Enviado em 12/01/2011 às 1:34 – RICARDO
Dr. Guerra, tive aula de gerenciamento de crise com o Dr. Carneiro na academia. Era um professor sensacional, uma pessoa educada e um homem culto sem ser arrogante. Indicou alguns livros para turma ler, tais como: “O Processo” de Franz Kafka, “O Estrangeiro” de Albert Camus e “Crime e Castigo” de Dostoievski. Tinha ideias muito originais a respeito da polícia e sempre falava dos erros cometidos. Uma pessoa que marcou muito a nossa turma na academia, sempre gentil com todo mundo.
O DR GUERRA TÁ SE APRIMORANDO:
ALÉM DE SONHADOR… HUMORISTA!
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O Dr. Carneiro tem, nas mãos, a magna oportunidade de fazer a Polícia Civil engrenar nos trilhos de sua verdadeira vocação, qual seja, investigação legalista, técnica, com “engenho e arte”, mas com excelência na formalização cartorária dos atos de polícia judiciária.
Aprimorar a investigação de campo nos crimes de autoria desconhecida não é medida antagônica à busca da excelência na formalização dos atos cartorários fundamentais para a Justiça Criminal. Ao contrário: É, antes, cumprir a missão constitucional da Polícia Civil.
O problema, ao que parece, é que o DGP infelizmente já está cooptado pela cartilha do Pinto, cuja frase a ser lida é somente uma: Fim da Polícia Civil.
Uma advertência: Se o Dr. Carneiro resolver “legislar” e disser que relatórios informais terão valor probatório/indiciário superior a oitivas formais, estará ele, via “portaria”, tentando sobrepor-se ao próprio Código de Processo Penal vigente, além de estar TRAINDO sua própria classe e GOLPEANDO a instituição de que faz parte.
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Delta,
Assim sendo,s.mj.,devemos todos seguir os pteceitos formais e legais.
Não vou me estender muito,já que quem fala o que quer,
ouve (ou lê)o que não quer.
Assim, manterei a sobriedade ao me expressar.
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Sim, cara Suely.
Ater-se ao preceitos formais e legais deveria ser algo sagrado na Instituição. Os pequenos desvios aqui e acolá pariram este estado de coisas lamentável na Casa.
Quando ratifico suas palavras sobre seguir preceitos formais e legais, refiro-me, de igual sorte, a Escrivães apenas colheres oitivas na presença do Delegado de Polícia, sob a condução deste, bem como o cumprimento literal do artigo 6º do CPP.
Por que não?
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Delta,
O Sr. sabe que são poucos os que se atém às normas,
seria bom que todos “fossem iguais a você, que maravilha viver!.”rs
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SOCORRO!!!!!!!!
Hallage no DIRD
FUDEU GERAL, ACABOU A PAZ NO DIRD
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FINALMENTE, O REINADO ACABOU!!!!!!!!
CONFIRMADO, AQUI PELOS CORREDORES DO DIRD.
CAIU O DR. SEQUEIRA, SAIU DO IIRGD
ESPERO QUE TAMBEM NÃO VENHA PRA CÁ PRO DIRD
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Desses expert em gerenciamento de crise, da polícia civil e do governo do Estado, pode até ser do PSDBosta, tem algum que possa gerenciar a minha crise financeira, que depois de mais de (15) quinze anos sem reajuste e com a inflação em alta estou começado achar que não dou conta sozinho de gerir tal crise, alguém se habilita?
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Cansado
Tamos fudidos faz tanto tempo que eu acostumei.
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Vai ser sim o blog do DGP. E depois, qdo ele se simpatizar, vai chamar o XUXU, e este blog será o Blog do DGP e do Governador. rsrs!
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SÓ QUERO VER COMO VAI SE SAIR NESSA CRISE DA POLIÇA CIVIRA
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Dr.Guerra,
Nunca o Flit será o meio de comunicação do Exmo Sr.Dr.
DGP,já deixou claro que gosta de dar entrevistas para as
grandes redes
E por fim,para estar no Flit OFF LINE, será impossível.
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Por mim o novo DG esta a cara dos antigos DG, e só olhar as figuras que compõem o seu conselho 1/3 um terço já foi apontado com corrupto, e só não foram para a rua graças aos bons serviços da nossa corregedoria que nunca consegui formalizar um PA ou IP descente contra cardeal, é a corregedoria pode instaurar inquérito, mas nunca contra cardeal correria, mesmo que este tenha sido gravado, grampeado, filmado, fotografado praticando crimes, dando e recebendo recibo de corrupto, exemplo são os ternos do DIRD até recibo tinha e que aconteçeu com o Dr. p… nenhuma e aposentou.
E depois mandar a m…. do PA feito nas coxas para o próprio conselho que arquiva por falta de provas, e quando o caso é muito grave e escrachado pedem o sobrestamento aguardando a manifestação do judiciário que também é aquela água contra corrupto eles ficam por ai pagando de honesto sem nunca terem sido, mas contra os operacionais são de uma eficiência impar.
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PA contra operacional dá rua em menos de três meses, é tão rapido que não dá nem pra juntar uma grana antes de ser demitido.
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Governo sem futuro
Administrador público deve pagar salários dignos
Por Raul Haidar
Recente notícia da ConJur menciona sentença onde uma juíza afirma que “o policial é acima de tudo um ser humano”. Nós advogados sempre soubemos disso, mas há certos governantes que discordam da afirmação. Em São Paulo os funcionários públicos em geral são tratados como se humanos não fossem. Só uma terrível megalomania, uma funesta arrogância, uma trágica maldade é que podem explicar certos absurdos que qualquer pessoa de bom senso percebe ao primeiro exame fático.
Um juiz em início de carreira tem vencimentos de cerca de R$ 20 mil. Parece razoável. O que não é razoável é o delegado de polícia ter salário muito abaixo da metade disso! A Polícia Civil de São Paulo paga o pior ou um dos piores salários do país. Menos do que Sergipe, o menor estado da federação. Não é falta de dinheiro, mas de respeito. E não é só falta de respeito: é burrice, pois isso está levando os bons policiais para outros estados ou outras carreiras.
Para sobreviver talvez alguns policiais sejam obrigados a desenvolver atividades paralelas, seja em firmas de segurança ou em outras atividades comerciais, quem sabe em nome de terceiros. Isso é péssimo, pois se o serviço público se transformar em “bico” a sociedade acaba sendo prejudicada.
Nós advogados devemos estar atentos a essa situação e desenvolver alguma ação no sentido de pressionar pela correção dessa injustiça. Não nos interessa uma polícia desmotivada, desprestigiada, onde teremos de interagir com funcionários mal-humorados, cansados, arqueando sob o peso dos problemas pessoais e familiares que muitas vezes surgem no lar daquela pessoa que não está ganhando o suficiente para compensar seus esforços e seus estudos.
Essa visão equivocada segundo a qual investir na Polícia é comprar viaturas, multiplicar o número de distritos, fazer novos concursos para aumentar o efetivo, é apenas isso: uma sucessão de equívocos. Muitas viaturas nem sempre podem prestar serviços à população, por lhes faltarem motoristas, manutenção ou mesmo combustível. Há muitos distritos bonitinhos por aí, inaugurados com pompa e circunstância, mas que permanecem fechados à noite por falta de pessoal e até mesmo funcionam precariamente durante o dia, inclusive porque criados próximos de outros.
Fazer novos concursos não resolve o problema, mas pode criar outros. Como o salário inicial é baixo, o recém-nomeado vai continuar estudando e, quando aprovado em outro, concurso qualquer que lhe pague mais, simplesmente vai embora e surge uma nova vaga. Como os leitores já viram em outro artigo nosso, a concursite é uma doença terrível.
Quando falamos que não é por falta de dinheiro que os salários dos policiais são injustos, isso é tão óbvio que nem mereceria comentários. O estado que investe mais de R$ 500 milhões numa escola de dança (onde era a antiga estação rodoviária da capital) não pode falar em falta de dinheiro. Investe-se em museu, em sala de concerto, em teatro, em dança, em escola de samba, etc., mas insiste-se em não investir na única “coisa” que faz tudo isso ter sentido: dotar a administração pública de funcionários razoavelmente remunerados, que possam dedicar todo o seu tempo para a função que exercem, que possam ver no serviço público um meio de vida que dê segurança e tranquilidade para sua família.
O mais trágico disso tudo é que tal descalabro não ocorre só na Polícia. Uma psicóloga que trabalha na Administração Penitenciária ganha mais ou menos o mesmo que um motorista de táxi. Recentemente disse a uma delas que ela deveria ter limitado seus estudos à autoescola. Como taxista, ganharia mais e nem precisaria ter chefe, que, aliás, também ganha pouco.
Ainda recentemente soube que alguns servidores do Judiciário tiveram no início deste ano sérios problemas, pois seus salários sumiram no Banco do Brasil logo depois de depositados, porque o banco resolveu cortar o limite do cheque especial sem prévio aviso. Ainda que já tenham resolvido essa questão, isso é um reflexo de duas coisas: que são baixos os salários e que quem manda neste país são os bancos.
Nós advogados não podemos ficar alheios a essa série de crimes. Crimes, sim, pois, como já disse, alguém governar é administrar prioridades. O administrador público que coloca em risco a qualidade dos serviços que são pagos pelos impostos, pagando aos servidores salários insuficientes para lhes dar condições dignas de trabalho, comete crime.
O artigo 7º da Constituição Federal, ao fixar as garantias dadas ao trabalhador, não as limita aos da iniciativa privada e, no artigo 37, torna obrigatória a eficiência na administração. Administração eficiente é aquela que busca a harmonia entre os que nela trabalham.
O artigo 39 da CF diz que o salário do servidor deve levar em conta as peculiaridades, o grau de responsabilidade e a complexidade do cargo. Assim, ignora a norma o governo que paga salário de R$ 2 mil a um psicólogo, R$ 4 mil a um assessor de desembargador, etc.
Do jeito que anda a remuneração do servidor público em São Paulo, não pode haver harmonia entre os servidores. Vejam só que engraçado: um assessor de desembargador ganha cerca de 20% do salário deste e muitas vezes é esse assessor que realiza de fato a maior parte do trabalho de seu assessorado. Até os gatos da Praça João Mendes sabem que muitos juízes apenas assinam as sentenças que são feitas por seus auxiliares, aqueles que andam pendurados no cheque especial e ganham mais ou menos o mesmo que o já mencionado taxista.
Governar não é inaugurar obras onde se colocam placas ridículas para tentar endeusar os diabinhos de plantão. Governo que age dessa forma, que insiste em manter palácios desnecessários, em colecionar obras de arte, em manter alguns na opulência e a grande massa na dificuldade é um governo sem futuro.
Revista Consultor Jurídico, 12 de janeiro de 2011.
“”” e aí carneiro, não disseste que greve só desntro dalei, que tal o senhor, o pinto e FDP do governador darem o exemplo e cumprirem as leis, eih, seus M…..
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Mais uma vez…, vamos lá!
Mudam-se as moscas…, mas a m. continua a mesma.
Nosso Exmº Delpol – DGP, recém empossado, parece-me que já começou mal das pernas, começou com o “pé esquerdo”.
(cuidado para não tropeçar e cair!!!).
Já começou divulgando que a gloriosa pode lavrar “B.O.”, etc., etc., já começou desfigurando o caráter da investigação e do inquérito policial, etc. etc., e blá… blá… blá…;
Sou escrivão há mais de vinte anos, e concordo que o Inquérito Policial, em parte (digo, em parte apenas), é uma peça ultrapassada, e que poderia ser modificada ou aperfeiçoada…
MAS, ainda, digo AINDA, o nosso Inquérito Policial é o produto primaz de toda a persecução processual.
Precisamos como atribuição da Polícia Civil (fazer polícia judiciária), SIM, e de uma ampla, adequada e profunda REFORMA de todo sistem jurídico nesse País, em matéria CRIMINAL, começando pelos códigos: Penal e de Processo Penal.
Por outro lado, precisamos de uma REFORMA do sistema judiciário brasileiro, onde se integre às questões de “segurança”, inclusive, no que diz respeito à “polícia judiciária”; que esta SIM é a base inicial do sistema criminal brasileiro (quer alguns gostem ou não).
MAS, o nosso ilustre e exmº DGP, em suas manifestações recentes, parece-me “esquecer” de sua carreira e de seus pares, quando “imputa” atribuições que NÃO são próprias da gloriosa co-irmã.
(nem de longe, são atribuições da irmã fardada)
Parece-me que o DGP esqueceu o que preceitua a nossa “constituição federal” no seu artigo 144 § 4º, é só ler direitinho para relembrar.
POLÍCIA JUDICIÁRIA é, e sempre será polícia judiciária, atribuição “exclusiva” da Polícia Civil (claro, exceto as questões estritamente militar).
Por efeito, a gloriosa co-irmã, nem sempre será sempre assim.
Dê-se uma força…, mas muita força… política, por uma FORÇA PÚBLICA (esta, SIM, que seja desmilitarizada)
PORQUE, só no Brasil é que existe – POLÍCIA – MILITAR.
Nos ditos países civilizados, a Polícia (ainda que fardada), não é “militarizada”.
Mas enfim, que nosso DGP dê mais crédito à Gloriosa que à nós mesmos…, que se poderia esperar isso…
Pra quê valorizar o POLICIAL CIVIL???
carneiro de presépio, fica sempre à mão daquele que ali o coloca (do jeito que quer)
Acorda O.A.B….. acorda O.A.B….
vai ser um “prato cheio” pros “anéis” quando a gloriosa co-irmã estiver lavrando B.O., daqui há pouco vão lavrar flagrantes…, vão querer presidir IP, etc. etc. etc.
a O.A.B. vai adorar!!!!
Deixem nossos irmãos “mikes” lavrarem B.O. (do jeito deles)…
Vai ser um tal de – responder abusdo de autoridade – mandado de segurança – HC, etc, etc,
Abraços à todos…2011 que seja um pouco feliz!
COLEGAS POLICIAIS
Estamos nos últimos “suspiros”
Enfadados…, condenados à extinção
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GOVERNO SEM FUTURO
Administrador público deve pagar salários dignos
POR RAUL HAIDAR
Recente notícia da ConJur menciona sentença onde uma juíza afirma que “o policial é acima de tudo um ser humano”. Nós advogados sempre soubemos disso, mas há certos governantes que discordam da afirmação. Em São Paulo os funcionários públicos em geral são tratados como se humanos não fossem. Só uma terrível megalomania, uma funesta arrogância, uma trágica maldade é que podem explicar certos absurdos que qualquer pessoa de bom senso percebe ao primeiro exame fático.
Um juiz em início de carreira tem vencimentos de cerca de R$ 20 mil. Parece razoável. O que não é razoável é o delegado de polícia ter salário muito abaixo da metade disso! A Polícia Civil de São Paulo paga o pior ou um dos piores salários do país. Menos do que Sergipe, o menor estado da federação. Não é falta de dinheiro, mas de respeito. E não é só falta de respeito: é burrice, pois isso está levando os bons policiais para outros estados ou outras carreiras.
Para sobreviver talvez alguns policiais sejam obrigados a desenvolver atividades paralelas, seja em firmas de segurança ou em outras atividades comerciais, quem sabe em nome de terceiros. Isso é péssimo, pois se o serviço público se transformar em “bico” a sociedade acaba sendo prejudicada.
Nós advogados devemos estar atentos a essa situação e desenvolver alguma ação no sentido de pressionar pela correção dessa injustiça. Não nos interessa uma polícia desmotivada, desprestigiada, onde teremos de interagir com funcionários mal-humorados, cansados, arqueando sob o peso dos problemas pessoais e familiares que muitas vezes surgem no lar daquela pessoa que não está ganhando o suficiente para compensar seus esforços e seus estudos.
Essa visão equivocada segundo a qual investir na Polícia é comprar viaturas, multiplicar o número de distritos, fazer novos concursos para aumentar o efetivo, é apenas isso: uma sucessão de equívocos. Muitas viaturas nem sempre podem prestar serviços à população, por lhes faltarem motoristas, manutenção ou mesmo combustível. Há muitos distritos bonitinhos por aí, inaugurados com pompa e circunstância, mas que permanecem fechados à noite por falta de pessoal e até mesmo funcionam precariamente durante o dia, inclusive porque criados próximos de outros.
Fazer novos concursos não resolve o problema, mas pode criar outros. Como o salário inicial é baixo, o recém-nomeado vai continuar estudando e, quando aprovado em outro, concurso qualquer que lhe pague mais, simplesmente vai embora e surge uma nova vaga. Como os leitores já viram em outro artigo nosso, a concursite é uma doença terrível.
Quando falamos que não é por falta de dinheiro que os salários dos policiais são injustos, isso é tão óbvio que nem mereceria comentários. O estado que investe mais de R$ 500 milhões numa escola de dança (onde era a antiga estação rodoviária da capital) não pode falar em falta de dinheiro. Investe-se em museu, em sala de concerto, em teatro, em dança, em escola de samba, etc., mas insiste-se em não investir na única “coisa” que faz tudo isso ter sentido: dotar a administração pública de funcionários razoavelmente remunerados, que possam dedicar todo o seu tempo para a função que exercem, que possam ver no serviço público um meio de vida que dê segurança e tranquilidade para sua família.
O mais trágico disso tudo é que tal descalabro não ocorre só na Polícia. Uma psicóloga que trabalha na Administração Penitenciária ganha mais ou menos o mesmo que um motorista de táxi. Recentemente disse a uma delas que ela deveria ter limitado seus estudos à autoescola. Como taxista, ganharia mais e nem precisaria ter chefe, que, aliás, também ganha pouco.
Ainda recentemente soube que alguns servidores do Judiciário tiveram no início deste ano sérios problemas, pois seus salários sumiram no Banco do Brasil logo depois de depositados, porque o banco resolveu cortar o limite do cheque especial sem prévio aviso. Ainda que já tenham resolvido essa questão, isso é um reflexo de duas coisas: que são baixos os salários e que quem manda neste país são os bancos.
Nós advogados não podemos ficar alheios a essa série de crimes. Crimes, sim, pois, como já disse, alguém governar é administrar prioridades. O administrador público que coloca em risco a qualidade dos serviços que são pagos pelos impostos, pagando aos servidores salários insuficientes para lhes dar condições dignas de trabalho, comete crime.
O artigo 7º da Constituição Federal, ao fixar as garantias dadas ao trabalhador, não as limita aos da iniciativa privada e, no artigo 37, torna obrigatória a eficiência na administração. Administração eficiente é aquela que busca a harmonia entre os que nela trabalham.
O artigo 39 da CF diz que o salário do servidor deve levar em conta as peculiaridades, o grau de responsabilidade e a complexidade do cargo. Assim, ignora a norma o governo que paga salário de R$ 2 mil a um psicólogo, R$ 4 mil a um assessor de desembargador, etc.
Do jeito que anda a remuneração do servidor público em São Paulo, não pode haver harmonia entre os servidores. Vejam só que engraçado: um assessor de desembargador ganha cerca de 20% do salário deste e muitas vezes é esse assessor que realiza de fato a maior parte do trabalho de seu assessorado. Até os gatos da Praça João Mendes sabem que muitos juízes apenas assinam as sentenças que são feitas por seus auxiliares, aqueles que andam pendurados no cheque especial e ganham mais ou menos o mesmo que o já mencionado taxista.
Governar não é inaugurar obras onde se colocam placas ridículas para tentar endeusar os diabinhos de plantão. Governo que age dessa forma, que insiste em manter palácios desnecessários, em colecionar obras de arte, em manter alguns na opulência e a grande massa na dificuldade é um governo sem futuro.
FONTE: http://www.conjur.com.br/2011-jan-12/governante-nao-oferece-salarios-dignos-aos-servidores-comete-crime
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Administrador público deve pagar salários dignos
POR RAUL HAIDAR
Recente notícia da ConJur menciona sentença onde uma juíza afirma que “o policial é acima de tudo um ser humano”. Nós advogados sempre soubemos disso, mas há certos governantes que discordam da afirmação. Em São Paulo os funcionários públicos em geral são tratados como se humanos não fossem. Só uma terrível megalomania, uma funesta arrogância, uma trágica maldade é que podem explicar certos absurdos que qualquer pessoa de bom senso percebe ao primeiro exame fático.
Um juiz em início de carreira tem vencimentos de cerca de R$ 20 mil. Parece razoável. O que não é razoável é o delegado de polícia ter salário muito abaixo da metade disso! A Polícia Civil de São Paulo paga o pior ou um dos piores salários do país. Menos do que Sergipe, o menor estado da federação. Não é falta de dinheiro, mas de respeito. E não é só falta de respeito: é burrice, pois isso está levando os bons policiais para outros estados ou outras carreiras.
Para sobreviver talvez alguns policiais sejam obrigados a desenvolver atividades paralelas, seja em firmas de segurança ou em outras atividades comerciais, quem sabe em nome de terceiros. Isso é péssimo, pois se o serviço público se transformar em “bico” a sociedade acaba sendo prejudicada.
Nós advogados devemos estar atentos a essa situação e desenvolver alguma ação no sentido de pressionar pela correção dessa injustiça. Não nos interessa uma polícia desmotivada, desprestigiada, onde teremos de interagir com funcionários mal-humorados, cansados, arqueando sob o peso dos problemas pessoais e familiares que muitas vezes surgem no lar daquela pessoa que não está ganhando o suficiente para compensar seus esforços e seus estudos.
Essa visão equivocada segundo a qual investir na Polícia é comprar viaturas, multiplicar o número de distritos, fazer novos concursos para aumentar o efetivo, é apenas isso: uma sucessão de equívocos. Muitas viaturas nem sempre podem prestar serviços à população, por lhes faltarem motoristas, manutenção ou mesmo combustível. Há muitos distritos bonitinhos por aí, inaugurados com pompa e circunstância, mas que permanecem fechados à noite por falta de pessoal e até mesmo funcionam precariamente durante o dia, inclusive porque criados próximos de outros.
Fazer novos concursos não resolve o problema, mas pode criar outros. Como o salário inicial é baixo, o recém-nomeado vai continuar estudando e, quando aprovado em outro, concurso qualquer que lhe pague mais, simplesmente vai embora e surge uma nova vaga. Como os leitores já viram em outro artigo nosso, a concursite é uma doença terrível.
Quando falamos que não é por falta de dinheiro que os salários dos policiais são injustos, isso é tão óbvio que nem mereceria comentários. O estado que investe mais de R$ 500 milhões numa escola de dança (onde era a antiga estação rodoviária da capital) não pode falar em falta de dinheiro. Investe-se em museu, em sala de concerto, em teatro, em dança, em escola de samba, etc., mas insiste-se em não investir na única “coisa” que faz tudo isso ter sentido: dotar a administração pública de funcionários razoavelmente remunerados, que possam dedicar todo o seu tempo para a função que exercem, que possam ver no serviço público um meio de vida que dê segurança e tranquilidade para sua família.
O mais trágico disso tudo é que tal descalabro não ocorre só na Polícia. Uma psicóloga que trabalha na Administração Penitenciária ganha mais ou menos o mesmo que um motorista de táxi. Recentemente disse a uma delas que ela deveria ter limitado seus estudos à autoescola. Como taxista, ganharia mais e nem precisaria ter chefe, que, aliás, também ganha pouco.
Ainda recentemente soube que alguns servidores do Judiciário tiveram no início deste ano sérios problemas, pois seus salários sumiram no Banco do Brasil logo depois de depositados, porque o banco resolveu cortar o limite do cheque especial sem prévio aviso. Ainda que já tenham resolvido essa questão, isso é um reflexo de duas coisas: que são baixos os salários e que quem manda neste país são os bancos.
Nós advogados não podemos ficar alheios a essa série de crimes. Crimes, sim, pois, como já disse, alguém governar é administrar prioridades. O administrador público que coloca em risco a qualidade dos serviços que são pagos pelos impostos, pagando aos servidores salários insuficientes para lhes dar condições dignas de trabalho, comete crime.
O artigo 7º da Constituição Federal, ao fixar as garantias dadas ao trabalhador, não as limita aos da iniciativa privada e, no artigo 37, torna obrigatória a eficiência na administração. Administração eficiente é aquela que busca a harmonia entre os que nela trabalham.
O artigo 39 da CF diz que o salário do servidor deve levar em conta as peculiaridades, o grau de responsabilidade e a complexidade do cargo. Assim, ignora a norma o governo que paga salário de R$ 2 mil a um psicólogo, R$ 4 mil a um assessor de desembargador, etc.
Do jeito que anda a remuneração do servidor público em São Paulo, não pode haver harmonia entre os servidores. Vejam só que engraçado: um assessor de desembargador ganha cerca de 20% do salário deste e muitas vezes é esse assessor que realiza de fato a maior parte do trabalho de seu assessorado. Até os gatos da Praça João Mendes sabem que muitos juízes apenas assinam as sentenças que são feitas por seus auxiliares, aqueles que andam pendurados no cheque especial e ganham mais ou menos o mesmo que o já mencionado taxista.
Governar não é inaugurar obras onde se colocam placas ridículas para tentar endeusar os diabinhos de plantão. Governo que age dessa forma, que insiste em manter palácios desnecessários, em colecionar obras de arte, em manter alguns na opulência e a grande massa na dificuldade é um governo sem futuro.
FONTE: http://www.conjur.com.br/2011-jan-12/governante-nao-oferece-salarios-dignos-aos-servidores-comete-crime
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Eu sempre acreditei no Carneiro, mas ver o LADRAO do Emidio em Franco da Rocha mostra que nada vai mudar na PC. Emidio não da Dr. Carneiro o sr. esta manchando a própria história Emidio e lixo puro.
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