A bala de ouro: o papel de Dilma na reconfiguração política do Brasil não pode ser atropelado por um estilo de campanha construído em cima de factóides malévolos, distorções, temas-tabu e retóricas que celebram um vandalismo desastroso (inclusive para os próprios autores).

Quarta, 13 de outubro de 2010, 11h17 Atualizada às 12h00

A bala de ouro

Paulo Costa Lima
De Salvador (BA)

 

1. Não se faz um país sem povo. Mas, ora, o Brasil foi durante séculos, justamente algo nessa direção. Tudo começou de forma oficial na Praça Thomé de Souza – Salvador, em 1549, com um Regimento Geral aprovado em Lisboa e funcionários portugueses envolvidos na aventura da implementação. Os indígenas lá longe.

2. Por aqui o país oficial sempre foi um, e o povo sempre precisou inventar o seu próprio. Fez isso de forma genial, reinventando formas de vida – e essa é talvez nossa melhor marca distintiva, da música à culinária. Mas, quanto ao problema da dissociação entre vida e participação política ainda estamos longe de uma transformação estável.

3. A manutenção de milhões de pessoas em estado de miserabilidade, a desigualdade regional, o desincentivo à produção significam justamente que não há um país para todos. E incide diretamente sobre o desafio de inclusão econômica e política dessa impressionante camada. Com o atraso secular produzido pela ditadura militar de 64, tivemos todas as iniciativas nessa direção adiadas até praticamente o início dos 90.

4. Não resta dúvida alguma que a era Lula teve um efeito bastante positivo sobre esse processo, relativizando a força secular das soluções e valores adotados pela elite. A sociedade precisará dizer se considera ‘virtuoso’ ou ‘vicioso’ o processo de articulação popular desenvolvido pelo período Lula, no bojo mais amplo de sua perspectiva de gestão.

5. Falo em articulação popular como processo amplo e não como prestígio de um personagem solo. O conjunto de todos os vetores sociais na direção de uma nação com menos desigualdade e maior autonomia – econômica, política, de conhecimento…

6. Também como dimensão civilizatória de participação mais eqüitativa, coisa que nunca alcançamos, sempre meio que hipnotizados pela tal agenda “dos de cima”, pelos seus juízos técnicos e valorativos, muitas vezes absolutamente parciais, porém tornados em unanimidade forçada, sua visão de mundo distribuída pelos sistemas de comunicação hegemônicos.

7. Não que haja uma perspectiva popular pronta, aguardando ser projetada por algum governo. Trata-se justamente do desafio de fazer aflorar a possibilidade de construí-la. De abrir espaço para um laboratório de novos circuitos sociais, com todos os riscos (e benefícios) inerentes ao desafio. Seguir o bom senso “dos de cima”, nossa tradicional solução, mobiliza adeptos históricos, sempre prontos a desacreditar processos de transformação do poder – de inclusão de novos personagens políticos;

8. No final das contas é isso que estaremos decidindo. Se as marcas do governo Lula nessa direção são autênticas e merecem continuidade ou não. Leio agora na internet o significativo apoio de Chico Buarque e diversos outros artistas e intelectuais.

9. A rigor, a ex-candidata Marina Silva nada precisaria dizer. Toda sua vida pública – desde a tênue possibilidade de sua existência até a pujante presença como senadora e ministra – falam da virtuosidade do processo de mobilização de lideranças populares desencadeado pela era Lula.

10. Do ponto de vista dos movimentos sociais, da cultura como direito de cidadania, do ponto de vista de uma política de conhecimento para o Brasil, do ponto de vista do desenvolvimento com inclusão, e de vários outros ângulos, a virtuosidade do ciclo Lula é bastante clara. Dialoga claramente com a aprovação de 80% do seu governo. Com a transformação cultural de perceber que um “de baixo” (e, portanto, mil “de baixo”) podem assumir liderança de forma inovadora. Podem dialogar com o bom senso das elites de forma construtiva.

11. Ora, a delicadeza da montagem desse laboratório de reconfiguração política do país, que também toca nas questões de peso regional – e o papel de Dilma nesse processo – não pode ser atropelado por um estilo de campanha construído em cima de factóides malévolos, distorções, temas-tabu e retóricas que celebram um vandalismo desastroso (inclusive para os próprios autores).

12. Devemos lutar contra esse ambiente anti-democrático que se auto proclama como defesa da democracia, e exigir tranqüilidade e honestidade na discussão dos temas que realmente importam.

13. A bala de ouro, longe da associação vampirista da tal ‘bala de prata’ tão comentada durante a campanha – será a oportunidade de mobilização popular em defesa do espaço duramente conquistado. E atingirá apenas o modelo secular de um país sem povo.

(manifesto minha posição com a traquilidade de quem já foi eleitor de vários outros partidos, desde o tempo de Covas; de quem não depende de nenhuma benesse governamental e que escreve apenas como ato de consciência).

Paulo Costa Lima é compositor. Pesquisador pelo CNPq. Professor de composição da Universidade Federal da Bahia.
http://www.myspace.com/paulocostalimahttp://www.paulolima.ufba.br/

Bergamo: Pesquisa indica que eleitor não aceitou bem Serra não ter defendido a mulher 4

QUESTÃO DA MULHER
As pesquisas qualitativas tanto da campanha de José Serra (PSDB) quanto da de Dilma Rousseff (PT) revelaram que o eleitor não aceitou bem o fato de Serra não ter defendido a mulher, Monica, quando a petista a acusou de participar de uma campanha de difamação ao declarar que Dilma é a favor de “matar criancinhas”. Na segunda à noite, o programa de Serra saiu em defesa da ex-primeira dama de SP.

TUDO BESTEIRA
Na saída do debate da Band, José Serra minimizou o fato de não ter respondido, no ar, ao ataque de Dilma a Monica Serra. “Defender de quê? De uma besteira dessas?”, disse ele à coluna.

EM NOVEMBRO DE 2009 ALBERTO GOLDMAN AFIRMOU A JOSÉ SERRA QUE “PAULO PRETO” ERA ALCAGÜETA: “fala mais do que deve, sempre”. 2

13/10/2010 – 10h12

Engenheiro acusado por Dilma de desvio é ‘arrogante’, alertou vice-governador em e-mail

DE SÃO PAULO

Em e-mail enviado em novembro de 2009, o então vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, diz ao presidenciável José Serra (à época governador) que o ex-diretor da Dersa é incontrolável, “vaidoso” e “arrogante”.

Na mensagem, também encaminhada ao secretário de Transportes, Mauro Arce, Goldman diz que Paulo Preto “fala mais do que deve, sempre“. “Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem.

O tucano analisava as entrevistas concedidas, na véspera, por Paulo Preto e por Mauro Arce acerca da queda de uma viga do Rodoanel.

Danilo Verpa – 30.mar.2010/Folhapress
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa

Para o vice-governador, a coletiva era desnecessária. “É impossível uma entrevista com o Paulo sair bem.”

Em entrevista à Folha, na época, Paulo Preto autoriza as construtoras a manter a estratégia de instalação das vigas que desabaram no trecho sul –considerada incorreta pelo Crea-SP.

Goldman afirma ao final: “Não […] tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários.”
Ontem, Goldman não quis falar sobre o conteúdo do e-mail. Disse apenas que o tema está encerrado.

Jefferson Kravchychyn: “Como todo mundo tem um advogado ou bacharel em direito na família, ou conhecido, qualquer coisa é motivo para entrar na Justiça”…BRILHANTE EXEMPLO DE ARGUMENTAÇÃO “JURÍDICA” 3

Brasil tem mais faculdades de Direito do que todo o mundo

 

O Brasil tem mais faculdades de Direito do que todos os países no mundo, juntos. Existem 1.240 cursos para a formação de advogados em território nacional enquanto no resto do planeta a soma chega a 1.100 universidades. Os números foram informados por Jefferson Kravchychyn, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Temos 1.240 faculdades de direito. No restante do mundo, incluindo China, Estados Unidos, Europa e África, temos 1.100 cursos, segundo os últimos dados que tivemos acesso”, disse o conselheiro do CNJ.

Segundo ele, sem o exame de ordem, prova obrigatória para o ingresso no mercado jurídico, o número de advogados no País –que está próximo dos 800 mil— seria muito maior.

“Se não tivéssemos a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teríamos um número maior de advogados do que todo o mundo. Temos um estoque de mais de 3 milhões de bacharéis que não estão inscritos na ordem”, afirmou Kravchychyn.

Má qualidade

Na opinião do conselheiro do CNJ, as faculdades de Direito no Brasil deixam a desejar. “Temos mais de 4 milhões de estudantes que estudam em faculdades que não ensinam mediação, arbitragem, conciliação. Ou seja, temos um espírito litigioso. Tudo eu quero litigar [discutir]. Isso é da formação da própria faculdade”, comentou o conselheiro, que citou, ainda, o perfil do brasileiro que entra com ações na Justiça.

“Não quero criticar o advogado, mesmo porque sou um. Mas precisamos mudar a consciência social sobre brigas no judiciário. Como todo mundo tem um advogado ou bacharel em direito na família, ou conhecido, qualquer coisa é motivo para entrar na Justiça”, finalizou.

APOSENTADORIA ESPECIAL: 20 ANOS DE TRABALHO ESTRITAMENTE POLICIAL INDEPENDENTEMENTE DE OUTROS REQUISITOS COMO IDADE MÍNIMA E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO EM OUTRAS ATIVIDADES 69

PM/10/12 às 23:08 – by REVOLTADO

Vai mais informação aí Buraco Negro:
Bom dia.
Em atenção às dúvidas direcionadas ao Depto Jurídico da Adpesp, tenho a esclarecer o quanto segue:
De fato, o tempo a ser considerado para a aposentadoria especial são 20 anos, sem computar qualquer tempo na iniciativa privada, pois, se o sr. acessar o site do INSS verá que há um índice de conversão do tempo especial para o comum e, no caso, 20 anos representam 30 anos de contribuição (índice 1,5X).
Deve ser exigido o salário integral, pois o MI ordena: “100% do salário de benefício”.
Um dos caminhos a se escolher é impetrar Mandado de Segurança, conforme relatado.
Apesar da decisão beneficiar diretamente os associados da Adpesp, outras classes tb são beneficiadas, eis que a regulamentação se deu em âmbito federal.

À disposição para eventuais outros esclarecimentos.

Atenciosamente.

Dra. Fabíola Machareth
http://www.richesconsultores.com.br

Buraco Negro, vou passar para você os preços e o contato para os advogados que ingressaram com o mandado de injunção para Adpesp. Estou lhe passando porque realmente os policiais civis estão confusos com tantas regras. Vai a matéria a seguir e um abraço. Para quem tá tirando plantão e trabalhando que nem um condenado, tendo o tempo que ela fala, tanto nos 20 ou nos 25 anos, compensa arriscar. Convém marcar uma consulta que não é cobrada e ver se compensa. Um abraço.

Conforme solicitação segue abaixo documentos necessários para ajuizamento Aposentadoria Especial:

– Certidões de Tempo de Serviço,
– Documentos Pessoais ( cópias):
RG,
CPF,
Carteira Funcinal.
– Comprovante de Residência (cópia).

Quanto aos valores:

Ação Judicial Individual:
honorários: R$ 2.000,00 + taxa R$ 50,00 mensais para a manutenção do processo, após o pagto dos honorários.

Ação judicial Coletiva:

Mínimo 05 pessoas :
honorários: R$ 1.800,00, por interessado + taxa R$ 50,00 mensais para a manutençaõ do processo após o pagto dos honorários.

Mínimo 10 pessoas:
honorários: R$ 1.500,00, por interessado + taxa R$ 50,00 mensais para a manutençaõ do processo após o pagto dos honorários.

Obs: Os honorários poderão ser parcelados em 10 vezes.

Qualquer dúvida favor entrar em contato.

Atenciosamente,

Dr. Fabiola e Roberto Tadeu – 011-4034-0919 ou email: fabimachareth@yahoo.com.br

O DESEMBARGADOR WÁLTER FANGANIELLO MAIEROVITCH PREFERE O MAFIOSO BERNARDO PROVENZANO A JOSÉ SERRA 7

Serra fez plantão na porta da Justiça. Medo de se provar que era ladrão

Caro Paulo Henrique.
 
–1. Seguem os meus telefones, sem precisar procurar a Mara, mencionada no seu texto.
 
–2. Antes de mais nada. Não tenho filiação política partidária e nem religião. Não busco cargos e não tenho vocação para me tornar parlamentar.
 
Sou independente e não faço média. Para deixar claro: votei para o Galeno Amorim (PT), Luiza Erundina (PSB), Aloísio Nunes Ferreira (PSDB), Marta (PT), Fábio Feldman(PV) e Dilma (PT).
 
Como dediquei a minha vida ao estudo da criminalidade organizada transnacional, com especial atenção ao comportamento dos seus membros e como se movem quando apanhados pela Justiça, o Serra nunca perdi de vista. Isto pelo comportamento em face do processo criminal em que tudo fez para não ser apurada a exceção da verdade proposta pelo Flávio Bierrembach: até o advogado Marcio T.Bastos foi contratado para substituir o filho do Covas (advogado do Serra).

Mais ainda, à época dois plantonistas desigados pelo Serra revezavam-se no Cartório Eleitoral. Cumpriam a tarefa de evitar a saída, por erro cartorial, de ofícios que indagavam das movimentações financeiras de Serra, estas necessárias para comprovar o arguído por Berrembach. Também para apurar, pois ventilado,  eventual compra de uma mansão no aristocrático bairro da City Lapa, dada como domícilio e residência de Serra : os ofícios, em razão da liminar, tinham sido apensados ao autos processuais. E Serra, recém eleito deputado federal, defendia, nos autos, a privacidade e não transparência. Em resumo, e daí os plantonistas,, não desejava que, com as expedições dos ofícios suspensos por liminar, viessem respostas. Destaco essa passagem por ter lido entrevista de Serra a sustentar “nunca ter sido envolvido em processos escandalosos referente a corrupção”.

A propósito, na Máfia, quer na siciliana, quer na Cosa Nostra sículo-norte-americana, esconder o patrimônio e se passar por “furbo” (espertalhão) é a regra adotada pelos capi dei capi (chefões). Só que tem um particular, de natureza ética, como ressaltado no episódio a envolver Bernardo Provenzano. O referido Provenzano, já chefe dos chefes da Máfia e foragido por mais de 40 anos sem deixar o comando da  organização e tirar os pés da Sicilia, avisou o procurador nacional antimáfia, quando preso e posto à sua frente: – “Vamos deixar claro. O senhor faz o esbirro e eu o mafioso. Cada um na sua, sem disfarces”. Depois do aviso e contente por não esconder o que era, mergulhou no mais absoluto silêncio.
 
Em termos de transparência, prefiro Provenzano a Serra.
 
Atenciosamente.
 
Wálter Fanganiello Maierovitch   

SERRA RELEMBROU – APÓS AMEAÇA – DO “LÍDER” PAULO VIEIRA DE SOUZA…ALIÁS, LEMBROU E DEFENDEU O INJUSTIÇADO 4

12/10/2010 – 16h08

Em Aparecida, Serra defende ex-diretor da Dersa acusado por Dilma de desviar R$ 4 milhões

BRENO COSTA
ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, saiu nesta terça-feira em defesa do ex-diretor de engenharia da Dersa (estatal paulista responsável por obras viárias) Paulo Vieira de Souza.

Conhecido como Paulo Preto, ele foi citado pela candidata Dilma Rousseff (PT) no último domingo, durante debate na Band. Dilma afirmou que ele desviou R$ 4 milhões originalmente destinados para a campanha de Serra.

Em entrevista publicada hoje pela Folha, Paulo Preto, exonerado da Dersa em abril, afirma que Serra o conhece e, em tom de ameaça, diz que “não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada”. “Não cometam esse erro”, afirmou.

Danilo Verpa – 30.mar.2010/Folhapress
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa
Na foto, Serra (de gravata) aparece junto com Paulo Preto, que está agachado, de camisa

Após participar de missa solene em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, na Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida (SP), Serra minimizou a importância do caso, disse não ter lido as declarações do ex-diretor e afirmou que “a acusação contra ele é injusta” e que o engenheiro é “totalmente inocente”.

https://flitparalisante.wordpress.com/2010/10/11/nao-sei-quem-e-paulo-preto-nunca-ouvi-falar-diz-jose-serra/

“Acho curioso dar ao fato uma importância que de fato ele não tem”, disse Serra. “A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza.”

Perguntado, Serra não respondeu se conhecia efetivamente Paulo Preto. “Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”, disse.

O tucano afirmou que não falou sobre o assunto durante o debate porque a afirmação de Dilma foi feita numa tréplica a que a candidata tinha direito. A acusação de Dilma, baseada em reportagem da revista “IstoÉ”, foi reproduzida em seu programa eleitoral na TV.

O candidato tucano insinuou que, ao jogar na campanha o nome de Paulo Preto, Dilma buscou desviar a atenção em relação às denúncias de lobby na Casa Civil.

“O curioso é que Dilma está preocupada com problemas internos da nossa campanha quando a nossa preocupação é com o destino do dinheiro da Casa Civil, dinheiro público, dinheiro dos contribuintes. Não é dinheiro que algum empresário doou para uma campanha”, afirmou Serra.

O tucano acusou Dilma e o PT de produzir um “factoide para pegar na imprensa”. “Estão fazendo uma tempestade não é num copo, é num cálice de água”, disse.

Serra também negou relação entre o caso e a ausência, na missa, do senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). A filha de Paulo Vieira de Souza emprestou R$ 300 mil a Aloysio, quando o tucano ainda chefiava a Casa Civil do governo Serra, para a compra de um apartamento.

“Isso aí é uma coisa de relações pessoais. Não vejo nada de especial nisso”, disse Serra.

MISSA

Serra esteve hoje de manhã à missa solene em homenagem à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o vice de Serra, Indio da Costa (DEM), também acompanharam a missa.

O tucano, acompanhado da mulher, Mônica, foi muito assediado e chegou a ser citado no início do sermão do cardeal arcebispo de Belo Horizonte, dom Serafim Fernandes Araújo, que celebrou a missa, acompanhada por cerca de 35 mil fieis, segundo a direção da basílica.

Após a homilia, foi pedido que os fieis orassem “para que os eleitores votem com consciência e que os eleitos atendam os anseios de paz, justiça e desenvolvimento de todos os brasileiros”.

Em seguida, Mônica Serra foi chamada ao altar para receber uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, que será levada por ela aos mineiros soterrados no Chile, cujo resgate deve começar hoje à noite.

“Serra prometeu por escrito que não deixaria a prefeitura e não cumpriu. Você acredita no que ele promete?”. 9

Sexta-feira, Dezembro 30, 2005

O GLOBO

Uma pesquisa que não pode ser divulgada oficialmente porque não foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral está causando furor nos meios políticos nesses últimos dias do ano, e mais ainda entre os tucanos. Trata-se de um levantamento feito por telefone, sob encomenda do PSDB, que aponta o crescimento da candidatura do prefeito paulistano José Serra, surgindo pela primeira vez a possibilidade de ele vencer Lula já no primeiro turno. Mas a pesquisa aponta também um crescimento da candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o que complica o processo decisório no PSDB. O senador Bornhausen, presidente do PFL, não conhece a pesquisa. Mas diz ter certeza de que se os acordos forem feitos corretamente, existe a chance de derrotar Lula já no primeiro turno.

Realizada pelo Ipespe, Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, fundado pelo sociólogo Antônio Lavareda, a pesquisa tem valor político até mesmo por isso, pois Lavareda é o pesquisador preferido do PFL, partido que provavelmente comporá com o PSDB a chapa que concorrerá na eleição presidencial do próximo ano. O senador Bornhausen repete para quem quiser ouvir que segue fielmente o que as pesquisas de Lavareda apontam.

Foi por elas, por exemplo, que o PFL marcou sua posição de oposição inflexível ao governo Lula. E também por causa delas o mesmo Bornhausen não se abalou quando foi acusado de ter ultrapassado a fronteira da política civilizada quando disse que esperava se ver livre “dessa raça” nos próximos 20 anos, referindo-se aos petistas. O PFL fez uma pesquisa quantitativa com Lavareda, para saber o perfil do candidato que o eleitorado quer. Eficiência administrativa e honestidade foram os atributos mais apontados.

De acordo com a pesquisa por telefone, Serra teria hoje 40% dos votos no primeiro turno, contra 26% de Lula. Garotinho teria apenas 9% e Heloísa Helena, 5%. Na simulação com Alckmin como candidato do PSDB, Lula lideraria com 28%, seguido de Alckmin com 25%, num empate técnico. Garotinho subiria nesse caso para 15%, e Heloísa Helena para 8%. Num hipotético segundo turno, Serra venceria Lula por 20 pontos percentuais — 52% a 32% — e Alckmin também derrotaria o presidente, mas próximo à margem de erro: 42% a 37%.

Apesar de muito boa para Serra, a pesquisa revela um dado inquietante para a decisão do partido, embora não decisivo: a maioria dos pesquisados na capital paulista disse que Serra não deveria abandonar a prefeitura de São Paulo para disputar a Presidência da República. O lado bom para os serristas é que a maioria não é tão esmagadora quanto se temia: 48% desaprovaram sua saída, mas 40% acham que ele tem que deixar a prefeitura. Atualmente, um paradoxo deve estar inquietando Serra: quanto mais bem avaliada é sua gestão na prefeitura, mais difícil fica sua saída do cargo com cerca de um ano de mandato.

Serra foi apontado por uma pesquisa do Datafolha como o prefeito paulistano mais bem avaliado nos últimos anos no primeiro ano de gestão. Além do caso do prefeito Pimenta da Veiga, que deixou a prefeitura de Belo Horizonte e perdeu a eleição para o governo de Minas, há outro caso clássico, desta vez no PSDB paulista, o de Mário Covas. Eleito o deputado federal mais votado do estado, com uma votação espetacular no litoral de Santos, aceitou ser prefeito biônico de São Paulo. Foi tão criticado que, nas eleições seguintes, perdeu de Paulo Maluf em Santos, seu reduto eleitoral.

A decisão seria mais fácil se Serra fosse o único candidato a vencer Lula, mas o enfraquecimento progressivo do presidente nas diversas pesquisas eleitorais pode reduzir os argumentos a seu favor. No PSDB, a opinião geral é que Serra não tinha planos de concorrer agora novamente à Presidência, preparando-se para 2010. Mas as pesquisas mostrando sua crescente aceitação pelo eleitorado nacional, como uma tentativa de desfazer um equívoco cometido em 2002 — as pesquisas mostram que Serra manteve seus eleitores da eleição anterior e conquistou grande parte dos que votaram em Lula — o animaram.

O governador Alckmin trabalha com essas dificuldades de Serra para deixar a prefeitura e, internamente, vem afirmando que a candidatura do prefeito daria ao PT um argumento forte na campanha eleitoral, do tipo “Serra prometeu por escrito que não deixaria a prefeitura e não cumpriu. Você acredita no que ele promete?”. Se Alckmin fugir às suas características e ameaçar disputar a candidatura na convenção, a situação de Serra se complicará. Mas também o PSDB perderá a unidade.

Embora Alckmin tenha a preferência do mundo empresarial e financeiro, Serra vem armando seu esquema político com grande eficácia, já tendo superado os problemas políticos que levaram o PFL a não apoiá-lo em 2002. Hoje, ele tem o apoio explícito do prefeito do Rio, Cesar Maia, que o vem aconselhando até mesmo nos mistérios de uma prefeitura de cidade grande.

Reeleito no primeiro turno, Cesar Maia tentou lançar seu nome para a Presidência e não teve boa receptividade no eleitorado. Já disse que desistirá para apoiar Serra, e pode ser parte de um grande acordo entre PSDB e PFL.

Embora negue, é possível que Cesar Maia saia da prefeitura para se candidatar ao governo do Rio de Janeiro, deixando em seu lugar o vice-prefeito do PSDB, Otávio Leite, uma espécie de compensação para os tucanos, que deixariam o PFL à frente da prefeitura de São Paulo.

Nesse caso, Cesar Maia teria o apoio de um forte candidato à Presidência da República, além de seu próprio prestígio pessoal, para tentar derrotar o candidato do grupo de Garotinho, provavelmente o senador Sérgio Cabral.

Assessor de campanha eleitoral do PSDB fugiu com mais de R$ 4 milhões, e partido ainda não explicou direito a origem do dinheiro 8

Em debate, Dilma relembra o ‘Caso Paulo Preto’

Assessor de campanha eleitoral do PSDB fugiu com mais de R$ 4 milhões, e partido ainda não explicou direito a origem do dinheiro

Por: Fábio M. Michel, Rede Brasil Atual

Publicado em 11/10/2010, 15:01

Última atualização às 17:33

São Paulo – Durante o debate da noite do domingo (10) da Band – o primeiro para o segundo turno da corrida presidencial – a candidata da coligação liderada pelo PT/PMDB, Dilma Rousseff, jogou no colo do oponente José Serra (PSDB/DEM) que ainda não foi devidamente esclarecido o episódio do sumiço do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, com cerca de R$ 4 milhões que arrecadou junto a empresários supostamente para engrossar o caixa (2) de campanha do tucano.

A lembrança do caso, porém, foi completamente ignorada pela grande imprensa, que omitiu a menção de Dilma dos seus relatos sobre o debate .

Em edição de agosto passado, a revista Isto É mostrou que o engenheiro tinha sido diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), responsável pelas obras do Rodoanel e da ampliação da Marginal do Tietê que, juntas, foram orçadas em R$ 6,5 bilhões. Ele era o responsável por fazer os pagamentos do governo às empreiteiras contratadas.

Paulo Preto, cuja principal ligação com o PSDB é o senador recém eleito Aloysio Nunes Ferreira, teria arrecado recursos desde 2008, apresentando-se ao empresariado como “interlocutor”, ou seja, o representante de Ferreira. 

Mais embaraçoso para o partido é o fato de estar impedido de mover um processo contra o engenheiro, já que a origem do dinheiro não foi declarada oficialmente. Leia a matéria completa e uma entrevista de Paulo Preto na Isto É

JOSÉ SERRA REPRESENTA O AUMENTO VERTIGINOSO DAS INJUSTIÇAS, DA EXCLUSÃO E DA FOME 2

De acordo com uma das estrelas da campanha de Marina, o teólogo Leonardo Boff, há dois projetos em ação:

“Um que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. José Serra representa esse ideário.

O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Ora, o governo Lula produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistidas em nossa história”. Na visão de Boff, Dilma representa exatamente o aprofundamento e a continuidade deste projeto.

O “MIL-CARAS” , O PARTIDO DAS VERDES E O “LULA DE SAIAS” 1

EDITORIAL

“A caça a Marina”

Carlos José Marques, diretor editorial

Marina Silva, a presidenciável surpresa desta eleição, passou a alvo de cobiça dos adversários Serra e Dilma. De uma hora para outra Serra virou ambientalista aguerrido.Dilma, a colega ministerial de longa data. Marina tem princípios, projetos e propostas que deixou claros durante sua campanha. Marina quer se movimentar para um lado ou para o outro de acordo com o conteúdo programático a ser apresentado a ela. Nesse aspecto, o desenho de suas propostas se distancia principalmente do esboço imaginado por Serra. Exemplo: a de uma maior intervenção sobre o Banco Central, que “deve estar em sintonia com a Fazenda”, segundo ele prega – e que vai de encontro ao BC independente desejado por Marina. Antes do segundo turno, Marina não estava na régua de Serra. “Se eu fosse usar a minha régua, eu diria que você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que qualquer outro candidato aqui”, assinalou Serra no último debate global. Em um contorcionismo tortuoso, ele agora se esforça para mostrar identidade com quem antes menosprezava. Puro casuísmo. Nesse quadro, a neutralidade aventada por Marina soa estranha e não vai funcionar na prática dada a predisposição dos verdes por uma aliança com os tucanos. Marina pode não oferecer apoio aberto a ninguém, mas nada evita que Serra, caso conquiste o aval do PV, diga em palanque e no seu programa que “o partido da Marina” o apoia. Várias das cabeças do PV são egressas da linha operacional do PSDB. Muitas delas acenaram alegre e rapidamente com a adesão.

O partido também já entabulou negociações fisiológicas de troca de ministérios (seriam quatro) pelo apoio, no velho e surrado balcão de negócios eleitoreiros – que nada tem a ver com os princípios éticos pensados por Marina. A candidata repudiou, irritada, a manobra. Mas dia a dia se aperta o cerco sobre sua escolha. A opção natural deveria levá-la de volta à origem política e de plataforma na qual foi moldada e com a qual mais se identifica. Todos dizem: Marina é – ideológica e historicamente pela trajetória – o “Lula de saias”. Poderia ter sido ela mesma a candidata do presidente, dado o fervor com o qual abraça bandeiras sociais do tipo Bolsa Família, prestes a evoluir nos planos de Dilma para “Bolsa Básica da Cidadania”. Marina, acalentando essa natural sintonia com Lula, sabe que qualquer direcionamento de voto em confronto com as pregações petistas trairia sua própria natureza. Não há no seu íntimo a dúvida. O impulso de uma decisão, a ser tomada até o dia 17, segundo pretensões partidárias, não contempla de qualquer maneira a certeza de que os quase 20 milhões de votos seguirão ao pé da letra a orientação da líder. No balaio de eleitores que se uniram para ungir Marina como a melhor opção mistura-se o voto dos inconformados – cativados pela onda oportunista de denúncias e boatos –, o dos jovens engajados atrás de um estandarte sustentável para chamar de seu e o de religiosos conservadores contaminados nas últimas semanas pelo ruído de uma falsa pregação pró-aborto. Marina está na cabeça de muitos, mas deveria seguir o instinto que a embala no berço partidário no qual se criou.

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ESPECIAIS

Para onde vai Marina?

Entre a pressão de partidários do PV, que querem apoiar o PSDB em troca de cargos, e a origem de sua formação política, Marina tem ainda uma grande decisão a tomar nesta eleição

 

Ao repudiar de forma preventiva a proposta de quatro ou cinco ministérios que os tucanos ofereceram ao Partido Verde (PV), a senadora Marina Silva não só rejeitou o fisiologismo como também mostrou o caminho que vai tomar daqui para a frente. Será o caminho da coerência com tudo que ela apresentou aos eleitores durante sua campanha à Presidência. “Quem estiver oferecendo cargo não entendeu nada do que as urnas disseram”, advertiu a senadora. A sinalização poderá representar ainda mais. Se Marina decidir manter coerência também com sua trajetória política, naturalmente estará muito mais próxima do pensamento do governo Lula do que dos tucanos. Até mesmo analistas internacionais já anotaram esse possível desfecho. O jornal “Le Figaro”, por exemplo, porta-voz da direita francesa, ressaltou durante a semana que a tendência natural será a aproximação de Marina com o PT. “A maioria dos dirigentes do Partido Verde apoiaria José Serra, em nome das alianças regionais costuradas entre os dois partidos. Mas um tal gesto de Marina seria julgado como uma traição à esquerda”, ressaltou o conservador “Le Figaro”. Seria também uma traição às origens políticas da senadora.

Marina já demonstrou que não pretende ficar refém dos interesses do PV. Dentro do partido, as críticas da senadora ao voraz apetite verde por cargos provocou reações. O comando do partido, de olho em prováveis empregos, chegou a ameaçar, na quinta-feira 7, com uma rebelião. Num encontro convocado às pressas, cerca de 20 membros da cúpula do PV se declararam desrespeitados por Marina e começaram a discutir estratégias para apoiar Serra de qualquer jeito. A ação dos dirigentes do PV acaba, porém, fechando as portas da neutralidade para Marina. A partir de agora, não se posicionar no segundo turno significaria, na prática, corroborar a adesão fisiológica do partido aos tucanos. No entanto, Marina sabe que dos 20 milhões de votos que recebeu das urnas, certamente não mais de 4% são atribuídos à influência do PV, que elegeu apenas 15 deputados federais. Levando isso em conta, ela não está disposta a se submeter a uma minoria depois do enorme sucesso eleitoral conquistado.

Na contramão do PV, Marina já enumerou também suas prioridades que, não por acaso, se aproximam das que são defendidas por Dilma Rousseff. Um exemplo é a questão que envolve a independência do Banco Central (BC). Enquanto o tucano José Serra fala em subordinar o BC ao ministro da Fazenda, Marina, já na campanha, adotou uma linha mais liberal, defendendo a autonomia da instituição. Outras questões de fundo aproximam Marina das bandeiras do PT, seu antigo partido. A senadora não cansou de ressaltar, mesmo quando ainda participava do embate eleitoral, que o governo Lula foi o que mais criou políticas públicas voltadas para a erradicação da miséria e a sustentabilidade socioambiental. Reconhece ainda que à frente do Ministério do Meio Ambiente teve apoio do presidente para reduzir o desmatamento da Amazônia e aumentar as áreas de preservação ambiental. Com o apoio de Lula, Marina levou ao Conselho Monetário Nacional a resolução que vincula critérios de sustentabilidade à liberação de recursos ao agronegócio. “A Marina participou dos dois programas de governo do PT, em 2002 e 2006, e o partido conservou os núcleos de meio ambiente que ela alimentava”, disse à ISTOÉ o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Nilo D’Ávila. “Suas ideias não são novas no PT e poderão ser mais rapidamente executadas num governo Dilma.” Assim, D’Ávila considera natural a aliança da senadora com a ex-ministra da Casa Civil.

Não faltam sinais sobre o rumo que Marina pretende tomar. No discurso em que comemorou seu sensacional desempenho nas urnas, ela se emocionou quando se referiu ao PT, partido que ajudou a fundar. Marina também sempre fez questão de deixar clara sua admiração pelo presidente. “Lula foi e ainda é inspiração para mim. Eventuais desencontros jamais irão suprimir o encontro de construção dos sonhos”, afirmou, durante a campanha. A senadora só deixou o governo Lula e o PT por desentendimentos na política ambiental, mas ninguém duvida que poderá voltar a suas raízes. “Pelo histórico do governo Lula, Dilma é que tem mais condições de adotar um projeto ambiental semelhante ao que Marina defende”, diz um dirigente da ONG WWF Brasil.

Ambientalistas amigos de Marina também são taxativos ao repelir o atrelamento da política tucana aos líderes ruralistas do DEM. Até mesmo Serra, num momento de irritação com a senadora do Acre, cometeu um ato falho, que demonstra seu distanciamento de Marina. No último debate da Rede Globo, diante da cobrança para que fizesse uma autocrítica sobre o programa Bolsa Família, deu uma resposta ríspida, sem direito a recuo: “Marina, não use sua régua para medir os outros. Se eu fosse usar minha régua, diria que você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que qualquer outro candidato aqui.” Depois dessa declaração, Serra iniciou uma série de contorcionismos verbais para atrair a senadora no segundo turno. Os apelos ao cartorial PV, que cede sua legenda sem cobrar fidelidade a seus princípios, foram o ponto alto dessa tentativa. Serra não contava que Marina acusaria a proposta de indecente.

De acordo com uma das estrelas da campanha de Marina, o teólogo Leonardo Boff, há dois projetos em ação: “Um que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. José Serra representa esse ideário. O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Ora, o governo Lula produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres nunca assistidas em nossa história”. Na visão de Boff, Dilma representa exatamente o aprofundamento e a continuidade deste projeto.

Apesar do alvoroço da cúpula partidária, há um movimento no PV para organizar um grupo de 80 pessoas, entre militantes e personalidades convidadas, para debater pontos programáticos para levar aos dois candidatos que disputam o segundo turno. “Não vamos fazer exigências que não possam ser negociadas. Vamos discutir uma economia verde de baixo carbono, uma abordagem realista para a educação, saúde, segurança e colocar a sustentabilidade socioambiental na mesa”, disse Alfredo Sirkis (PV-RJ) à ISTOÉ. Mais objetivo, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, adiantou-se às negociações e elaborou uma proposta a ser apresentada a Marina. Nela, o PT trata de mudanças no Código Florestal, cria mecanismos de proteção dos direitos econômicos dos povos da floresta e defende uma reforma tributária verde. “Marina aceitou sentar para conversar, mas só depois de consultar sua base e as instâncias do PV. Vamos respeitar o tempo de decisão da senadora”, afirmou Dutra.

APAGÃO NO SISTEMA DO “BANESER TUCANO” INTERROMPE REGISTRO DE BOLETINS DE OCORRÊNCIA 8

 

Pane interrompe registro de boletins de ocorrência

O serviço ficou fora do ar das 9h às 17h15

 

11/10/2010 – 10:18

EPTV

 

 

 Uma pane no sistema de comunicação da Polícia Civil impediu o registro de boletins de ocorrências nas delegacias paulistas, neste domingo (10). Em Ribeirão Preto, o sistema ficou fora do ar das 9h às 17h15, segundo informações do Plantão Policial.

O problema começou após manutenção no servidor Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), em São Paulo.

Segundo a Polícia Civil, durante a pane, o movimento nos dois plantões de Ribeirão Preto foi calmo.

http://eptv.globo.com/noticias/NOT,0,0,319083,Pane+interrompe+registro+de+boletins+de+ocorrencia.aspx

LISBOA: POLICIAL CIVIL DE SP PRESO COM TONELADA DE COCAÍNA 27

CORREIO DA MANHÃ

Lisboa: Mais quatro empresários foram apanhados pela Judiciária

Polícia preso com tonelada de ‘coca’

O agente da Polícia Civil de São Paulo, no Brasil, conhecia bem os passos das autoridades portuguesas e, por isso, era fundamental para a rede criminosa. No passado fim-de-semana, juntamente com mais quatro empresários, conseguiu trazer para Portugal quase duas toneladas de cocaína. O valor do produto, em elevado estado de pureza, ascende a cerca de 20 milhões de euros. Apesar de mostrarem ser profissionais, não escaparam à Polícia Judiciária, que os deteve. Já estão na cadeia.

Por:Magali Pinto

 

O grupo fez entrar a droga – proveniente da Colômbia – através do porto de Leixões. Foram seguidos até um armazém no Montijo, de onde a droga seguiria para Espanha, onde era vendida para países de toda a Europa. O esquema incluiu a criação de duas empresas: uma de fabrico de gesso e outra de transporte de mercadorias, destinada a receber a droga, que chegou dissimulada em placas de gesso.

“Começámos a investigação logo após a criação das empresas. Só um dos detidos estava a viver em Portugal. O investigador brasileiro aproveitou para trazer a mulher e dizer que estava a passar férias em Portugal”, referiu Ricardo Macedo, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ. O líder, um empresário de 49 anos, também foi preso. Foram ainda apreendidos trinta mil euros.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/policia-preso-com-tonelada-de-coca