Exilado, André Caramante – ameaçado por ‘policiais’ – relata mudança brusca de vida 26

12/12/201207h51

Fora do Brasil, repórter ameaçado por ‘policiais’ relata mudança brusca de vida

BBC Luis Kawaguti Em São Paulo

  • Supostos policiais, agindo anonimamente, teriam ameaçado André Caramante e seus familiaresSupostos policiais, agindo anonimamente, teriam ameaçado André Caramante e seus familiares 

Após escrever uma reportagem em julho relatando que o ex-comandante da Rota (a controversa unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo) e vereador eleito Paulo Telhada usava sua página no Facebook para pregar a violência, o repórter André Caramante, do jornal Folha de S.Paulo, passou a ser alvo de ameaças que o levaram a deixar o país com a família. Com os filhos fora da escola regular e longe dos amigos e da profissão, o jornalista espera providências das autoridades, que ainda não identificaram os autores de ameaças como: “Quero deixar um recado para o André Caramante. Para ele deixar a polícia trabalhar em paz ou os filhos dele vão estudar no tacho do inferno”, feita por telefone a um funcionário da Folha de S.Paulo, segundo o Ministério Público. Segundo o advogado de Telhada, as ameaças não partiram dele – que pediu pela internet apenas que seus simpatizantes escrevessem ao jornal em atitude de “desagravo” à reportagem. Porém, o pedido deflagrou a perseguição ao repórter feita por supostos policiais que equiparam a defesa dos direitos humanos à proteção a bandidos. O episódio mostrou, contudo, que Caramante não está sozinho. Ele tem o apoio de diversas organizações não-governamentais, entidades de classe e movimentos sociais. Na última segunda-feira, recebeu o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo – devido não só à reportagem de julho, mas a um trabalho sistemático de denúncia de abusos de direitos humanos no país. Na terça-feira, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, escreveu em sua conta no Twitter que Caramante, “que denuncia impunidade e violência” em São Paulo, “deve poder trabalhar livre de ameaças”. Ela afirmou também que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana reforçará o apoio aos jornalistas. Leia abaixo trechos da entrevista de Caramante à BBC Brasil. Veja também o “Outro lado”, com as reações do advogado do coronel Paulo Telhada, da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Militar às declarações do jornalista.

BBC Brasil – Que tipo de ameaças você recebeu após a publicação da matéria sobre o coronel Paulo Telhada?

André Caramante – Por telefone, ameaçaram minha família. Pela internet, houve uma onda de ameaças e intimidações em redes sociais, blogs e até no próprio site do jornal Folha de S.Paulo, na seção de comentários. Entre as mensagens, fui chamado de “bandido”. Disseram coisas como “bala nele”, “você ainda será vítima de um sequestro relâmpago”, “quando apontarem uma arma para você…” e, ironizando, “espero que nada de mau te aconteça”. Esta onda teve grande força por mais de um mês, e seguiu forte até outubro.

O coronel me chamou publicamente, no Facebook, de “notório defensor de bandidos” e pediu uma mobilização contra mim. Houve incitação de pessoas para que denegrissem meu trabalho e deflagrou-se uma onda de intimidações e de incitação à violência contra mim e contra o jornal.

As ameaças e intimidações na internet estão ligadas, em sua maioria, a alguns policiais, por meio de declarações próprias, e simpatizantes. Em relação aos atos fora da internet, até o momento, não é possível apontar um autor.

BBC Brasil – A defesa do coronel diz que ele nunca falou com você…

Caramante – Esse mesmo coronel da PM reformado, eleito vereador, é alguém que durante seu trabalho na Polícia Militar assume ter matado 36 pessoas – todas “dentro da lei”, segundo afirma. Na tentativa de desmoralizar meu trabalho na Folha de S. Paulo, ele disse nunca ter falado comigo. Não é fato. Já fiz reportagens sobre a Rota quando era comandada por ele.

Conversamos para que ele pudesse oferecer sua versão sobre uma suspeita de que seus subordinados haviam feito uma emboscada na qual seis suspeitos de tentar roubar caixas eletrônicos em um supermercado foram mortos. Existe a suspeita de que a operação policial teve a oportunidade de prender os suspeitos, mas eles foram mortos. Isso aconteceu em agosto de 2011. BBC Brasil – Qual foi o impacto de tudo isso para você e para a sua família? Estão no exterior? Caramante – Sim, atualmente estamos no exterior. Ao contrário do que tentaram dizer, não considero que eu e minha família passamos a viver escondidos e sim que mudamos temporariamente nossa localização. Isso por causa das ameaças de morte e fatos que consideramos suspeitos, relacionados por exemplo a chamadas telefônicas, à presença de motocicletas durante percursos em trajetos iguais aos meus e ao levantamento de informações de parentes meus por policiais. BBC Brasil – Como foram as mudanças na sua vida pessoal? Está pensando em voltar logo? Caramante – Toda mudança de rotina, ainda mais esta, brusca e imposta, traz transtornos e desafios. Meus filhos tiveram seu processo de aprendizado regular interrompido. Minha companheira mudou completamente sua rotina. Hoje, parte de nossa vida é transportada em malas de viagem. A comunicação com amigos e parentes é bem restrita. Continuo trabalhando à distância, mas sinto a angústia de não poder exercer plenamente minha profissão. Repórter tem mais é que sujar os sapatos atrás da notícia, tem de estar nas ruas, estar em contato direto com as fontes de informação. A avaliação sobre o meu retorno, juntamente com minha família, será feita em conjunto com a direção da Folha de S.Paulo. Desde o início desse período de maior pressão, tudo tem sido decidido em conjunto com o jornal, afinal, o que aconteceu também foi uma tentativa de atentar contra o direito de informar. BBC Brasil – Como se sente nesta situação? Caramante – Essa tentativa de intimidação contra a liberdade de imprensa não é nova e não se restringe apenas a mim. No México, por exemplo, as pressões contra a imprensa livre são exercidas pelo narcotráfico. No Brasil, mesmo após o fim da ditadura militar, há quase 30 anos, as indicações são de que setores das forças de segurança tentam impedir a divulgação de informações. Posso citar dois exemplos, cada um com seu grau de intensidade, mas ainda assim semelhantes por terem PMs como alvo de denúncia: o do jornalista Caco Barcellos, autor do livro-reportagem Rota 66 – A História da Polícia que Mata, ameaçado de morte e obrigado a deixar o país nos anos 1990 por mostrar a política de extermínio da tropa especial da PM de São Paulo. E também o do jornalista Renato Santana que, em 2011, após denunciar grupos de extermínio na região do litoral paulista, passou a ser ameaçado e teve de pedir demissão do jornal para o qual trabalhava e se mudar. BBC Brasil – O governo estadual poderia ter feito alguma coisa para evitar essa situação, ou pode tomar alguma atitude agora? Caramante – Depois de a notícia sobre minha mudança temporária de localização ter sido tornada pública, o governador Geraldo Alckmin propôs me colocar, ao lado de minha família, no programa estadual de proteção a vítimas e testemunhas. Mas isso não atendeu a minha expectativa, porque faria com que eu tivesse de abrir mão de minha atividade profissional, do direito de informar. (O programa) faz com que um jornalista tenha de deixar de exercer seu trabalho, rompa laços de amizade, mude de casa ou até mesmo de nome, mas não diz nada sobre como responder à ameaça contra a liberdade de imprensa que a minha situação expôs. No fim de julho, o secretário da Segurança Pública do governador Alckmin já havia afirmado que iria determinar uma investigação na Corregedoria da PM contra o coronel reformado sobre as atitudes dele contra mim no Facebook. Até hoje não fui informado sobre o resultado dessa investigação. Somente dois meses depois dessa afirmação, a Corregedoria da PM, sabendo que eu já estava fora do país, enviou um ofício ao jornal para me ouvir. Fica muito difícil acreditar em resultados. Afinal, havia uma investigação em curso no fim de julho? BBC Brasil – Qual é a sua opinião sobre o posicionamento do governo Alckmin? Caramante – Se tivéssemos uma política de segurança pública transparente em São Paulo, o governo manteria de forma explícita, por exemplo, uma lista completa com todos os dados das vítimas dessa onda de violência em andamento. Em São Paulo, jornalistas não têm acesso a documentos públicos sobre esses crimes. A desculpa é a de que a revelação sobre quem morreu “atrapalharia as investigações”. BBC Brasil – Como vê essa atitude do governo do Estado de trocar cúpula e aceitar ajuda federal? Caramante – Diante da atual onda de violência enfrentada pela população de São Paulo, a mudança no comando da Segurança Pública e o recebimento de ajuda do governo federal eram medidas cujo adiamento seria muito difícil justificar. O novo comando chega com a necessidade de apresentar resultados urgentes à população, que espera voltar a confiar plenamente nas instituições governamentais, nas leis. A população não pode temer suas polícias e nem viver sob a pressão de criminosos. Essa mesma população quer afastar o fantasma do estado de exceção que assombra as periferias, onde se atropelam direitos fundamentais. BBC Brasil – Você recebeu apoio de alguma instituição? Caramante – Recebi a solidariedade de familiares, amigos, de entidades de classe, estudantes, colegas de profissão e de organizações que defendem os Direitos Humanos e a Liberdade de Imprensa, como Repórteres Sem Fronteiras, SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), Instituto Vladimir Herzog, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, S.O.S. Racismo (Assembleia Legislativa de SP), Condepe (Conselho de Defesa da Pessoa Humana de SP), Comitê Paulista Pela Memória, Verdade e Justiça, e também das ONGs Justiça Global, Conectas, Instituto Sou da Paz. Membros do hip hop e da cena cultural da periferia de São Paulo, como a Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), estenderam as mãos e isso tem muito valor, assim como o incentivo que sempre me foi dado pelo grupo independente Mães de Maio, composto por familiares de jovens mortos durante o primeiro grande enfrentamento entre o crime organizado e as forças de segurança, em maio de 2006.

Outro lado

O advogado de defesa do coronel Paulo Telhada, Israel Alexandre de Souza, afirma que o perfil do Facebook analisado pela reportagem de André Caramante e pelo Ministério Público era falso. De acordo com Souza, a página em questão era uma homenagem a Telhada e não seria de autoria dele. “Eu consigo provar que não foi ele quem postou”, afirmou o advogado. “O coronel tem uma página com 100 mil seguidores no Facebook em que ele publica as posições dele. E a posição dele é de combate ao crime, mas ele não publica incitação à violência.” O caso levou o Ministério Público a pedir à Justiça Eleitoral a cassação do registro de candidatura de Telhada por usar indevidamente meios de comunicação social. O processo foi extinto em primeira instância, mas os promotores recorreram. Em relação à alegação de que Telhada teria chamado Caramante de “notório defensor de bandidos”, Souza afirma: “O coronel ‘postou’ na página dele dizendo que esse cara perseguia ele. Pode ter dito isso, não tenho certeza. O que ele pediu para os seguidores dele foi que mandassem e-mails de desagravo ao jornal o defendendo.” O advogado diz que a ação do coronel foi “uma atitude cívica de liberdade de expressão”, mas afirmou acreditar que se Telhada soubesse com antecedência da repercussão do caso não teria publicado a mensagem. Souza acrescentou que os seguidores do vereador “podem ter exagerado no desagravo”. “Não acredito nem que sejam ameaças reais, mas não deixam de ser crime e deveriam ser apuradas pela polícia”, afirma. Além do processo na Justiça Eleitoral, o caso é investigado pelo Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GECEP) do Ministério Público do Estado de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública afirma que não há falta de transparência na pasta, “fato comprovado pelo fato de São Paulo ser o único Estado do País que divulga as estatísticas criminais mensalmente, e com regularidade”. “Quanto aos boletins de ocorrência, eles não são divulgados integralmente para preservar as partes e não atrapalhar as apurações”, acrescenta a secretaria. “Quanto aos crimes, todos estão sendo investigados e todas as hipóteses, inclusive o suposto envolvimento de policiais, são consideradas nas apurações.” “O Governo do Estado de São Paulo e o novo secretário de Segurança, Fernando Grella Vieira, são os maiores interessados em elucidar os casos.” A Polícia Militar afirmou que uma investigação sobre as ameaças ao jornalista “está em andamento”. “Estamos na fase de processamento de autoria dessas supostas ameaças, como o objetivo de individualizar a suposta conduta, descobrindo os supostos motivos da ameaça, atribuir uma penalidade administrativa militar e abrir um procedimento para avaliarmos sua conduta na esfera penal (Inquérito Policial Militar)”, disse a entidade em nota.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2012/12/12/fora-do-brasil-reporter-ameacado-por-policiais-relata-mudanca-brusca-de-vida.htm

Em defesa de Alckmin 29

Chovem críticas contra o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, por ter ido com a esposa ao  Aeroporto de Guarulhos, no helicóptero do Estado, para buscar o   filho, a nora e dois netos.

O helicóptero pousou no Pátio Vip, onde  Sua Excelência reencontrou Suas Excelencinhas, que assim puderam  chegar com mais rapidez e conforto a seu destino em São Paulo.

Não pode haver críticas a um senhor tão extremoso. Vovô Geraldo nem pensava no conforto de seus parentes, mas na segurança deles.

Afinal, como governador, ele sabe direitinho o risco de voltar por terra do aeroporto para casa, numa cidade dominada por    bandidos e onde os celulares que melhor funcionam estão instalados nos presídios. Onde nem a Polícia tem segurança, que segurança haverá para a população? O Governador Geraldo Alckmin negou até  cansar a existência do crime organizado, mas o Vovô Geraldo sabe que ele existe. É melhor proteger-se – usando, claro, dinheiro público.

Quem pode criticá-lo?

As razões que a razão desconhece, Coluna Carlos Brickmann

PMs participam de campanha de Natal e apadrinham crianças 19

Terça-feira, 11/12/12 – 19:59

Além dos policiais, várias empresas e entidades também apadrinharam os pequenos, que têm entre 9 e 10 anos, no evento “Amigo Presente no Natal 2012”. Cada criança recebeu um kit contendo uma caixa de bombons, um livro e um brinquedo.

O evento beneficente foi organizado pelo Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Rio Preto e a festa coordenada pela diretora e vice-diretora da escola e pela representante do FSS. A PM promoveu a campanha de doação de brinquedos “Natal Solidário”, arrecadando presentes de forma voluntária em suas unidades.

Alguns padrinhos comentaram sobre o símbolo do Natal. Com muita diversão e alegria, as crianças receberam os presentes e a visita do Papai Noel acompanhado dos PMs do 4º Batalhão.

Beatrice Caparbo, com informações da Polícia Militar

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Diretoria do Sindpesp se Reúne com Delegado Geral de Polícia. 201

Enviado em 12/12/2012 as 11:17 – LUCIO

Delegado Geral de Polícia, Dr. Luiz Maurício de Souza Blazeck, recebeu, ontem (10/12/2012)) em seu gabinete, no Palácio da Polícia, os diretores do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp, George Melão (presidente) e Luiz Carlos de Almeida (secretário-geral).

Dentre vários temas tratados de interesse da Polícia Civil, e, em especial dos Delegados de Polícia, destacamos os seguintes:

– Campanha de valorização do cargo de Delegado de Polícia – Foi entregue ao Delegado Geral um exemplar do trabalho realizado pelos professores de Administração da Universidade de São Paulo, “Avaliação Comparativa entre o cargo de Delegado de Polícia e os demais Cargos que integram a Carreira Jurídica do Estado de São Paulo”;

– A enorme falta de policiais civis, uma vez que o Governo do Estado não cria cargos desde 1.994, sendo que Dr. Maurício Blazeck informou que terá como prioridade a contratação de Escrivães de Polícia, e que pleiteará ao Governo a criação de 6.000 (seis mil) cargos para atender a demanda;

– Sobre a necessidade de melhorar a distribuição de policiais entre os departamentos da Polícia Civil, comprometeu-se a realizar um estudo e equacionar o problema da melhor maneira possível;

– Campanha Salarial – O Delegado Geral destacou que o Governo pretende conceder reajustes a todas as carreiras policiais indistintamente, com possibilidade de ser anunciado, ainda este ano, o primeiro percentual a ser aplicado;

– Decap e Central de Flagrantes – O Sindpesp apresentou ao Delegado Geral inúmeras reclamações sobre o sistema adotado e imposto aos Delegados de Polícia, aos policiais civis e a toda sociedade, principalmente as pressões por parte da administração superior para tentar “salvar” o atual sistema, oportunidade em que o Delegado Geral afirmou ter ciência da situação e que haverá um estudo para melhorar as condições de trabalho e de atendimento nos Distritos Policiais da capital, mas, esclareceu que a maior dificuldade hoje em dia é a grande falta de policiais, principalmente escrivães de polícia;

– Reestruturação – Dr. Maurício Blazeck informou que pretende retomar o estudo da reestruturação das carreiras policiais civil;

Governador assina decreto para instalação da 2ª Delegacia Seccional de Campinas 26

———- Mensagem encaminhada ———-
De: Governo SP – Sala de Imprensa <imprensa@comunicacao.sp.gov.br>
Data: 11 de dezembro de 2012 23:29
Assunto: Governador assina decreto para instalação da 2ª Delegacia Seccional de Campinas
Para: dipol@flitparalisante.com

 
Terça-feira, 11 de Dezembro de 2012

Governador assina decreto para instalação da 2ª Delegacia Seccional de Campinas

Imóvel tem 20 mil m² e fica à margem da Avenida Perimetral I

O governador Geraldo Alckmin assinou nesta terça-feira, 11 de dezembro, o decreto para instalação da 2ª Delegacia Seccional de Campinas. O ato prevê a desapropriação de um imóvel de 20 mil m² localizado à margem da Avenida Perimetral I em favor da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. O decreto será publicado no Diário Oficial desta quarta-feira, 12.

Com a nova unidade, também serão criadas delegacias especializadas. Campinas passará a ter a 2ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais), a 2ª Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) e a 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Além disso, o local centralizará as 6ª, 8ª, 9ª e 11ª DP e terá um plantão policial com funcionamento 24h.

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Secretaria da Segurança Pública

(11) 3291-6685

www.saopaulo.sp.gov.br

Governo do Estado de São Paulo

Corregedoria investiga 350 PMs por execuções 42

11/12/2012 11:20

Relatório fornece 1º número consolidado sobre a apuração do envolvimento de PMs em assassinatos

Thaís Nunes thais.nunes@diariosp.com.br

Reprodução PM é suspeito de atear fogo em um jovem na Zona Sul de São Paulo PM é suspeito de atear fogo em um jovem na Zona Sul de São Paulo

A Corregedoria da Polícia Militar investiga o envolvimento de 350 integrantes da corporação em assassinatos ocorridos em 2012. A informação consta em um relatório de produtividade do órgão corregedor obtido pelo DIÁRIO.

Esse é o primeiro número consolidado sobre a apuração da participação de policiais militares nas execuções registradas especialmente nas regiões periféricas do estado.

O documento da Corregedoria da PM revela ainda que, apenas em 2012, 322 PMs foram expulsos ou demitidos da corporação. Do total, entretanto, apenas 2,5% dos policiais punidos cometeram assassinatos (foram nove casos).

Na contramão de seu antecessor, amplamente criticado em sua gestão pela truculência policial, o atual titular da Secretaria da Segurança Pública, Fernando Grella, parece não querer fazer vista grossa para os crimes da polícia. O secretário já chegou a declarar que “o combate ao crime e os direitos humanos não são excludentes”.

Neste final de semana, dois  episódios terminaram na prisão de policiais militares. O PM Maurício Penny Ribeiro ateou fogo em Washington Ramalho da Silva, de 19 anos, e acabou preso. Também foram para a cadeia os seis policiais militares que, segundo a investigação, executaram um adolescente na Zona Norte.

Para a defensora pública Daniela  Skromov de Oliveira, responsável por investigar casos em que exista suspeita da participação de policiais, as prisões recentes são um bom sinal, mas ainda é prematuro afirmar que a coibição imediata à violência vai acontecer sempre. “Esse é um recado da igualdade, de que não existe ninguém acima da lei. Nesse sentido, a punição é importante”, diz a defensora.

O porta-voz da Corregedoria da PM, major Marcelino Fernandes da Silva, garante que a intenção do governo é punir os maus policiais. O oficial argumenta que a investigação social da corporação é rígida – a cada 100 candidatos, apenas sete são aprovados. “A honestidade só é descoberta quando colocada à prova”, diz.

NAVALHA NA CARNE

322 policiais militares expulsos ou demitidos da corporação neste ano

2,5% dos homens excluídos da PM cometeram assassinatos

6 policiais militares foram presos em flagrante por homicídio

Eles foram executados pela polícia

15 DE MAIO DE 2006 Santos O gari Edson Rogério Silva dos Santos, 29 anos, foi executado  durante os ataques do PCC. A sua mãe Débora fundou o movimento Mães de Maio e foi indenizada.

8 de outubro de 2008 Jardim Ângela Antonio Carlos Alves, o Carlinhos, 31 anos, foi sequestrado e levado em uma viatura até Itapecerica da Serra, onde teve a cabeça cortada. Ele tinha deficiência mental.

8 de maio de 2010 Cidade Ademar Após desobedecer uma ordem de parada, o motoboy  Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, foi espancado por policiais na frente de sua mãe até a morte.

12 de março de 2011 Ferraz de Vasconcelos Dileone Lacerda Aquino, 27 anos, foi morto a tiros em um cemitério quando estava rendido. Uma testemunha ligou para o 190 e relatou o crime em tempo real.

18 de março de 2012 Cantinho do Céu Dois PMs executaram Henrique Barbosa da Silva, 18 anos, a sangue frio e simularam um tiroteio para enganar a investigação. O rapaz trabalhava no Mc Donald’s.

19 de abril de 2012 São Vicente O cantor de funk Jadielson da Silva Almeida, conhecido como MC Primo, foi assassinado com cinco tiros. A Corregedoria prendeu três PMs meses depois.

1 DE JULHO DE 2012 Vila Dalva Quatro PMs foram presos por forjar  uma troca de tiros para disfarçar a execução dos amigos Cesar Dias de Oliveira (foto) e Ricardo Tavares da Silva, de 20 anos.

18 DE JULHO DE 2012 Alto de Pinheiros O publicitário Ricardo Prudente de Aquino, 39 anos, foi morto durante uma abordagem com dois tiros na cabeça. Ele teria ultrapassado uma blitz.

10 de novembro de 2012 Campo Limpo O servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, foi levado de dentro de casa por PMs e apareceu morto depois. Imagens filmaram a abordagem da PM.

9 de dezembro de 2012 Parque Edu Chaves Na madrugada, a PM diz que Maycon atirou contra a viatura. Testemunhas garantem que o adolescente não reagiu à abordagem e foi executado pelos policiais.

Presos por morte de rapaz são investigados em outros casos

Os seis policiais militares presos pelo assassinato do adolescente Maycon Rodrigues Moraes, de 17 anos, no Parque Edu Chaves, Zona Norte, são investigados em pelo menos outras quatro mortes na Vila Maria e Jaçanã. Segundo a Polícia Civil e Corregedoria da PM, há indícios de que eles também tenham agido de forma irregular nesses casos.

Os PMs Adriano de Jesus Xavier, 30 anos, Ricardo Freitas de Aquino, de 34, Alexandre Nobre da Silva, de 31, Walterley Maques da Silva Junior, de 31, Alisson Guimarães Pereira de Souza, de 33, Mario Luiz Pires Guarnieri, de 33, e Humberto de Almeida Batista, de 31, foram levados para o Presídio Romão Gomes, também na Zona Norte, na noite de anteontem. O advogado deles, Celso Vendramini, garante que Maycon atirou contra os PMs. Diversas testemunhas, entretanto, afirmam que o adolescente entrou na viatura com as mãos para o alto e apareceu morto no hospital com seis tiros. O irmão do jovem também foi baleado.

Em represália à morte do adolescente, moradores incendiaram dois ônibus na Vila Medeiros. Duas pessoas, até ontem não identificadas, morreram carbonizadas. Sete foram presos pela ação.

http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/39737/Corregedoria+investiga+350+PMs+por+execucoes

João Alkimin: É PERMITIDO? 48

É PERMITIDO?
Se um policial especificamente qualquer um das carreiras policiais usar veículo do Estado para ir ao aeroporto ou mesmo que seja rodoviária buscar sua família, estaria sujeito a punições disciplinares, a processos administrativos?- Com certeza a reposta é positiva.
Já o senhor Governador Geraldo Alckmin desloca um helicóptero para se dirigir com sua mulher ao aeroporto para buscar sua família que chegava do México.
Quando questionado o Palácio dos Bandeirantes informa que não há nada de errado, pois a aeronave esta a disposição do Governador 24 horas por dia.
Certamente que esta, mas entendo que para assuntos oficiais, porque eu como cidadão e pagante de impostos não tenho a obrigação de pagar mordomias para o Governador ou sua família. Afinal quanto custa a hora de um helicóptero?
Podem dizer não custa nada por ser a aeronave do Governo do estado,mas pergunto eu e o combustível,e a taxa de pouso e decolagem.
Cansei de ver e ler que Delegados e outros policiais foram punidos por simplesmente levarem viaturas para suas casas, ou alguns por depositarem carros apreendidos e diga-se de passagem com autorização judicial para funcionários, ora se Governador é Governador 24 horas por dia, o Policial também é Policial 24 horas por dia inclusive recebendo o R.E.T.P.
O senhor Governador que prega tanto a austeridade, a probidade administrativa, desta vez em minha opinião deu uma derrapada, pois é o mesmo Governador que a pretexto de combater a corrupção implodiu a Polícia Civil de São Paulo mantendo no cargo o ex Secretário Ferreira Pinto. É o mesmo Governador que com uma simples canetada demitiu de maneira escabrosa os Delegados Conde Guerra e Frederico.
Entendo que quem quer ser respeitado deve se dar ao respeito e usar equipamentos públicos para fins particulares não me parece um bom exemplo.
Por outro lado, gostaria que alguém me explica-se se puderem porque alguns dias atrás o demitido ex Secretário Ferreira Pinto encontrava-se em um shopping na capital acompanhado provavelmente de uma parente e com uma alentada escolta. Ora, o mesmo já não é mais Secretário de Estado, é um Procurador de Justiça como dezenas de outros, só que já próximo da aposentadoria, portanto não tem direito a escolta quer da polícia Civil quer da Polícia Militar. Agora se for particular de seu querido amigo Berardino Fanganiello dono da GP Guarda Patrimonial aí é problema seu e não nos diz respeito.
De qualquer maneira, o fato deve ser explicado, pois enquanto não for esclarecido soa mal inclusive para o Governo do Estado, tendo em vista que nunca vi nenhum ex Secretário, ex Presidente de Tribunal ou ex Procurador Geral de Justiça com escolta.
Ademais, o ex Secretário Ferreira Pinto não tem o que temer, primeiro por ser amado pela ROTA e depois porque segundo suas próprias palavras o PCC não mais existe e certamente a população só lhe agradecerá por sua “brilhante gestão” junto a pasta, em que afastou inúmeros bons Policiais simplesmente por birra.
Para encerrar volto a dizer o que sempre disse o Governador e o Secretário são passageiros permanecendo no cargo quando muito por oito anos, já o Policial é Policial de carreira abandonando a mesma caso queira somente aos 70 anos na aposentadoria compulsória. Portanto, Governadores e Secretários passam e a Polícia Civil continua.

João Alkimin

GCMs são presos suspeitos de explodir caixas eletrônicos em SP 32

11/12/2012-11h40

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira cinco pessoas suspeitas de envolvimento em seis explosões de caixas eletrônicos na região de Campinas (a 93 km de São Paulo). Entre os detidos estão dois guardas municipais e um servidor público estadual, que trabalham em Holambra (a 133 km de São Paulo).

Os policiais cumpriram mandados de prisões, buscas e apreensões nas cidades de Paulínia, Holambra, Santo Antônio de Posse, Jaguariúna e Pedreira.

Segundo a polícia, a ação faz parte de uma ofensiva contra quadrilhas especializadas em roubos a bancos e explosões de caixas eletrônicos. Ontem (10), outros quatro indivíduos foram detidos quando se reuniam para praticar um roubo.

Os detidos foram encaminhados para o Deic (Departamento de Estadual de Investigações Criminais), em São Paulo.

O que Nova York pode ensinar a São Paulo no combate à violência? 23

Enviado em 11/12/2012 as 12:27 – RON

Metrópole americana registrou significativa redução na criminalidade e dia inédito ‘sem crimes violentos’; veja as táticas e se elas servem de exemplo para capital paulista

BBC Brasil | 11/12/2012 09:02:13

 Nova York já foi vista como uma das metrópoles mais perigosas do mundo, alcançando em 1990 seu pico de homicídios: 2.262 em um ano, média de 188 por mês. Mas esse cenário mudou: a cidade de 8 milhões de habitantes apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas nos EUA. E recentemente, em 26 de novembro, teve um dia inédito, sem nenhum registro de crimes violentos.

Algo assim é extremamente incomum, mas reflete uma tendência de queda na criminalidade. O número de homicídios em Nova York caiu para 515 em 2011 – uma redução de quase 80% em relação à década de 1990. São Paulo teve queda equivalente nos casos de homicídio desde os anos 1990. A estatística mais antiga disponibilizada pelo governo é de 1996, quando 4.682 casos foram registrados. Em 2011, foram 1.019 – uma queda aproximada também de 80%.

Já em São Paulo, diferentemente de Nova York, os números da violência voltaram a subir neste ano. A cidade americana contabilizou 376 homicídios entre janeiro e 26 de novembro deste ano, queda de 21% em relação ao mesmo período de 2011. Na capital paulista, segundo os dados mais recentes, os assassinatos subiram 33% entre 2011 e 2012, no período entre janeiro e outubro (dado mais recente disponível). Foram 870 mortes no ano passado e 1.157 neste ano.

 O aumento dos homicídios foi puxado por uma onda de violência entre polícia e facções criminosas que começou em maio e se intensificou em setembro. Só entre agosto e outubro, São Paulo registrou 433 homicídios, mais do que Nova York deve registrar durante todo o ano.

Em crimes contra o patrimônio, a redução foi muito maior em Nova York na série histórica, em comparação com São Paulo. Não há consenso entre especialistas quanto a quais pontos da “receita” de Nova York tiveram mais impacto na redução da criminalidade. Mas analistas ouvidos pela BBC Brasil e estudos apontam as medidas que acreditam ter sido mais eficazes.

Será que a cidade americana tem algo a ensinar sobre redução da violência?

Camila Dias, pesquisadora do NEV (Núcleo de Estudos da Violência da USP), considera “interessantes” algumas iniciativas de Nova York, mas critica a “base ideológica da política de segurança pública americana, de encarceramento massivo e segregação”.

O especialista em segurança pública Guaracy Mingardi cita diferenças cruciais entre os sistemas judiciais e policiais entre Brasil e EUA – lá, por exemplo, as polícias são de controle municipal; aqui, estão sob os Estados e divididas entre PM, Polícia Civil e perícia. Mas os dois comentam como as medidas adotadas em Nova York se comparam a São Paulo.

Confira:

Modelo da ‘janela quebrada’

Nos anos 1990, a prefeitura de Nova York pregava o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo (“janelas quebradas”), para impedir uma espiral de violência que levasse a crimes mais graves.

“A questão foi intervir na (degradação do) espaço urbano, que contribui para a instalação de gangues”, explica a brasileira Elenice Souza, da Universidade Rutgers (Nova Jersey), autora de estudos sobre violência no Brasil e nos EUA.

“Em Nova York, houve a restauração de áreas públicas onde problemas de violência eram visíveis”, agrega. Também foram fechados “mercados abertos” de drogas, onde o tráfico atuava livremente.

E em SP?

Para Mingardi, o modelo tem validade em locais como a Cracolândia , em São Paulo – área central e urbanizada, mas degradada pela ação do tráfico -, mas não em bairros periféricos, áreas enormes e pouco urbanizadas onde as dificuldades da polícia são maiores.

Camila Dias considera “importante” a recuperação de espaços públicos, mas critica a ação já feita na cracolândia: “Recuperar o espaço não significa limpá-lo, afastando dele alguns segmentos sociais.”

Identificar focos de criminalidade e patrulhá-los preventivamente

Para alguns observadores, o modelo da “janela quebrada” foi superestimado em Nova York. O mais importante, dizem, foi identificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva.

“Foi possível assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atuavam, onde sabia-se que crimes iam ocorrer”, diz Tom Reppetto, ex-policial e autor de livros sobre a polícia nova-iorquina. Ele sugere que essas áreas tenham presença visível e constante da polícia.

“O mais importante é a localização da polícia”, complementa Frank Zimring, professor da Escola de Direito da Universidade da Califórnia e autor de artigos sobre a criminalidade em Nova York.

Segundo ele, as patrulhas preventivas – e em grande número – em focos de crime foi essencial para reduzir a violência. “O crime é mais situacional do que se pensa, inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que iam cometer crimes simplesmente foram fazer outra coisa.”

E em SP?

Com efetivo insuficiente para policiamento preventivo, a Polícia Militar paulista “está, na maior parte do tempo, atrás do crime que já ocorreu”, afirma Mingardi. Para Dias, o policiamento preventivo poderia coibir pequenos delitos e servir como parte de uma estratégia mais ampla. “Mas pode levar à migração de crimes para outros locais. Acho que, no longo prazo, os efeitos seriam pífios.”

Revistas frequentes

A polícia de Nova York tem como prática preventiva o stop and frisk, ou “parar e revistar”. “Se policiais veem alguém parado em um beco, se aproximam, perguntam se ele está armado e o revistam”, conta Reppetto.

A medida é polêmica porque muitos a consideram um desrespeito ao cidadão; outros acham muitas revistas “preconceituosas”, por sua tendência a focarem mais pessoas negras e pobres, por exemplo. Para Reppetto, a revista só é válida se for embasada em suspeitas consistentes. Mas ele alega que a medida reduziu o número de armas nas ruas de Nova York.

E em SP?

As revistas já são frequentes em São Paulo, mas também com o foco em traços “raciais” e socioeconômicos, dizem os analistas. Podem ajudar a prevenir alguns tipos de crimes, como brigas de bares, mas não chacinas, afirma Mingardi.

Cortes comunitárias e prisões

Para Souza, teve “papel importantíssimo” a implementação de cortes (tribunais), nos anos 1990, para tratar de crimes menores, mediar conflitos comunitários e violência doméstica e para lidar com usuários de drogas. A ideia é evitar que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos cidadãos no sistema judiciário e político, diz ela, agregando que aumentou a aplicação de penas alternativas e serviço comunitário.

Quanto aos casos de prisão, não há consenso entre especialistas. Uma tese defendida por Michael P Johnson, que trabalhou na prefeitura nova-iorquina nos anos 90, é de que aumentou na época o número de pessoas presas na cidade, mas elas permaneciam detidas por menos tempo, como “advertência”, para punir e mostrar que o sistema está atuante.

E em SP?

” (A adoção de cortes comunitárias) é uma medida interessante, mas no Brasil a Justiça ainda está muito distante da população mais pobre, é um bem escasso”, afirma Dias. Mingardi cita os tribunais de pequenas causas, mas faz a ressalva de que, diferentemente dos EUA, não há cortes municipais no Brasil.

“E nossa legislação não prevê detenções de curto prazo, que acabam ocorrendo ilegalmente por decisão de delegados”, agrega. “Nos EUA, a pessoa presa é apresentada ao juiz em questão de horas, mas aqui não. E a pessoa presa em flagrante, mesmo que por crimes menores, fica detida à espera da lentidão da Justiça.”

Integração, tecnologia e reforma policial

Segundo especialistas, só houve redução do crime graças à adoção de medidas conjuntas e contínuas, por um longo período de tempo, com apoio da tecnologia – abrangendo o CompStat, serviço de compilação de dados, cumprimento de metas e mapeamento do crime; o sistema de monitoramento (com câmeras) da cidade; o uso de laptops nos carros policiais; o compartilhamento de dados entre polícia, sociedade civil e Poder Judiciário; o trabalho de inteligência e de campo para identificar criminosos que tenham fugido ou que não tenham comparecido a audiências judiciais.

“A atuação passou a ser proativa e aplicada de maneira apropriada e planejada”, defende Reppetto. Souza cita também a reforma policial realizada em Nova York nos anos 1990, para combater a corrupção e a desmotivação na força. Além do expurgo de oficiais corruptos, foram comprados novos uniformes, aumentados os salários e os recursos da corporação.

“A imagem da Polícia de Nova York mudou drasticamente, ainda que não necessariamente para o bem”, afirma Zimring. “O que mostra que mudanças radicais podem acontecer.”

E em SP?

A polícia paulista conta, desde os anos 90, com o Infocrim, sistema computadorizado que mapeia o crime e que, para muitos, ajudou a reduzir as taxas de homicídio. “Mas falta ouvidoria operante, e as pessoas têm medo de denunciar. A criminalidade muda rápido, e o modelo que fez cair os homicídios já venceu”, opina Mingardi.

Para Dias, “não há integração alguma, nem nos níveis mais básicos de instituições que trabalham em áreas próximas”. Quanto à reforma policial, ela considera “essencial para se pensar em qualquer mudança mais profunda na estrutura da segurança pública” de São Paulo.

*Colaborou Luis Kawaguti, da BBC Brasil em São Paulo

Criminalidade, em NY e SP

Homicídios em Nova York:

1990 – 2.265 2011 – 515 2012 (de janeiro a 26 de novembro) – 376

Homicídios em São Paulo:

1996* (dado mais antigo disponível) – 4.682 2011* – 1.019 2012** (de janeiro a outubro) – 1.157 (*Número de casos de homicídio. A Secretaria de Segurança Pública só começou a divulgar o número de vítimas de homicídio a partir de 2005. Até então, homicídios múltiplos eram contados como apenas um caso; **número de vítimas de homicídio)

Roubos em Nova York*:

2001 – 60.965 casos 2011 – 38.437 casos Redução de 37% (*inclui roubos de residências)

Roubos em São Paulo:

2001 – 112.031 2011 – 109.709 Redução de 2% (Fontes: CompStat e Governo do Estado de SP

Alckmin utiliza helicóptero oficial para buscar família 27

JULIA DUAILIBI – Agência Estado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou um helicóptero do governo do Estado para buscar o filho, a nora e os dois netos no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, na sexta-feira (7). O tucano não tinha compromisso oficial no local naquele dia.

O helicóptero Sikorsky, modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, de propriedade do Estado de São Paulo, partiu no fim da manhã do Palácio dos Bandeirantes rumo ao aeroporto de Guarulhos. Lá, a aeronave teve autorização para pousar no pátio 6, chamado de pátio vip do aeroporto.

O governador e a primeira-dama, Lu Alckmin, foram então ao encontro da família, que vive no México. Depois de aguardarem os trâmites de alfândega e imigração, voltaram todos para o Palácio dos Bandeirantes. As fotos no aeroporto e no helicóptero foram postadas no Instagram (aplicativo de fotos usado em celulares e que funciona como uma rede social) da primeira-dama, que é aberto para o público.

GeraldoAlckmin_Instagran_07122012_288x212Em uma das imagens, o governador aparece com um dos netos no colo dentro da aeronave.

O governo estadual afirmou que o tucano tinha o direito de usar a aeronave para buscar a família porque se tratava de um veículo de representação à disposição do governador, que se “destina a qualquer dos seus deslocamentos enquanto ele estiver no exercício do cargo, 24 horas por dia”. O Palácio dos Bandeirantes citou ainda como exemplo decreto do governo federal que trata do uso dos veículos pelo presidente, o vice-presidente e ministros de Estado.

Não há uma lei estadual que trate do uso das aeronaves. Há normas colocadas pela Casa Militar, que é subordinada ao gabinete do próprio governador.

Alckmin é conhecido no meio político por não usar veículos oficiais em eventos partidários ou pessoais. Em reuniões do PSDB, costuma ir de táxi, de carona ou com seu carro particular.

REUNIÃO DO DELEGADO GERAL COM AS ENTIDADES DE CLASSE 315

Previamente agendada, nesta sexta-feira, 7/12/2012, realizou-se no Palácio da Polícia uma reunião do Sr. Delegado Geral de Polícia,Dr. Luiz Maurício de Souza Blazeck e seu Adjunto, Dr. Walmir Eduardo Granucci, com as associações e sindicatos repreentativos das carreiras policiais civis. Tida como uma apresentação de parte a parte, o encontro começou com as palavras do Sr. Delagado Geral, que disse das circunstâncias em que havia sido escolhido para dirigir a Polícia Civil, seus compromissos com o governo, com a instituição e agora com as entidades de classe. Disse que é propósito do Sr. Governador e do atual Secretário da Segurança, Dr. Fernando Grella Vieira, aprimorar o tratamento a ser dispensado aos policiais civis, em todos os sentidos, sobretudo quanto ao respeito pessoal e recíproco que doravante todos terão. Na mesma linha falou também o Adjunto, Dr. Walmir Granucci, que disse do seu entusiasmo de integrar a nova gestão, se comprometendo a trabalhar com toda a dedicação. Depois de ouvir as palavras de cada um dos presidentes e/ou representantes, que discorreram sobre as agruras e perspectivas dos integrantes de cada carreira, retomando a palavra o Dr. Blazeck passou a alinhar o que chamou de boas notícias, a primeira das quais a ser divulgada nos próximos dias e outra, segundo o Governo, ainda antes deste Natal, sem especificar quais eram essas boas novas. Disse que serão abertos concursos para mais ou menos seis mil novos cargos nas diversas carreiras, acrescentando que será desarquivado o concluído o projeto de reformulação da Polícia Civil, interrompido na gestão anterior. Falou de outras mudança pontuais, uma delas sobre a forma de atuação da Corregedoria Geral da Polícia Civil e outro quanto àpolêmica Portaria DGP 30/2012. Asseverou que as mudanças na direção dos departamentos ainda demorarão mais alguns dias. Antes de dar por encerrada a reunião, que demorou mais de três horas, o Dr. Blazeck se colocou à disposição da representação de cada carreira, para tratar das questões específicas de cada uma.

Jarim Lopes Roseira Presidente das Seções Brasil e Regional de São Paulo da International Police Association – IPA

Procurador assume secretaria-adjunta de Segurança Pública de SP 18

10/12/2012-14h57

DE SÃO PAULO

O procurador de Justiça Antonio Carlos da Ponte assumiu nesta segunda-feira o cargo de secretário-adjunto de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o segundo mais importante no escalão da pasta –o principal é ocupado por Fernando Grella, titular da secretaria.

Professor de Direito Penal da PUC-SP, o novo secretário-adjunto era o subprocurador-geral de Justiça Institucional do Ministério Público desde março deste ano.

No mesmo órgão, atuou também como secretário-executivo do Conselho Superior.

O titular da pasta, Fernando Grella, assumiu a secretaria no último 22 de novembro após a demissão de Antonio Ferreira Pinto, que ficou três anos e meio no cargo.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1198916-procurador-assume-secretaria-adjunta-de-seguranca-publica-de-sp.shtml

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) “não compactua com desvios de conduta por parte de seus policiais”. 86

09/12/2012-20h24

Seis PMs são presos por morte de jovem; crime seria causa de ataques a ônibus em SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Seis policiais militares –sendo três soldados, um cabo, um sargento e um tenente–, de duas equipes da Força Tática, foram presos na tarde deste domingo (9) sob suspeita de terem participado da morte de um jovem de 17 anos durante a madrugada na zona norte de São Paulo. A morte do adolescente, Maicon Rodrigues, teria motivado os ataques a dois ônibus no Jardim Brasil, que foram queimados entre a madrugada e a manhã deste domingo e deixaram duas pessoas carbonizadas.

Polícia detém sete suspeitos de queimar ônibus

Segundo a polícia, a morte do rapaz foi apresentada pelos policiais como resistência seguida de morte, mas após o depoimento de testemunhas, o DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) concluiu que Rodrigues foi assassinado.

As testemunhas afirmam que Rodrigues e Waltherney Marques da Silva, que foram abordados pelos policiais na rua rua Basílio Alves Morango, por volta da 1h30, saíram do carro com as duas mãos para cima sem reagirem. Uma das testemunhas diz que viu Rodrigues sendo morto.

Após a conclusão do DHPP, a Corregedoria da PM foi acionada e prendeu os policiais, que devem responder por homicídio doloso. Se a participação deles for comprovada, eles devem ser processados criminalmente e serão expulsos da corporação, de acordo com a polícia.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que “não compactua com desvios de conduta por parte de seus policiais”.

ÔNIBUS

Cerca de uma hora depois da morte do rapaz, um grupo parou um ônibus da viação Sambaíba, que estava na praça Erotides de Campos com a rua Basílio Alves Morango, e de acordo com a SPTrans fazia o trajeto da linha 2182 (Jardim Brasil-praça do Correio), ordenando que todos descessem.

ônibus queimado

O motorista e o cobrador pediram para que os ocupantes deixassem o veículo, antes que os suspeitos colocassem fogo. Dois passageiros porém –um deles dormindo– ficaram no ônibus e foram atingidos pelas chamas. Eles morreram carbonizados no local. Os nomes ainda não foram confirmados.

Por volta das 11h, outro grupo ateou fogo em outro ônibus da viação Sambaíba na rua Capítão Alcook. O veículo estava parado sem passageiros porque o motorista e o cobrador estavam almoçando. Policiais da Força Tática foram acionados.

Seis suspeitos foram detidos por envolvimento no primeiro crime e uma sétima pessoa foi detida por participar do segundo incêndio.

Os suspeitos, cujas identidades não foram reveladas, teriam sinais de queimaduras pelo corpo e foram levados a hospitais. O delegado-geral, Luiz Maurício Blazeck, empossado há cerca de um mês, se reuniu durante a tarde deste domingo no 73º DP (Jaçanã) com integrantes da delegacia e policiais DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) e do GOE (Grupo de Operações Especiais), para esclarecer os detalhes dos crimes.

Mais cedo, a Polícia Militar considerou “precipitado” estabelecer uma relação direta entre a morte do jovem e os incêndios. Entretanto, a corporação informou que tem feito um trabalho intensivo na região, sobretudo de combate ao tráfico de drogas.

Para o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, os ataques teriam sido ordenados pelo tráfico.