OPERAÇÃO VERÃO: ‘Mesmo com o aumento populacional, as pessoas serão bem atendidas, com rapidez e eficiência, tanto no policiamento preventivo e ostensivo, quanto no judiciário’ 4

23/12/2010 – 22h15

Governo reforça segurança do litoral de São Paulo no verão

DE SÃO PAULO

Os municípios do litoral do Estado de São Paulo vão receber reforço no policiamento no âmbito da Operação Verão, lançada pelo governo estadual nesta quinta-feira. As cidades receberão operações especiais coordenadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar, com apoio da Polícia Rodoviária, Comando de Choque e Grupamento Aéreo.

A operação cota com o reforço de 5.191 policiais civis e militares. Somados aos policiais que já atuam nos 15 municípios litorâneos, um total de 10.888 policiais trabalharão na segurança de moradores e turistas.

De acordo com o delegado Luis Gabriel Sampaio Garcia, da Delegacia Geral-adjunta da Polícia Civil, a Operação Verão visa também melhorar o atendimento à população nos municípios do litoral durante o período de festas e férias escolares. ‘Mesmo com o aumento populacional, as pessoas serão bem atendidas, com rapidez e eficiência, tanto no policiamento preventivo e ostensivo, quanto no judiciário’, ressaltou.

A Operação Praia Segura, coordenada pelo Corpo de Bombeiros, também integra a Operação Verão. Esta operação foi iniciada no dia 9 de dezembro e deve ir até o dia 13 de março nas praias do litoral norte e sul de São Paulo.

O objetivo é prevenir e combater ocorrências típicas do verão, como afogamentos e crianças perdidas na praia, deslizamentos além de acidentes de trânsito e com embarcações.

O número de guarda-vidas foi reforçado, assim como a quantidade de veículos para monitoramento das praias. Cada uma das 15 cidades terá pelo menos um veículo tipo Ursa (Unidade de Resgate e Salvamento Aquático) –são 24 veículos deste tipo.


GERALDO ALCKMIN PROVA QUE O HOSPITAL DO SERVIDOR NÃO É BOA REFERÊNCIA…O DOUTOR GERALDO NECESSITA DE MÉDICO DE IDÊNTICA CATEGORIA E ESPECIALIDADE…O Dr. BONFIM! 35

Geraldo Alckmin é internado no Hospital Sírio-Libanês

Governador eleito de SP teve problemas digestivos e passa por exames laboratoriais e endoscópico

23 de dezembro de 2010 | 12h 40

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi internado ontem (quarta-feira) às 23 horas no Hospital Sírio-Libanês na capital paulista.

Segundo boletim médico divulgado às 12h21 de hoje, Alckmin foi internado devido a problemas digestivos e realiza exames laboratoriais e endoscópicos. O boletim também diz que a internação foi para “início de tratamento”. A equipe médica do tucano é comandada por David Uip.

“DEFENDER” PLANTONISTAS NÃO FUNCIONA, A ADPESP DEVE ATACAR O DELEGADO GERAL E OS DIRETORES DO DECAP E DEMACRO…SEM ESQUECER QUE GRANDE PARCELA DE CULPA CABE AOS CONFORMADOS COM “ESCALAS DESUMANAS” 48

21/12/2010 – Delegados partem em defesa de colegas do DECAP e DEMACRO

O

 descontentamento dos delegados de polícia do estado de São Paulo com a carreira e as condições de trabalho é crescente. Além de receberem o pior salário do país em sua categoria e tendo de conviver com a realidade de atender outros 31% de municípios do estado que não contam com esses profissionais, eles enfrentam uma crise de plantões do DECAP e do DEMACRO. 

O DECAP é o departamento que gerencia todas as delegacias da capital paulista, enquanto o DEMACRO responde pelas delegacias dos municípios que tangem a Grande São Paulo, como o ABC, Mogi das Cruzes, entre outros. Na teoria, os dois departamentos, e suas seccionais subordinadas, deveriam organizar cinco equipes de delegados plantonistas por delegacia, casando horários e cargas de serviço. Na prática, a situação é diferente.

  

Com isso em mente, a ADPESP realizará, nesta quarta-feira, 22 de dezembro de 2010, um ato simbólico em Mogi das Cruzes. Às 9h30, a diretoria e os membros da associação estarão no 1º DP da cidade. Em seguida, às 15h, estarão no 46º DP. “Entregaremos nosso pleito ao responsável pela elaboração das escalas, deixando claro que estamos dispostos a lutar por uma condição digna de trabalho, nem que isso signifique o fechamento da unidade policial”, diz Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da ADPESP.

O ato é o começo de uma série de campanhas que se desdobraram ao longo do ano de 2011, prosseguindo com a luta por melhores condições de trabalho para profissionais de segurança em São Paulo em curto e médio.

Além disso, o abuso desgasta fisicamente e psicologicamente o profissional, que se vê cobrindo plantão por dias e noites a fio, sem perspectiva de descanso ou manutenção de equipes. O modelo não só reflete um impacto negativo na segurança pública do estado, como prejudica a saúde do delegado plantonista.

 Atualmente, os delegados de plantão têm apontado escalas de até três equipes-duas, em alguns casos-. Esse desfalque do modelo original tem como consequência um regime desumano de trabalho, que termina por prejudicar a população, uma vez que o delegado plantonista acaba, pelo excesso de tarefas, deixando de exercer com plenitude sua função: investigar e solucionar.

Delegados presos por um sistema que sempre administraram com total autonomia?

Brincadeira da ADPESP!

Eita bando de “anfitrião” ! ( segundo lição do HDTV )

ADPESP SÓ NA VASELINAÇÃO…DE CONCRETO FRENTE A ADMINISTRAÇÃO POLICIAL CIVIL NADA FAZ 21

22/12/2010 – Adpesp lança campanha contra abusos dos plantões

A diretoria da ADPESP visitou, nessa quarta-feira, 22 de dezembro, as sedes do DECAP e do DEMACRO, a fim realizar ato simbólico para manifestar sua indignação para com os regimes desumanos de plantão praticados pelas instituições, além de debater ideias e propostas para campanhas e atividades pertinentes à categoria, que acontecerão ao longo de 2011. Além da presidente da Associação, Marilda Pansonato Pinheiro, e do corpo de diretoria, diversos associados compareceram ao manifesto, traçando perspectiva para o próximo ano. A manifestação foi acompanhada pela imprensa regional.

Às 9h da manhã, a comissão da ADPESP chegava ao 1º DP de Mogi das Cruzes, recebida pelo Delegado Titular, Dr. Carlos Batalha. A visita, que precedeu a ida à sede do DEMACRO, definiu pontos estratégicos para uma resolução dos problemas de plantões vividos em diversas delegacias. Batalha, que abriu as portas de seu gabinete para receber a comissão, conduziu pessoalmente a diretoria até a Seccional de Mogi das Cruzes.

Na Seccional de Mogi, a comissão foi recebida pelo Delegado Seccional, Dr. João Roque Américo, e deu início ao debate. Entre os diversos temas colocados à mesa pela presidente e diretores da Associação, a importância da união entre os colegas da classe foi ressaltada, desenhando um dos focos para as campanhas da ADPESP em 2011. Além disso, também foram discutidos os abusos das escalas dos plantões no departamento e a falta de motivação de novos delegados, devido ao descaso das autoridades para com a situação dos delegados paulistas.

Por volta das 15h, a comissão da ADPESP visitou o 46º DP de Perus, distrito localizado na zona noroeste da cidade de São Paulo. A diretoria foi recebida pelo Delegado de Polícia Titular Dr. Vitor Oñoro Martinez, que também debateu a situação da classe.

Dr. CORONEL MARCO POLO EM ÊXTASE POR NÃO EXISTIR DELEGADO DE POLÍCIA NO CONASP…PCC, CV e quejandos, jubilosamente, agradecem 13

Enviado em 23/12/2010 às 12:06 – Dr. CORONEL MARCO POLO

Chefes de polícias paulistas integram o Conselho Nacional

Dois chefes de polícias paulistas vão integrar o Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp) no biênio 2010-2012, conforme a portaria assinada em 17 de dezembro último e publicada hoje no Diário Oficial da União (D.O.U.). O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, como presidente do Conselho de Dirigentes dos Órgãos Periciais do Brasil; e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, como presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCG). O Conselho também será composto por representantes da sociedade civil – de conselhos e instituições, de trabalhadores em segurança pública, dos estados e de órgãos da União, conforme segue a publicação.

D.O.U / Seções 1, 2, e 3
Edição nº 242 – segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Seção 1
Ministério da Justiça
GABINETE DO MINISTRO

 Portaria nº 4.038, de 17 de setembro de 2010 – Homologa o resultado do processo eleitoral de entidades de trabalhadores da área de segurança pública e de entidades, fóruns, redes e movimentos sociais da sociedade civil na área de segurança pública.

O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal e o Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, e tendo em vista o disposto nos artigos 3° e 11 do Decreto nº 6.950, de 26 de agosto de 2009, bem como na Portaria nº 780, de 13 de maio de 2010, publicada no Diário Oficial da União de 14 de maio de 2010, resolve: Art. 1º Homologar o resultado definitivo do processo eleitoral, previsto no Edital publicado no Diário Oficial da União de 14 de maio de 2010, Seção 1, págs. 106/107, dos representantes das entidades de trabalhadores da área de segurança pública e das entidades, fóruns, redes e movimentos sociais da sociedade civil da área de segurança pública, para o exercício de mandato no Conselho Nacional de Segurança Pública – CONASP, composição biênio 2010- 2012.

I – no segmento sociedade civil , pela categoria fóruns, redes e movimentos sociais: Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH; Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (ABONG) e Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH); Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABGLT); Fórum Nacional de Juventude Negra (FONAJUNE); Rede Desarma Brasil; Coletivo de Entidades Negras (CEN Brasil).

II – no segmento sociedade civil, pela categoria entidades: Instituto de Estudos da Religião (ISER) e Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC); Observatório de Favelas do Rio de Janeiro e Redes de Desenvolvimento da Maré; Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP); Pastoral Carcerária Nacional (ASAAC); Conselho Federal de Psicologia; Viva Rio.

III – no segmento trabalhadores: Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (ADEPOL); Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Brasil (AMEBRASIL); Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais (SINDAPEF); Associação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais (ANASPRA); Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF); Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL); Federação dos Profissionais em Papiloscopia e Identificação (FENAPPI); Associação Brasileira de Criminalística (ABC) e Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF). Parágrafo único. As entidades, fóruns, redes e movimentos sociais mencionadas no inciso I, alínea “b”; inciso II , alíneas “a” e “b”; e inciso III, alíneas “a” e “h”, realizarão rodízio de vagas por compartilhamento, nos termos do item 3.8 do Edital de Convocação de Eleições, homologado pela Portaria MJ nº 780, de 13 de maio de 2010 e na forma identificada no ato da inscrição. Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 Portaria nº 4.039, de 17 de dezembro de 2010 – Estabelece a composição de representantes governamentais no Conselho Nacional de Segurança Pública para a gestão 2010- 2012.

O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições que lhes conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal e o Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, e tendo em vista o disposto no artigo 3° do Decreto nº 6.950, de 26 de agosto de 2009, resolve: Art. 1º Integrarão o Conselho Nacional de Segurança Pública, na condição de representantes governamentais:

a)Ministério da Justiça;
b)Secretaria-Geral da Presidência da República;
c)Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia (FNOP);
d)Departamento de Polícia Federal (DPF) e Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF);
e)Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (CONSESP);
f)Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCG);
g)Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil (CONCPC);
h)Conselho de Dirigentes dos Órgãos Periciais do Brasil
i)Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança Pública e Conselho Nacional das Guardas Municipais. Parágrafo único. As instituições mencionadas na alínea “c” compartilharão a mesma vaga no CONASP, aplicando-se esta regra às instituições elencadas nas alíneas “d” e “i”. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor a partir do dia 13 de dezembro de 2010.

Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública – 20/12/10 – 19h52

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CADE O DELEGADO ??????

GILMAR MENDES: “FEDERALISMO COOPERATIVO E SEGURANÇA PÚBLICA” 11

Federalismo cooperativo e segurança pública
Thu, 23 Dec 2010 07:23:14 -0200
Gilmar Mendes

Além de espelhar o alívio, a aprovação e a esperança dos cariocas em tempos de menos tensão e mais prosperidade, o sonoro aplauso dos brasileiros à operação de retomada de territórios há décadas dominados por traficantes no Rio de Janeiro sinaliza um novo patamar de exigência da população no tocante ao problema da segurança. Muito ao reverso de tudo isso, a perplexidade maior ficou por conta da facilidade com que tudo se deu, deixando no ar indagação meio óbvia: se foi tão fácil, por que não se fez antes?
Bem, talvez faltasse a confluência de fatores que se viu agora: a vontade política dos governantes; a indignação dos cidadãos, reféns indefesos da audácia crescente da bandidagem; a urgência em garantir ambiente seguro aos altos investimentos necessários à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016; enfim, o consenso de que somente pela atuação conjunta e ordenada do aparato estatal, utilizando com eficiência todos os instrumentos disponíveis, seria possível fazer frente ao requinte organizacional que o crime alcançou.
Sim, passa da hora de reconhecer que as questões de segurança são de alcance nacional, não só por permearem diversos Estados da Federação, mas por serem de responsabilidade de todas as esferas políticas. A concentração dos índices de criminalidade em certos nichos não desonera a União de trabalhar diretamente, em ação integrada e com gestão compartilhada, na superação de um dos mais graves obstáculos ao desenvolvimento socioeconômico do País.
Não é tarefa fácil porque, além de ações muito bem planejadas e executadas por órgão com competência federal, requer a disponibilidade de recursos específicos para a contínua redução dos índices e efeitos da criminalidade, em montante que ultrapassa em muito a capacidade de endividamento da maioria dos Estados.
Aliás, esse amadurecimento político, distante das disputas partidárias, já vem sendo notado há anos em áreas cruciais como saúde e educação. A segurança, evidentemente, não pode ficar de fora desse pacto por ações definitivas em prol do bem comum. Já é chegada a hora de interpretar o dispositivo da Constituição federal que atribui competência à União para assegurar a defesa nacional – Art. 21 III – como uma intimação constitucional à sua maior atuação no combate à criminalidade organizada, que ameaça o Estado brasileiro e toda a sociedade. É preciso que a União assuma, de uma vez por todas, seu natural papel de liderança federativa, expurgando as improvisações que, nos casos ligados à violência, além de inadmissíveis, se mostram tão paliativas quanto improducentes.
Neste diapasão a Constituição de 1988 também impõe um dever às Forças Armadas, no momento em que, no seu artigo 142, estabelece que a elas poderão, por iniciativa dos poderes constitucionais, destinar-se à garantia da lei e da ordem. É preciso interpretar essa norma de forma construtiva e com efeitos concretos.
A complexidade da criminalidade organizada, seu aspecto transnacional e sua potencialidade lesiva – valendo-se da droga, das armas e da violência como produto – permite que esta questão de segurança pública se transforme num problema de segurança nacional.
Também a Polícia Federal deve liderar a organização de esforços, estruturas e informações essenciais à repressão e à prevenção da criminalidade, principalmente quanto aos delitos essenciais ao crime organizado, como o tráfico de armas e entorpecentes, além da lavagem de dinheiro.
Desta forma, a atuação da União, por meio das Forças Armadas e da Polícia Federal e em coordenação com a atividade dos Estados, representa uma necessidade e uma realidade. No âmbito da Justiça, a atuação integrada não é novidade. Cito o exemplo da parceria firmada, em fevereiro deste ano, entre o Ministério da Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para implementação da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), objetivando, entre outras medidas, a integração de bancos de dados, levantamento de informações sobre mandados de prisões, providências em relação aos presos em delegacias e acompanhamento de inquéritos e processos criminais.
No Judiciário, ações como os Mutirões Carcerários, o Começar de Novo e o Projeto Integrar são exemplos de iniciativas a envolver a atuação conjunta de órgãos de diversas esferas administrativas que têm produzido progressivos resultados na efetividade da prestação jurisdicional.
De modo algum uma acanhada interpretação do federalismo pode obscurecer ou restringir a responsabilidade da União de organizar o empenho das mais variadas estruturas administrativas na área da segurança pública. É fundamental que o Estado se aproprie de ferramentas tecnológicas no combate ao crime e que suas estruturas políticas possam compartilhar informações e soluções para avançarmos coordenadamente no combate ao crime.
Medidas simples que dependem dessa coordenação interinstitucional – como o banco de mandados de prisão, maior inteligência sobre o modus operandi das organizações criminosas e registros confiáveis sobre a população carcerária – são instrumentos indispensáveis à definição de política pública para a área de segurança.
Diante do êxito, cabe prosseguir com passos seguros e estratégias proativas, de maneira a garantir a vitória nas batalhas que se avizinham. Então é pensar em medidas normativas que promovam o devido suporte legal ao protagonismo da União, para que se viabilize o mais depressa possível a orquestração harmônica desse imprescindível concerto a várias mãos.
MESTRE PELA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, MESTRE E DOUTOR EM DIREITO DO ESTADO PELA UNIVERSIDADE DE MÜNSTER (ALEMANHA), MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), FOI PRESIDENTE DO STF E DO CNJ

SITE DO SINDICATO: A IMPRENSA PIG NÃO QUER PUBLICAR A GRAVE ADVERTÊNCIA DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS DELEGADOS CONDENANDO OS ARROUBOS DE AUTORITARISMO E FALTA DE RESPEITO ATRIBUÍDOS POR MEIO DA IMPRENSA AO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA 122

———- Mensagem encaminhada ———-
De: DÉCIO >
Data: 22 de dezembro de 2010 07:43
Assunto: SITE DO SINDICATO
Para: DEL GUERRA

GRANDE AMIGO GUERRA: FAVOR PUBLICAR EM SEU BLOG, VISTO QUE A IMPRENSA PIG NÃO QUER PUBLICAR.

ABS
DÉCIO ®

  

  

Tendo em vista pronunciamentos do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp, não pode se calar:

1º – Sendo o Secretário de Segurança Pública, segundo o “site” da SSP/SP, a mais alta autoridade na hierarquia policial (apesar de não pertencer a nenhuma das duas policias estaduais constitucionalmente previstas – civil e militar), é o único responsável pela atual situação da insegurança pública, e, para fugir de suas responsabilidades tece comentários levianos e sem qualquer fundamento, principalmente contra a Polícia Civil, órgão pelo qual, nota-se, claramente, que nutre um enorme rancor;

2º – O Secretário ultrapassa os seus limites de atribuições, os quais deveriam ser administrativos e em plena harmonia com a Delegacia Geral de Polícia, e passa a gerir diretamente a Polícia Civil, nomeando e exonerando diretores a seu bel prazer, sem consultar a Delegacia Geral de Polícia e o Conselho da Polícia Civil;

3º – Agride toda a instituição policial quando faz seus comentários negativos, discriminatórios e generalizados;

4º – No que se refere ao Denarc, mostra o senhor secretário não possuir conhecimentos suficientes para se manifestar sobre suas atuações, pois o Denarc encontra-se instalado em um prédio totalmente inadequado e em péssimas condições. Sofre, como toda a Polícia Civil, a enorme falta de Delegados e de funcionários, não possui equipamentos tecnológicos de última geração para aprimorar os trabalhos investigativos, a legislação engessa a atuação policial como um todo, mas principalmente no que se refere a investigação sobre tráfico de drogas, e, apesar de toda esta dificuldade, o Denarc além de fazer um brilhante trabalho policial, também faz excelente trabalho social, seja quando profere palestras sobre entorpecentes em escolas, associações, Igrejas, Rotary, Maçonaria, Lions etc, seja quando faz trabalhos de recuperação de drogados e encaminhamentos para clinicas especializadas etc. Ademais, durante a gestão do atual diretor do Denarc, registre-se, nomeado pelo atual secretário, foram apreendidas 5,23 toneladas de maconha, 2,31 toneladas de cocaína, quase 0,5 tonelada de crack; foram realizadas 299 prisões em flagrante com um total de 499 pessoas presas e 1.017 interceptações telefônicas, o que gerou milhares de conversas a serem ouvidas e degravadas. Tudo isto, somente em 2.010, e se não teve maior êxito em suas ações foi por culpa única e exclusivamente do estado, e não do Diretor do Departamento, o qual tem feito um excelente trabalho por onde tem passado.

5º – Quanto ao Detran, mostra o senhor secretário também não possuir qualquer conhecimento a respeito de seu funcionamento, pois no que se refere as delegacias especializadas em crimes de trânsito, as mesmas, além de atenderem ao público que possuem o conhecimento de sua existência e que para lá se dirigem, recepcionam todo o acervo de boletins de ocorrência de acidente de trânsito com vítimas que sejam de autoria desconhecida, e ainda, nos moldes do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, possui uma equipe plantonista que poderá ser acionada por qualquer delegacia de policia territorial da capital, assessorando e atendendo as ocorrências de crime de trânsito.

Desta feita, se a segurança pública não está indo bem, não é por culpa da Polícia Civil, mas sim do Secretário de Segurança Pública, que em vez de administrar a sua pasta, quer, a seu modo, dirigir a Polícia Civil, menosprezando a Delegacia Geral de Polícia, o Conselho da Polícia Civil, e, em consequência, a todos os policiais civis do Estado de São Paulo. Acho que ele ainda não sabe que o regime ditatorial, no Brasil, já acabou.

GEORGE MELÃO

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp. 

MANIFESTO DO DOUTOR GEORGE MELÃO CONDENANDO A POSTURA DESAGREGADORA DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA 36

Caro Guerra, a manifestação do George Melão, hoje, no site do Sindpesp, mostra uma nova conduta da entidade, até hoje covarde em defesa da nossa classe.
Para você conhecer.
Abraço
Antonio Claudio

O colega George Melão, nosso presidente do Sindpesp, faz duro pronunciamento que está abaixo e extraido do site, sendo importante que os colegas divulguem em suas regiões e enviem a amigos, inclusive da mídia.

Antonio Claudio, de Santos

Tendo em vista pronunciamentos do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp, não pode se calar:

1º – Sendo o Secretário de Segurança Pública, segundo o “site” da SSP/SP, a mais alta autoridade na hierarquia policial (apesar de não pertencer a nenhuma das duas policias estaduais constitucionalmente previstas – civil e militar), é o único responsável pela atual situação da insegurança pública, e, para fugir de suas responsabilidades tece comentários levianos e sem qualquer fundamento, principalmente contra a Polícia Civil, órgão pelo qual, nota-se, claramente, que nutre um enorme rancor;

2º – O Secretário ultrapassa os seus limites de atribuições, os quais deveriam ser administrativos e em plena harmonia com a Delegacia Geral de Polícia, e passa a gerir diretamente a Polícia Civil, nomeando e exonerando diretores a seu bel prazer, sem consultar a Delegacia Geral de Polícia e o Conselho da Polícia Civil;

3º – Agride toda a instituição policial quando faz seus comentários negativos, discriminatórios e generalizados;

4º – No que se refere ao Denarc, mostra o senhor secretário não possuir conhecimentos suficientes para se manifestar sobre suas atuações, pois o Denarc encontra-se instalado em um prédio totalmente inadequado e em péssimas condições. Sofre, como toda a Polícia Civil, a enorme falta de Delegados e de funcionários, não possui equipamentos tecnológicos de última geração para aprimorar os trabalhos investigativos, a legislação engessa a atuação policial como um todo, mas principalmente no que se refere a investigação sobre tráfico de drogas, e, apesar de toda esta dificuldade, o Denarc além de fazer um brilhante trabalho policial, também faz excelente trabalho social, seja quando profere palestras sobre entorpecentes em escolas, associações, Igrejas, Rotary, Maçonaria, Lions etc, seja quando faz trabalhos de recuperação de drogados e encaminhamentos para clinicas especializadas etc. Ademais, durante a gestão do atual diretor do Denarc, registre-se, nomeado pelo atual secretário, foram apreendidas 5,23 toneladas de maconha, 2,31 toneladas de cocaína, quase 0,5 tonelada de crack; foram realizadas 299 prisões em flagrante com um total de 499 pessoas presas e 1.017 interceptações telefônicas, o que gerou milhares de conversas a serem ouvidas e degravadas. Tudo isto, somente em 2.010, e se não teve maior êxito em suas ações foi por culpa única e exclusivamente do estado, e não do Diretor do Departamento, o qual tem feito um excelente trabalho por onde tem passado.

5º – Quanto ao Detran, mostra o senhor secretário também não possuir qualquer conhecimento a respeito de seu funcionamento, pois no que se refere as delegacias especializadas em crimes de trânsito, as mesmas, além de atenderem ao público que possuem o conhecimento de sua existência e que para lá se dirigem, recepcionam todo o acervo de boletins de ocorrência de acidente de trânsito com vítimas que sejam de autoria desconhecida, e ainda, nos moldes do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, possui uma equipe plantonista que poderá ser acionada por qualquer delegacia de policia territorial da capital, assessorando e atendendo as ocorrências de crime de trânsito.

Desta feita, se a segurança pública não está indo bem, não é por culpa da Polícia Civil, mas sim do Secretário de Segurança Pública, que em vez de administrar a sua pasta, quer, a seu modo, dirigir a Polícia Civil, menosprezando a Delegacia Geral de Polícia, o Conselho da Polícia Civil, e, em consequência, a todos os policiais civis do Estado de São Paulo. Acho que ele ainda não sabe que o regime ditatorial, no Brasil, já acabou.

GEORGE MELÃO

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – Sindpesp.

Decretada a prisão de Jonathan Lauton Domingues 12

21/12/2010 19h32 – Atualizado em 21/12/2010 19h55

Justiça decreta prisão de suspeito de agressão contra jovem na Paulista

Rapaz de 19 anos é o único envolvido maior de idade no episódio.
Decisão da Justiça saiu na tarde desta terça-feira (19).

Do G1 SP

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agressão av. paulistaCâmera filma agressão na Paulista (Reprodução)

A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (21) a prisão do único rapaz maior de idade envolvido na agressão a um jovem na Avenida Paulista. Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, indiciado por lesão corporal grave e tentativa de homicídio está em liberdade. Agora ele é procurado pela polícia. O G1 não conseguiu localizar o advogado de Domingues.

Os quatro garotos suspeitos de agressão estão internados provisoriamente na Fundação Casa após a Justiça decretar o recolhimento deles em 23 de novembro.

A decisão pela internação ocorreu após imagens gravadas por câmeras de segurança de prédios da Avenida Paulista mostrarem as agressões cometidas pelos adolescentes. Em uma das cenas, um dos garotos, de 16 anos, bate e um jovem com lâmpadas fluorescentes, ferindo o rosto da vítima, sem qualquer motivo aparente.

Baseada numa lei estadual anti-homofóbica, a Defensoria Pública de São Paulo entrou na quinta-feira (16) com uma denúncia administrativa na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania para pedir que a comissão do órgão aplique uma multa de R$ 80 mil para os cinco suspeitos.

A defensora Maíra Diniz, coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da defensoria, afirmou que duas das vítimas relataram para ela que a motivação dos ataques foi homofóbica.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública, ela irá basear seu pedido à secretaria na lei estadual 10.948 de 2001 de combate à homofobia.

Segundo a defensora, ela pediu a aplicação de multa de R$ 16 mil para cada um dos cinco suspeitos. “O dinheiro poderá ir para um fundo de políticas públicas de diversidade sexual se a comissão da Secretaria da Justiça assim decidir”, disse Maíra.

Na madrugada de  5 de dezembro houve mais um ataque contra homossexuais na região da Avenida Paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que as vítimas foram agredidas violentamente por um homem. Nos últimos meses, foram pelo menos seis ataques na região, com oito vítimas feridas.

Vídeo coloca ação de policiais da Rota sob suspeita… 82

21/12/2010 19h21 – Atualizado em 21/12/2010 19h21

Vídeo coloca ação de policiais da Rota sob suspeita

Juíza assistiu imagens e mandou soltar três suspeitos de tráfico.
Para ela, policiais alteraram a cena do crime.

Do G1 SP

Três acusados de tráfico de drogas estão soltos, porque policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) teriam alterado a cena do crime. Uma juiza revogou a prisão depois de ver as imagens gravadas por câmeras de segurança, no local onde supostamente estaria armazenada a droga.

Imagens mostram quando policiais da Rota aparecem do lado de fora do galpão conferindo o pó branco. Já dentro do galpão, eles tiram os sacos da mala e começam a despejar o conteúdo num tambor. Segundo o boletim de ocorrência, lavrado pelos próprios policiais, o pó branco seria cocaína.

Vários policiais entram e saem do galpão. Assim que um deles percebe que o grupo está sendo gravado, dá um tapa na câmera. Em seguida outros policiais saem à procura da central que controla as gravações. Eles encontram outra câmera, que também é danificada.

O que eles não contavam é que o monitoramento também estava sendo feito de um outro lugar.
As imagens foram gravadas em outubro do ano passado.  Tudo aconteceu em um depósito de material de construção, no parque Santa Madalena, periferia da zona Leste. Na época, os policiais registraram a ocorrência como um flagrante de apreensão de drogas.

O dono do depósito, um funcionário e a mulher dele tiveram a prisão preventiva decretada por tráfico de drogas. E não foram presos porque as imagens foram parar na justiça.  Depois de assistir à gravação, a juíza Daniela Martins de Castro revogou a prisão dos acusados e encaminhou o vídeo para a corregedoria da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública, a Justiça Militar e pediu providências.

No despacho, a juíza diz: as imagens mostram que os policiais mexeram na droga e alteraram a cena do crime. E só por este motivo as provas contra os acusados ficaram comprometidas. A corregedoria da PM instaurou um inquérito para investigar a conduta dos policiais. A apuração está sendo acompanhada pela Justiça Militar. Os PMs que aparecem no vídeo foram afastados no começo das investigações. Mas a coorporação não confirma se eles voltaram às ruas.
Especialista em segurança, José Vicente da Silva assistiu à gravação. Segundo ele, os policiais infringiram várias normas da PM e cometeram crimes.

“Há toda uma cadeia de procedimentos criminosos praticados por criminosos fardados. O fato de ter essa droga e não ter apreendido já seria um crime. O policial quando apreende uma droga em qualquer que seja a circunstância ele imediatamente tem que ser levada para apreensão da Polícia Civil. Então isso mostra que eles estavam num comportamento indevido ali.”

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/12/video-coloca-acao-de-policiais-da-rota-sob-suspeita.html

Antônio não simpatiza muito com a Polícia Civil do Estado, mas a Polícia Militar está em absoluta tranquilidade…( deboche, deboche, deboche…) 148

Segurança em SP
Ferreira Pinto promete mudanças na cúpula da Polícia Civil – 21/12/2010 13h56min
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A Polícia Civil de São Paulo está fervendo, isso porque, Antônio Ferreira Pinto foi mantido no cargo de Secretário de Segurança Pública. Antônio não simpatiza muito com a Polícia Civil do Estado, mas a Polícia Militar está em absoluta tranquilidade. O secretário deve manter o comandante geral da PM, e provavelmente as mudanças serão mesmo na Polícia Civil. Confira os detalhes com Thiago Samora

ONGs levam denúncias de abusos de PMs a ONU e OEA 11

 
Documento contém 19 relatos de moradores dos complexos da Penha e do Alemão
Fabio Vasconcellos e Taís Mendes

Um relatório produzido por ONGs e que já está com deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em Brasília, menciona a suposta ocorrência de uma execução, além de roubos e torturas, praticados por PMs durante a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão. O documento, contendo 19 relatos de moradores, foi entregue à cúpula da Secretaria estadual de Segurança na semana passada e será entregue hoje às Relatorias Especiais sobre Tortura e Execuções Sumárias, Arbitrárias ou Extrajudiciais da ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA.
Alguns casos são relatos genéricos de moradores; outros são depoimentos com mais detalhes, de pessoas que afirmaram a integrantes de ONGs terem sofrido violência física e psicológica por parte de policiais. Os relatos não incluem, no entanto, denúncias de moradores sobre o tempo em que as comunidades eram subjugadas por traficantes.
De acordo com o documento, um homem identificado apenas como João Lennon, de 25 anos, teria sido executado em 28 de novembro na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. O caso foi relatado a integrantes da Justiça Global, que visitaram os dois complexos por três dias com outras ONGs, como a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência e assessores da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj. Vizinhos de João Lennon, que seria viciado em crack e cunhado de um traficante, contaram que ele foi levado para dentro de casa por policiais e, em seguida, foram ouvidos disparos. O corpo teria sido retirado do local pelos PMs, ainda segundo moradores.
Um outro caso que consta do documento é o de um morador, também da Nova Brasília, que diz ter sido torturado por PMs – apesar de não ter ficado com marcas de violência. O morador contou que ele e outras duas moradoras, de 14 e 15 anos, foram algemados por volta das 8h e só liberados no fim do dia, depois de percorrem toda a favela com PMs, que queriam informações sobre armas e drogas. Os policiais teriam ainda ironizado quando o morador mostrou que tinha um crachá de trabalho. Segundo o documento elaborado pelas ONGs, o morador afirmou que, em determinado momento, os policiais o mandaram fechar os olhos e, com o cano de um fuzil em seu peito, gritavam que iriam matá-lo. Em outro momento, segundo o relato, os policiais teriam usado as três vítimas como escudo, durante uma troca de tiros com bandidos. Após horas sob o controle dos policias, inclusive com agressões como chutes e socos, os três moradores foram liberados, mas teriam ouvido dos PMs que deveriam deixar a favela. Não há registro de marcas das agressões no relatório das ONGs.
Pelo documento, que foi divulgado pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o filho de um morador teria sido torturado com sufocamento. De acordo com o relato, PMs invadiram uma casa no dia 28 no Complexo da Penha e, após descobrirem que um dos moradores que tinha passagem pela polícia e estava no sistema semiaberto, teriam iniciado ums sessão de tortura. O rapaz foi levado para um dos quartos por dois policiais, e lá, segundo o documento, teria sido submetido a sessões de violência por mais de uma hora, com um saco plástico e agressões físicas. Apesar dos gritos da vítima, os pais do rapaz nada teriam podido fazer pois estariam na sala da casa sob a vigilância de um outro PM. Conforme o relato, o jovem teria sido levado depois pelo policiais e apresentado à imprensa como traficante. Também neste caso, o documento não registra marcas de torturas nas vítimas.
Na quinta-feira 2 de dezembro, duas casas que ficam próximas a um boca de fumo no Alemão teriam sido invadidas por homens do Bope. O documento elaborado pelas ONGs diz que os policiais estariam à procura de R$100 mil deixados por traficantes, e teriam dito que pagariam R$10 mil para quem indicasse onde estava o dinheiro. Numa das casas, depois de quebrar móveis e eletrodomésticos, teriam iniciado uma sessão de torturas com choque elétrico num dos moradores. Segundo o relato, a vítima teve as mãos e os pés amarrados. A violência teria durado cerca de meia hora.
Uma outra moradora contou aos integrantes das ONGs que estava em casa com os filhos quando chegaram policiais acompanhados de um X9 (informante) encapuzado. Segundo o relato, os policiais teriam afirmado que tinham informações de que existiriam armas e drogas na casa. Uma criança de 2 anos, que estava na casa, teria sido torturada. No relato, consta que a moradora foi jogada numa cama, espancada e espetada com uma escopeta nas costas. Ela disse que não fez exame de corpo de delito porque se sentia ameaçada.
Em nota, a Secretaria de Segurança informou que o secretário José Mariano Beltrame não tomou conhecimento do conteúdo do relatório. Segundo a secretaria, “desde o dia da ocupação, quando a imprensa apresentou as primeiras denúncias, agentes das corregedorias passaram a trabalhar no Complexo do Alemão. Cerca de 50 procedimentos apuratórios foram abertos desde então, mas, devido à fragilidade dos testemunhos ou das provas apresentadas, os órgãos de controle pediram mais prazo para aprofundar as investigações”. Ainda segundo a nota, a pedido do secretário, a Defensoria Pública do estado pôs uma equipe para atender às queixas da população local.
Diretora da Justiça Global, Sandra Carvalho não chegou a visitar as comunidades, mas finalizou o relatório a ser enviado hoje à ONU e à OEA. Ele disse que o documento final sugere aos organismos internacionais que peçam esclarecimentos às autoridades brasileiras sobre as denúncias. O relatório também solicita uma visita do relator da ONU nas comunidades.
– Em 2007, o relator esteve no Alemão e fez um relatório de denúncia de abuso policial na comunidade. O Brasil foi cobrado pela ONU e um segundo relatório, com certeza, será muito ruim para o país. O que temos de relatos demonstra a realidade do que está acontecendo. As denúncias são graves e mostram que os moradores continuam sofrendo com a presença da polícia – disse ela.
Apesar de até ontem não ter lido o relatório, o deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, destacou que ouviu denúncias semelhantes quando visitou as favelas após a ocupação:
– Também recebi algumas pessoas no meu gabinete e imagino o teor das denúncias. Da mesma forma que recebi relatos de policiais cordiais, recebi queixas de policiais agressivos.
 

O criador do WikiLeaks diz que o vazamento de documentos sigilosos não vai parar. 2

“É apenas o fim do começo”
Mundo

O criador do WikiLeaks diz que o vazamento de documentos sigilosos não vai parar.
REDAÇÃO ÉPOCA

Julian Assange recuperou a liberdade, pelo menos por ora. Na quinta-feira passada, ao sair em condicional da solitária “no porão de uma prisão vitoriana” (como definiu o cárcere londrino de Wandsworth), Assange louvou a resiliência de seu site – “O WikiLeaks é uma organização robusta. Durante meu confinamento solitário continuamos a publicar” –, acusou os Estados Unidos de persegui-lo – “Há algo muito errado com os EUA para que a investigação sobre mim e a minha organização tenha de ser conduzida em segredo” – e prometeu continuar a vazar documentos sigilosos. Os mais recentes divulgados pelo WikiLeaks revelaram que o Exército da Índia fez uso sistemático de técnicas de tortura na região da Caxemira, disputada pelo Paquistão.
Com a ajuda de entusiastas e patrocinadores ilustres, Assange pagou fiança de 200 mil libras (R$ 530 mil), encerrando nove dias de detenção. Vai ter de se apresentar todos os dias à delegacia, foi obrigado a entregar o passaporte e está usando um identificador eletrônico para evitar uma possível fuga. Ele vai aguardar os próximos passos do processo em uma mansão em Norfolk, na Inglaterra. É acusado de estupro e assédio sexual na Suécia, para onde pode ser extraditado.Também corre o risco de ir parar nos Estados Unidos, acusado de espionagem por ter vazado mais de 250 mil telegramas sigilosos da diplomacia americana.
A esta altura, porém, a situação pessoal de Assange já não é o maior dos problemas daqueles incomodados com os vazamentos do WikiLeaks. Quando Assange disse que “esse é apenas o fim do começo”, estava referindo-se a seu próprio caso, mas o episódio parece ser o primeiro de uma era de ativismo digital, em que atacar governos e grandes corporações com o vazamento de dados seria uma nova forma de protesto libertário. O principal movimento pró-WikiLeaks, o Anonymous (Anônimo), reuniu-se para inundar de acessos e tirar do ar os sites de empresas como Visa, MasterCard e PayPal – que deixaram de receber doações em nome do WikiLeaks – e da Amazon – que deixou de hospedar o site da organização.
Em um artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian, Richard Stallman, um dos criadores do movimento do software livre, disse que a manifestação do Anonymous favorável ao WikiLeaks era comparável a um protesto de rua, só que on-line. Para Stallman, a polícia só consegue perseguir e prender os participantes porque a liberdade no mundo virtual é muito mais restrita que no “mundo real”. “No mundo físico, você pode comprar um livro com dinheiro, e ele pertence a você. Você é livre para dá-lo, emprestá-lo ou vendê-lo a outra pessoa”, diz Stallman. “Contudo, no mundo virtual, os leitores digitais têm ‘algemas digitais’ que os impedem de dar, emprestar ou vender um livro.”

Para o fundador do OpenLeaks, um ex-funcionário de Assange, o WikiLeaks perdeu o foco
Para escapar da repressão à ação no mundo digital, os integrantes do Anonymous abarrotaram as máquinas de fax nas empresas com os memorandos vazados pelo WikiLeaks e, em mais um passo em direção ao “mundo real”, estavam organizando o que batizaram de Operation PaperStorm (Operação Tempestade de Papel), em que voluntários imprimiriam e distribuiriam panfletos de apoio ao WikiLeaks.
As prisões de Assange e do militar americano Bradley Manning – acusado de vazar a maior parte das informações sigilosas divulgadas pelo site – fizeram dos dois os “mártires” desse novo ativismo digital. Ainda que não tenha criado um movimento consistente, Assange conquistou aliados, inimigos e gerou pelo menos uma dissidência: o OpenLeaks, criado por Daniel Domscheit-Berg, ex-funcionário de Assange. A nova organização, que deverá ser lançada em breve, afirma que não vai publicar diretamente na web as informações sigilosas obtidas por fontes anônimas: os dados serão checados por jornais e organizações não governamentais antes de vir a público. De acordo com Domscheit-Berg, o WikiLeaks se tornou muito autopromocional e deixou de focar as informações que obteve.
Assange disse que Domscheit-Berg foi expulso do WikiLeaks por mau comportamento e só criticou a organização por recalque. Mesmo que tenha razão, Domscheit-Berg tem um ponto quando afirma que o WikiLeaks e seu fundador estão fazendo mais barulho do que merecem as informações sigilosas reveladas até agora. Os sucessores do WikiLeaks têm uma chance de ser mais bem-sucedidos se corrigirem alguns de seus pontos fracos, como a falta de análise e checagem dos documentos publicados. Se isso acontecer, Assange será lembrado como iniciador de uma nova era de transparência digital, maior do que ele próprio poderia conceber