DESABAFO DE CANDIDATO A POLICIAL CIVIL : Concurso IP/09 e EP/10 79

Caro Doutor, realmente eu não entendo esse processo seletivo da academia. Sou candidato aprovado no concurso EP/10, porém que não obtive a classificação dentro da minha seccional. Esse método empregado pela academia de seccionalizar o concurso é totalmente injusto com o candidato, e prejudicial a Policia Civil. No meu caso, por exemplo, obtive uma nota final muito maior que muitos candidatos aprovados e classificados em outras seccionais, eles entrarão e eu não. O resultado final desse concurso é o seguinte:
Das 484 vagas ofertadas, 399 candidatos foram aprovados, destes mais de 100 também foram aprovados no IP/09 simultaneamente, por volta de 42 candidatos não obtiveram a classificação nas seccionais mais concorridas. Ou seja, destes 399 aprovados irão tomar posse mesmo uns 200 e poucos, cerca de metade das vagas ofertadas. Até o momento a academia não sinaliza que irá remanejar candidatos aprovados a outras inúmeras seccionais que sobraram vagas. Fala-se tanto que a Policia precisa de escrivães, por isso não entendo. Passei um ano e meio estudando para esse concurso, fiz da minha vida nesse período, uma vida de dedicação, tive boas notas, fui aprovado e não poderei tomar posse mesmo com vagas sobrando. Eis aqui meu desabafo. Caso queira publicar minhas opiniões peço que preserve meu nome e meu e-mail, ainda tenho esperanças de poder ser chamado, não quero me prejudicar com eventuais perseguições, preciso entrar na carreira, apostei alto, larguei o emprego para estudar, estou à beira de um desespero. Obrigado e um abraço.

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Rapaz, a  seccionalização de concursos pode ser péssima para a Polícia e para os bons valores, mas é ótima para Deputados  e donos de interesses na  região.  

E a Polícia Civil não precisa de escrivães:  NECESSITA  TOMAR  VERGONHA NA CARA.

ESQUEMA NO CAMELÓDROMO DE CAMPINAS 16

Ex-camelô denuncia que funcionários da Setec são donos de barracas

Promotores vão investigar a acusação envolvendo funcionários da prefeitura 

 

Os promotores do Grupo de Ação e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) vão investigar a denúncia do envolvimento de funcionários da Prefeitura de Campinas em irregularidades no camelódromo. A acusação foi feita nesta quarta-feira (13) por um ex-camelô que acusou funcionários da Setec (Serviços Gerais de Campinas), que deveriam fiscalizar os camelôs, de serem também donos de barracas e alugarem o local para terceiros.

Saiba mais:

O ex-camelô, que preferiu não se identificar, disse ter sofrido pressão durante os três anos que trabalhou no camelódromo para pagar propina e garantir a abertura da barraca. Mas, não aguentou a ação da presidente do sindicato, Maria José Salles, e deixou a atividade.

As denúncias vieram à tona depois que o Ministério Público (MP) questionou a prefeitura e a polícia por não fiscalizarem a venda de produtos piratas no camelódromo. Nesta quarta-feira (13), mais de duzentos camelôs fizeram uma passeata pelas principais ruas da cidade em protesto, depois que fiscais da Setec retiraram sete barracas da área do Terminal Central na terça-feira (12).

Nova denúncia

Segundo o denunciante, a presidente do sindicato trabalhava junto com o funcionário da Setec Valdir Deling, que tem a responsabilidade de vistoriar o local. “A Setec toda a vida quis legalizar o pessoal, só que ela infelizmente ela faz esse meio com o senhor Valdir, na época que ele foi diretor da Setec. São carne e unha, se você colocar ele e a Zezé numa balança vai dar zero, porque os dois pesam igual nas falcatruas”, disse.

Outra denúncia, envolvendo novamente a prefeitura, de acordo com o denunciante, seria que fiscais da Setec – que deveriam zelar pelo uso correto do espaço público-, tem barracas dentro do camelódromo. “Tem funcionários da própria Setec que tem bancas ali. Tem fiscal da Setec que tem banca lá. Trabalha como fiscal na prefeitura, só que a banca dele está alugada e dinheiro rola né”, afirma o ex-camelô.

Esse é o segundo depoimento sobre irregularidades no camelódromo. Outra pessoa, que também preferiu não se identificar, informou sobre o pagamento de propina para poder atuar no mercado informal e que também denunciou a presidente do sindicato, o funcionário da Setec e incluiu ainda a polícia civil no esquema, citando o próprio delegado do 1° Distrito Policial (DP), Eribelto Piva Júnior. (Leia reportagem completa aqui)

A Corregedoria também recebeu a denúncia e vai analisar o suposto envolvimento da Polícia Civil que recebia para não fiscalizar.

Polícia

O delegado corregedor da Polícia Civil de Campinas, Roveraldo Battaglini, pediu a gravação da reportagem exibida nesta terça-feira (12) e disse que vai investigar a participação de policiais no esquema ilegal. Segundo Battaglini, o envolvimento de policiais é preocupante e o material poderá levar a punição dos envolvidos. “Caso haja comprovação dos fatos e um eventual oferecimento de denúncia crime pelo Ministério Público, esses policiais podem ser responsabilizados perante a Polícia Civil do Estado de São Paulo conforme a Lei Orgânica da polícia”, afirma.

Outro lado

A presidente da Associação dos Camelôs, Maria José Salles, não foi encontrada no fim da tarde para comentar sobre as novas denúncias.

O funcionário da prefeitura, Valdir Deling, se reuniu nesta quarta-feira (13) com a presidente da Setec, Tereza Dóro, saiu dizendo que não cometeu nenhuma irregularidade, não recebeu propina e não houve aumento do número de barracas, pelo contrário a quantidade foi reduzida. Por isso, teria sofrido ameaça e chegou a registrar um boletim de ocorrência em 2007. Em relação à acusação de que fiscais da Setec têm bancas no camelódromo, a presidente do órgão disse que sem ter os nomes dos fiscais ou quais são as barracas específicas, não pode fazer nada.