STF garante que Ministério Público pode investigar sem participação da polícia 20

Supremo valida investigação da Procuradoria em caso Celso Daniel

Folha de S. Paulo

Defesa de acusado diz que apuração foi inconstitucional por ter ocorrido sem participação da polícia

Julgamento, ainda não concluído, tem relação com polêmica sobre poder de investigação do Ministério Público

FELIPE SELIGMAN

DE BRASÍLIA

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) validou a investigação feita pelo Ministério Público sobre a morte, em 2002, do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel.

O caso -que não entra no mérito da investigação- só não foi finalizado na corte por conta de um pedido de vista de Luiz Fux anteontem, que suspendeu a discussão a ser retomada somente após o julgamento do mensalão.

No entanto, 6 dos 11 integrantes do STF já proferiram votos, nos quais entendem que não houve ilegalidade na apuração de promotores.

Os ministros analisam um habeas corpus proposto por Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, que foi denunciado pelo Ministério Público como o mandante do assassinato.

No mês passado, três pessoas foram condenadas pelo crime. Sombra ainda não foi julgado. A defesa dele argumenta que a investigação dos promotores foi inconstitucional por ter ocorrido sem a participação da polícia.

O inquérito elaborado pela Polícia Civil de São Paulo havia concluído que a morte do petista não passava de um crime comum. Os promotores, porém, fizeram novos depoimentos, reavaliaram as provas e concluíram que se tratava de um crime por motivação política.

Segundo essa tese, o prefeito foi morto por ter descoberto que recursos de caixa dois para campanhas do PT estavam sendo desviados para os próprios organizadores do esquema.

O julgamento do habeas corpus ocorre em meio a uma discussão mais ampla, sobre o poder do Ministério Público de fazer investigações.

O resultado do caso relacionado a Celso Daniel, no entanto, não significa que o STF decidiu validar genericamente essa capacidade.

Isso porque os ministros utilizam argumentos distintos sobre o tema. O STF, ao final, terá que construir o que se chama de “voto médio”, selecionando o que pelo menos seis ministros concordam e descartando o restante.

O julgamento sobre o caso começou em 2007, quando o ministro Marco Aurélio Mello concordou com os argumentos da defesa.

Sepúlveda Pertence, hoje aposentado do STF, divergiu, entendendo que o Ministério Público teria poder de investigação. Cezar Peluso, então, pediu vista.

Na semana passada, o julgamento foi retomado, e Peluso validou as investigações. Anteontem Fux pediu vista. Mas, antes disso, outros ministros adiantaram voto, praticamente resolvendo o caso.

Votaram pela validade da investigação Ayres Britto, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Somados os votos de Peluso e Pertence, a maioria foi formada.

Onda de violência chega ao 16º dia em São Paulo 23

ANDRÉ CARAMANTE DE SÃO PAULO TATIANA SANTIAGO DO “AGORA”

A onda de violência desencadeada em São Paulo com os atentados contra policiais militares chegou ao 16º dia seguido com o registro de mais uma tentativa de assassinato contra PMs e um ônibus incendiado.

Região leste tem 25 mortes após atentado, diz PM Secretário da Segurança viaja para assistir jogo do Corinthians

Desde o dia 13, seis PMs foram mortos em crimes com características de serem encomendados, dez ônibus foram incendiados e quatro bases da Polícia Militar foram atacadas a tiros.

No meio dessa escalada, três chacinas com dez mortos aconteceram em áreas periféricas da região metropolitana e dez foram mortos.

Anteontem, viações de ônibus nas zonas sul e norte da capital recolheram seus ônibus após veículos terem sido queimados por criminosos. Por causa da paralisação no transporte público, trabalhadores foram obrigados a ir para casa a pé.

ATAQUES

No ataque mais recente contra a Polícia Militar, na madrugada de ontem, uma base comunitária da corporação foi alvo de tiros disparados por bandidos no Parque Residencial Cocaia, região do Grajaú (zona sul).

Os dois PMs que estavam na base não foram atingidos pelos tiros, todos disparados por homens em motocicletas.

Até agora, as polícias Civil e Militar não prenderam ninguém pelos ataques contra bases da PM ou ônibus.

Três investigados sob suspeita de participação nas mortes dos policiais militares foram presos e outros três identificados são procurados. Há, ainda, três retratos falados dos procurados pela morte de um PM em um academia de ginástica.

Adriano Vizoni/Folhapress
PM circula pelo bairro Jardim São Francisco, em Ferraz de Vanconcelos, em meio a boatos de toque de recolher
PM circula pelo bairro Jardim São Francisco, em Ferraz de Vanconcelos, em meio a boatos de toque de recolher

Em Ribeirão Pires (ABC), após a PM prender dois suspeitos de tráfico de drogas, dois carros também foram queimados, ontem à noite.

A polícia investiga se as mortes dos seis PMs e os ataques contra ônibus são uma retaliação do grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital) à operação da Rota que deixou seis mortos, em maio, e à transferência de um dos chefes da quadrilha para uma penitenciária com normas mais rígidas.

FIM DE FESTA

Ontem, a escola municipal Roberto Plínio Colacioppo, no Parque Bristol, decidiu suspender as aulas e dispensar os 780 alunos.

Na porta da escola, avisos improvisados foram colados para informar que a festa junina, que seria realizada ontem no local, foi adiada por motivos de segurança. O estabelecimento de ensino fica atrás de uma delegacia.

Na tarde de anteontem, os alunos foram dispensados mais cedo.

O mesmo ocorreu em uma creche do Jardim São Silvério, que liberou 160 crianças quatro horas antes do previsto. Outras escolas também suspenderam as aulas por causa do clima de medo.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, muitos pais preferem retirar seus filhos das escolas mais cedo ou não enviá-los à aula por causa do risco.

Governo do PT quer jovens viúvas e dependentes da previdência pública na INDIGÊNCIA; a culpa – segundo os chamados PETRALHAS – é da VELHARADA que não quer morrer 19

29/06/2012 16:18

Governo quer restringir pensão por morte e invalidez em reforma da previdência

Uol/FB

A reforma pretendida pelo Ministério da Previdência, comandado por Garibaldi Alves Filho, restringirá a concessão de pensões.

A despeito das especulações, o governo já tem no prelo a nova reforma previdenciária, ao qual a coluna teve acesso. A maior mudança é a implementação da carência para recebimento de pensões nos casos de morte. Só haverá benefício para órfãos e cônjuges com contribuição mínima de dois anos.

O mesmo período – dois anos de união estável comprovada – será determinado para o direito a pensão no casamento. Será extinta a pensão vitalícia para as(os) viúvas(os) jovens, para cônjuge com idade inferior a 40.

Em 2011, o valor das pensões bateu R$ 61,6 bilhões. A reforma, se concretizada, vai gerar economia de R$ 1,8 trilhão ao Tesouro até 2050, diz o estudo.

“Em percentual do PIB, a despesa com pensões da Previdência cresceu de 1,1%, em 1995, para cerca de 1,5% do PIB em 2011”, alerta o documento.

Pensões por morte já respondem por 27,4% do estoque de benefícios da Previdência. O Brasil é o único país onde não há carência de tempo de contribuição para os casos.

A implementação da carência é fundamental, avalia o governo. Segundo o levantamento, a economia será de R$ 54,9 bilhões até 2018. “O Brasil possui regras injustificadamente frágeis para a concessão e manutenção das pensões em comparação com outros países”, justifica o documento que vai balizar o discurso presidencial.

A chamada transição demográfica preocupa. “O envelhecimento populacional irá resultar, em média, em cerca de 1 milhão a mais de idosos por ano nas próximas quatro décadas”.

Está comprovado que o Brasil envelhece a passos largos. O número de idosos irá passar do atual patamar de 20,6 milhões para cerca de 64 milhões em 2050. A reforma é essencial para segurar as contas, avaliam os governistas.


U R G E N T E É UM ABSURDO DA CHEFIA DO CARTORIO DO 14DP 48

002.pdf

Assunto: U R G E N T E  É UM ABSURDO DA CHEFIA DO CARTORIO DO 14DP

Para: decap@policiacivil.sp.gov.br, webpol@policia-civ.sp.gov.br, justica.aberta@cnj.jus.br, seguranca@sp.gov.br, dipol@flitparalisante.com

Srs e Sras do DECAPO 14º DP de Pinheiros puseram todos os escrivãs da CPJ, que trabalham a noite para trabalhar também de dia.A chefia do 14º DP quer que os escrivaes trabalhem no período das 07 as 15h e no outro dia na escala noturnanormal que é das 22h as 7h, folgando apenas um dia…Ademais o Diretor fez uma Portaria nº 8, e no artigo 23, a chefia do 14DP nao respeita, e sim desrespeita oDiretor do Decap e os funcionarios escrivaesVejam a nova escala com os Escrivaes da CPJ (doc anexo)No artigo 23 da Portaria 8 o Excelentissimo Diretor do DECAP diz assim: “Serão designadas, em cada uma das C.P.J.´s, 03(três) equipes fixas, com a composição precitada, em ESCALA EXCLUSIVAMENTE NOTURNA de 09(nove) horas trabalhadaspor 63 (sessenta e três) horas de descanso – início às 22 horas e término às 07 horas da manhã do dia seguinte.Então, como podem desrespeitar uma Portaria, que é uma Lei na Administração da Polícia Civil,no DECAP
OBS….- NO DOCUMENTO ANEXO ESTÃO TODOS OS ESCRIVÃES DA CPJ(14ºDP) NOTURNO, QUE IRÃO TRABALHAR DE DIA POR CAUSA DAS FERIAS DO “ESCRIVÃO AD DOC” M… C…R…, QUE  NÃO É FUNCIONÁRIO DA POLÍCIA CIVIL, E SIM EX-FUNCIONÁRIO.
AGUARDO SOLUÇÃO
Dr. Indignado

PM defende o PCC : não há influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos ataques ao transporte coletivo. “Por isso, precisamos agora do apoio da sociedade.” 26

Contra ataque, ônibus terão escolta policial

  • 28 de junho de 2012 – O ESTADO

PEDRO DA ROCHA WILLIAM CARDOSO

Depois de anunciar que usaria soldados à paisana nos ônibus para conter incêndios, a Polícia Militar decidiu agora escoltar os coletivos, a distância, com veículos descaracterizados. O governo estadual teme o desgaste provocado pelos ataques.

O transporte público ficou paralisado em parte da zona sul na noite de quarta-feira porque a empresa Via Sul decidiu recolher veículos de sete linhas. Já foram incendiados 11 veículos desde a última semana – o último, anteontem em Ferraz de Vasconcelos, foi queimado após ser assaltado por cerca de 20 adolescentes.

A violência continuou na madrugada, quando uma base da 4.ª Companhia do 27.º BPM, no Grajaú, zona sul da capital, foi alvo de tiros. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto fizeram os disparos. Nenhum policial ficou ferido.

Subcomandante da PM, o coronel Hudson Camilli confirmou ontem que além das viaturas descaracterizadas, policiais à paisana deverão acompanhar ônibus “em áreas onde há venda de drogas”. Ele também admitiu pela primeira vez que há problemas. “Existe uma crise instalada e nós estamos preparados para atuar no combate”, afirmou.

Segundo o subcomandante, foi instalado um gabinete de gerenciamento de crise por causa dos ônibus queimados e dos policiais mortos nas últimas semanas. Em junho, nove policiais militares foram assassinados no Estado – são 40 desde janeiro.

Substituto Camilli substituiu o comandante-geral, Roberval França, na cerimônia de assinatura de projeto de lei que regulamenta a participação de policiais na Operação Delegada – parceria entre governo e prefeituras, iniciado na capital, para uso de policiais fora do horário normal. Roberval França não compareceu porque passou por exames médicos, de acordo com o substituto.

Embora tenha reconhecido a crise, Camilli disse que os toques de recolher são apenas boatos e os ônibus incendiados são uma forma de reação de criminosos ao combate ao tráfico. Segundo a polícia, não há influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos ataques ao transporte coletivo. “Por isso, precisamos agora do apoio da sociedade.”

A PM voltou a afirmar que recebeu ontem em São Paulo 50 telefonemas dizendo que havia toque de recolher. Nenhum teria ocorrido. “As pessoas que se sentem incomodadas com um boato podem, eventualmente, fechar um comércio ou reagir à situação que, de fato, não existe.”

Boatos Já o secretário adjunto de Segurança Pública, Jair Manzano, negou que exista uma crise e disse que há apenas “distúrbios urbanos”. “Às vezes, acontece alguma coisa que causa mais apreensão, mas a população poder ver a polícia na rua”, disse.

O secretário Antonio Ferreira Pinto não compareceu – ele anteontem estava na Argentina assistindo ao jogo do Corinthians com o Boca Juniors pela Copa Libertadores da América. Ferreira havia tirado licença de dois dias.

O governador Geraldo Alckmin não concedeu entrevista ontem, mas disse, durante assinatura do projeto de lei, que em 24 horas não foram registrados homicídios no Estado, o que seria um indicativo de que o trabalho da polícia tem surtido efeito. Desde sexta-feira, as Polícias Civil e Militar estão em alerta.

Secretário de Segurança ausentou-se do país sem prévia autorização; a publicação da licença de dois dias pode ter sido providenciada para disfarçar a imorallidade…Ato autorizador posterior à viagem revela – no mínimo – FALTA DE TRANSPARÊNCIA 18

Da Argentina, secretário diz que SP está sob controle

28 de junho de 2012 | 3h 05
MARCELO GODOY – O Estado de S.Paulo

O dia começou ontem com a notícia de 6 ônibus queimados em 24h, temor de novos ataques e uma notícia: o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, estaria na Argentina para assistir ao primeiro jogo da final da Libertadores, entre Boca Juniors e Corinthians, seu time do coração, cujo brasão tem tatuado no peito. De dia, ninguém no governo confirmava a informação. Até que às 20h30 ele ligou para o Estado.

Alô, secretário?

Sim. Estou ligando porque todo mundo está telefonando, querendo saber onde eu estou. Até o Estadão. Estou na Argentina. Estou há seis anos no governo. Passei todos esses seis anos sem tirar férias ou folga. Pela primeira vez, tirei licença de dois dias. Licença oficial, que deve ser publicada amanhã (hoje) no Diário Oficial. Estou por telefone em contato com os comandos das duas polícias.

Mas e a situação em São Paulo, secretário?

Está sob controle. Se houvesse qualquer risco real à segurança, nas ruas ou nos presídios, eu teria cancelado a viagem. O que existe é uma onda de boatos e casos isolados que estão sendo investigados pela polícia e os autores desses crimes, presos. Estou a três horas de avião de São Paulo. Em caso de emergência, posso pegar um avião e voltar rapidamente.

Mas, secretário, as pessoas estão preocupadas.

Todos estamos. Mas eu repito: mesmo de folga, estou em contato com todos, por meio do telefone, de e-mail. Acompanho a situação. Mas há pessoas que têm o interesse em desestabilizar a segurança e exploram essa informação. Fiz tudo dentro da legalidade. Pedi autorização e licença.

ME ENGANA QUE EU GOSTO!

O decreto, no mínimo, deveria ter sido concretizado no dia 26 de junho e  publicado no dia 27 , antes do embarque.

Contudo foi publicado na madrugada do dia 28, de forma a se  poder pensar que o Secretário fez uma viagem furtiva sem o licenciamento.

A pretensa irregularidade de  conduta ganhou a imprensa; assim o Governador entendeu dever coonestar “a bronca” , dando aparência de legalidade ao inusitado, inoportuno, inconveniente e imoral afastamento do Secretário com o fim de torcer pelo Timão…

Na terra de Gardel!

De fato, tá tudo sob controle…

DO CRIME!

Enfim , pode até ser LEGAL…

Mas foi imoral prá lá do Pinto.

Fatos que a imprensa não divulga: Ministério Público reintegra Promotor que foi demitido depois de perseguido por 22 anos 5

DESPACHO DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, de 21-05-2012

Protocolado 68305/2011

Interessado: Procuradoria-Geral de Justiça

Assunto: Situação funcional de Luiz Aguinaldo de Mattos Vaz, 10º Promotor de Justiça de Falências

DECISÃO: Declaro sem efeito o ato de demissão de LUIZ AGUINALDO DE MATTOS VAZ, restabelecendo-se sua condição jurídico-funcional tal como existente no momento imediatamente anterior à publicação do ato de demissão Providencie-se o encaminhamento destes autos à Subprocuradoria-Geral de Justiça de Gestão e à Diretoria-Geral do Ministério Público para as providências necessárias

Publique-se

Justiça

Após 22 anos, Ministério Público expulsa promotor

Folha de São Paulo
O Ministério Público de São Paulo expulsou de seus quadros na sexta-feira um promotor acusado de corrupção, após batalha jurídica que durou mais de 22 anos.

Durante o período do processo –o mais antigo contra um membro da instituição– o réu recebeu salários sem trabalhar. Segundo a legislação, nesse tipo de caso o corte nos vencimentos só pode ocorrer após o fim das ações em última instância.

O histórico da causa é um exemplo de como o arsenal de apelações previstas nas leis do país pode retardar o desfecho de ações e permite a apresentação de até dez recursos a um mesmo tribunal.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo (chefe do Ministério Público), Fernando Grella, diz que o caso “é emblemático” e mostra a urgência de mudanças.

As ações do caso começaram em 1989, quando a Procuradoria acusou o promotor Luiz Aguinaldo de Mattos Vaz de corrupção passiva.

Segundo a denúncia, Vaz aproveitou-se do cargo de curador de Massas Falidas (que fiscaliza falências), entre 1983 e 1984, para participar de várias fraudes.

Uma das decisões atesta que ele desviou bens “com o fim de obter proveito ilícito”, com substituição fraudulenta de bens penhorados e arrematados por outros.

O Ministério Público também deu início a ação civil pública para destituir Vaz do cargo de promotor em 1991. Ele foi afastado, mas continuou recebendo.

Considerado o atual salário inicial dos promotores, de cerca de R$ 18 mil, é possível estimar que, desde seu afastamento, Vaz já tenha recebido mais de R$ 4,7 milhões.

Em 1996, o TJ o condenou a um ano e seis meses de prisão. Mas a punição não poderia ser executada, pois os delitos já estavam prescritos.

O julgamento serviu de base para que, na ação civil, o TJ exonerasse Vaz em 2000.

O réu então recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). A apelação entrou na corte em 2002 e só foi concluída no tribunal em 2010. No período, o promotor apresentou dez recursos ao STJ.

Sua última derrota foi em 2010. O recurso foi para o STF (Supremo Tribunal Federal).

Em março de 2011, o ministro Ricardo Lewandowski declarou que a apelação não atendia aos requisitos jurídicos para ser apreciada pelo STF. Essa decisão tornou-se irrecorrível no dia 25 de abril.

Após consultas aos tribunais superiores, o Ministério Público concluiu que o processo chegou ao fim. Na sexta-feira, o procurador-geral assinou a demissão de Vaz, que foi publicada no “Diário Oficial” de São Paulo.

Outro lado

Vaz disse que não se manifestaria sobre as acusações e a demissão enquanto a causa estivesse em curso.

Ele afirmou que, segundo a sua defesa, “realmente existe uma decisão do STF, mas ela não transitou em julgado [não encerrou o processo]”. Até a sexta-feira, Vaz ainda não havia sido comunicado sobre a demissão.

Abaixo parecer do sub-procurador da República:

http://jus.com.br/revista/texto/16909/incidencia-das-regras-da-prescricao-penal-ao-processo-administrativo-disciplinar