JOÃO ALKIMIN: A coerência do Governador do Estado e do Secretário de Segurança Pública 9

Há alguns anos atrás o Delegado Calandra foi indicado para um posto nem tão importante assim na Policia Civil, imediatamente iniciou-se uma grita dizendo que o mesmo não poderia assumir nenhum cargo mesmo que não fosse de tanta relevância, pois teria supostamente pertencido ao DOI- CODI e teria sido torturador.
Haviam provas?
Não.
Existiam apenas informações, poderia ser verdade, poderia ser mentira.
Foi então o mesmo defenestrado imediatamente do cargo e escondido em alguma divisão sem expressão, no dia de sua aposentadoria ao completar 70 anos, o Ilustre senhor foi “convidado” a comparecer ao gabinete do Secretário de Segurança Pública e, para lá se dirigiu o provecto senhor certo de que receberia pelo menos um aperto de mão, um agradecimento por todos os anos de trabalho e dedicação doados a Policia Civil, santa ingenuidade!
Enquanto aguardava na ante-sala uma equipe da Corregedoria da Policia Civil, a nossa querida STASI dirigia-se a seu gabinete para vasculhá-lo e ver se encontrava algum documento esquecido da época da Ditadura Militar.
Talvez ai alguma culpa me caiba, pois foi logo depois que eu denunciei arquivos da Ditadura guardados, ou jogados no DEINTER de Santos, comenta-se que inclusive uma equipe queria ter ido a casa do Delegado, mesmo sem ordem judicial.
O Delegado Conde Guerra repercutiu uma noticia que foi dada pela Rede Globo de Televisão, imediatamente com um processo executado a toque de caixa foi demitido,  levando dor e sofrimento não somente a ele mas também a sua família, pois na melhor das hipóteses tiraram criminosamente seu sustento e, volto a dizer, o Delegado Conde Guerra pode ser destemperado, talvez como eu, mas não é ladrão.
Continuando: Nos anos de chumbo um jovem tenente de sobrenome Chiari prestava serviços no DOPS São Paulo e, certa noite procurou em sua cela o suposto terrorista Bacuri e disse-lhe, apresentando-lhe um jornal “Bacuri você morreu!Olhe a noticia no jornal!”, nessa noite Bacuri foi retirado do DOPS e até hoje seu corpo não foi encontrado.
Passam-se os anos, esse jovem tenente chega a Major, ha uma rebelião na casa de detenção e esse já não tão jovem Major comanda uma unidade que invade o presidio e massacra os presos, é por esse motivo processado.
Como dizia o jovem cantor Cazuza “o tempo não pára!”.
Passa-se mais algum tempo, o Major é promovido a Coronel e assume a assessoria Policial Militar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sendo o homem responsável pela segurança dos prédios, dos juízes e em ultima instância dos Desembargadores que iriam julgá-lo pelos múltiplos homicídios, pois não podemos nos esquecer que o réu principal era o então Deputado Coronel Ubiratan que tinha foro privilegiado por conta de ter sido eleito.
O Deputado Ubiratan foi condenado junto com os co-réus em primeira instância e, absolvido pelo Pleno do Tribunal de Justiça que tinha como seu chefe de Segurança o então coronel Chiari.
Agora, leio que o Secretário de Segurança Pública obviamente com o aval do Governador do Estado, designa para Comandante da ROTA o Coronel Salvador Madia, também envolvido no massacre do Carandiru, que não podemos nos esquecer levou nosso país a barra dos Tribunais Internacionais de Direitos Humanos.
Onde está a coerência?
O Delegado Calandra é execrado, o Delegado Guerra é demitido em um processo administrativo que beira ao ridículo e, um Oficial da PM processado criminalmente por um massacre que ficou em nossa história é brindado com o comando da ROTA, unidade que é conhecida por sua truculência.
O que querem, aonde querem chegar o Governador do Estado e o Secretário de Segurança Pública?
Não fui, nem sou defensor de bandidos, mas essa atitude é uma bofetada na face de todos aqueles que querem que os marginais sejam tratados com dureza, mas dentro dos ditames constitucionais.
As tão propaladas entidades de direitos humanos, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Comissão de Justiça e Paz cabe a palavra.
Relembro aos leitores que no episódio “castelinho” e Carandiru, nenhum Policial Civil foi envolvido.
 Estou absolutamente chocado com a maneira com que se trata a segurança pública nesse estado, parece que estamos chegando ao fundo do poço, a única luz no fim do túnel que vejo seria uma mudança radical.
Está provado e não sou eu que digo,mas a história que mostra que Promotores de Justiça não são talhados para o cargo de Secretário de Segurança.
Vejamos: Pedro Franco de Campos, Promotor de Justiça – massacre da detenção; Saulo de Castro- massacre da castelinho; Ferreira Pinto- massacre praticado pela ROTA em um supermercado em São Paulo.
E mais, a meu juízo existe hoje uma vontade política de destruir o amor próprio dos Policiais Civis e de desmonte da Policia Civil.
Sei de Policiais que ao irem a Corregedoria são alvo de zombaria e achincalhe.
 Bem, essa é uma história que fica para uma próxima vez.
Espero que o Governador tome com o Coronel Madia, sem nenhum juízo de valor de minha parte, a mesma atitude que tomou com o Delegado Calandra, pois do contrário, mais uma vez verei a política de “dois pesos e duas medidas”.
João Alkimin

Um Comentário

  1. 23/11/2011 – 14h00
    SP cortou quase um terço dos gastos com segurança em 2010, diz ONG
    PUBLICIDADE
    MARIANA DESIDÉRIO
    DE SÃO PAULO

    Com um corte de R$ 2,7 bilhões, o Estado de São Paulo diminuiu em 27% seus gastos com segurança pública de 2009 para 2010. Foi o Estado que mais reduziu as despesas com segurança. As informações são da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apresentou os dados de seu relatório anual nesta quarta-feira.

    São Paulo rebate dados de ONG sobre gastos com segurança

    Além dos gastos com segurança pública, foram compiladas informações como taxa de homicídios, ocorrências criminais, efetivos policiais e presos provisórios no país.

    A Secretaria de Segurança Pública do Estado nega que tenha havido queda e diz que os dados da ONG estão errados. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o Estado gastou cerca de R$ 10,8 bilhões em segurança em 2010, e não R$ 7,3 bilhões, como diz a entidade. A ONG afirma que os dados foram repassados pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

    Apesar da queda nos gastos, os dados do Fórum apontam que, no mesmo período, São Paulo teve queda de 5,65% na taxa de crimes violentos letais intencionais –que abrangem homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.

    O segundo Estado que mais reduziu os gastos com segurança, segundo a ONG, foi o Rio Grande do Norte (queda de 8%). Diferente de São Paulo, o Estado teve aumento de 34% nos crimes violentos letais intencionais. Também tiveram queda nos gastos com segurança Amapá (-2,42%), Santa Catarina (-2,05%) e Mato Grosso do Sul (-1,14%).

    AUMENTO

    O Estado que mais aumentou seus gastos com segurança pública, entre 2009 e 2010, foi Sergipe, que elevou as despesas em 48%. O Estado teve aumento de 30,11% nos crimes violentos, segundo a ONG.

    Os gastos do Distrito Federal subiram 32%, e de Tocantins, 25%. A União também teve aumento significativo nas despesas com segurança pública, com 33%, e atingiu R$ 9,7 bilhões de gastos com o setor em 2010.

    O relatório também mostra que, proporcionalmente, Minas Gerais e Alagoas são os Estados que mais gastam com segurança –o setor respondeu por 13,4% dos gastos totais destes Estados em 2010. Distrito Federal, Piauí e São Paulo são os que menos gastam –2,3%, 5,2% e 5,5% dos gastos totais respectivamente.

    DADOS MENOS CONFIÁVEIS

    Alguns Estados têm baixa cobertura de dados sobre violência e por isso suas informações são menos confiáveis. Estão neste grupo Rio Grande do Norte, Amapá, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Roraima –Santa Catarina, por exemplo, apresentou apenas 31,7% dos dados.

    Além disso, a ONG destaca que muitos Estados, mesmo que apresentem as informações, têm dados pouco confiáveis. Por isso, as informações criminais foram separadas em três grupos, segundo a confiabilidade.

    No grupo 1, mais confiável, estão: Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

    No grupo 2, de confiabilidade média, estão Alagoas e Pernambuco. E no grupo 3, menos confiável, estão: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

    As estatísticas do relatório foram obtidas a partir do levantamento e cruzamento de dados coletados em órgãos como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretarias de Segurança dos Estados, SUS (Sistema Único de Saúde), entre outros.

    Gastos com Segurança Pública
    UF 2009 2010 Variação (%)
    Sergipe 475.423.754,64 705.346.013,34 48,36
    Distrito Federal 214.460.778,12 283.451.453,68 32,17
    Tocantins 339.417.325,64 425.457.355,16 25,35
    Rio Grande do Sul 2.194.108.378,75 2.625.354.406,68 19,65
    Pernambuco 1.366.551.692,98 1.594.131.173,86 16,65
    Paraná 1.201.863.636,73 1.399.063.475,49 16,41
    Maranhão 678.851.059,57 784.936.224,92 15,63
    Roraima 126.959.188,15 146.594.720,22 15,47
    Rondônia 566.115.588,61 634.200.262,45 12,03
    Piauí 264.975.406,90 292.002.220,20 10,2
    Amazonas 634.424.611,26 697.917.979,80 10,01
    Espírito Santo 699.767.868,66 768.751.861,48 9,86
    Pará 941.012.735,94 1.031.278.009,78 9,59
    Ceará 887.921.249,87 957.917.628,53 7,88
    Goiás 1.089.427.477,95 1.174.130.154,21 7,77
    Mato Grosso 857.495.404,81 915.993.100,82 6,82
    Rio de Janeiro 3.710.870.803,04 3.914.563.860,11 5,49
    Minas Gerais 5.619.757.915,36 5.910.294.064,20 5,17
    Alagoas 718.569.877,80 744.119.416,11 3,56
    Paraíba 562.554.659,07 576.647.165,11 2,51
    Bahia 1.953.116.459,91 1.962.468.345,87 0,48
    Acre 278.382.734,83 279.385.016,85 0,36
    Mato Grosso do Sul 644.870.906,20 637.523.717,75 -1,14
    Santa Catarina 1.380.671.230,68 1.352.343.569,14 -2,05
    Amapá 250.515.510,01 244.464.872,90 -2,42
    Rio Grande do Norte 566.275.098,61 521.111.782,56 -7,98
    São Paulo 10.117.372.430,07 7.323.458.381,45 -27,62
    União 7.286.639.000,00 9.728.282.480,80 33,51
    Total 45.628.372.784,16 47.631.188.713,47 4,39

    Curtir

  2. Policiais militares do Maranhão invadem Assembleia Legislativa
    Categoria decretou greve por tempo indeterminado na noite desta quarta-feira

    Wilson Lima, iG Maranhão | 23/11/2011 23:25
    Notícia anteriorPPS vai ao Supremo para impedir estatização da Fundação SarneyPróxima notíciaPoliciais militares do Maranhã invadem Assembleia Legislativa

    Texto:
    Cerca de mil policiais militares do Maranhão invadiram na noite desta quarta-feira a Assembleia Legislativa do Estado após a categoria decretar greve por tempo indeterminado.

    A ideia do movimento grevista é pressionar o governo do Estado a considerar um aumento salarial de 30%, entre outros benefícios.

    O clima é tenso e os policiais militares que aderiram ao movimento falam que se houver qualquer tentativa de tirá-los do edifício haverá confronto.

    Prevendo uma possível paralisação da categoria, a governadora Roseane Sarney já solicitou apoio da Força Nacional de Segurança.

    Os policiais que estão no local afirmaram que vão passar a madrugada no edifício e que estudam a possibilidade de invadir o plenário.

    Curtir

  3. Bom Dia!

    Senhoras e Senhores.

    Dentro do fórum de conceitos e de avaliações concernentes a qualquer política, seja ela de médio ou longo prazo no tocante a Segurança Pública e, dentro de minha humilde consciência leiga de leitor e porque não dizer da minúscula praticidade e experiência com relação ao fato, tenho somente a dizer o seguinte:

    “Todos os atos praticados atinentes e inerentes à Segurança Pública numa época em que se manifeste a insatisfação, o descalabro e a falta de respeito à dignidade humana, sem contar com a segurança propriamente dita, digo puro e tão somente que se houveram abusos e exorbitância da coisa publica, estes devem ser apurados em “Forum Específico” e não somente para desencargos de consciência de alguns que insistem em usar a máquina publica para satisfação pessoal”.

    Se de fato existiram ou ainda existem culpados, estes devem prestar contas, inclusive de manifestar e exigir sob “Forum Privilegiado e Transparente” e sua segurança própria e, dizer realmente o dono dos bodes, para que se eliminem e se expurguem se cortando definitivamente estas contendas pela raiz.

    Caso contrário meus queridos, obstinadamente estaremos fadados a presenciar situações de extremas indelicadezas onde com certeza já estamos acostumados e calejados de ver aonde vai dar no final.

    Afinal! O Cachimbo é um só, somente muda o fumo.

    Caronte.

    Curtir

  4. ILMO SR DR
    DELEGADO DE POLICIA TITULAR DO
    32 DISTRITO POLICIAL

    Solicito a Vossa Senhoria os bons préstimos no sentido de instaurar inquérito policial acerca de
    ameaças que venho sofrendo de minha esposa, a qual inclusive disse que irá me matar quando eu estiver dormindo.

    Quero deixar claro que ja estive aqui no plantão de policia por duas vezes e o delegado de plantão
    se negou a registrar os fatos em boletim de ocorrencia. Preciso registar o fato antes que me ocorra o pior,
    informarei ainda a meus familiares o que esta ocorrendo.

    Aproveito a oportunidade para expressar meus votos de estima e consideração a Vossa Senhoria
    e peço providencias urgentes sobre os fatos aqui narrados.

    São Paulo, 24 de novembro de 2011

    PAULO CATELENI DO SACRAMENTO

    Curtir

  5. DELEGADO SE NEGA A FAZER B.O.

    ILMO SR DR
    DELEGADO DE POLICIA TITULAR DO
    32 DISTRITO POLICIAL

    Solicito a Vossa Senhoria os bons préstimos no sentido de instaurar inquérito policial acerca de
    ameaças que venho sofrendo de minha esposa, a qual inclusive disse que irá me matar quando eu estiver dormindo.

    Quero deixar claro que ja estive aqui no plantão de policia por duas vezes e o delegado de plantão
    se negou a registrar os fatos em boletim de ocorrencia. Preciso registar o fato antes que me ocorra o pior,
    informarei ainda a meus familiares o que esta ocorrendo.

    Aproveito a oportunidade para expressar meus votos de estima e consideração a Vossa Senhoria
    e peço providencias urgentes sobre os fatos aqui narrados.

    São Paulo, 24 de novembro de 2011

    PAULO CATELENI DO SACRAMENTO

    Curtir

  6. Crise de identidade de um Policial Civil

    Nessa altura da vida, já não sei mais quem sou.
    Na ficha do médico, apareço como paciente.
    No restaurante, sou fregues.
    Quando alugo uma casa, viro inquilino.
    Na condução, sou passageiro.
    Nos correios, sou remetente.
    No supermercado, sou consumidor.
    Para a receita federal, sou contribuinte.
    Com prazo vencido, sou inadinplente e não se não pago, sou sonegador.
    Para votar, sou eleitor; mas no comício, sou massa.
    Em viagem, sou turista.
    Na rua, caminhndo, sou pedestre se me atropelam, viro acidentado.
    Para os jornais, sou vítima.
    Se compro um livro, viro leitor.
    Se ligo o rádio, sou ouvinte.
    Para o ibope, sou expectador.
    No futebol, eu, que já fui torcedor, virei galera.
    E, quando morrer, ninguém vai se lembrar do meu nome.
    Vão me chamar de finado, extinto, defunto e em certos círculos, até de desencarnado
    Mas o pior é que pro governo sou só mais um imbecíl.

    Curtir

  7. kremensov :Crise de identidade de um Policial Civil
    Nessa altura da vida, já não sei mais quem sou.Na ficha do médico, apareço como paciente.No restaurante, sou fregues.Quando alugo uma casa, viro inquilino.Na condução, sou passageiro.Nos correios, sou remetente.No supermercado, sou consumidor.Para a receita federal, sou contribuinte.Com prazo vencido, sou inadinplente e não se não pago, sou sonegador.Para votar, sou eleitor; mas no comício, sou massa.Em viagem, sou turista.Na rua, caminhndo, sou pedestre se me atropelam, viro acidentado.Para os jornais, sou vítima.Se compro um livro, viro leitor.Se ligo o rádio, sou ouvinte.Para o ibope, sou expectador.No futebol, eu, que já fui torcedor, virei galera.E, quando morrer, ninguém vai se lembrar do meu nome.Vão me chamar de finado, extinto, defunto e em certos círculos, até de desencarnadoMas o pior é que pro governo sou só mais um imbecíl.

    E quando voto sou palhaço.

    Curtir

Os comentários estão desativados.