23/09/2012
Réplica: Psicanálise de embromação
MARCIO AITH ESPECIAL PARA A FOLHA
Quem não consegue distinguir a democracia da ditadura acaba escolhendo a ditadura como se fosse democracia e a democracia como se fosse ditadura.
Só assim se entende que a psicanalista Maria Rita Kehl associe o democrata Geraldo Alckmin, eleito com 11,5 milhões de votos, a um regime de força, como o fez em seu artigo publicado na última “Ilustríssima” (“O veredicto de Geraldo Alckmin” ), com chamada de capa neste jornal.
Kehl comparou a ação da Polícia Militar de São Paulo contra um grupo de bandidos fortemente armados, em uma chácara do município de Várzea Paulista, ao massacre de prisioneiros políticos indefesos da ditadura militar.
Decretou que o senso de justiça da bandidagem, no caso de Várzea Paulista, estaria acima daqueles da PM e do próprio governo do Estado. Isto porque um tribunal do crime, que na chácara se instalara, “absolvera” de forma generosa um dos presentes –acusado de estupro, depois morto na operação policial.
Por fim, Maria Rita classificou como sendo retórica ditatorial uma declaração do governador Geraldo Alckmin (“Quem não reagiu está vivo”) e despejou sobre os leitores números que pudessem dar verossimilhança a seu diagnóstico.
O texto é delirante, perverso e desequilibrado. A psicanalista demonstrou desconhecer segurança pública; desprezar fatos e estatísticas; e menosprezar a memória e o trabalho de várias pessoas que, embora não partilhem de sua cartilha, contribuíram para a redemocratização no país.
O Governo do Estado de São Paulo não tolera abuso oficial.
Desde 2000, 3.999 policiais militares e 1.795 policiais civis foram demitidos por má conduta no Estado (dados até 18 setembro deste ano). Só na atual gestão, foram 392 policiais militares e 252 policiais civis.
Ao mesmo tempo, e sem qualquer contradição entre os dois esforços, a Polícia Militar impediu, e vai continuar a fazê-lo, que o crime se organize e realize julgamentos ao arrepio do Estado democrático de Direito.
Aqui, o crime não instala tribunal; aqui, o crime não ocupará funções privativas do Estado; aqui, o crime não vai dialogar com os Poderes constituídos.
A declaração do governador que tanto ouriçou a psicanalista Maria Rita foi feita dentro de um contexto de apuração e controle. Ele não se omitiu em relação à necessidade de investigar o que ocorreu.
Ao contrário. Disse ele, na mesma ocasião: “Olha, quando há resistência seguida de morte: investigação. A própria Polícia Militar investiga e o DHPP, que é o Departamento de Homicídios, também investiga”¦ A investigação pela Corregedoria já era de praxe. O que é que nós colocamos a mais? O DHPP. Ele faz a investigação em todos esses casos, ele conduz a investigação.”
E o que isto significa? Que o Estado de São Paulo foi o primeiro a colocar um corpo de elite da Polícia Civil –no caso, o DHPP– para apurar resistências seguidas de morte. Nas demais unidades da Federação (algumas das quais querem adotar o modelo paulista), as resistências não são apuradas, muito menos comandadas, por departamentos qualificados.
MENTE FANTASIOSA
A medida fortaleceu o eficaz sistema de freios e contrapesos, típico dos regimes democráticos. Apenas na mente fantasiosa de Maria Rita Kehl os experientes delegados do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, deixarão de cumprir sua obrigação para encobrir eventuais desvios de conduta de policiais militares.
A retórica inflamada e irresponsável desta senhora não fará o governo mudar o rumo na segurança pública. Rumo este, aliás, iniciado na década de 90, com a criação da Ouvidoria da Polícia, com a instituição da disciplina de direitos humanos no curso das polícias e com o combate à letalidade. E que vem sendo seguido pelo atual secretário, Antonio Ferreira Pinto, notoriamente comprometido com o rigor e com a legalidade.
Segundo os dados do último anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública do Ministério da Justiça (2011), a letalidade da polícia paulista é menor do que a de outros Estados do Brasil, tanto em números absolutos como nas taxas por 100 mil habitantes.
Em 2010, morreram 510 pessoas em confronto com a polícia paulista, uma taxa de 1,2 mortos por 100 mil habitantes. No Rio de Janeiro, que tem pouco mais de um terço da população de São Paulo, foram mortas 855 pessoas em confronto policial (taxa de 5,3 por 100 mil habitantes). Na Bahia, a taxa é de 2,2 por 100 mil. Como se vê, a fantasia baseada em distorções ideológicas não se sustenta quando confrontada com dados.
Maria Rita Kehl retrata a Polícia Militar de São Paulo como assassina contumaz de jovens. Pois São Paulo foi o Estado brasileiro que mais reduziu a taxa de homicídio de crianças e adolescentes (até 19 anos) por 100 mil habitantes entre 2000 e 2010, segundo o Mapa da Violência do Instituto Sangari: queda de 76,1%, de 22,3 para 5,4.
Também em números absolutos, o Estado de São Paulo teve a maior queda nesse índice entre 2000 e 2010. A redução foi de 2.991 homicídios de jovens e adolescentes, registrados em 2000, para 651 em 2010.
E o que aconteceu no Brasil no período? O número absoluto de homicídios de crianças e adolescentes cresceu 6,8%, entre 2000 e 2010 (de 8.132 para 8.686 casos) e a taxa por 100 mil habitantes subiu de 11,9, em 2000, para 13,8 em 2010.
DISTORÇÕES
Mas números não bastam para esta senhora. A distorção moral e ética de seu pensamento é insanável. Para Maria Rita, uma luta justa deveria contar sempre com mortos também entre policiais militares. Para ela, a profissionalização da Polícia Militar, treinada também para evitar baixas, é uma disfunção, um defeito, uma evidência de covardia.
Entende-se: entre a polícia e os bandidos, parece que ela já fez a sua escolha. Maria Rita acha que uma luta justa entre Polícia e bandido tem de terminar em empate –quiçá com a vitória da bandidagem, que ela deve confundir, em sua leitura perturbada da realidade, com uma variante da luta por justiça.
A Polícia Militar salva vidas, Maria Rita. É treinada para proteger a população do Estado. Atendeu a mais de 43 milhões de chamados em 2011. Realizou 310 mil resgates e remoções de feridos. Efetuou 128 mil prisões. A PM de São Paulo está entre as melhores do país.
Por isso, o Estado de São Paulo, segundo o Mapa da Violência, está em penúltimo lugar no ranking dos homicídios por 100 mil habitantes. A capital paulista é aquela em que, hoje, menos se mata no país, segundo o mesmo estudo.
Estivesse ela interessada em debater de fato o problema da Segurança Pública, Maria Rita tentaria entender a relação entre drogas e o crime organizado, como aquele instalado na chácara de Várzea Paulista. E por que o Brasil é o primeiro mercado consumidor mundial de crack e o segundo de cocaína? Nunca é suficiente repetir que o Estado de São Paulo produz laranja, cana, soja. Mas não produz folha de coca. Como ela entra no país? E as armas?
Mas estas não são as preocupações de Maria Rita. Ela quer confundir. Por isso até misturou o caso de Várzea Paulista à desocupação judicial da área conhecida como Pinheirinho, onde não houve vítima fatal e criou-se, bem ao seu estilo, um episódio mentiroso para fazer luta partidária.
A obrigação da autoridade pública é enfrentar o problema, seja ele a bandidagem comum ou a bandidagem da polícia. Se houve abusos, eles serão punidos após a investigação, como sempre o foram, e não antes.
Maria Rita Kehl, aliás, tornou-se partidária do julgamento extrajudicial. Ela não conhece detalhes da ação da polícia, mas já expediu a sua sentença condenatória, mimetizando, ela sim, os métodos das tiranias. Com uma diferença. As ditaduras criavam simulacros de julgamento. Precisavam convencer a si mesmas de sua farsa. Maria Rita não precisa ser nem parecer justa.
Ela deveria se envergonhar –mas não se conte com isso, pois está cumprindo uma agenda partidária –como, aliás, já havia feito nas eleições de 2010.
Desmoralizar a polícia de São Paulo é parte de um projeto de poder.
O Governo do Estado de São Paulo não tem compromisso com o crime.
MARCIO AITH, 45, é subsecretário de Comunicação do governo do Estado de São Paulo.
![alckmin-pinheirinho-dentro-da-lei-240112-aroeira-humor-politico[3]](https://flitparalisante.com/wp-content/uploads/2012/09/alckmin-pinheirinho-dentro-da-lei-240112-aroeira-humor-politico3.jpg?w=810)
Mais um bandido da mídia corrupta – secreotário era mais um golpista tucanalha da revisteca veja – a serviço do PSDB e outros bandidos da elite branca de Lembo.
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Quando na ditadura militar os generais eram a lei e a justiça, os políticos pediam democracia. Agora que vivemos na democracia esses tais políticos, ao que tudo indica, querem a volta da ditadura militar. Aceitar a matança da pm como forma de conter a criminalidade é passar por cima da lei e da justiça e dar margem para a volta da ditadura.
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Retransmito e-mail que recebi e acho interessante divulgar:
“Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos
difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla
modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador
do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos.”
Mas uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um!
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os
herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e
umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o
privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras,
deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em
construção, em Copacabana.
Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de
gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da
Aeronáutica, no Galeão.
Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o
Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder
manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.
João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.
OBS: foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.
Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem
ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram
nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus
governos.
Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou
agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente
remuneradas.
Bem diferente dos tempos atuais, não é?
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O governo do estado de São Paulo é comandado pela ditadura dos estrelinhas FP, ou seja, da força estadual fardada comandada pelos “impolutos” estrelinhas, que manipulam a verba da maneira que querem.
Chega de abusos;
Se liga São Paulo,
Acorda Brasil
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É por causa de gente assim tipo “psicanlista de bandidos” que ta cheio de mala solto por aí. VAI SE CONSULTAR COM UM PSIQUIATRA SUA INCOMPETENTE. Vou torcer pra voce cair num sequestro que vc nunca mais vai defender bandido. QUEM TAVA NA CHACARA MORREU POR QUE ESTAVA LÁ. QUEM NAO ESTAVA PARTICIPANDO DE “JURI” OU ASSISTINDO NAO ACONTECEU NADA. Mesmo que tivesse algum inocente, o SIMPLES FATO DE ESTAR JUNTO DE BANDIDOS, já o faz correr risco de morte. BEM FEITO PRA QUEM ESTAVA LÁ.
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Vai longe o tempo que o dhpp era elite hoje a maioria quer so que o 5°dia chegue triste fim de um departamento
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O pior é que o “Tribunal do Crime” tinha absolvido o rapaz! Quem é o culpado agora?
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O maior erro da Ditadura militar do Brasil, foi ter deixado o Vampiro maldito fugir para o Chile, ao invés de ter dado fim neste filho da put…..
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Alheio a ideologias políticas da situação e da oposiçao, bem como as as opinões de Marcio Aith ou de Maria Rita Kehl, gosto do chavão “quem proteje o lobo, condena as ovelhas”.
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O subsecretario falou bem sobre o DHPP que investiga esses casos. Ele só esqueceu de diser que quando o delegado do DHPP contraria a versão que os PMs dizem como verdadeiras ele é afastado do DHPP como ocorreu com a Delegada que investigou aquele caso de resistencia da ROTA ocorrida no Supermercado lá em Taipas.
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“POLICIAL BOM É POLICIAL MORTO!!!”
Nesse Brasil muito se amaldiçoa os policiais, além de taxados por corruptos, são também taxados por assassinos de “coitadinhos bandidos”.Pois é, pra quem vive a função como policial nesse país, sabe muito bem que o policial brasileiro não é isso, e sim um fazedor de papéis, e um alguém preocupadíssimo em reagir contra a violência injusta do marginal. A primeira coisa que pensamos quando estamos diante do perigo, não é como devemos fazer para proteger a nossa integridade física, e sim, como é que sofreremos depois de puxar o gatilho, e como num vislumbre nos aparece a imagem de um funcionário público pobre, sendo submetido a uma saraivada de perguntas, deixando de comprar o presente do filho pelos gastos com advogados, e aquela incerteza cruel sobre o seu futuro, sem emprego, punido por excesso e entregue ao olho da rua já com certa idade, sem saber de onde lhe vira o seu sustento e dos seus.O policial brasileiro está longe de ser assassino, muito pelo contrário esta sendo assassinado pelo erro de um sistema político apoiado pela imprensa, onde transformaram a quela famosa frase em: -POLICIAL BOM É POLICIAL MORTO (HERÓI)!A sociedade decidiu que o policial só pode ser visto como honesto e trabalhador quando ele morre, daí quando isso ocorre, a demagogia se espalha rapidamente pelas bocas dos cidadãos de bem, afirmando eles: Olha que maldade fizeram, mataram o policial!Pois é, mas quando o verdadeiro policial vence e derruba o inimigo; partem logo a dizer: – Olha, pra quê matá o rapaiz? Deveria prendê o rapaizinho! Como são maldosos esses polícias, heim!Enfim, se morrer vira herói, se matar vira corrupto e assassino.Quem se habilita a virar herói em prol dessa demagogia barata dessa sociedade, hã?
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Nos EUA também existem esses defensores de marginais, que formam ONGs e outras associações em defesa de presos, drogados, marginais, ladrões, traficantes e toda estirpe de malfeitores. Só que tem um porém; lá o judiciário e a imprensa NÃO CAÍRAM na demagogia barata desses defensores de malfeitores, e mesmo sendo filmados, e em alguns casos postos em rede nacional, os policiais e o judiciário de lá CONTINUAM FIRMES E AUSTEROS, dessa forma, a LEI ainda comanda naquele País.
A violência policial contra aqueles que SÃO VIOLENTOS é apoiada completamente pela população de bem, e essa fama de polícia violenta faz com que os marginais os temem, pois sabem que a REAÇÃO POLICIAL será certa e sem hesitação.
Já aqui no Brasil, nós temos a imprensa e a sociedade que são contra nós, somos malfalados a todo o instante, e tememos muito o judiciário, a ponto de hesitar em reagir no instante em que somos vítimas da violência por parte de algum marginal.
Quantos colegas não morreram ao hesitarem em atirar contra o marginal armado, e sendo assim, foram acertados mortalmente pelo mesmo que não hesitou um segundo sequer em matar o policial?
No contexto atual da situação polícia-sociedade, nós estamos passando por um período extremamente difícil pra quem resolve entrar nas corporações policiais brasileiras, seja civil, militar ou federal, e esses parâmetros negativos só serão mudados quando a sociedade acordar e resolver apoiar os seus policiais.
Os EUA com todas essas ONGs de defesas de marginais, só não se transformou num Brasil devido ao APOIO da própria sociedade à sua polícia e ao seu judiciário.
QUE DEUS NOS AJUDE!!!!
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Tem gente que desce pra cima, sendo promovido e depois chutado…
Tem gente que acerta trocar uma solução ideal das piças pelo silêncio…
Tem gente que é perseguido…, em prol do silêncio.
Tem gente que é chutado…, em prol do silêncio.
Tem gente que é morta…, em prol do silêncio.
Tem gente que é perseguida, chutada e morta.
MAs o que se vê no dhpp é a demoniocracia da Lei do Silêncio!
Trabalhou demais, Falou demais, Levantou demais, Viu demais, Sabe demais… é Pinto, acaba sendo vitimado pelo executor ditatorial!
Isso quando não ligam na casa do Policial e conversam advertindo os filhos, esposas… Ou levantam seu qth e um abraço!
Vcs sabiam que o PM evangélico que voltava com a filha do culto foi executado por investigar outros PMs que haviam executado amigos seus, líderes comunitários?
O PM Nascimento foi perseguido e morto por trombar uma ocorrência de receptação de carga roubada!
A casa do PM Pimentel foi crava de tiros por ter apreendido maquininhas caça-níqueis de propriedade de PMs!
Tem o Alessandro, carcereiro, o Villanova, tira, o Helinho, Ivan, tira…
É tanta gente, de tantas as carreiras sendo silenciada, que a PC encontra-se muda e castrada por medo ou por excesso de pudor!
E todas as reestruturações que acabaram atravancando a investigação aqui?
E a enxurrada de IP, até se morrer de susto vam pro dhpp!
Assim fica difícil investigar direito e levantar as cagadas dos outros malas antidemocráticos!
Fui, senão não consigo acabar o expediente e atraso pro bravo!
É possível enganar algumas pessoas todo o tempo; É também possível enganar todas as pessoas por algum tempo;
Mas não é possível enganar todas as pessoas por todo o tempo.
( Abraham Lincoln ) “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”(Aristóteles)
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o que enche osaco aqui no brasil é a mania de querer fiscalizar as instituições policiais. ora as policias já tem orgão fiscalizador que são suas corregedorias. por que essa senhora não vai encher o saco do mp ou do judiciario?
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Boa Tarde!
Senhoras e Senhores.
Este realmente é um típico assunto que evidentemente sempre será questionado, seja em beneficio ou em prejuízo de alguém.
Sempre existirão pessoas que penderão para um lado, mas é imperativo ressaltar que este lado, talvez não seja o certo, pois é importante que se diga uma coisa:
Este assunto é polêmico, meticuloso e de extrema delicadeza e por mais que se faça certo, sucessivamente surgirão controvérsias.
E estas controvérsias, sempre que se deem contrárias a uma minoria, serão exaustivamente questionadas e talvez até, atacadas com palavras praguejaras e sem sentido.
Por isto que eu sempre digo: “Cada macaco no seu galho e, poste jamais deve urinar no cachorro, muito menos o rabo abanar o respectivo”.
“Esta pasta deve se mostrar por si só, através de trabalho profissional e intensificado e, sem deixar um mínimo de sobeja para surtir ou surgir questionamentos negativos”.
Sempre digo que existem dois tipos de cozinheiro:
Aquele que cozinha no fundo de uma pocilga e àquele que cozinha para os mais bem-aventurados.
A grande diferença é que o da pocilga geralmente usa mais temperos para esconder o produto vencido e o da soberba, adoça a boca e o paladar do avaliador, para que assim, não perceba muitas vezes que é um péssimo profissionale a sua criação seja bem pior que o da pocilga.
Caronte.
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No dia que Essa Senhora
for sequestrada e os caras além do sequestro quiser sentar a madeira
(LITERALMENTE) Nela
ai ela vai pensar direito!
Convenhamos…
Só que já viu o
“Chico preto berrando”
sabe responder
despois de 2, ou 3 “Pipoco”
todo gato vira pardo…
Já é o próprio sistema de defesa do Corpo.
Tem que colocar essa “mulé”
no meio de um Tiroteio com mala
pra ela sentir o Drama…
Vamos ve se quando ela falar :
– Pare meu “filinhos” de atirar…
Os malas vão escuta-la
Já viu Policias depois de intensos confrontos ficarem com a orelha sangrando, só porque o vento da da “Holer Point” passou na sua orelha, e o mesmo agradecer a Deus pela vida…
Balela, e blá, blá, blá.
Na guerra é a lei Do Cão que infelizmente Funciona…
Ou é ou não é meus Caros.
Vale tudo…
correr, pular, rolar no chão,
tudo pela Preciosa Vida!!!
Respirando bem, o Colega estando vivo, e nenhum inocente morto…
O resto é resto.
Pode cair tudo no colo Do Cão.
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idade As investigações indicam a participação de policiais militares em chacina na
Baixada Santista Até agora, foram presos 23 PMs suspeitos de envolvimento
nas mortes do litoral. Por Tatiana Merlino. Ilustração Koblitz.
uem vai comprar cigarro com o
Chimiro sou eu, diz Marcos Paulo.
– Nem vem… Eu que vou, retruca
o rapaz.
Depois de muita discussão, Marcos Paulo pega
o capacete e monta na garupa da moto do amigo
de infância: “Eu é que vou”, diz, decidido.
O trajeto do Bar Paradinhas, no bairro de Catiapoã,
em São Vicente, até o local onde os rapazes
querem comprar cigarro, não é longo. Àquela hora
da madrugada, véspera de feriado de Tiradentes, seria
ainda mais rápido. Logo estariam de volta ao bar,
onde outros amigos da turma o esperavam.
Grupos de
extermínio
matam com a
certeza da
Erich, de 21 anos, conhecido como Chimiro pelos
amigos, dirige a moto, e Marcos Paulo, de 18,
vem à garupa. A moto vira na rua Pérsio de Queiroz
Filho e, antes de chegar no meio da primeira
quadra, duas motos vêm em direção aos rapazes.
Cada uma delas com dois homens. Na esquina, um
carro preto, modelo Siena, bloqueia a passagem.
Ao serem abordados por um dos homens da
moto, os jovens tiram os capacetes e mostram as
identidades. Marcos Paulo é o primeiro a ser atingido.
Ele tenta se defender. Levanta e cruza os
braços para se proteger das balas. Em vão. Ele é
atingido por mais de dez disparos no peito, orelha
esquerda, cabeça, ombro, costas, braços e pernas.
Na sequência, Erich leva três tiros: mão direita,
tórax e pescoço.
Horas antes, Marcos Paulo saía de casa de bicicleta
para encontrar os amigos num bar. Às
23h, falou com a mãe, Flávia, ao telefone. “Não
saia hoje, não, meu filho”. “Ah, mãe, hoje é véspera
de feriado”, respondeu o rapaz. Do bar, Marcos
Paulo foi a uma festa com amigos e, depois,
todos foram ao Paradinhas.
Flávia fazia plantão na enfermagem de um hospital
de Santos quando recebeu, pouco depois das 4
horas da manhã, um telefonema: “O Marcos Paulo
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maio 2010 caros amigos 31
levou um tiro”, ouviu da irmã. A enfermeira seguiu
até o Centro de Referência em Emergência e Internação
(Crei) de São Vicente, para onde o rapaz teria
sido levado. “Ninguém deu entrada aqui com esse
nome”, ouviu, chegando ao hospital.
– Como ninguém foi buscá-lo? Ele foi baleado!
– Acho que não tinha transporte, senhora.
A mãe de Marcos Paulo seguiu para o local do
crime. Lá, encontrou o corpo do filho no chão, coberto
por um lençol.
– Pode mexer nele, mãe –, Flávia ouviu de um
policial militar
– Como? Eu não posso mexer. Quando é assassinato,
ninguém pode chegar perto, e vocês ainda
não fizeram perícia.
Marcos Paulo Soares Canuto e Erich Santos da
Silva estão entre as 22 pessoas que foram mortas
na Baixada Santista (SP), no período entre 18 e
26 de abril, após o assassinato do soldado da Força
Tática Paulo Rafael Ferreira Pires, em Vicente
de Carvalho, no Guarujá, no dia 18.
Os principais suspeitos dos assassinatos são policiais
militares que integrariam um grupo de extermínio.
O modus operandi das ações são semelhantes
às ocorridas em maio de 2006. “A relação
entre a série de crimes de 2006 e os de 2010 é que
ambos foram cometidos na sequência de mortes
de policiais por grupos de extermínio com indícios
de serem formados por policiais, com pessoas
encapuzadas ocupando uma moto, acompanhadas
de um carro, usando mini metralhadora e com recolhimento
dos projéteis logo depois, desconfigurando
a cena do crime”, acredita o defensor público
do Estado Antonio Mafezzoli.
Até o fechamento da edição, 23 policiais da Baixada
Santista haviam sido presos administrativamente.
Eles são suspeitos de fazer parte do grupo de
extermínio conhecido como “Ninjas” que matou 22
pessoas no litoral paulista. Caso haja evidências da
participação desses policiais nas mortes, a Corregedoria
pode pedir a prisão temporária dos acusados.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Projéteis recolhidos
A reportagem da Caros Amigos teve acesso aos
Boletins de Ocorrência (BOs) de cinco vítimas de
São Vicente (quatro óbitos e um sobrevivente) e
oito de Vicente de Carvalho, no Guarujá – seis
mortes e duas tentativas. Na maioria deles, constava
a informação de que “não foram arrecadados
cartuchos ou projéteis [para perícia]” e, também,
que as vítimas foram abordadas por indivíduos encapuzados.
Embora os representantes das Polícias
Civil e Militar tenham considerado a possibilidade
da participação de policiais nos assassinatos de
abril, os crimes ainda não foram esclarecidos.
Para Débora Maria da Silva, militante das
Mães de Maio e mãe de uma das vitimas dos crimes
de 2006, “se os assassinatos de quatro anos
atrás tivessem sido resolvidos, isso não estaria
acontecendo”. Para ela, a recente onda de assassinatos
da Baixada pode ser chamada de “crime
de Maio continuado”, afirma.
Na opinião de Mafezzoli, é possível que os responsáveis
pelos assassinatos de 2006 sejam os
mesmos dos crimes recentes. “É provável que sejam
as mesmas pessoas, porque o modo de cometimento
é idêntico. Acho que a não punição
dos crimes de maio de 2006 gerou uma sensação
de que esse grupo podia continuar atuando dessa
forma porque não ia mudar nada, ninguém ia
ser punido, a Polícia Civil e o Ministério Público
nem iam chegar perto deles. Assim, sentiram-se
à vontade para continuar”.
O defensor explicou que, depois do episódio do
“maio sangrento” de 2006, outras mortes aconteceram
em Santos e na Baixada com o mesmo perfil
e “sempre posteriores à morte de um policial”.
Em novembro do ano passado, disse, um policial
morreu em Cubatão. “Em seguida, metralharam
16 pessoas”. Segundo Mafezolli, dados da Ouvidoria
de Polícia levantados pela organização não
governamental (ONG) Justiça Global, entre maio
de 2006 e dezembro 2009, 70 pessoas foram mortas
em situações semelhantes, “sem contar os 40
de maio de 2006 e os 23 de abril de 2010. Isso
mostra que esse grupo continuou em atividade, e
sempre vingando a morte de policiais”.
Para o advogado Fernando Delgado, da Justiça
Global, é possível estabelecer uma relação entre
os grupos de extermínio de hoje e os esquadrões
da morte, criados no final dos anos 60 e atuantes
durante a década de 70. “A metodologia é bastante
parecida e há simbologias semelhantes, como a
imagem da caveira”, explica.
Até o fim
Marcos Paulo era o único filho de Flávia Soares.
Separada do pai do menino, ela morava com
o adolescente num pequeno apartamento no bairro
do José Menino, em Santos. “Não tenho mais
condições de morar aqui. São muitas lembranças”.
Logo depois da morte do filho, Flávia iniciou
uma pequena investigação por conta própria.
“Eu não vou sossegar porque o que eu tinha
que perder já perdi. Agora, o que eu tenho, a minha
vida? Quero que se dane! Eu vou até o final.
Nem que para isso um dia vocês escutem: mãe de
Marcos Paulo foi assassinada”.
No dia da morte do filho, Flávia ouviu de um policial
militar que o calibre da arma que usaram para
assassiná-lo era o 380, “aquela bala pequenininha
que entra, não faz furinho nenhum, mas, quando
chega dentro, explode tudo”. Porém, ao prestar depoimento
na delegacia, o escrivão disse à mãe que
ainda não se sabia qual era porque não havia sido
feito o exame de balística. “Se for mesmo 380, quem
usa é polícia da pesada ou bandido”, diz.
Marcos Paulo tinha terminado o ensino médio
no final de 2009 e pretendia fazer curso para
técnico de contêiner. Tinha uma namorada, gostava
de jogar futebol na praia, fazia musculação.
“Era muito alegre e extrovertido”. Era o conselheiro
amoroso da turma, e ajudou Erich a arrumar
uma namorada.
Testemunhas e amigos contaram que, na noite
do assassinato dos rapazes, alguns homens que
circulavam pelas redondezas do bar estavam anotando
placas de moto e carros. Porém, a maioria
dos jovens tem medo de testemunhar e sofrer represálias
posteriormente.
Em recente entrevista concedida ao jornal A
Tribuna, dois homens que se identificam como
participantes de grupos de extermínio relataram
como atuam e afirmaram que, depois de uma certa
hora, estar na rua de certos bairros da cidade
é pedir para morrer. Flávia protesta: “Quer dizer
que quem é de periferia não pode viver, não tem
direito de sair na rua à noite?”, questiona. “Meu
filho estava na periferia porque tem raízes e amigos
lá. Foi ali que nós nascemos”, diz.
Na mesma madrugada em que Marcos Paulo e
Erich foram mortos, outros dois jovens também
foram assassinados e um terceiro ficou ferido. De
acordo com o Boletim de Ocorrência da 1ª DP de
São Vicente, Anderson Souza Reis e Wandilson
de Oliveira Silva “foram abordados por dois indivíduos
encapuzados que desceram de um veículo
preto não identificado e, sem nada dizer, passaram
a efetuar disparos com arma de fogo”. O
relato foi feito pelo sobrevivente. No B.O., também
consta que, no local, não foram encontrados
projéteis para a realização de perícia. Anderson e
Wandilson foram mortos às 4h47 e 5h, respectivamente,
também no bairro de Catiapoã.
Sete tiros
Numa manhã de sábado, Jane Aparecida Matos
Madeira, a dona Jane, recebe a reportagem
em seu apartamento no bairro de Aparecida, em
Santos. Lá, também estão as netas, de dois, sete
e dez anos. A pequena mexe no gravador, a do
meio, cuida da menor e a mais velha participa da
conversa. No dia 23 de abril, Alessandra Aparecida
Matos Madeira, de 29 anos, filha de Jane e
mãe das meninas, estava num bar com duas amigas
quando um carro e uma moto Biz começaram
a rondar o bar. “Esse carro já passou aqui, vamos
tomar cuidado”, diz uma delas. O carro para, um
homem encapuzado sai do seu interior e dispara
na direção de Alessandra. As amigas correm, mas
ela, de salto alto, cai e não consegue fugir. “Foram
sete tiros, todos do mesmo lado, no ouvido,
na cabeça. Ela não teve chance de nada”.
A morte da filha de dona Jane teria sido “queima
de arquivo”. “Eu ouvi isso no próprio distrito
policial”, afirma a senhora. Alessandra teria
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testemunhado o assassinato de Rafael Souza de
Abreu, de 16 anos, na noite de 26 de março. Ela
era amiga da namorada do adolescente e estava
no local quando ele foi morto.
Há seis anos, Jane perdeu o outro filho, também
assassinado por policiais. “A gente coloca os
filhos no mundo e não acha que essas coisas vão
acontecer”. A enfermeira de 53 anos diz que teme
pelas netas, que dependem dela: “Fico com medo
porque tenho três crianças. Tenho que trabalhar
muito para mantê-las”.
Mesmo assustada, Jane participou da audiência
pública “A violência na Baixada Santista”, realizada
em 14 de maio, em Santos, para discutir a impunidade
dos crimes de maio de 2006 e a onda de
violência que marcou o mês de abril deste ano na
Baixada. “Quero saber quem foi que fez isso com a
minha filha”, disse dona Jane, emocionada, na primeira
fileira do auditório, ao lado de outros familiares
de vítimas da violência do Estado.
Organizada pela Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa, Movimento Mães
de Maio e Fórum da Cidadania de Santos, com o
apoio dos deputados estaduais do PT Fausto Figueira
e Maria Lucia Prandi, o encontro reuniu
pais e mães de vítimas, comando das Polícias Militar
e Civil, Ministério Público, Poderes Judiciário,
Legislativo e Executivo, Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e organizações da sociedade
civil. Entre os participantes, estava o ouvidor-geral
de Cidadania da Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República, Fermino
Uma das testemunhas que estava no local era
a namorada de Rafael, que mudou de cidade por
medo de também ser morta. “Eles estavam rondando
a casa dela, então, depois de depor no Ministério
Público, ela foi embora”. Outra testemunha
era Alessandra, que foi assassinada.
Seu José, que trabalhava como portuário, disse
que não consegue mais trabalhar: “Estou acabado”.
Ele também vem sendo ameaçado de morte.
“Eu não uso droga, não vendo droga, eu trabalho…
mas qualquer dia podem me forjar. Vão me
forjar ou me matar. Não estou saindo. Chego em
casa, fecho as portas e vou dormir”, conta o homem,
apos tranquilizar um parente por telefone:
“está tudo bem, já cheguei aqui”.
Segundo José, um dos meninos que jogava futebol
com Rafael foi abordado pelo mesmo policial
militar quando ia para a escola. De acordo
com ele, o PM jogou o material do menino chão
e deu um tapa em sua cara. Na volta da escola, ele
foi abordado novamente pelo PM, que teria dito:
“Sabe quem matou o Rafael? Fui eu. Vou fazer da
mesma forma que fiz com ele com você”.
Essa denúncia foi feita pelo adolescente, de apenas
14 anos, no 6º Batalhão da Polícia Militar de
Santos, onde está localizada a corregedoria da PM.
No dia em que foram depor, o próprio policial que
ia ser denunciado estava no local: “Ele ficava dando
voltas, olhando de cara feia”, conta José.
Embora o caso do seu filho não entre na contabilidade
dos 22 assassinatos do período de 18 a 26 de
abril, ele possui as mesmas características de assassinatos
cometidos por grupos de extermínio, “que
não deixaram de atuar entre os crimes de maio de
2006 e abril de 2010”, alerta o defensor Mafezolli.
Toque de recolher
Em Vicente de Carvalho, onde a matança após a
morte do soldado da Polícia Militar Paulo Raphael
Ferreira Pires, de 27 anos, começou, o clima era de
muita tensão nas semanas seguintes aos crimes. Na
sequência do assassinato do PM, outras cinco pessoas
foram mortas, entre elas, o comerciante Fábio
Luiz Basílio, de 31 anos, baleado por volta das
11 horas do dia 20 na avenida Santos Dumont, em
frente ao Banco Bradesco. Segundo testemunhas,
dois homens em uma moto efetuaram o disparo. A
causa do homicídio ainda não foi esclarecida.
De acordo com uma moradora do distrito de
Vicente de Carvalho, que não quis ser identificada
por medo de represálias, a região viveu dias
de muito medo. “Como eu moro mais afastada
da avenida, o pessoal vinha dizendo que as lojas
iam fechar cedo porque ia ter toque de recolher.
Se você esperar para descobrir se é boato ou verdade,
está pagando para ver”.
A moça relata que mortes por grupos de extermínio
não são novidade em Vicente de Carvalho:
“Sempre que se comenta que alguém foi morto na
Fechio, que afirmou que a situação exige um choque
de gestão para mudar o modelo de polícia: “O
Estado sempre é lerdo para atender às mães”.
Na ocasião, o coronel Sérgio Del Bel, que responde
pelo Comando de Policiamento do Interior
6 (CPI-6), unidade responsável pela Baixada e Vale
do Ribeira, admitiu que há “fortes indícios” da participação
de policiais militares no crimes, mas “eles
não são a maioria”. “Sob meu comando, não permito
nenhum tipo de violação. São expulsos em média
280 policiais todos os anos”. Del Bel disse, ainda,
que “deve haver a participação de policiais. Não
vejo a hora de colocar esses caras na cadeia”.
O delegado Waldomiro Bueno, do Deinter-6, responsável
pelo policiamento do litoral sul de São
Paulo, também reconheceu a possibilidade de participação
de policiais nos crimes. “Temos indícios
fortes. Mas estamos trabalhando com todas as hipóteses:
vingança, tráfico e, principalmente, crimes
praticados por PMs. Mas vamos esclarecer tudo isso
o mais rápido possível. Doa a quem doer”.
Cenário do crime
O pai e a avó de Rafael, cujo assassinato Alessandra
testemunhou, também estiveram presentes
à audiência. O adolescente estava na porta da casa
de um amigo no bairro do Estuário quando foi
morto. Ele comia uma esfiha de frango com catupiry
quando dois homens numa moto passaram no
local e o executaram. O primeiro tiro foi no joelho.
Rafael caiu e pediu “pelo amor de Deus”, por duas
vezes, para que não o matassem. Os tiros seguintes
atingiram seu pescoço, rosto, peito e cabeça.
O pai do rapaz, José de Abreu Nabo Neto, conta
que correu para o local assim que recebeu a notícia:
“Eles queriam mudar o cenário do crime. A primeira
coisa que eles estavam procurando eram os projéteis,
os cartuchos. Eu fui pegando tudo e falei: aqui
não, aqui vocês não vão colocar mão. Eu perguntei:
por que vocês não vão procurar, correr atrás? Foi a
própria Polícia Militar que matou. Aí eu passei mal,
a pressão subiu e fui parar no Pronto-Socorro”. O
caso foi registrado no 3º DP de Santos.
Rafael era usuário de maconha e, para poder
comprá-la, cometia pequenos furtos. Por conta
disso, era constantemente ameaçado de morte por
um policial militar, que José acredita ser o autor
do crime. A motivação do assassinato, acredita
o pai do rapaz, teria sido um assalto ocorrido
numa loja de roupas do bairro. Segundo José,
os policiais acreditavam que Rafael fosse um dos
assaltantes da loja. “Dois dias antes do meu filho
ser executado, dois policiais militares que faziam
segurança da loja entraram na minha casa sem
mandado de segurança procurando roupas”.
No dia da morte, o tal policial que ameaçava o
menino passou de moto na frente da casa da família.
“A gente acha que esse dono da loja deve
ter pago a polícia para executar meu filho”.
Jane teve os dois filhos assassinados por grupos de
extermínio.
Flávia está investigando a morte do filho por conta
própria.
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favela, as pessoas associam a morte com os encapuzados”,
diz, deixando claro que, por encapuzado,
subentende-se policial de grupo de extermínio.
Em maio de 2006, também houve mortes na
cidade. Porém, como a impunidade vigora, “ninguém
quer ser testemunha, ninguém quer falar…
você acaba comprando uma briga que não é sua
e, às vezes… né?”.
A jovem era amiga de Fábio, e conta que nunca
viu o rapaz participar de uma briga: “Era uma
pessoa boa, legal. Todo mundo gostava dele, nunca
vi ele brigando. Não sei o que ele pode ter feito
de errado a ponto de alguém querer matar ele.
Tem gente que tem dinheiro e sai por aí zoando…
ele não, ele era sossegado”.
A jovem conta que, durante a onda de violência,
os comentários em Vicente de Carvalho eram
de que estavam matando todo mundo, até quem
não tinha nada a ver com a história. “A mãe tinha
medo do filho sair na rua, ir na casa da namorada.
O papo era ‘tú tá na rua esse horário, vão te
matar. A polícia pega e mata’. Falaram isso nessa
época”. A moça afirma, ainda, que o policial que
foi morto tinha fama de ser violento e ter “dedo
mole”. “Bobeou, ele atirava para matar”.
Até o fechamento desta edição, duas pessoas
haviam sido presas. Eduardo Rodrigues do Nascimento,
conhecido como Eduardinho, que era foragido
e condenado a 29 anos de prisão por homicídio,
foi preso pela polícia como suspeito pela
morte do policial da Força Tática. Recentemente,
um ex-policial militar também foi preso em São
Vicente. Dentro de seu carro, foram encontradas
uma pistola 380 e duas toucas ninja.
Maior letalidade
As mortes na Baixada ocorreram no mesmo
período em que dados divulgados pela Secretaria
de Segurança Pública de São Paulo apontaram
que a Polícia Militar do estado matou 40% mais
nos três primeiros meses deste ano em comparação
com o mesmo período do ano passado. Entre
janeiro e março de 2010, foram 146 mortes, contra
104 no mesmo período de 2009.
Nos últimos 12 meses, período do início da gestão
do secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira
Pinto, que assumiu o cargo em março do ano
passado, o número de mortes por policiais militares
em serviço foi 54% maior do que nos 12 meses anteriores,
na gestão de Ronaldo Marzagão. “A maior
letalidade coincide com a gestão do novo Secretário
de Segurança Pública, que colocou mais Rota na rua
mesmo após o anúncio dos números de mortes envolvendo
essa força policial”, comenta o advogado
Fernando Delgado, da ONG Justiça Global. Segundo
ele, a organização se reuniu com o secretário no
ano passado para pedir especial atenção em relação
aos casos envolvendo a Rota.
Para ele, a regra em relação aos crimes cometidos
pela polícia é a não responsabilização: “E no
caso dos crimes da Baixada, há o risco de acontecer
o mesmo”. Delgado acredita que “o aumento de
70% nos casos de resistência seguida de morte de
2008 para 2009 são a prova dessa falta de punição
dos crimes cometidos pela polícia, como ocorreu
com os crimes de maio”, diz.
A lentidão nas investigações dos homicídios
na Baixada foi um dos motivos do afastamento
do corregedor da PM, Davi Nelson Rosolen, e sua
substituição pelo coronel Admir Gervásio Moreira.
O desgaste do corregedor também se deu por
conta das recentes mortes dos motoboys Alexandre
Santos e Eduardo Luís Santos e, também, do
camelô Roberto Marcel Ramiro dos Santos, em
São Paulo. Alexandre foi estrangulado por quatro
PMs da zona sul de SP, Eduardo foi torturado
dentro de um quartel da PM na zona norte e Roberto
foi morto com mais de dez tiros. Dezenove
dias antes de Roberto ser morto, ele e sua mãe
foram ameaçados de morte pelo PM Valdez Gonçalves
dos Santos, do 21º Batalhão.
Nesse período, quatro pessoas de uma mesma família
foram mortas em Campinas, no interior paulista.
Os assassinos, suspeitam os investigadores, seriam
policiais militares, em vingança ao assalto que
deixou um colega paraplégico. Segundo moradores,
PMs fardados chegaram ao local logo depois da
saída dos assassinos, arrastaram quatro corpos por
alguns metros e recolheram todas as cápsulas que
encontraram. O procedimento usual é deixar o local
do crime intocado até a chegada da perícia.
Ao assumir o cargo, o novo corregedor declarou
que uma das prioridades da instituição será
a Baixada Santista. Admir considera a situação
complicada, pois a suspeita de envolvimento de
policiais é forte, mas ninguém aponta os culpados.
O delegado diretor do Deinter-6, Waldomiro
Bueno Filho, responsável pelas investigações, foi
insistentemente procurado pela reportagem, para
esclarecer o andamento das investigações, mas
não foi encontrado.
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Por mim pode passar tudo para a PM, deixem que eles abracem tudo policiamento , investigação , não é o que o estupido do Ferreira Pinto quer ??
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MATÉRIA PAGA, folha , kkkk
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Ainda bem que o pensamento desta senhora não me representa…
Quando comecei a participar do Flit pensava que haveriam policiais, agora vejo que um ou outro apenas que são, o resto fica dentro de Plantão e nunca se quer saiu pra rua…
Parem com isso novinhos, vocês são muito Teoristas e pouquíssimo Polícia!
Se vocês concordam com a matéria, adotem um ladrão!
Viva os Policiais Sangue no Zóio, ainda bem que eles existem pra controlar!\
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25/09/2012 18:19
Da Tribuna
Da Redação
Bancários
Luiz Cláudio Marcolino (PT) comentou a greve dos bancários, citando algumas reivindicações dessa categoria, como reajuste salarial. Mencionou, também, assembleia que esses trabalhadores marcaram para esta terça-feira, 25/9, para negociar o fim da greve. Por fim, agradeceu à Polícia Militar pela instalação de uma base comunitária móvel na Praça da Kantuta, no bairro do Canindé, após algumas queixas de furtos e assaltos que estavam ocorrendo na região. (JF)
Violência
“Aqui a violência é tão banalizada e natural que acabamos aceitando como se fosse algo normal”, disse Jooji Hato (PMDB). O parlamentar defendeu medidas preventivas para diminuir o índice de violência, como a blitz do desarmamento, com o objetivo de coibir a compra e venda de armas ilegais. O deputado afirmou que existem projetos importantes tramitando na Casa, com temática voltada ao combate à violência. (DA)
Segurança
Olimpio Gomes (PDT) comunicou que irá encaminhar pedido para que sejam convocados os candidaatos aprovados em concurso público para os cargos de guarda de escolta e agente penitenciário. “Concursados de 2008 ainda não foram chamados. Há um déficit de funcionários nessas áreas que coloca em risco o sistema prisional”, protestou. (DA)
Trem da CPTM
Luiz Carlos Gondim (PPS) abordou a situação do transporte público no Estado. O parlamentar deu o exemplo da linha da CPTM que vai da Estação Luz até Guaianases. Segundo ele, quando o veículo chega à região, frequentemente acontecem problemas. Gondim reproduziu reportagem da TV Globo sobre o assunto. “Vamos parar de brincar de fazer política e vamos fazê-la com seriedade”, finalizou. (IR)
Propaganda enganosa
João Antonio (PT) criticou o governo do Estado, que está há mais de 20 anos no poder e ainda não melhorou o sistema de transporte público de São Paulo, “onde o governo gasta milhões com propaganda enganosas”. A Grande São Paulo padece com o sistema de transporte completamente deteriorado, disse. O parlamentar fez uma comparação entre o metrô paulistano e o da Cidade do México, cuja extensão é de 300 quilômetros contra apenas 70 em São Paulo, sendo que as duas cidades começaram as obras simultaneamente. “Estamos atrasados em relação ao transportes”. (GA)
Violência contra a mulher
Telma de Souza (PT) criticou a situação do transporte no Estado. “Em Santos, há a promessa de implantar o Veículo Leve sobre Trilho (VLT). Não temos sequer o traçado correto ainda”, comentou. A parlamentar falou também sbre o Dia Mundial de Combate à Violência contra a Mulher. “Quero cumprimentar todas as mulheres. Continuaremos lutando para termos uma cidadania melhor”, disse. (IR)
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Esses sociólogos pensadores, sempre atacando as POLÍCIAS, não passam de uns merdas, se a polícia age, é truculenta, se não age, é covarde, sempre atacam a ação ou omissão da polícia. Só sabem fazer críticas, jamais foram acompanhar os trabalhos do dia-a-dia, ver as dificuldades, e o quanto esses criminosos são violentos…..pensadores…..
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ESTA MUITO PRÓXIMO E VAMOS COMEMORAR rsrsrsrsrsrsrs
Russomanno tem 34%, Haddad, 18%, e Serra, 17%, diz Ibope
Levantamento foi realizado entre sábado (22) e segunda-feira (24). Margem de erro é de 3 pontos.
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Essa psicanalista deve ser membro honorário da Comissão de Direitos Humanos. E outra: onde psicanalista entende de segurança pública?
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a fulana deve ter filho vagabundo
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porque marido ela nao tem
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