17/11/2010 09:13
‘Mensalinho’ da polícia em São José
Em depoimento, testemunha protegida diz que a propina era paga todo mês, por todas as bancas
Uma taxa de R$ 50 por mês para cada barraca. Era este o valor da propina entregue a um funcionário da Delegacia Seccional de São José dos Campos, de acordo com dados reunidos no inquérito da Corregedoria da Polícia Civil da região que apura a existência de um milionário esquema de corrupção policial ligado à venda de CDs e DVDs piratas nas ruas do município.
Para vender, o camelô teria que pagar uma taxa de corrupção, uma espécie de ‘licença’. A unidade, que chefia a corporação no município, nega qualquer irregularidade. A informação consta no depoimento prestado à Corregedoria por uma vendedora de produtos piratas, que teria um papel central na rede criminosa.
Ela denunciou o esquema e citou cerca de 15 policiais civis (entre eles, dois delegados), além de apontar o envolvimento de pelo menos dez delegacias da cidade. O caso, ainda em apuração, foi revelado com exclusividade pelo BOM DIA, nesta segunda-feira.
De acordo com informações reunidas no inquérito, instaurado com o número 100/2010, o valor da corrupção era tabelado: variava segundo a área, tamanho da barraca e delegacia que receberia o dinheiro ilegal.
A testemunha protegida, que declarou à Corregedoria que teme ser assassinada, consta como averiguada no inquérito e teria sido pressionada por policiais para alterar o teor do depoimento. Com medo, ela teria deixado a cidade.
O depoimento foi prestado na presença do advogado particular dela. A vendedora informou à Corregedoria o nome dos arrecadadores de propina nas zonas norte e leste.
PROPINA/
No centro e zona sul, de acordo com a testemunha, que era “tesoureira” do esquema, eram arrecadados R$ 45 mil e R$ 25.700 mensais.
Por ano, o valor chegaria a cerca de R$ 840 mil. Ela entregou à Corregedoria um celular, com os telefones dos policiais com quem fazia contato. Como desdobramento, de forma inédita, equipes corregedoras de São José e São Paulo fizeram apreensões de cds e dvds piratas em outubro, em ruas do centro e zona sul. No total, foram recolhidos mais de 15 mil produtos.
CORRUPÇÃO/
O esquema de corrupção funcionaria de forma simples: se quisesse vender produtos piratas, adquiridos geralmente na capital paulista o vendedor ambulante teria de pagar uma taxa mensal ao grupo de policiais civis. O valor seria recolhido por um camelô e, depois, esse entregava a propina.
No dia 26 de outubro, com base no depoimento da vendedora, a Corregedoria marcou o depoimento de seis pessoas citadas pela testemunha protegida, como sendo os responsáveis por coletar a propina nas demais regiões de São José dos Campos.
Estado instaura inquérito para apurar denúncias
A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou, por meio da assessoria de imprensa, que instaurou inquérito para apurar o suposto esquema de corrupção ligado à cobrança de propina por policiais para permitir a venda de CDs e DVDs piratas nas ruas de São José dos Campos, mas declarou que não divulgará outros detalhes, pois atrapalharia o andamento da investigação.
O delegado-assistente do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Edilzo Correia Lima, disse ontem que não pode falar sobre a investigação feita pela Corregedoria.
“Se eu comentar esse assunto, estarei cometendo uma infração disciplinar. A Corregedoria é independente, então foge da minha alçada”, declarou Lima. O delegado ainda disse que, mesmo que pudesse falar, não poderia fazê-lo, já que está desinformado sobre o assunto.
Quando acertadamente falam que a corrupção na polícia civil é endêmica, falsos moralistas erguem a voz para dizerem que se sentem profundamente ofendidos.
É endêmica sim, e a culpa é de quem nos dirige há mais de duas décadas pela implantação e manutenção desses esquemas piramidais de corrupção existentes em diversas áreas do Estado.
Isso é decorrente de sistemas de controle interno inoperantes e subservientes aos interesses dos diretores da polícia. Só a partir da segunda metade desta gestão, passamos a ter uma corregedoria forte. Se ainda não é a ideal por não conseguir atingir os destinatários finais de todos os esquemas, pelo menos melhorou muito e, ainda tem muita coisa a ser feita, senão vejamos;
Esquemas de corrupção em São José são frequentes. É o caso das “maquininhas”, da antida delegada da corregedoria auxiliar que só conseguiu levar adiante suas apurações graças a ajuda do MP e depois pediu exoneração do cargo,e agora esquema de pedágio para exercício livre e solto da pirataria por quem se interessar.
Mal acabou a apuração do esquema de bingos e caça níqueis em Guarulhos com quase duas dezenas de condenações, ainda ontem, 16/11/2010 no mesmo município foi estourado um bingo clandestino com mais de duas dezenas de máquinas caça-níqueis de um investigador do Garra de Guarulhos. Isso é a demonstração inequívoca que não temem a justiça e acreditam na impunidade. Não soube que dirigentes das polícias foram punidos, só peixe pequeno. É impossível esses esquemas rolarem solto na cidade sem o conhecimento de quem dirige as unidades da polícia no local.
Até hoje não soubemos qual o resultado das investigações do esquema dos envelopes “DP” do advogado Jamil.
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Dr.Matheus,
“Diante deste quadro endêmico,e da omissão e conivência dos classistas, vamos aderir ao movimento,assim entraremos na lista dos santos amados”.
assinado:Odorico Paraguaçu.
Rede Espertalhona de televisão.Plin,plin…
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esse é o jeito gostoso da policia brincar.
ninguem sabe ,ninguem ve, ninguem ouve,
o governo finge que paga um bom salario os policia fingem que trabalha.
de vez em quando sobra pra alguem e assim caminha a mediocridade,parece que não sei
cade o aumento da classe policial,cade a reestruturação,ja viram que a policia esta ficando velha,porque sera?
o gozado é que a maioria dos cardeais de agora foram todos operacionaes no passado,sera que eles esqueceram que ja amassaram barro.
ninguem diz nada,ninguem fala nada,ninguem ve nada
FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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Ahhhhh! Paulada em SJC? Que isso? Conta outra novidade!
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Ué porquê a polícia militar não faz a apreensão dos cd’s e dvd’s piratas… será que também recebe o valor citado na reportagem???
Alguém pode me responder???
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MATHEUS SINTETIZOU TUDO.
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O DLEGADO ROBERTO MONTEIRO DE ANDRADE JUNIOR FEZ PARTE DO ESQUMA DAS MAQUININHAS E FOI PROMOVIDO PORQUE NÃO PROMOVER ESTES DOIS DELEGADOS DO CDS PIRATAS ?.
A CORREGEDORIA NÃO DEVIA NEN INVESTIGAR POIS , ALÉM DE GASTAR TEMPO E DINHEIRO A TOA VÃO TER QUE NA CERIMONIA DE PROMOÇÃO DESTES COM DIREITO A FESTA NA FAIXA
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Deveriam extrair cópia desses fatos e enviá-los ao Ministério Público Federal.
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É BOM TODOS ESTAREM A PAR QUE ESTA SENHORA QUE DISSE PAGAR ALGUNS POLICIAIS, FOI PRESA POR CONTRABANDO PELA P.F. E RESPONDE O IP EM LIBERDADE. ELA POSSUI VÁRIAS PASSAGENS PELA POLÍCIA, ALÉM DO MAIS, SEU DEPOIMENTO FOI TODO DIRECIONADO PELA DELEGAGA CORREGEDORA DRa. MARINES, QUE COMETEU VÁRIAS ARBITRARIEDADES NESTE CASO…. MUITA CAUTELA NESSA HORA….
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Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos reais não terá sido mera coincidência.
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