Secretários de segurança estão preocupados com migração de criminoos que não foram capturados
Ivan Iunes
Edson Luiz
A ação da polícia fluminense e do Exército, que sufocou fortes pontos de tráfico em morros do Rio de Janeiro, colocou em alerta as secretarias de segurança pública de outros estados. O principal receio é de que os traficantes que escaparam do cerco na Vila Cruzeiro e no conjunto de favelas do Alemão busquem refúgios em estados próximos até que a poeira das operações comece a baixar. O Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) esteve reunido ontem em Brasília com a tarefa de traçar os pontos de apoio dos criminosos fora do Rio de Janeiro.
O plano detalhado para ampliar a operação de cerco ao narcotráfico será traçado pelo Consesp em conjunto com a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, em reunião marcada para a semana que vem em local a ser determinado. “O que há de novo é uma tensão, uma vigilância nas vias de acesso ao estado numa eventual possibilidade de migração de pessoas que estejam diante de perseguição no Rio de Janeiro para o estado. Não apenas para Minas Gerais, mas para São Paulo, Espírito Santo, para todos os estados que fazem divisa”, disse o secretário de segurança de Minas Gerais, Moacyr Lobato.
O temor dos secretários em relação à migração de criminosos para outros estados, porém, se contrapõe às autoridades federais, que não acreditam que os traficantes possam se distanciar do Rio. A justificativa seria o problema com ambientação em outras regiões do país, além da falta de um público consumidor garantido como havia em alguns pontos de vendas em favelas e morros da capital fluminense. Na avaliação da área de inteligência da União, outro fator que poderia impedir a fuga do tráfico para fora do Rio são outras organizações já existentes.
“Normalmente o traficante do Rio nasceu na favela onde atua e faz a carreira no narcotráfico na própria comunidade, começando como aviãozinho até chegar à chefia. Ele quase não sai da favela”, explica o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Segundo Barreto, a possibilidade de uma migração de outras facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) — que atua em São Paulo — para o Rio, também é improvável, mesmo com o enfraquecimento das organizações fluminenses. “Dificilmente o PCC, por exemplo, se estabeleceria no Rio”, reforçou o ministro.
Na Polícia Federal, a posição é praticamente a mesma de Barreto. Setores da inteligência da corporação ainda não observaram que haja risco de haver uma migração de traficantes para outras regiões. Delegados do setor advertem, entretanto, que ainda é cedo para fazer uma avaliação.
Nesta quarta-feira, parte da droga recolhida pelas operações na Vila Cruzeiro e no Alemão começou a ser incinerada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ). Cerca de 42 toneladas de maconha e cocaína, entre outros entorpecentes, foram ao forno. O transporte do material pela polícia civil demandou um esquema especial ao longo da Via Dutra — principal estrada de acesso entre o Rio e Volta Redonda. A expectativa é de que os entorpecentes sejam completamente destruídos até o fim do dia de hoje.
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Temem?
Todos nós já contávamos com isso,e eles (governantes)não se organizaram para impedir ou preparar os demais estados para
a retaliação.e quem paga o pato da incompetência somos nós.
Evidente que qualquer organização só se estabelece se tiver competência,e conivência e eles tiveram e têm.Assim,para as polícias abandonadas,mal pagas,sem treinamento,sem opção,resta apenas a morte, e quem se importa?
Eles (estados) se preocupam tanto conosco,quanto os chefões do crime com seus aviões.Ou seja,morreu põe outro no lugar.
E outra coisa em que não pensaram com tantas apreensões(cadê a coca?)os viciados sairão à procura, como a oferta diminuiu o preço vai subir.Querem saber, não pensaram em nada,querem mesmo que o povo se exploda…
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Aqui em São Paulo as coisas são bem piores que no Rio.
Reduto de criminosos tem cerca ,tem dono,polícia não entra.
Eles cuidam do bem estar dos moradores, e fazem as vezes do estado omisso, que dá garantias aos seus cidadãos,não prove o essencial para sobrevivência com um mínimo de dignidade ,
deixou a polícia relegada a terceiro ou quinto plano,e tem secretário(gestão) que se vangloria de não ser bem visto pelos policiais.Pois é,pena que eles não serão os alvos,se cercam de seguranças,moram em condomínios deluxo,andam em carros blindados e sabe-se lá por quem são aplaudidos.
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MAS OS BANDIDOS ESTÃO SOLTOS HÁ ANOS. PRESOS ESTÃO OS MOCINHOS.
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“Dificilmente o PCC, por exemplo, se estabeleceria no Rio”, reforçou o ministro.
Bem, Sr Ministro, não seria porque o RJ NÃO é governado há quase 20 anos pelo psdb, né!?!?! ;)
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Desanimada,
Na mosca :lol:
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