, senhores coronéis, tive a oportunida de de viajar por diversos estados e pude constatar que em todos eles os principais cargos na SSP são ocupados por oficiais da PM. Seriam os oficiais sergipanos menos incompetentes que os nossos co-irmãos, ou somente estariam ocupando o último posto da hierarquia castrense sergipana os coronéis mais fracos do Brasil? Onde estavam os coronéis da PM sergipana quando a tropa foi às ruas exigir melhores salários e condições de trabalho? Essa pergunta tem resposta: estavam escondidinhos, com os dedos em figa, torcendo para que o movimento fosse vitorioso e assim abocanharem o reajuste conseguido, vindo depois a punir ou tentar punir os praças para não perderem também os diversos cargos em comissão que são distribuídos na estrutura da corporação para a manutenção do status quo e escravização pecuniária. Tive a oportunidade de acompanhar durante os últimos anos, em silêncio, o surgimento de vários mártires na corporação e o conseqüente castigo divino dos  seus algozes. O primeiro deles foi o Sargento Ataíde, preso em flagrante por ter ser negado a trabalhar em desvio de função em um presídio no interior do estado. Seu opressor, meses depois, foi vítima de um escândalo de adultério em sua cidade e hoje responde a processo criminal. Seguiu-se a esse fato a prisão do Sargento Vieira por um ex-comandante geral, pelo fato de o sargento estar lutando pela carga horária dos militares sergipanos. Meses depois, este comandante perdeu o comando e praticamente pede pelo amor de Deus para os praças o cumprimentarem nas ruas. Todos os fatos narrados no parágrafo anterior se deram com praças como vítimas. O que é uma situação medianamente formal numa tropa esculpida num falso moralismo de hierarquia e disciplina. Digo falso moralismo porque o mesmo coronel que trabalha para punir seu subordinado que participa de movimentos políticos, é o mesmo coronel que pediu a um político para ocupar o posto que ora ocupa. O mesmo co ronel que pune o soldado que leva o filho à escola com viatura, é o mesmo coronel que faz a mesma coisa e não dá nada, etc, etc e etc. Voltando ao raciocínio: quando a letra da lei militar é para “torar” o praça, isso é da natureza da instituição e da falsidade de seus comandantes. Só que agora a situação tomou um rumo diferente. Prenderem um dos oficiais mais honrados desta corporação. O capitão Leandro tornou-se o mártir da falta de efetivo de policiamento ostensivo. A prisão do Capitão Leandro há poucos dias da realização do Precaju pode vir a se tornar, segundo comentários colhidos, o estopim para mais um movimento paredista histórico e que pode ser reforçado pela oficialidade insatisfeita da Polícia Militar. Só para se ter idéia, há tenentes que se encontram já há mais de dez anos no posto, sem qualquer perspectiva de ascenção profissional. O desestímulo e as cobranças são grandes e a tendência é piorar. Analisando friamente de  fora do problema, o tal do Precaju é a causa principal destas animosidades. A tropa já começou a enxergar que seu emprego naquele evento altamente lucrativo para o empresariado sergipano, donos de firma de segurança e oficiais de alta patente trata-se de uma escravidão disfarçada de escala de serviço paga com uma gratificação de valor bem aquém do que recebe, por exemplo, o “pessoal da civil”. Senhores, eu também sou um destes insatisfeitos e farei minha parte no período de 17 a 20 de janeiro deste ano em apoio ao meu amigo capitão Leandro. Um abraço a todos

Fonte: http://www.ameseluta.blogspot.com.br/2012/12/a-amese-deseja-todos-u…