“O secretário, goste ou não este colunista, foi escolhido para o cargo pelo governador eleito de São Paulo, e não é admissível que um promotor, que não foi eleito, pressione o governador para afastá-lo”, Carlos Brickmann 32

Os não-eleitos

Para que não haja dúvidas, este colunista discorda duramente do trabalho do secretário da Segurança de São Paulo, Ferreira Pinto; e não acredita que pudesse tê-lo algum dia como amigo. Mas o secretário, goste ou não este colunista, foi escolhido para o cargo pelo governador eleito de São Paulo, e não é admissível que um promotor, que não foi eleito, pressione o governador para afastá-lo. Se o promotor sabe de algo que desqualifique o secretário para o exercício do cargo, que informe o governador do que se trata ou inicie o processo de uma vez.

Lembremos o voto 17.223 do desembargador Pedro Gagliardi, no habeas corpus 993 080 909, sobre a insistência do Ministério Público em fazer investigações que pela Constituição têm de feitas por policiais: “Sempre que um órgão coloca sob seus tacões toda a Polícia, surge no ar um cheiro de ditadura”.

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