O instante decisivo
A Folha localizou o fotógrafo do cadáver de Herzog
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LUCAS FERRAZ
ilustração RAFAEL CAMPOS ROCHA
RESUMO A foto de Vladimir Herzog morto nas dependências do DOI-Codi em outubro de 1975 tornou-se um símbolo da repressão promovida pela ditadura (1964-85). A tentativa falhada de simular o suicídio do jornalista enfraqueceu a linha dura. Pela primeira vez, o fotógrafo Silvaldo Leung Vieira fala à imprensa.
HENRI CARTIER-BRESSON, fundador da mítica agência Magnum e mestre francês da fotografia, definiu num célebre ensaio de 1952 a arte do fotógrafo como a capacidade de captar um instante decisivo, para o qual deve estar alerta.
“Enquanto trabalhamos, precisamos ter certeza de que não deixamos nenhum buraco, de que exprimimos tudo; depois será tarde demais, e não haverá como retomar o acontecimento às avessas”, escreveu ele.
O instante decisivo na vida do fotógrafo santista Silvaldo Leung Vieira foi também um instante decisivo para a vida política brasileira. Aluno do curso de fotografia da Polícia Civil de São Paulo, Silvaldo fez em 25 de outubro de 1975, aos 22 anos, a mais importante imagem da história do Brasil naquela década: a foto do corpo do jornalista Vladimir Herzog, pendurado por uma corda no pescoço, numa cela de um dos principais órgãos da repressão, o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna).
Publicada na imprensa, a imagem corroborou a tese de que o “suicídio” de Herzog era uma farsa. No mesmo local, três meses depois, o mesmo fotógrafo testemunharia a morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho. Assassinado sob tortura, ele também foi apresentado pelo regime como “suicida”.
Historiadores são unânimes: ambas as mortes foram decisivas para mudar os rumos da ditadura.
A Folha localizou Silvaldo em Los Angeles, onde vive desde agosto de 1979, quando saiu de férias do cargo de fotógrafo do Instituto de Criminalística para nunca mais voltar. Pela primeira vez, ele contou detalhes sobre sua atuação na polícia técnica de São Paulo. “Ainda carrego um triste sentimento de ter sido usado para montar essas mentiras”, afirmou, por telefone.
Sentindo-se ameaçado e perseguido pelo regime a que serviu, ele afirma não ter tido alternativa a não ser abandonar o emprego no serviço público e também o país.
CONCURSO O “Diário Oficial” do Estado de São Paulo de 6 de junho de 1975 informou, na página 59, o nome dos 24 aprovados no concurso de fotógrafo da Polícia Civil. Silvaldo era o de número 17. As aulas preparatórias, na Academia de Polícia, no campus da USP, começaram no dia 8 de outubro. Deixou a casa da mãe, em Santos, e juntou-se aos estudantes “forasteiros” no alojamento da escola, na Cidade Universitária.
Nascido em 1953, de pai chinês e mãe paulista, Silvaldo se envolveu com fotografia ainda criança, por influência da família. Foi fotógrafo da prefeitura e atuou no jornal “Cidade de Santos”. Em 1974, vislumbrou na fotografia científica a oportunidade de “desvendar crimes” e “produzir provas técnicas”, além de se aprimorar usando novos equipamentos.
Dezessete dias depois de iniciar o curso, Silvaldo foi convocado para sua primeira “aula prática” no último fim de semana do mês. “Disseram apenas que era um trabalho sigiloso e que eu não deveria contar para ninguém. A requisição veio do Dops”, afirma.
O Departamento de Ordem Política e Social, o principal centro de repressão da Polícia Civil, estava sob a influência do delegado Sérgio Paranhos Fleury, que tinha livre trânsito na linha dura das Forças Armadas.
Um motorista levou Silvaldo até um complexo na rua Tutoia, em São Paulo, cidade que até hoje ele diz não conhecer bem.
SUICÍDIOS No Brasil de 1975, os “suicídios” nos porões da repressão eram quase uma rotina. Um deles foi o do tenente reformado da PM paulista e militante do PCB José Ferreira de Almeida, o Piracaia, que morreu após ser detido no DOI-Codi, em agosto. Segundo o relato oficial, Piracaia se enforcou amarrando o cinto do macacão à grade da cela.
Os “suicídios” eram fonte de discussão no governo Geisel (1974-79) e de atritos entre militares e o governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins. Em 1975, segundo “Direito à Memória e à Verdade” (2007), livro editado pela Presidência da República, 14 militantes foram mortos por agentes do Estado.
A ditadura completava mais de uma década tendo aniquilado quase a totalidade da esquerda armada nas grandes cidades e engrossava a caçada aos militantes do Partido Comunista Brasileiro. Mais de 200 pessoas foram presas.
Entre os detidos na ofensiva contra o PCB estava Vladimir Herzog. Aos 38 anos, casado e pai de dois filhos, Vlado, como era conhecido, era diretor de jornalismo da TV Cultura. Profissional com experiência internacional e apaixonado por teatro, ele militava no partido, mas, segundo amigos, não exercia atividades clandestinas, nem poderia ser apontado como um quadro fixo do partido, que àquela altura já considerava a luta armada um grande erro.
Na sexta, 24 de outubro, Vlado foi procurado por agentes da repressão em casa e no trabalho. Decidiu se apresentar espontaneamente no DOI-Codi na manhã seguinte. Nas sete horas em que esteve detido na rua Tutoia, no Paraíso, onde ficava o centro do Exército, o jornalista prestou depoimento e passou por acareações. Segundo testemunhas, morreu após ser barbaramente torturado.
Quando Silvaldo chegou ao DOI-Codi para fotografar o cadáver de Herzog, a cena do “suicídio” estava montada. Numa cela, o corpo pendia de uma tira de pano atada a uma grade da janela. As pernas estavam arqueadas e os pés, no chão. Completavam o cenário papel picado (um depoimento que fora forçado a assinar) e uma carteira escolar.
Na mesma cela morrera Piracaia, segundo o livro “Dos Filhos deste Solo” (Boitempo), de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio.
VIBRAÇÃO Silvaldo chegou ali com uma Yashica 6×6 TLR, câmera tipo caixão, biobjetiva, com visor na parte de cima, semelhante a uma Rolleiflex.
“Eu estava muito nervoso, toda a situação foi tensa. Antes de chegar na sala onde estava o corpo, passei por vários corredores”, conta ele.
“Havia uma vibração muito forte, nunca senti nada igual. Mas não me deixaram circular livremente pela sala, como todo fotógrafo faz quando vai documentar uma morte. Não tive liberdade. Fiz aquela foto praticamente da porta. Não fiquei com nada, câmera, negativo ou qualquer registro. Só dias depois fui entender o que tinha acontecido.”
Ele diz ter começado a montar o quebra-cabeça no domingo, quando o jornalista foi velado, ao descobrir que tinha fotografado o corpo de Vladimir Herzog. Depois, viu a foto no “Jornal do Brasil”, o primeiro veículo da imprensa a publicar a imagem, ainda em 1975. No início dos anos 80, a revista “Veja” a publicaria creditando o autor: “Silvaldo Leung Vieira, Depto. de Polícia Técnica, Secretaria de Segurança Pública, São Paulo, 1975”.
“Tudo foi manipulado, e infelizmente eu acabei fazendo parte dessa manipulação”, lamenta-se. “Depois me dei conta que havia me metido em uma roubada. Isso aconteceu, acho, porque eles precisavam simular transparência.”
NOTA OFICIAL Já antes da divulgação da foto, a versão do suicídio, dada pelos militares em nota oficial, foi recebida com suspicácia. “Cerca das 16h, ao ser procurado na sala onde fora deixado, desacompanhado, foi encontrado morto, enforcado, tendo para tanto utilizado uma tira de pano. O papel, contendo suas declarações, foi achado rasgado, em pedaços, os quais, entretanto, puderam ser recompostos para os devidos fins legais”, dizia o texto do 2o Exército.
A nota não batia com o relato da mulher do jornalista, Clarice, que foi avisada por Vladimir de que se apresentaria espontaneamente para depor. Amigos dele, como os jornalistas Rodolfo Konder e Paulo Markun, presos no DOI-Codi no mesmo dia, afirmaram que era possível ouvir gritos e gemidos de Herzog enquanto era torturado.
O Exército afirmou que a tira de pano amarrada no pescoço de Vladimir Herzog, visto pela repressão como um agente da KGB, o serviço secreto da União Soviética, seria a cinta do macacão que usava. Mas os macacões do DOI-Codi não tinham cinta.
Embora o laudo do Instituto Médico Legal afirmasse que a causa mortis foi “asfixia mecânica por enforcamento”, Herzog não foi sepultado na ala dos suicidas do cemitério israelita do Butantã, conforme a tradição judaica. A decisão do rabino Henry Sobel foi considerada um desafio ao regime militar.
A foto de Silvaldo mostrava que Vlado “se enforcou” atando o nó na primeira barra da janela, a 1,63 metro de altura. A imagem divulgada à época, contudo, fora cortada: descobriu-se depois, nos arquivos do SNI (Serviço Nacional de Informações), uma versão sem corte, segundo o jornalista Elio Gaspari. Essa imagem mostra a barra superior da janela, que Herzog poderia ter usado se quisesse de fato se enforcar, subindo na carteira escolar e se projetando em vão livre.
SÉ Na semana seguinte à morte do jornalista, São Paulo continuava convulsionada. Além da agitação estudantil na USP (Universidade de São Paulo) que prenunciava as manifestações de 1977, a missa de sétimo dia de Vlado, na catedral da Sé, transformou-se num ato ecumênico de repúdio à ditadura.
Silvaldo conta que “uns dez colegas” seus da Academia de Polícia foram escalados para fotografar alguns dos presentes na Sé. Eles deviam atuar “como fotógrafos de jornal”, para identificar supostos subversivos.
Edson Wailemann, 57, formou-se na turma de Silvaldo. Ele ainda se lembra do colega, apesar de não conhecer a história da foto de Herzog. É fotógrafo policial há 37 anos, atuando exclusivamente em casos de homicídio. “Naqueles anos, a polícia técnica sempre atendia a esses chamados, inclusive para os trabalhos dentro das dependências do Exército”, confirmou à Folha. “Era comum”.
Um ex-agente do antigo SNI que atuava nessa época em São Paulo disse à Folha, sob condição de anonimato, que a história do fotógrafo não é verossímil.
Segundo ele, o DOI-Codi, sob comando do militar Audir Santos Maciel, era um dos lugares mais herméticos do aparato de repressão. Antes de Maciel, o DOI-Codi fora chefiado por Carlos Alberto Brilhante Ustra. Parentes de desaparecidos que estiveram presos lá tentam responsabilizá-los judicialmente, até agora sem sucesso. Ustra e Maciel negam participação em torturas e assassinatos.
A colaboração dos profissionais do Instituto de Criminalística com a repressão, principalmente fotógrafos e peritos, era tão comum que, na virada dos anos 70 para os 80, foi criada uma equipe especial para atender exclusivamente os crimes ou casos políticos. Até ela ser formada, no entanto, vários profissionais foram requisitados.
A conexão da Polícia Civil (Dops) com o Exército (DOI-Codi), mais do que notória, era feita por intermédio de Fleury, entre outros.
“Havia um comando paralelo no Exército, e é bem provável que houvesse também um comando anarquista na Secretaria de Segurança Pública”, disse à Folha o ex-governador (1975-79) Paulo Egydio Martins, 84. “Esse era um problema absolutamente crítico, que infelizmente saiu do controle.”
AULA PRÁTICA Oitenta e quatro dias depois de fotografar o cadáver de Herzog, Silvaldo foi convocado para outra “aula prática” no DOI-Codi. Era janeiro de 1976, e ele ouviu as mesmas recomendações de que não falasse nada sobre o trabalho. Novamente, a ordem partira do Dops.
O objetivo era forjar outra farsa: a morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho, também “enforcado” nas dependências do Exército. Nas contas que Elio Gaspari faz em seu livro “A Ditadura Encurralada” (Companhia das Letras), Fiel Filho “fora o 39º suicida do regime, o 19º a se enforcar. Como Cláudio Manuel da Costa, com as meias, sem vão livre”. (O poeta e inconfidente mineiro Cláudio Manuel da Costa foi o patrono dos “suicidas” nas prisões brasileiras. Morreu enforcado com uma meia comprida, em 1789.)
Segundo testemunhas Fiel Filho fora detido pelos agentes do DOI-Codi de sandálias e sem meias. “Fiz fotos do local onde o corpo foi encontrado, mas não me deixaram ver o cadáver. Antes de fotografá-lo, recebi uma ordem de que deveria deixar o local”, afirma Silvaldo.
Assim como ocorreu na morte de Vlado, o 2º Exército, responsável pelo Estado de São Paulo, divulgou nota atestando o “suicídio”. Mas não houve publicidade da imagem do morto no DOI-Codi.
“Eu sabia que eles tinham feito merda, mas nessa segunda vez eu estava mais relaxado, fiz até um comentário: ‘Aqui acontecem coisas estranhas'”, lembra Silvaldo. “Um oficial do Exército que me acompanhava, que parecia ser muito jovem, me ameaçou: ‘É melhor ficar calado e não comentar nada. Se você não calar, a gente te cala’.”
Não se sabe se o cadáver do metalúrgico foi fotografado dentro do DOI-Codi. “O que se conhece é uma imagem do corpo dele nu, no necrotério”, conta o jornalista e cineasta Jorge Oliveira, que a expôs no documentário que produziu, “Perdão, Mr. Fiel”, em que narra, como diz o subtítulo do filme, a história do “operário que derrubou a ditadura no Brasil”.
Separados por poucos meses, os assassinatos de Herzog e Fiel Filho expuseram o descontrole e a anarquia dos porões. A linha dura, que não aceitava a distensão “lenta e gradual” que o presidente Ernesto Geisel pretendia levar a cabo, resistia, com o argumento de que o Brasil ainda estava ameaçado pelo comunismo.
A queda de braço da linha dura com Geisel e seu ministro Golbery do Couto e Silva (1911-87), que levou à queda do general Ednardo D’Avila Mello, chefe da Força em São Paulo, em 1976, e do ministro do Exército, Sylvio Frota, em 1977, é narrada em detalhes por Elio Gaspari em “A Ditadura Encurralada”.
“Tenho para mim que esses acontecimentos foram a raiz das Diretas-Já”, avalia o ex-governador Paulo Egydio Martins.
TAREFAS Em abril de 1979, quando o país discutia a Lei da Anistia, Silvaldo recusou-se a participar de uma tarefa -da qual ele diz não se lembrar. Desde julho de 1976, já estava efetivado como fotógrafo da Polícia Civil de São Paulo, segundo seu registro funcional da Secretaria de Segurança Pública.
No documento, vê-se que passou pela delegacia de Santos, a de acidentes de trânsito e, por fim, a Darc, Delegacia de Arquivos e Registros Criminais, onde era responsável por registrar os presos condenados antes que fossem transferidos para os presídios.
“Mas o trabalho ia sempre além”, conta, “e muitas vezes tinha que fotografar também presos políticos, alguns que acabavam de sair das sessões de tortura. Eu não aguentava aquilo, reclamava que minha atribuição não me permitia fazer esse serviço. E quanto mais eu questionava, mais a situação ficava delicada.”
Silvaldo diz que os superiores passaram a fritá-lo por sua atitude questionadora: não podia tirar férias e chegou a ser suspenso.
Segundo registro da Polícia Civil ao qual a Folha teve acesso, Silvaldo foi afastado por três dias, nos termos da lei estadual no 207, de 1979, por “descumprimento dos deveres e transgressão disciplinar”. Em agosto, finalmente tirou férias e deixou o Brasil.
EUA Em Los Angeles, onde está radicado desde então, Silvaldo conta ter feito um pouco de tudo: como imigrante ilegal, ganhou dinheiro jogando xadrez e até como aprendiz de ourives, emprego que conseguiu graças a um empresário grego radicado nos EUA que era casado com uma conhecida dele de Santos.
De lá, acompanhou o apagar das luzes da ditadura e viu a União ser condenada pela morte de Manoel Fiel Filho, em 1995 -no caso Herzog, a primeira condenação da União ocorreu ainda em 1978. (Ainda assim, setores das Forças Armadas frequentemente divulgam informações dando conta que Herzog e Fiel Filho se mataram, omitindo os assassinatos. Em 1993, um relatório da Marinha dizia que Vlado se suicidou no DOI-Codi.)
Em 1986, foi favorecido pela Lei da Anistia da Imigração Americana, promovida pelo governo de Ronald Reagan (1981-89); dois anos depois, ganhou o visto de residência temporária; em 1989, veio o selo de residente permanente. Hoje trabalha no Good Shepperd Center, instituição beneficente voltada para mulheres e crianças sem-teto.
O abandono do cargo público ainda lhe traz problemas. No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), convidado a trabalhar no setor cultural do Consulado em Los Angeles, não pôde assumir o posto: a infração administrativa até hoje o impede de voltar ao serviço público.
Silvaldo protocolou pedido em 2008 na Comissão da Anistia do governo federal para tentar receber indenização pelo tempo de serviço como fotógrafo da Polícia Civil. Alega ter abandonado o cargo por causa da perseguição política.
“Infelizmente eu estava no meio do caldeirão, sempre foi muito difícil para mim entender todo esse processo”, conta. “O único conforto é pensar que a foto que fiz do Herzog ajudou a desmontar toda a farsa”. Separado e sem filhos, ele planeja voltar para o Brasil para ficar ao lado da mãe octogenária.
Ele não pretende voltar apenas para casa, mas também para a fotografia. Admirador dos fotógrafos Sebastião Salgado e Gale Tattersall (britânico que se especializou em fotos para o cinema), Silvaldo programa uma viagem ao Alasca com um grupo de Los Angeles, para registrar paisagens, em uma espécie de workshop.
“Preciso me atualizar, comecei na fotografia na era do preto e branco. Mudou muito.”
Pela primeira vez, Silvaldo contou detalhes de sua atuação na polícia de São Paulo. “Ainda carrego um triste sentimento de ter sido usado para montar essas mentiras”, disse
O Exército afirmou que a tira de pano amarrada no pescoço de Herzog seria a cinta do macacão que usava. Mas os macacões do DOI-Codi não tinham cinta
Silvaldo diz que os superiores passaram a fritá-lo por sua atitude questionadora: não podia tirar férias e chegou a ser suspenso. Em agosto de 1979, tirou férias e deixou o Brasil.


NADA MAIS FASCINANTE E PERIGOSO DO QUÊ SER TESTEMUNHA DA HISTÓRIA, AFINAL DE CONTAS SE ESTE HOMEM AINDA AQUI ESTIVESSE, TERIA QUE TER ESCAPADO DA FÚRIA INSANA DOS ALGOZES DA ÉPOCA E DEPOIS DA VINGANÇA DOS PARCEIROS DAS “VÍTIMAS” ( SALVO LEDO ENGANO, NADA SE PROVOU COM RELAÇÃO A PARTICIPAÇÃO DE WLADIMIR HERZOG NA “SUBVERSÃO”, POREM SEUS COLEGAS DE PROFISSÃO, CELA, PARENTES, FAMILIARES, ESTES SIM, COM TODA A DOR E PESAR QUE ESTE ATO INSANO LHES TROUXE DEIXARAM DE CULPAR ATÉ QUEM NEM ESTAVA VIVO NESSA ÉPOCA SOMBRIA E TURBULENTA) DA DITADURA MILITAR QUE FEZ A FORTUNA DE UNS POUCOS E AUMENTOU A MISÉRIA DE QUASE TODO O RESTO, FORA OS APROVEITADORES DE SEMPRE. ESSE EPISÓDIO, VAGAMENTE, LEMBRA COM A SITUAÇÃO ATUAL, ONDE UM PEQUENO GRUPO, PAR AGRADAR AOS PODEROSOS, SE PRESTA A QUALQUER COISA PARA MANTER SEUS PREVILEGIOS E SUA SUPOSTA PREDILEÇÃO EM RELAÇÃO AOS QUE SOMENTE QUEREM SEUS DIREITOS E NÃO BOMBAS DE GÁS, TIROS DE BORRACHA, CAVALARIA, CHOQUE E AMAEÇAS AFINS (NÃO ESTOU FALANDO DO TAL DE “PINHEIRINHO”). BALA NELES!!!!!!!!!
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Ta e dai? achar o fotografo que foi manipulado pelos canalhas golpistas… descrever a camera… Grande bosta Folha! Pq a Folha não faz uma reporrtagem “investigativa” pra achar QUEM MANDOU MATAR O VLADO?? VAI PRO QUINTO DOS INFERNO FOLHA INUTIL!!!
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A epoca tinha um dizer bem claro, ” Brasil, ame-o ou deixe- o “, agora filhao nao reclama e fica por ai mesmo…..
A lei era dura e funcionava, era clara tambem, cagou fora do penico….vai pagar caro !
Alguns idiotas arriscaram e pagaram o preco, se vc nao aguenta o tranco de trabalhar em orgao de seguranca, que mantem a lei e a ordem a qualquer custo, vai embora, mas depois nao reclama.
Vagabundo, comunista e afins nunca tiveram regra para conseguir o que querem, e a lei tem que ser branda? Por estas e por outras e que estamos nesta merda….
Vlado……foda-se antes de mais nada !
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Tá tentando pegar a mamata da indenização. Fotógrafo policial perseguido político? Ficava mal ao tirar foto de mortos? Conta outra né? E fotógrafo do DHPP tira foto do que?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Pronto, mais uma vitima moral, psicologica e fake da ditadura atras de uma notinha, nao se deu bem na gringa e agora viu uma brecha de ganhar algum !
Vagabundo, deveria ter ido junto com esse merda desse tal vlado depois da foto em um “acidente” de transito.
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Patriota : rsrsrs!!! lei dura? Lei sem processo legislativo? Ato instutucional ?Lei que foi imposta num golpe? Que ofendeu a Constituiçao? Filhos da puta milicos que assumiram o poder sem eleição? milicos que inventaram historinha de comunismo pra lamber o saco dos EUA? Ah nem vou perder meu tempo com energumeno. Cada um que vc atrai hem dr Guerra?
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OBA, DEPOIS QUE EU ME APOSENTAR VOU CORRER ATRAZ DE UMA GRANA DE INDENIZAÇÃO
A MARINHA MANDOU EU PEDIR PRA SAIR.QUERO VER ALGUEM PROVAR O CONTRARIO
SE UM MONTE DE LIXO TEM DIREITO PORQUE EU NÃO
TAMBEM SOU FILHO DE DEUS
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A POLÍCIA CIVIL SEMPRE FOI USADA PARA COBRIR AS CAGADAS MILITARES E CONTINUA SENDO POR ISSO ESTAMOS NESSA MERDA. OS INIMIGOS DE ONTEM SÃO OS DONOS DO PODER DE HOJE. O DIA QUE O POLICIAL CIVIL TIVER CONSCIÊNCIA QUE ELE É UM AGENTE DEFENSOR DOS DIREITOS E DEVERES DA CONSTITUIÇÃO QUEM SABE PASSE A SER RESPEITADO.
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Quem ofende a Constituição ainda hoje?
Talvez por muita ignorância, tenho para mim um pensamento: tantos anônimos morreram (acho que os verdadeiros idealistas que não traíram “companheiros”) que acho que somente ficou vivo – com raríssimas exceções – quem deu algo em troca da vida… Talvez a vida alheia, a confiança alheia…
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Dr. GUERRA…
É de se lamentar alguns dos comentários grotescos acima, muitos dos quais, devem ter sido escritos por aqueles que ainda, sequer, nem eram nascidos, ou ainda mixavam nas fraldas nos tempos da Ditadura Militar…
Nenhum regime DITATORIAL é bom para qualquer nação, NÃO é bom para o povo, não faz bem às liberdades demoncráticas…. basta ver: Cuba, Irã, Síria entre outros….
É de se lamentar àqueles que criticam e tecem comentários, inverdades, e fazem apologia aos “tempos da ditadura militar”, como se a “PULIÇA” tivesse algum “poder” ou “phoder” naquela época….
É de se lamentar que, NAQUELA ÉPOCA, ou melhor, desde aquela época, a “nossa POLÍCIA CIVIL” já era objeto de – manobra – e se vendia aos interesses dos comandantes da Ditadura Militar….
A “Polícia Civil” prestou um péssimo serviço em favor da Ditadura Militar naquela época, foi subserviente, foi capacho, foi mecanismo de – manobra política – do governo ditatorial militar….
É de se lamentar, e vejo que assim,
Como naquela época, até hoje,… pouca coisa mudou para a Polícia…
a nossa Polícia Civil parace que nunca se aterá a ser verdadeiramente Polícia Judiciária…
Continua sendo – vendida – massa de manobra, de interesses agora dos governantes, quer seja esse governo PSDBosta….
Como naquela época ditatorial…., e na época atual, nossos “dirigentes” continuam “lambendo as botas” de alguns militares….e no nosso governador feudal…
Quanto aos “moleques” que aqui escrevem, e muitos dos quais nem eram nascidos, ou estavam nas fraldas e cueros… não conhecem o que foram aqueles “Anos de Chumbo…”.
É fácil criticar ao autor da fotografia famigerada, com a imagem manipulada do jornalista morto nos porões da ditadura…
a verdadeira polícia nunca deveria ter se prestado à submissão de governos, quer sejam Ditatorias ou não; ela deve ser polícia, cumprir o devido e legal papel de polícia judiciária… mas não o faz.
É de se lamentar à quem faz “apologia àqueles tempos de ditadura militar….”, desconhece e fantasia com absurdos.
Nenhum regime, totalitário ou ditatorial é saudável para qualquer nação que seja.
Não desejo a nenhum povo…
Quem sabe, se formos pessoas melhores, cidadãos melhores, governos melhores…, esses tempos NÃO voltarão jamais….
Parabéns ao corajoso fotográfo, que saiu enquanto era (naquele tempo), tempo de sair daquela Polícia Civil Servil….
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PARABÉNS ESCRIBA.20
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