Polícia Civil do Rio terá sua primeira chefe mulher 7

Rio de Janeiro

Ao apresentar a delegada Martha Rocha, Beltrame criticou os ‘exageros’ dos últimos dias e disse que não julgará ninguém antecipadamente

Rafael Lemos, com reportagem de Cecília Ritto

A delegada Marta Rocha, nova chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

A delegada Marta Rocha, nova chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Vanessa Schumacker )

“Existe um tribunal – o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – que julga com base em autoria, materialidade e prova. Todas as pessoas que estão comigo serão por mim julgadas quando houver um mínimo de concretude para isso”, diz o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame

A nova chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro será a delegada Martha Rocha. Antes de ser chamada para assumir o posto, ela era diretora do Departamento de Polícia de Atendimento à Mulher. Martha coordenava todas as delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deam) no estado. Uma das marcas de sua gestão foi a elaboração de uma cartilha sobre a prevenção e a punição dos crimes contra a mulher.

Marta substituirá Allan Turnowski, que deixou o cargo nesta segunda-feira após a crise envolvendo agentes da instituição. Segundo nota da Secretara de Segurança Pública, a demissão de Turnowski aconteceu depois de uma “longa conversa” com o secretário Beltrame.

A Operação Guilhotina começou na sexta-feira e foi executada pela Polícia Federal, com base em investigações da corregedoria de polícia, da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público do Estado do Rio. Esquemas de corrupção de grupos de criminosos comandados por policiais, incluindo o ex-subchefe da Polícia Civil Carlos Oliveira, foram revelados. Turnowski chegou a prestar depoimento, segundo a secretaria, “na condição de testemunha”.

Martha Rocha entrou na Polícia Civil em 1983. Em seu currículo, constam a sua atuação como corregedora de polícia e o comando de delegacias da cidade do Rio. No episódio de sequestro do ônibus 174, em junho de 2000, ela era a titular da delegacia da Gávea, bairro próximo ao Jardim Botânico, onde aconteceu o crime. Ela presidiu o inquérito sobre o sequestro e indiciou o então comandante do Batalhão de Operações Especiais, coronel José Penteado, sob a acusação de homicídio culposo, pela morte da refém Geísa Gonçalves e do sequestrador Sandro Rocha. Pouco depois, foi transferida para 16ª Delegacia, na Barra da Tijuca.

Ao apresentar a nova chefe da Polícia Civil, na noite desta terça-feira, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que a nomeação significa “mais uma quebra de paradigma na segurança do estado”. De acordo com o secretário, a nomeação de Martha Rocha foi motivada por uma “quase unanimidade” entre as pessoas que consultou antes de escolher quem substituiria Allan Turnowski.

‘Página virada’ – Beltrame elogiou o ex-chefe de polícia, que definiu como “um grande policial, um homem que deixou sua marca”. Mas deixou claro seu descontentamento com os “exageros” dos últimos dias – numa referência ao fechamento da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), cujo titular, Claudio Ferraz, travava com Turnowski uma queda de braço e foi acusado de corrupção por ele.
“Existe um tribunal – o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – que julga com base em autoria, materialidade e prova. Todas as pessoas que estão comigo serão por mim julgadas quando houver um mínimo de concretude para isso. Entendo que é leviandade destruir carreiras com base em coisas que podem ser desditas no futuro”, disse o secretário, acrescentando que considera a nomeação de Martha Rocha “mais uma página virada no livro que estamos escrevendo há quatro anos”.

Corregedoria forte – Martha Rocha definiu como suas prioridades o treinamento e a formação de policiais – com investimento na Academia de Polícia – e a consolidação de uma corregedoria forte. “Minha responsabilidade é grande por ser a primeira mulher a ocupar esse cargo na história da Polícia Civil. Não vejo o desafio pelos que foram presos, mas pelos bons policiais que existem. Eles exigem da chefe da polícia dedicação, competência, coragem e abnegação”, disse a delegada.

Um Comentário

  1. Parece time de futebol, cortam a cabeça do técnico pra salvar o time, mas logo volta a ser como era antes. Ou vão mudar todos os policiais tambem??

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  2. VAI MANDAR EM QUEM SERÁ, POLICIAIS DO RIO METEM A MÃO E SE A CARTEIRA DA CHEFE DER SOPA LEVAM TAMBÉM, EM SÃO PAULO ISSO NÃO EXISTE

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  3. essa é aquela que foi “MISS UNIVERSO”….????

    Poderíamos contribuir com a “co-irmã carioca”, bronzeada de sol, com os cabelos reluzindo ao vento…

    e mandarmos para os “colegas” do RIO… a nossa ilustre e magnifica “chefa” da Casa Censora….

    é é é é tipo exportação…
    vai e já fica lá com os cariocas….

    poderíamos pedir esse “favor” pro secreta….

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  4. Num repente… descobri a solução…

    é demais… é simples…

    Colegas policiais… vamos pedir, TODOS,
    vamos pedir ao nosso “governador” por uma “TROCA”…

    isso!!! ISSO mesmo…
    Todos os policiais vamos pedir uma TROCA pro governador de São Paulo e do RIO….

    Nós… aqui de São Paulo
    vamos ser “puliça” lá no RIO DE JANEIRO…
    e or irmãos CARIOCAS vê pra cá, SAMPA, no nosso lugar!

    Primeira coisa!
    a GENTE vai GANHAR mais…!! Porque os SALÁRIOS deles são bem melhores que os nossos…

    DEPOIS, (olha só a vantagem…)

    PRAIA, SOL, CALOR, CERVEJA e MULHERADA O “ANO INTEIRO”

    Ê Beleza…
    Proponho a “Troca das PULIÇAS”… sem reclamação!!!

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  5. ESSA AÍ VAI SER O MARISCO QUE FICA ENTRE O ROCHEDO E A ARREBENTAÇÃO DAS ONDAS, OU SEJA, UM DIA ELA NÃO AGUENTA E CAI. NA PRIMEIRA ENTREVISTA JÁ DISSE”QUE PRECISA DE PROTEÇÃO”. COITADA, VAI PRECISAR DOS MARINES AMERICANOS, POIS NEM OS FUZILEIROS NAVAIS DA NOSSA MARINHA VÃO AJUDA-LA. BALA NELES!!!!!!!!

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  6. Aproveita, Guerra, pede telefone, e-mail, a mulher é solteirinha da silva. Bom partido, hem? rs.rs.rs.

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