Premiação é positiva, mas pode trazer eventuais distorções
Medida põe foco em planejamento; polícia, porém, pode passar a trabalhar apenas os indicadores analisados
O PERIGO É A POLÍCIA MAXIMIZAR O RESULTADO APENAS DOS INDICADORES CONSIDERADOS NA PREMIAÇÃO
IGNÁCIO CANO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A instituição de incentivos econômicos é um mecanismo padrão de gerenciamento em organizações públicas ou privadas para garantir a consecução de metas.
Nos últimos anos, as corporações de segurança pública fizeram esforço para melhorar a gestão institucional e se afastar dos velhos paradigmas baseados no modelo militar, no caso das PMs, ou no modelo exclusivamente jurídico das Polícias Civis.
A criação de premiações é um elemento dentro desta nova abordagem, que inclui, entre outras coisas, a ênfase no planejamento, o estabelecimento de metas, a integração entre as diferentes instituições, o georrefenciamento das ocorrências criminais para mapear a incidência etc.
Em suma, as premiações devem ser consideradas como uma ferramenta potencialmente positiva na modernização institucional das polícias. Inclusive, elas podem atingir um impacto potencialmente maior em instituições que oferecem baixas remunerações aos agentes da base da pirâmide organizacional (soldados, detetives).
Entretanto, elas envolvem também riscos e efeitos potencialmente negativos. Assim, os prêmios devem ser concedidos em função de indicadores de desempenho amplamente divulgados. O perigo é que qualquer pessoa ou instituição cuja remuneração dependa de indicadores ficará tentada a maximizar o resultado apenas dos indicadores considerados.
O problema na polícia é maior, porque ela mesma produz informações em relação às quais será avaliada. E possui diversas formas de influenciar registro dos crimes. A tentativa de registrar os crimes em outras áreas diferentes não é preocupante, desde que haja instância superior que resolva os conflitos.
Uma questão mais delicada é que, segundo as pesquisas, parte das vítimas vai à delegacia, mas acaba não registrando a ocorrência por diversos motivos: longa espera, policiais que insistem em que o fato não tem gravidade ou não vai dar em nada.
As soluções para este problema não são fáceis. Idealmente, as premiações deveriam depender não apenas de dados da própria instituição mas também de informações externas, como pesquisas de vitimização, mas essas pesquisas comportam custos bastante elevados. Também é preciso aprimorar a fiscalização das corregedorias sobre a forma como as delegacias produzem os registros.
Por último, recomenda-se que as premiações sejam coletivas em vez de individuais, que incluam todos os membros das equipes (e não só os chefes), que incentivem colaboração interinstitucional e prevenção ou resolução dos crimes minimizando o grau de violência empregado.
IGNÁCIO CANO é professor da UERJ e membro do Laboratório de Análise da Violência
Como assim??????!!!!!!! Mas as SSPs já não fazem isso??
Onde está a novidade????
Ahhhh, tá! Agora serão premiados, é isso???
Então colegas, nem precisamos trabalhar mais,a segurança pública no Brasil será de 1º mundo.
Nem precisaremos usar armas mais, assim como acontece com as polícias japonesas, canadenses, britânicas, entre outras.
Estamos no PARAÌSO. Daqui para frente o índice de criminalidade será ‘0’.
Ahhh, faça-me o favor! Premiar os agentes públicos de segurança cuja a ‘obrigação legal’ é conter a marginalidade e diminuir os índices de criminalidade?????
Que país é ESSE???????
O que tem que ser feito é melhorar os salários de seus policiais e, igualmente, melhorar a estrutura física e funcional, ou seja, dar condições adequadas de trabalho com equipamentos modernos e em quantidades suficientes (o que não ocorre), aumentar o ‘recursos humanos’, melhor capacitação (sempre acompanhada de melhores salários).
A palavra chave é DIGNIDADE. É disso que os policiais precisam. E não premiação por suas atribuições LEGAIS.
O MAIOR PRÊMIO PARA O POLICIAL É SALÁRIO DIGNO.
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realmente essa coisa de polica ta cada vez pior !!!!
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TEM DE PAGAR OS PRÊMIOS ATRASADOS PARA A CORRÓ : LÍDER EM FRAUDES PROCESSUAIS.
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