Arquivo mensal: setembro 2010
Delegado Roberto Fernandes – Deputado Federal PMDB 1560 31
O Dr Roberto Fernandes é um ícone entre os jovens delegados.Um exemplo de moralidade e profissionalismo que infelizmente não é seguido entre seus pares de classe especial.Bom nome para deputado federal.
Delegado Roberto Fernandes
PMDB – número 1560
“Sou homem de personalidade sadia, não aceito corrupção, o desonesto, o injusto. Quando tiver que punir o farei, porém, sempre respeitando a lei, não pré-julgando quem quer que seja.
É dever de todo policial denunciar fatos que venham a denegrir as pessoas, a Instituição e seus membros, bem como apurá-las com isenção, dentro dos preceitos legais.
De forma verdadeira, transparente e adulta, numa postura digna como convém a um verdadeiro homem, não de maneira mentirosa, insidiosa e pérfida, repleta de intenções mesquinhas e inconfiáveis, como convém a um ser inferior.
Todos temos que reagir e lutar, não permitindo, em hipótese alguma, que o mal sobreponha ao bem, não nos deixando contaminar e para não perdermos nossa identidade, bem precioso que ainda nos resta.
Democracia não é sinônimo de anarquia. O seu direito termina onde começa o meu. “
Roberto Fernandes
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090426/not_imp360666,0.php
- Delegado Roberto Fernandes – Deputado Federal PMDB 1560
Observação: infelizmente o Roberto Fernandes renunciou à candidatura.
http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/jsp/abrirTelaDetalheCandidato.action?sqCand=250000000121&sgUe=SP
QUEM NEM SEQUER TEVE COMPETÊNCIA PARA ESCOLHER SECRETÁRIO DE SEGURANÇA NÃO PODE FALAR EM CRIAR MINISTÉRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA 71
Caros leitores, postem aqui comentários sobre todos os escândalos envolvendo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo…
Se sabia, é crime; se não sabia, é incompetente!
Matéria do Estadão mostrou que o delegado que denunciou os esquemas de caixinha da Polícia Civil no governo José Serra encaminhava as denúncias para o próprio Secretário Marzagão. Além de não tomar nenhuma providência, Marzagão afastou o delegado… 4
26/04/2009 – 11:10
A Segurança de SP e o esquema caça-níqueis
Os problemas de segurança, no governo José Serra, parecem uma novela sem fim. Matéria do Estadão mostra que o ex-Secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, homem de confiança do governador José Serra, afastou delegado que estava trabalhando para denunciar os esquemas.
O depoimento do delegado Roberto Fernandes – que denunciou o esquema – não deixa dúvidas de que a cadeia de proteção ao esquema chegava até o próprio Secretário de Segurança.
Delegado acusa Marzagão de omissão
(…) Fernandes está há 40 anos na polícia. É delegado de classe especial, o nível mais elevado da carreira, há 20 anos. Trabalhou no antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) com o hoje senador Romeu Tuma (PTB-SP). Ele havia sido nomeado delegado seccional de Marília em 2007. Era então considerado um homem ligado a Marzagão. Em dezembro de 2007, foi exonerado.
As acusações de Fernandes contra integrantes da cúpula da Polícia Civil e contra Marzagão constam do depoimento que o delegado prestou em sigilo, em agosto de 2008, aos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Bauru, que apurava o caso em conjunto com Ministério Público Federal (MPF). Segundo o procurador da República Marcos Salati, o delegado se tornou uma das principais testemunhas da acusação. Suas informações ajudaram na decretação da prisão de 33 dos 52 réus no processo por contrabando, corrupção e formação de quadrilha contra a máfia dos caça-níqueis.
Fernandes conta que estava começando as investigações quando teve de interrompê-las, por causa de sua remoção de Marília, em outubro de 2007. O policial foi primeiramente classificado na subdelegacia-geral, em São Paulo. Ele decidiu tirar 60 dias de licença-prêmio. Foi até Bauru, sede do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-4), que comandava Marília, Jaú, Lins e outras cidades em que o delegado sabia haver arrecadação de propina da máfia do jogo.
(…) Fernandes, no entanto, contou aos promotores que, um dia depois de entregar os documentos, foi novamente removido. Desta vez, soube pelo Diário Oficial do dia 23 de janeiro de 2008 que devia deixar a subdelegacia-geral, transferido para o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), onde assumiria a burocrática delegacia de cartas precatórias. Além disso, uma apuração preliminar foi instaurada contra ele, com base em representação de um dos delegados que acusava, o então diretor do Deinter-4, Roberto de Mello Annibal, que integrava a cúpula da polícia.
Comentário
Primeiro, houve a indicação de Lauro Malheiros Neto, como subsecretário de Segurança, para espanto dos advogados e outros membros do sistema criminal paulista. Malheiros praticamente ficou à frente da Secretaria, devido à menor experiência do secretário Ronaldo Marzagão.
Depois, começaram a pipocar denúncias sobre esquemas que estavam sendo organizados na Polícia Civil. Blogs com denúncias foram tirados do ar pelo governo do Estado.
Mais tarde, as reivindicações da Polícia Civil que resultaram em grave crise. A indecisão de Serra em negociar, a falta de jogo de cintura, fez com que a temperatura se elevasse gradativamente e explodisse no quebra-pau em frente o Palácio Bandeirantes, entre a Polícia Civil e a Militar.
Assustado com a repercussão do conflito, Serra imediatamente reduziu de 35 para 30 anos o período para o policial se aposentar, jogando a conta para frente. Foi na contramão de toda a discussão sobre responsabilidade fiscal e populismo.
Agora, matéria do Estadão mostra que o delegado que denunciou os esquemas de caixinha da Polícia Civil encaminhava as denúncias para o próprio Secretário Marzagão. Além de não tomar nenhuma providência, Marzagão afastou o delegado da sua base e das investigações.
Enviado por: luisnassif – Categoria(s): Política, Segurança
LAURO MALHEIROS NETO SECRETÁRIO-ADJUNTO DE SEGURANÇA DE JOSÉ SERRA ERA O HOMEM RESPONSÁVEL PELA ARRECADAÇÃO DA PROPINA POR LOTEAMENTO DE CARGOS, PROPINA DO DETRAN, PROPINA DO DENARC, PROPINA DO DEIC, PROPINA DA JOGATINA E ATÉ PROPINA PARA ABSOLVER POLICIAIS ACUSADOS DE GRAVES CRIMES…ELE SAIU E CONTINUOU TUDO COMO ANTES ATÉ O LIMIAR DA INSUSTENTABILIDADE DE RONALDO BRETAS MARZAGÃO 5
SSP divulga carta de demissão de Lauro Malheiros Neto
O secretário-adjunto de Segurança Pública é acusado de envolvimento com achaque ao PCC
06 de maio de 2008 | 17h 11
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou na tarde desta terça-feira, 6, a carta de demissão entregue pelo secretário adjunto Lauro Malheiros Neto ao governador José Serra. A decisão, segundo o chefe da Casa Civil estadual, foi pessoal “para se defender” das acusações feitas a Malheiros, de envolvimento com Augusto Pena e José Roberto de Araújo, policiais presos e acusados de achacar e seqüestrar integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Leia a íntegra: São Paulo, 6 de maio de 2008.
Senhor Governador: Nos últimos dias fui surpreendido por notícias caluniosas que foram publicadas pela imprensa, procurando me vincular a policiais que são objeto de investigação criminal. Tais fatos noticiados fazem parte de uma campanha sórdida desfechada contra mim por pessoas que tiveram seus interesses contrariados no exercício da minha atividade de Secretário-Adjunto da Segurança Pública. Quero dizer a V. Exa. que em nenhum momento pratiquei qualquer ato que pudesse desonrar sua administração ou trair a confiança da população paulista e repilo com indignação a tentativa de me envolver em algo que não me diz respeito. No entanto, como homem público, tenho a plena compreensão de que é impossível neste momento ter a tranqüilidade necessária para continuar a exercer o importante cargo de Secretário de Estado Adjunto da Segurança Pública. Tal pasta é de essencial importância na vida das pessoas e requer que os seus dirigentes tenham dedicação e foco integrais na condução dos problemas de Estado, o que eu estou impossibilitado de fazer agora, pelas circunstâncias narradas. Assim, quero dizer que fui honrado pelo convite feito por V.Exa. para ocupar este cargo e pela amizade de muitos anos que tenho pelo Secretário Ronaldo Marzagão. Entretanto, preciso deixar o cargo que agora ocupo para poder me dedicar a repelir a ação sórdida das pessoas que me atacam, com interesses criminosos e subalternos e levá-los a responder na Justiça pelas suas calúnias que têm por objetivo a vingança rasteira contra a minha pessoa. Por isso, lamentando não poder continuar a ajudar o honrado governo de V.Exa., peço que seja aceito o pedido de exoneração do meu cargo. Aproveito a oportunidade para reiterar a V.Exa. meu apreço e admiração.
Lauro Malheiros Neto
PERGUNTO AO MEU GOVERNADOR JOSÉ SERRA: O SENHOR SABIA QUE O SEU SECRETÁRIO-ADJUNTO DE SEGURANÇA PÚBLICA ARRECADAVA R$ 3.000.000,00 POR MÊS COM O LOTEAMENTO DA POLÍCIA CIVIL? 26
Digo-lhe mais, R$ 3.000.000,00 por mês com a denominação: “do padrinho” .
Ora, caro governador José Serra – mesmo com toda a honesta estima e simpatia nutrida por Vossa Excelência – sou obrigado a perguntar-lhe: SE SABIA, É CRIME; SE NÃO SABIA O SENHOR NÃO SERVE PARA SER PRESIDENTE DO BRASIL.
O Lula não deixou a Polícia Federal roubar e matar!
Mas roubalheira ( e matança pela PM ) correu escancaradamente durante mais de 3 ( três ) anos – aliás, com esquema iniciado antes e durante a sua campanha para o governo de São Paulo – não sendo possível que o senhor nem sequer dela soubesse ( roubalheira ) pelos jornais.
Vossa Excelência adotou que medidas acerca do emprego de verba reservada para compra de ternos superfaturados, apenas para mencionar um dos inúmeros casos irregulares ocorridos sob o “manto ou bolso protetor do então secretário-adjunto” ?
Nenhuma, né?
Ora, Vossa Excelência foi blindada por alguns membros do Ministério Público deste Estado e, principalmente, pela Imprensa; assim ninguém ousa lembrar das inúmeras denúncias de falcatruas durante a sua gestão e , também, durante a gestão Geraldo Alckmin, posto tratar-se de “maracutaias” continuadas.
Repetindo: R$ 3.000.000,00 por mês “do padrinho”.
Mas quem era o tal padrinho do Secretário?
NOTA DE PÊSAMES PELO FALECIMENTO DO SENHOR ANTONIO PILLOTO 1
Prezados amigos e policiais civis da região da Baixada Santista,
Com pesar comunicamos o falecimento, nesta data, em Santos, do Senhor Antonio Pilloto, genitor do nosso estimado colega Max Pilloto e genro da Prof. Drª Renata S. Bonavides Pilloto.
As cerimônias serão realizadas na Acrópole Memorial.
QUAIS SERÃO OS GRANDES NOMES DA CIDADANIA NACIONAL QUE SUBSCREVERÃO O PRETENSO MANIFESTO CONTRA A ATUAÇÃO ANTIRREPUBLICANA DO PRESIENTE LULA? 10
A última que morre
Merval Pereira – O GLOBO
Na expectativa de que as próximas pesquisas eleitorais registrem alterações na definição do eleitorado que permitam a esperança de um segundo turno, os principais líderes do PSDB vivem uma situação paradoxal.
Gostariam de ir para o segundo turno para manter a polarização com o PT, mas não acreditam que seja possível vencer. Até porque, admitem, Serra teria que mudar totalmente os rumos da campanha, e não acreditam que ele se disporá a isso.
Ao contrário, ele se convencerá de que a estratégia do marqueteiro Luiz Gonzalez estava correta.
Caso a hipótese de um segundo turno se concretize, porém, duas ações práticas estão sendo preparadas: é previsível que haja no PSDB um movimento para uma comissão partidária assumir o comando da campanha.
Há também um manifesto sendo negociado, para ser assinado por grandes nomes da cidadania nacional, chamando a atenção para a atuação antirrepublicana do presidente Lula na campanha.
Querem com isso constranger suas ações em favor de Dilma num eventual segundo turno.
Serra terá, porém, que enfrentar um problema factual: se chegar ao segundo turno mais devido à subida de Marina Silva do que por sua própria força, Serra estará fadado a perder para Dilma a maior parte do eleitorado que escolheu a candidata do Partido Verde no primeiro turno.
Do ponto de vista do militante tucano, chegar ao segundo turno é o objetivo estratégico para manter-se uma referência da oposição.
Mas, para ganhar a eleição da candidata de Lula, a maior chance estaria com Marina Silva, desde que ela mostrasse nessa reta final da eleição capacidade de crescer tirando votos tanto de Dilma quanto de Serra, superando o tucano.
A mais recente pesquisa Datafolha mostra Marina subindo tirando votos de Serra e dos indecisos, mas sem alterar a posição de Dilma, o que não levaria ao segundo turno.
A campanha de Serra pode se deparar com um problema a mais: nas condições políticas atuais, o voto útil em Marina pode vir a se transformar em uma arma mais efetiva para derrotar o lulismo do que o voto em Serra.
Hoje, nas grandes cidades, há um movimento próMarina que pode provocar uma “onda verde” na reta final da eleição.
A estratégia que Serra tentou no início da campanha, de não encarnar o candidato antiLula, na esperança de que o eleitorado lulista o considerasse uma alternativa, Marina utiliza com mais naturalidade.
Tendo uma história de vida inteira dentro do PT e tendo sido ministra do Meio Ambiente na maior parte do governo Lula, a candidata verde tem legitimidade para criticar o governo Lula sem se colocar como dissidente.
Por isso ela evitou durante toda a campanha fazer críticas diretas ao presidente Lula ou à candidata Dilma Rousseff, sem culpá-los pela sua saída do ministério.
O que parece a muitos uma fragilidade de sua campanha, pode ser o justo equilíbrio para levá-la a se tornar a opção do eleitor petista que esteja eventualmente desgostoso com os rumos que o governo vem tomando.
A situação de Serra, por outro lado, continuará bastante difícil mesmo que vá para o segundo turno.
Se não houver mudanças significativas difíceis de se enxergar no momento, ele chegará lá, pelo que as pesquisas estão mostrando, com menos votos do que o candidato tucano Geraldo Alckmin teve em 2006.
Dificilmente atingirá os 42% de votos válidos que o candidato do PSDB obteve naquela eleição, o que o enfraquece como candidato e também dentro do próprio partido.
O presidente Lula, em entrevista ao site IG, comparou mais uma vez a situação de Serra à dele em 1994 e 1998, quando disputou a eleição e perdeu no primeiro turno para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Eu lembro o que era dificuldade em fazer discurso em 1994. Sabe, o real bombando, e eu tentando me esgoelar contra o real. Eu fiquei muito tempo com a imagem de uma propaganda de um pãozinho que aparecia caído num prato assim, que o preço era nove centavos.
Era mortal aquela propaganda”, lembrou.
Na reeleição, Lula também se defrontou com a vontade do eleitorado de manter a continuidade do Plano Real, e mais uma vez perdeu a eleição no primeiro turno, mesmo com a economia já dando sinais de que não ia bem e que o real teria que ser desvalorizado.
“Bem, eu acho que o Serra está vivendo esse drama. Ou seja, nós temos de nos conformar e esperar outra oportunidade.
Eu tive paciência de esperar.
Eu tinha menos idade do que o Serra tem hoje. Então, é duro”, comentou Lula.
Esse, aliás, é um assunto que já está sendo tratado nos bastidores tucanos do póseleição.
Mantendo-se as condições atuais, o ex-governador de Minas Aécio Neves emergirá desta eleição como a principal força política do PSDB, e será em torno dele que se organizarão as ações do partido para enfrentar mais quatro anos de oposição preparando uma campanha eleitoral para 2014 que pode ter ou Dilma se candidatando à reeleição ou Lula querendo voltar ao poder.
O futuro de Serra é uma incógnita.
Esta eleição era tida como sua última chance de tentar a Presidência da República, pois terá 73 anos em 2014, mais velho do que Fernando Henrique ao terminar seu segundo mandato.
Na História recente, somente Tancredo Neves, com 74 anos, candidatou-se à Presidência com essa idade. Mas Serra surpreendeu na sabatina do GLOBO, quando disse que poderia ter disputado a reeleição para o governo de São Paulo “e ficar esperando por 2014”. Demonstrando assim que não considera que naquela ocasião estará muito velho para disputar uma eleição presidencial.
Já se fala que disputará a Prefeitura de São Paulo se não vencer a eleição, o que o colocaria novamente em condição de tentar a indicação do partido.
Para isso, no entanto, terá antes que melhorar a votação no seu Estado e na capital, onde atualmente perde para Dilma.
Se conseguir reverter essa situação, pode até mesmo ir para o segundo turno.
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Será fácil saber desde que entendido o significado da expressão: “grandes nomes da cidadania nacional” .
Vejam que não se falou “em grandes cidadãos nacionais” , ou seja, daquelas pessoas que colocam os interesses coletivos acima de seus interesses.
Se é que existe quem lute por interesses que também não lhe aproveite.
Com efeito, esses grandes nomes da cidadania nacional serão as figurinhas carimbadas que escrevem, rotineiramente, para os grandes jornais do Brasil.
Teremos, assim, falsos juristas, falsos economistas, falsos sociólogos, falsos PHDs da USP, falsos moralistas, a Regina Duarte, o Celso Lafer, Gilmar Mendes, Miguel Reale ( o junior ), o Dr. Urso da OAB-SP, o Bresser Pereira e , até, o F.H.C…
Ah, já tava esquecendo; principalmente a CLAUDINHA LEITE.
Lula diz que imprensa se comporta como partido e tem candidato…Complementaremos:GRANDE PARTIDO DE ALUGUEL 7
Lula diz que imprensa se comporta como partido e tem candidato
Sáb, 18 Set, 05h30
Por Hugo Bachega
CAMPINAS, São Paulo (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava com “coceira na língua”, nas palavras do próprio, e, após uma semana em que denúncias de tráfico de influência derrubaram uma ministra do governo, o foco de seu discurso neste sábado, durante comício em Campinas (SP), tinha endereço certo: a imprensa.
Ele assumiu o papel de rebatedor das denúncias publicadas pela mídia, que colocaram uma nuvem de tensão sobre a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), que está em primeiro lugar nas pesquisas e com chance de vencer no primeiro turno da eleição, daqui a 15 dias.
Ao lado de sua candidata, afirmou que iria se conter, mas não conseguiu. Comparou alguns veículos da imprensa a partidos políticos e considerou mentirosas as reportagens.
“Dilma, nós não vamos derrotar apenas os blocos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não têm coragem de dizer que são partido político e têm candidato”, disse.
Referindo-se indiretamente à revista Veja, que publicou a primeira denúncia contra a Casa Civil na semana passada, Lula disse que a publicação destila ódio. “Eu estive lendo algumas revistas que vão sair essa semana, sobretudo uma que eu não sei o nome dela. Parece “Olha”. Ela destila ódio e mentira. Ódio”, discursou Lula durante o ato político.
Depois de explorar denúncia de tráfico de influência envolvendo a Casa Civil na semana anterior, neste fim de semana a revista Veja afirma que Vinícius de Castro, assessor da mesma pasta exonerado na segunda-feira, teria recebido 200 mil reais em seu gabinete, relacionados à compra de medicamento pelo governo.
A denúncia ocorre após outros casos divulgados pela mídia levarem à demissão de Erenice Guerra do comando da Casa Civil. A saída dela, braço-direito de Dilma enquanto a petista ainda era ministra, ocorreu após denúncia de Veja sobre um suposto lobby no ministério comandado por seu filho, Israel.
A existência do alegado esquema foi reforçado por reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira, dia de sua saída do governo.
“Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu jornal e o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo”, disparou o presidente.
Em alguns momentos, Lula também partiu contra seus adversários. Novamente, assumiu a posição do “nós contra eles” e desafiou uma comparação entre o governo do “metalúrgico” e o dos “sociólogos e engenheiros”, numa referência à administração Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
“Não tem nada que faça um tucano mais sofrer do que a gente provar que eles têm um bico muito grande para falar e um bico pequeno para fazer”, afirmou.
Dilma preferiu não comentar a nova denúncia durante o ato. Mais cedo, afirmou em entrevista que não havia lido a reportagem da revista mas defendeu rigor na apuração do caso. Em seu discurso no comício, falou sobre educação, mulheres e sobre a continuidade de políticas do governo de Lula caso eleita.
“Eu honrarei esse legado desse governo, que é garantir que esse país seja um país desenvolvido, sem miséria, sem discriminação e seja uma grande democracia, onde todos nós podemos viver em paz”, disse a candidata.
UMA VEZ NA VIDA TODO PEQUENO BURGUÊS PRECISARÁ DA POLÍCIA…ENTÃO DEIXE O SEGURO VENCER, TENHA SEGURO JURÍDICO E NUNCA ANDE DESPREVENIDO…DEFUNTO NÃO TEM PRESSA E POBRE NÃO TEM DIREITOS…A GENTE ARROMBA A PORTA, PRENDE, ARREBENTA E ABARROTA AS PENITAS PARA MAIOR CIRCULAÇÃO DE RIQUEZAS 2
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Gil Vicente diz ter achado “curioso” que a reação contrária à sua obra tenha acontecido apenas em São Paulo…ORA, NINGUÉM AVISOU AO GIL VICENTE QUE A ELITE REPRESENTADA PELO DR. URSO ABOMINA PERNAMBUCANOS…VOCÊ POR ACASO TAMBÉM NASCEU EM GARANHUNS?…MATAR O LULA NÃO TEM PROBLEMA, MAS – ainda que figuradamente – MATAR O FHC E O PAPA POR AQUI É CRIME. 6
18/09/2010 – 21h14
Artista que “matou” Lula e FHC em obras na Bienal diz que sua “lista é muito maior”
JULIANA VAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O artista pernambucano Gil Vicente, 52, que está no centro de uma polêmica com a obra “Inimigos”, em que ele aparece cortando a garganta do presidente Lula e atirando contra personalidades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que tem “uma lista muito maior” de personagens para a série.
“Eu não queria desenhar ninguém matando, eu queria desenhar a mim mesmo matando”, afirmou. “Não pouparia ninguém desses assassinatos, de jeito nenhum. Pelo contrário, eu tenho uma lista muito maior, representando vários tipos de poder, em vários lugares do mundo.”
| Marcelo Justo/Folhapress | ||
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| Obras do artista Gil Vicente, em que ele faz autorretratos polêmicos nos quais mata FHC e Lula |
A série “Inimigos” será exposta na 29ª Bienal de São Paulo, que abre ao público no próximo dia 25. A polêmica em torno dela foi desencadeada pelo pedido feito nesta semana pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) para que os trabalhos sejam removidos, por fazerem “apologia à violência e ao crime”.
Além de cortar a garganta de Lula e atirar contra FHC, Gil Vicente também alveja em seus desenhos o Papa Bento 16, a rainha Elizabeth e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad e o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.
O atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o ex-premiê de Israel Ariel Sharon são outras de suas vítimas.
A Fundação Bienal classificou como tentativa de censura a manifestação da OAB-SP e reafirmou a exibição da obra.
Gil Vicente diz ter achado “curioso” que a reação contrária à sua obra tenha acontecido apenas em São Paulo. “Expus em 2005 em Recife, e depois em Natal, em Campina Grande, em Porto Alegre, e em canto nenhum houve esse tipo de reação”, afirmou.
Quanto à acusação de que sua obra incite à violência, ele diz: “apologia ao crime é o que o nosso governo faz o tempo todo, é o que os políticos fazem, como roubar dinheiro público”.
Curador da 29ª Bienal, Agnaldo Farias assinalou que a Bienal não excluirá a obra. Os desenhos vão continuar expostos e com localização estratégica, aos olhos do visitante que sobe a rampa para o segundo andar do pavilhão de Oscar Niemeyer.
O artista diz que sua intenção com a obra foi “descarregar o inconsciente”.
Além de “Inimigos”, Gil Vicente expõe na Bienal uma série de desenhos pornográficos feitas em páginas de livro
COMO A REDE GLOBO MANIPULAVA E AINDA MANIPULA A POLÍTICA BRASILEIRA 12
A ELEIÇÃO DE 1989 FOI DECIDIDA EM 2º TURNO NO DIA 17 DE DEZEMBRO, COLLOR ERA CONHECIDO COMO FERNANDINHO DA TURMA DO BUZAID (o filho do Ministro Alfredo Buzaid; que teria estuprado e matado uma menina em Brasília ), COM A AJUDA DA GLOBO; DO Dr. NELSON SILVEIRA GUIMARÃES e do Dr. CHINA (o DG adjunto do Desgualdo ), FOI ELEITO POR DIFERENÇA DE 5%…OS HOMENS DE OURO DO DEIC APRESENTARAM UM SEQUESTRADOR – MEMBRO DO MIR – VESTIDO COM UMA CAMISETA DO PT…ABÍLIO DINIZ – AGRADECIDO – DURANTE ANOS CONFERIU BOLSAS DE ESTUDO NO EXTERIOR PARA A ELITE DE POLICIAIS CIVIS 22
Salvo engano ou se alguém aí puder, refrescar a memória das eleições em que Lula concorria com FHC e houve um sequestro e por ocasião da prisão do sequestrador colocaram nele uma camisa do PT! Pimenta no olho alheio é refresco?
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Incrédulo, foi em 1989 quando da disputa presidencial entre Lula e Collor.
Abilio Diniz foi seqüestrado , na manhã de 11 de dezembro de 1989, uma segunda-feira, quando ia para o trabalho em sua Mercedes. Foi fechado por dois veículos. Recebeu uma coronhada na cabeça, jogaram-no num carro disfarçado de ambulância e o levaram para uma casa alugada no bairro do Jabaquara, em São Paulo.
Diniz ficou 6 dias em poder de dez sequestradores –chilenos, argentinos, canadenses e um brasileiro – que só depois, durante os julgamentos, alegaram pertencerem ao MIR (Movimento da Esquerda Revolucionária); o resgate seria para custear a guerrilha em El Salvador.
Uma das sequestradoras era canadense e filha de um bilionário banqueiro e presidente do FMI.
As investigações da polícia levaram à localização do cativeiro, que foi cercado por 36 horas antes que os criminosos se rendessem.
A libertação do empresário ocorrida EXATAMENTE NA VÉSPERA DO SEGUNDO TURNO DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL ( dia 16), disputado entre Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, contou com alguns fatos que nunca foram bem explicados.
A Polícia Civil , ou seja, o pessoal do DHPP e do antigo DEIC, apresentou à imprensa camisetas da campanha do petista que teriam sido encontradas em poder dos sequestradores.
Diniz foi libertado sem pagar o resgate de 32 milhões de dólares e os seqüestradores se renderam.
Um dos sequestradores foi exibido como toféu vestindo uma camiseta com propaganda do Lula.
O PRESIDENTE DA OAB-SP DESPERTOU PARA A FILOSOFIA LENDO “O MUNDO DE SOFIA”, É MAIS UMA OBRA QUE LEVA À CONCLUSÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS”…TÁ EXPLICADO! 2
A biblioteca básica de Luiz Flávio Borges D`Urso

Estimulado pelo pai, que lia diariamente e costumava presenteá-lo com livros, o presidente da seccional paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D´Urso, sempre teve contato com grandes obras da literatura. Lia trechos e folheava os exemplares do acervo familiar, mas só escolheu seus títulos favoritos depois de ingressar na universidade, momento que foi de grande dúvida na vida do advogado.
Ele queria ser artista, se dedicar ao artesanato, à pintura, e com mais intensidade, ao teatro. Prestou vestibular para o curso de Direito para agradar o pai, mas não deixou de se inscrever para Educação Artística. Passou nos dois. Na dúvida, fez as duas matrículas sem o conhecimento da família. “Fiquei com vergonha de dizer que tinha feito inscrição para artes e decidi ingressar no curso de Direito também”, conta. No fim do primeiro ano, ele teve de escolher e o Direito falou mais alto. A vivência em áreas diversas despertou seu interesse pelos livros. “Era uma compulsão pela leitura. Eu lia revistas, livros, enciclopédias. Até livro de receita se passasse por mim era lido”, lembra.
D’Urso se formou em 1982 pela Faculdade de Direito da FMU. Durante os anos de estudo, foi diretor social e cultural do Diretório Acadêmico 23 de Setembro e chegou a fundar o PDA — Partido Democrático Acadêmico. Especialista em Direito Criminal, o advogado dedicou o seu mestrado ao estudo sobre privatização de presídios. Por conta da dedicação ao Direito Criminal, presidiu a Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo) de 1991 a 1992.
No término da sua gestão, começou a se aproximar da Ordem dos Advogados do Brasil. Passou a atuar como conselheiro estadual da OAB-SP na gestão de Guido Andrade, de 1995 a 1997. Primeiro, participou da Comissão de Exame de Ordem. Depois, foi membro do Tribunal de Ética da entidade. Permaneceu no Conselho nas gestões seguintes, de Rubens Approbato Machado e de Carlos Miguel Aidar. Para concorrer à presidência da OAB paulista, D’Urso teve de deixar as aulas de Direito Penal na Faculdade de Direito da USP. Ele tomou posse no fim de março no seu terceiro mandato como presidente da OAB-SP.
Primeiro Livro

A Casa do Bode, do J. Carlos Lisboa, foi o primeiro livro da vida de D’Urso, por indicação da professora no período escolar. A tarefa era montar uma peça de teatro com a história. Ele que sempre lia trechos de diversos livros, com este teve de ir a fundo para retratá-lo no teatro da escola. “Éramos muito pequenos, não lembro do conteúdo do livro, mas tenho flashes da nossa encenação”, conta.
Os preferidos

No período em que devorou obras de diferentes temas, marcou a vida do presidente da OAB-SP, O Poder do Mito, de Joseph Campbell. O autor dedicou a vida ao estudo das religiões e fez um cruzamento do eixo ideológico e do simbolismos das crenças. “A conclusão de Campbell é que independentemente do momento histórico da vida do homem ou do local do planeta em que ele se desenvolveu, as manifestações com a divindade são semelhantes”, conta. O livro mostra casos de grupos que não têm qualquer contato entre si, mas que têm cultos totalmente semelhantes. O conceito católico da santíssima trindade também é visto na maioria das crenças. “Essa é a prova de que a manifestação do homem para com o plano superior é algo que vem de dentro para fora, algo de sobrenatural que o homem traz dentro de si. Talvez uma fagulha do criador dentro de nós”, afirma D’Urso.
Outro livro que fez o criminalista rever alguns conceitos na sua vida foi O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, que trata do beabá da filosofia. “Foi esse livro que me fez ficar interessado pelo assunto e é mais uma obra que leva à conclusão da existência de Deus”, afirma.
Livro Jurídico
Quando estudante, seus livros de cabeceira eram a Constituição, o Código Penal e Código de Processo Penal. Outras obras, o inspiram até hoje. Uma delas é Grandes advogados, grandes julgamentos, do Pedro Paulo Filho. O autor resgata a história do Tribunal do Júri e de seus grandes oradores como Evandro Lins e Silva, Waldir Troncoso Peres e J.B. Viana de Moraes. “É um livro gostoso de se ler, rico e dá muitas dicas. Merece estar na lista de qualquer estudante.”

No salão dos passos perdidos, de Evandro Lins e Silva, é outra indicação de D’Urso. No tribunal, este salão é a antesala que leva ao plenário do Júri. Na maçonaria, a antesala em que se aguarda o início dos trabalhos. “Esse título fala muito da vida do próprio Evandro que teve uma trajetória incrível. A mãe dele viajou grávida em lombo de burro, no agreste nordestino.” A obra também conta dos Júris de Lins e Silva e também retrata como esses “salões” inspiram coisas na vida que parecem perdidas vão ganhando direção. Editado pelo OAB, o livro Advocacia e Democracia, de Rubens Aprobatto, é outra lembrança de D’Urso, por oferecer trechos inspiradores sobre a democracia e sua projeção na cidadania.

Outra obra que todo estudante de Direito deveria ler, na opinião do advogado, é O caso dos exploradores de caverna, de Lon D. Fuller. O livro conta a história de um grupo que fica em uma caverna e completamente alheio ao mundo exterior. Durante um tempo, eles conseguem comunicação por um rádio e recebem a esperança de serem resgatados em seis dias. “Como não havia provimentos necessários para o período, decide-se optar pela antropofagia”, conta. Os dias passam, o resgate não vem e o rádio fica sem sinal. Sem vínculo com o mundo exterior, a sobrevivência faz com que eles continuem se “autodevorando”. No fim do livro, o último que sobrou é levado à julgamento. “Nesse momento entram uma série de conceitos no julgamento. O fato deles não terem contato com o mundo exterior muda muita coisa. As regras passaram a ser as que eles criaram ali, naquela situação. Quando o resgate se tornou incerto, o lugar se transformou em uma ilha, em que novas regras são criadas”, conta o advogado que incentiva a reflexão.
Música e filme
Eleger a música preferida é fácil para D’Urso. Sem muito pensar, já lembra de Epitáfio, da banda Titãs. “Na correria da vida, a música faz você parar e voltar para o que realmente importa. Essa é a minha música”, conta.
“Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”
Já para filmes, confessa gravar e rever os policiais que têm Júri para tirar suas conclusões. Mas a última produção que marcou o advogado foi Avatar, de James Cameron. “O filme tem muitas coisas que mexem comigo. As cenas com aquele culto em volta da árvore são muito tocantes”, lembra.
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Uma obra que incomoda D’Urso é o Advogado do Diabo, que para ele cria uma imagem distorcida do profissional do Direito. “Começa pelo nome do filme. Essa expressão é utilizada para aqueles que atuam no tribunal do vaticano.” O advogado do diabo é aquele que contesta a prova de santidade em um processo em que o papa reconhece ou não alguém como santo. “Há testemunhos, depoimentos, provas. O advogado do diabo faz o contraditório, levando objeções, coloca o material à prova, ou seja, relacionar a expressão ao advogado que desvia do caminho é incômodo.”
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Doutor Urso , agora Vossa Excelência já pode ler The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark , de Carl Sagan.
LUIS FLÁVIO BORGES D’URSO REPRESENTA A MAIORIA DE QUASE 300 MIL ADVOGADOS PAULISTAS; ESTÁ EM SEU 3º MANDATO…COM TODO RESPEITO, APARENTEMENTE, ELE JAMAIS PODERÁ OCUPAR VAGA EM TRIBUNAL SUPERIOR…FALTA-LHE AQUELE REQUISITO: “NOTÓRIO SABER JURÍDICO”…MAIS: É UM ADVOGADO QUE CONDENA SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL 3
OAB-SP pede retirada de obra polêmica da Bienal e curadores denunciam censura

Filipe Araujo/AE
“Reação. Para OAB, obra de Gil Vicente é ‘afronta à paz social'”
Um homem magro de óculos e barba branca aponta uma arma para a cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ao lado, o mesmo homem segura uma faca, pronto para cortar o pescoço do sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ambos os desenhos fazem parte da Bienal de São Paulo, mas a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) quer impedir a exposição, alegando apologia ao crime.
As obras fazem parte da série Inimigos, de autoria do artista pernambucano Gil Vicente, e foram publicadas na capa do Estado ontem. O trabalho consiste de vários desenhos em que o próprio artista é representado assassinando líderes e políticos – além de FHC e Lula, são mortos a rainha Elizabeth II, o papa Bento XVI, o ex-presidente americano George W. Bush e dois candidatos ao governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O presidente da OAB-SP, Luis Flávio Borges D’Urso, enxerga na obra apologia ao crime – e, por isso, oficiou a curadoria da Bienal para pedir que a série não seja exposta. ‘Não pode haver censura quando um artista cria a obra, mas existem limites na hora de expor um trabalho desses’, disse. ‘Estou convencido que aquela obra é uma apologia, pois ela estimula, insulta e afirma o assassinato do próprio presidente da República. É um desrespeito às instituições.’
Resistência.
O presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Heitor Martins, confirmou que a instituição recebeu a notificação da OAB-SP, mas assegurou que as obras não serão retiradas da mostra. ‘Um dos pilares da Bienal, que vai completar 60 anos, é a independência curatorial e a liberdade de expressão dos artistas. Não vamos exercer nenhum tipo de censura’, afirmou.
A posição é parecida com a do curador Arnaldo Farias. ‘Isso é completamente absurdo. Se for assim, vamos proibir o Édipo Rei, porque incita ao parricídio e ao incesto, ou as peças do Nelson Rodrigues, em que se representa a morte no palco.’ Ele também reafirmou que só vai retirar as obras caso haja uma ordem judicial. ‘Isso é um crime contra a liberdade de expressão.’
Prisão.
Caso a posição da curadoria da Bienal não mude, a OAB-SP promete recorrer ao Ministério Público Estadual para pedir a retirada das obras e o indiciamento dos responsáveis por apologia ao crime. A pena prevista por lei é de 3 a 6 meses de detenção ou o pagamento de multa.
Gil Vicente iniciou os desenhos da série em 2005 e foi convidado para expô-la na 29.ª edição da mostra, que será aberta ao público daqui a uma semana (no dia 25) e tem como mote a reflexão sobre a relação entre arte e política. Procurado pela reportagem, o artista não foi localizado. / COLABOROU CAMILA MOLINA












