A juiza Dora Martins, da Vara da Família do Fórum Tatuapé defende os servidores e os motivos que ensejam a maior greve da história da categoria. Ela se contrapôs ao desembargador José Renato Nalini. Confira!…ÉTICA? (O desembargador Nalini é como o nosso Angerami: “não lembra daquilo que publica” ) 4

NOTÍCIAS DA ASSETJ
Postado por: Sylvio Micelli – em: 21-08-2010 / 23:58:57

VÍDEO: A IMAGEM DO JUDICIÁRIO NO BRASIL – 15/08/2010

http://www.youtube.com/watch?v=_fbSkSlx0nA&feature=player_embedded

Confira um trecho do programa “Em Questão” da TV Gazeta de São Paulo, apresentado por Maria Lydia Flandoli. No trecho a juiza Dora Martins, da Vara da Família do Fórum Tatuapé defende os servidores e os motivos que ensejam a maior greve da história da categoria. Ela se contrapôs ao desembargador José Renato Nalini. Confira!

Participantes:

Samuel Mcdowell de Figueiredo – Advogado
José Renato Nalini – Desembargador – Tribunal de Justiça / SP – Dora Martins – Juíza – Vara da Família do Fórum Tatuapé

VEM AÍ O NOVO PARTIDÃO DA OPOSIÇÃO…O PARTIDO DO TROCA-TROCA 4

ELIANE CANTANHÊDE  –  na Folha deste domingo 

Acabou. E daí?

“Do lado da oposição, só se fala em novo partido. Não há mais como conviver com as velhas picuinhas, disputas e traições. Muito menos depois de três derrotas sucessivas. Se Serra ganhasse, todos dariam um jeito de se acomodar e de ampliar as bases de apoio. Mas deve perder, e os ratos já começam a pular do barco. Como o navio Lula/ Dilma está com superlotação, pode ter muito rato morrendo afogado.

Serra, 68, é o último fundador do PSDB com força presidenciável. Ele mantém peso e voz na oposição, mas o futuro está em Alckmin, sólido em São Paulo, Aécio, que deve sobressair no Senado, e Beto Richa, que desponta como alternativa. Esse será o eixo da reciclagem, com a maioria do PPS e boa parte do DEM (bem aceito pelos três).” ( “sic”)

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A linda, inteligente e muito bem informada  ELIANE, bem que poderia ter mencionado nesse seu artigo dominical o seguinte: O POVO JÁ ESQUECEU? NÃO. E DAÍ!

O povo –  bem, determinada parcela – NÃO ESQUECEU que o PSDB de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO,  JOSÉ SERRA, GERALDO ALCKMIN, AÉCIO NEVES e outros menos notáveis, surgiu como uma DISSIDÊNCIA E RESISTÊNCIA ao QUERCISMO , ou seja, deixaram o PMDB  em razão das práticas pouco republicanas de Orestes Quércia; em síntese: teria tomado de assalto o Partido.

E algumas coisas mais, dizem…

Ah, até a noiva de um Oficial!  ( malandrão, né? )

( O resto não conto, pois não quero ser morto suicidado. Aí Julinho, a minha memória é boa pra cacete…Essa mentira foi você quem contou  faz 22 anos! )

Ora, Eliane: O PSDB HOJE FAZ  TROCA-TROCA COM  PMDB DE QUÉRCIA E ATÉ COM O  PTB DO ROUBOERTO J.

É um troca-troca “bem aceito pelos cinco”…

Só não se sabe  – NO FUTURO PARTIDÃO – quem será mais ativo; quem será mais passivo.

ESTAMOS PHODIDOS “post 2″…O QUE A POLÍCIA QUIS (melhor salário ); O QUE GOVERNO TUCANO DEU 6

Chegará o dia em que a sociedade civil efetuará auditoria nas licitações, contratos em geral, despesas e pagamentos da caixa preta da PM: a DIRETORIA DE FINANÇAS.

Nesse dia a sociedade civil poderá avaliar a competência administrativa do Oficialato.

Se bem que, tomando como paradigmas  o ex-governador Fleury e seu irmão CAPITÃO FREDERICO PINTO COELHO NETO… vulgo LILICO, é por demais previsível a  decantada competência da PM em matéria  gerencial e financeira. 

E por falar em finanças, o PSDB   dá:

Para a Secretaria de Educação: ABONO.

Para a Saúde: ABONO.

Para a da Fazenda: REESTRUTURAÇÃO COM INCORPORAÇÃO DAS GRATIFICAÇÕES.

E para a Secretaria da Segurança?

Bem, SEGURANÇA TEM QUE SEGURAR,  manda pra eles o………….

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…………………………………………………………………………………………………(surpresa )

CAPITÃO, A PM NÃO É PROPRIEDADE DE SEUS MEMBROS…TAMPOUCO DE GOVERNANTES QUE TENDEM A EMPREGÁ-LA COMO INSTRUMENTO PARA BARBÁRIES…LEMBRANDO-LHE QUE HÁ OFICIAIS CORRUPTOS (HOMICIDAS, idem )EM NÚMERO SUFICIENTE PARA DEIXAR QUALQUER CARDEAL RUBORIZADO AO CONSTATAR A NOSSA PUREZA ( da Polícia Civil ) 52

PM/08/22 às 13:58 – CAP PM

Deixem a Polícia MIlitar em paz…

Muito desnecessários esses ataques gratuitos à Polícia Militar e seus membros, “à moda Bicudo”. Estão “requentando” fatos ocorridos há muitos anos! Aliás fatos que são exceções frente às milhares intervenções diárias (sempre com sucesso)!!!!!!
Seria melhor continuarem os esforços para se divulgar as mazelas de alguns policiais civis, ou então se consertar as tais impressoras quebradas….ou mal usadas…
“Varal, fundos de DP”?…Já ouvi muitos desses impropérios na vida (de CORRUPTOS que eu quebrava esquema!) e hoje sei que assim se referem por absoluta inveja….

Geralmente a Polícia Civil usa MAL os recursos que lhe são repassados, bastando ver-se viaturas novas já mal conservadas, “raladas”, “batidas”…Há CRISE DE GERÊNCIA, isso sim!
Que a Polícia Civil sofre de “indigência administrativa” aqui em SP, qualquer um sabe e vê, porém para que as coisas melhorem na polícia civil, não há o porquê de se atacar a Polícia Militar!!! Deixem a PM em paz e para que se melhorem as coisas na Civil, tratem dos problemas da Civil!!!!
*******Aliás, transcrevo abaixo parte de texto de Luiz Ernesto Gemignani, Presidente do Conselho Curador da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), que prefaciou livro sobre Gestão na Polícia Militar:
“…a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ) acredita que o desenvolvimento da sociedade brasileira, sob qualquer ponto de vista, econômico, social, político, ambiental e tecnológico, está diretamente e inexoravelmente ligado à capacidade de gestão de nossas organizações, sejam elas pequenas ou grandes, públicas ou privadas…o desafio é grande e para isso a FNQ conta com parceiros para levar um modelo consistente de excelência de gestão…PROVA DISSO É A INICIATIVA DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, POR INTERMÉDIO DO SISTEMA DE GESTÃO DA PMESP (GESPOL) QUE ADOTOU ESSES FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DE EXCELÊNCIA…………………..

Trazer a baila “Hélio Bicudo” e seus sempre repisados argumentos de ódio contra a Polícia Militar, só traz separação entre nós, policiais…..

Deixem em paz a PM e seus integrantes, que na chuva, no sol de dia e de noite estão sempre a postos para a defesa de SP e seus cidadãos.
Detalhe: a PM é tão superior administrativamente falando, que para se melhorar a Civil é simples: Basta que Policiais Militares (oficiais e praças) administrem também a Civil e deixem para os Delegados o velho e carcomido IP, TC e Auto de Flagrante…, somente…
Se delegados (os tais cardeiais, urgggg!!!!)visitarem o Centro Administrativo da PMESP, ficarão ruborizados em perceber o quanto “pararam no tempo”???????????

DEIXEM A PM E SEUS INTEGRANTES EM PAZ!!!!!!!!!!!!!

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Capitão:

Por causa de acontecimentos muito recentes;  sem quaisquer ligações com os argumentos e discurso de ódio do doutor Hélio Bicudo,  apesar de não ser admirado por muitos Delegados e Policiais Civis, é que devemos respeitar o Exmº Senhor Secretário – doutor Antônio Ferreira Pinto.

Por suas decisões coerentes e firmemente ancoradas no Direito.

Não tem mais a velha “estória” de matar sem qualquer motivo legal e “esquentar” a situação com procedimento administrativo policial militar dando conta de que houve CRIME CULPOSO OU AÇÃO COM EXCLUDENTE DE ANTIJURICIDADE.

E mais: “achando” que poderiam requisitar perícias, encaminhando todo o fruto desse magnífico labor – padrão ISO 121000 – ao Poder Judiciário; sem que a Polícia competente  – A POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO – para apurar tais fatos nem sequer fosse informada.

Parabéns ao Senhor Secretário pela coragem de subscrever a Resolução que pôs um basta ao “estupro” continuado a que os galhardos Oficiais da PM submetiam o ordenamento jurídico.  

Por outro aspecto, todo o recurso material e humano que os CORONÉS dispõem  –  mais o instrumento de gestão denominado RDPM, que lhes confere o poder de tratar seus subalternos como rebanho – só PATENTEA  A MEDIOCRIDADE DO OFICIALATO.

Acorda Sociedade!

Basta de acusar a Polícia Civil de inepta e corrupta. Vendendo-se a falsa imagem de a Polícia Militar ser organizada, eficiente e só eventualmente violenta. 

Sejamos, no mínimo, intelectualmente honestos: A POLÍCIA CIVIL É CORRUPTA…

A POLÍCIA MILITAR É CORRUPTA E VIOLENTA (multiplicada por quatro).

Na escala de valoração de crimes: É MELHOR  SER “CARDEAL” CORRUPTO NA PC, DO QUE SER  “CORONÉ” CORRUPTO ASSASSINO NA PM.

DÉFICIT DE POLICIAIS CIVIS CRIA DELEGACIAS DE “FACHADA” NA REGIÃO DO PÓLO TÊXTIL 18

Posteriormente tentaremos reproduzir a matéria de O LIBERAL, acerca da resistência oposta ao salutar projeto de fusão de Distritos em cidades da Seccional de Americana – DEINTER-9.

Parcela da  população desinformada é levada a acreditar na utilidade dessas  Unidades como pontos irradiadores de sensação de segurança ( falsa, diga-se ).  Alguns entendem que os Distritos deveriam funcionar 24 horas, pois “o cidadão pode necessitar abrir um BO depois de sair do trabalho” .

Certos políticos e DELEGADOS DE FACHADA preferem manter tais Delegacias, mas tal defesa não leva em conta o interesse público, leva em conta  interesses na manutenção de poder.

O Seccional de Americana , nadando contra a corrente política e contrariando interesses de funcionários acostumados a horário flexivel e  Happy Hour  –  diária e pontualmente,  depois das 17hoo – tenta demonstrar que é preferível a população ser efetivamente atendida em centros de excelência policial.

A tarefa do doutor João  José Dutra buscando a unificação ( não o fechamento ) das Delegacias será árdua. 

A ignorância é manifesta.

Por conta da junção de uma DDM( de defesa dos direitos da mulher )  e  Delegacia de base territorial ( para defesa do direito de todos ) – em mesmo prédio – há reclamos até de mulheres  afirmando ser constrangedor o atendimento  – diga-se: inicial recepção no balcão do plantão – prestado por policiais do sexo masculino.

Gozado, qual será então a razão de as mulheres  preferirem ginecologistas às ginecologistas?

GOVERNO ALCKMIN É ASSIM:”FAVELA NAVAL” , CIª PM DE “VARAL” ( fundos do 13º DP), “CASTELINHO ” e MORTOS DE MAIO”…MELHOR: MORTOS DE JANEIRO A DEZEMBRO 15

http://vitimasindiretas.blogspot.com/2010/08/

*NÉLIO NAKAMURA BRANDÃO =VITIMA

BETI MÃE DE NÉLIO NAKAMURA BRANDÃO E ÉRIKA FILHA DE NÉLIO

*DR; HÉLIO BICUDODireitos Humanos (FIDDH), presidida pelo jurista Hélio Bicudo

EXECUÇÕES SUMÁRIAS
Dois rapazes, um, vítima de um assalto, e outro, autor do assalto, porém ferido e desarmado, são executados por policiais militares que depois forjam a versão de resistência seguida de morte (RSM), no Jardim São José (zona leste de são Paulo) VIVER TAMBÉM É ESTAR PREPARADO PARA SITUAÇÕES DIFÍCEIS.”VIOLÊNCIA”
OBRIGADOS A TODOS OS PROFISSIONAIS DO (CRAVI ; DR DANILO CHAMMAS E TODOS ESTAGIARIOS RESPONSAVEIS PELA REABERTURA DO CASO QUE JÁ ESTAVA ARQUIVADO ;Nenhuma dessas iniciativas no âmbito nacional deram frutos e vendo grandes chances de impunidade para o caso, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH), presidida pelo jurista Hélio Bicudo, fez uma denúncia à instância internacional no âmbito da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Foi preciso a intervenção da OEA junto ao Estado brasileiro para o processo ser reaberto sob o número P-150-06. No documento, datado de 17 de julho de 2006, a OEA também criticou a postura do Ministério Público e da Justiça estadual em relação ao caso e cobrou punições (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Data: 13 de setembro de 2004
Local: Jardim São José (zona leste de São Paulo)
Vítimas: Nélio Nakamura Brandão, de 24 anos; e Alexandre Roberto Azevedo, de 24 anos
Agentes do Estado: Roberto de Arruda Júnior, tenente da Polícia Militar; Nilton Silvano, Avelino da Silva Custódio, Luiz Henrique de Brito Domingos, Genivaldo Geraldo de Oliveira, Anderson Fábio dos Santos e Márcio Roberto da Silva Queiroz, soldados da Polícia Militar
Relato do caso: No dia 13 de setembro de 2004, Nélio Nakamura Brandão, de 24 anos, comerciante e universitário, e sua mulher saíam de casa, no Jardim São José, zona leste de São Paulo, às 5h20 da manhã, em seu Fiat Palio. Logo aproximou-se um outro veículo, um Ford Courrier, no qual se encontravam dois homens, apenas um deles armado. Eles pegaram o carro de Nélio e fugiram. Imediatamente em seguida Nélio voltou à casa, pegou um revólver e sua motocicleta para seguir os ladrões.
Enquanto isso sua mulher chamava a polícia. Por estarem nervosos com a situação e por ser comum que a filhinha de quatro anos dormisse sempre no banco de trás, o casal esqueceu que a havia deixado na casa da mãe de Nélio e estava reagindo como se os dois rapazes tivessem levado não apenas o carro mas também a menina. E foi nestes termos que a mulher narrou o fato aos policiais que logo acudiram ao seu chamado.
Iniciou-se então a perseguição. Bem pouco tempo depois, os policiais voltaram com notícias. Já agora estava lá também a mãe de Nélio. Os policiais vinham perguntar se a mulher de Nélio poderia reconhecer os ladrões. E disseram: “Pegamos os mala. O cara do Pálio e o japonês da moto”. A mãe de Nélio compreendeu imediatamente o que tinha acontecido e não se conteve: “O japonês da moto é meu filho!” A partir desse momento o comportamento dos policiais mudou radicalmente e se concretizou nos obstáculos que esposa e mãe encontrariam para localizar o corpo de Nélio (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Na verdade os dois “malas” que os policiais haviam matado eram Nélio e Alexandre Roberto Azevedo, de 24 anos, que estava desarmado e tinha assumido o volante do Fiat Pálio roubado. A esposa e a mãe de Nélio dirigiram-se então ao 41º Distrito Policial (Vila Rica) para ter informações. Só indiretamente as obtiveram, ouvindo pelo alto volume do rádio de uma viatura policial que os dois baleados tinham sido levados para o Hospital do Jardim Iva (O Estado de S. Paulo, 11/12/2006). No necrotério do hospital encontraram Nélio morto com três tiros, estirado ao lado do corpo de Alexandre (Jornal da Tarde, São Paulo, 11/12/2006).
Na delegacia, no início da tarde do mesmo dia, os policiais militares apresentaram a primeira versão da ocorrência: Nélio teria sido assassinado pelo assaltante Alexandre, que, por sua vez, teria morrido no tiroteio com os policiais militares (O Estado de S. Paulo, 11/12/2006).
Foi um dos próprios envolvidos, o tenente da Polícia Militar Roberto de Arruda Júnior, que ajudou a Polícia Civil a desmascarar a primeira versão e a restabelecer a verdade dos fatos. Em depoimentos prestados na Corregedoria da Polícia Militar, em 16 de março de 2005, e no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), em 13 de junho do mesmo ano, ele contou que tendo participado da perseguição, tanto ele, como o motorista da viatura, o soldado Avelino Silva Custódio, atiraram contra o Fiat Palio, ferindo Alexandre nas costas. Declarou ainda que viu quando o soldado Luiz Henrique de Brito Domingos arrancou Alexandre da direção do Fiat Palio, deitou-o no chão e fez dois disparos contra o seu peito. E disse ainda que logo depois da morte de Alexandre, ouviu mais disparos e alguém dizendo: “Pegamos o outro mala”. Percebeu então que os soldados Genivaldo Geraldo de Oliveira e Nilton Silvano tinham atirado no homem da moto. Mais tarde foi procurado pelos soldados Genivaldo e Nilton que lhe disseram ter “havido um mal-entendido” (Jornal da Tarde, São Paulo, 11/12/2006 e Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Situação da investigação: Para além da primeira versão falsa no boletim de ocorrência, as investigações tropeçaram em outros obstáculos erigidos pela má vontade em punir crimes de agentes do Estado por parte do promotor encarregado do caso e do Poder Judiciário.
A primeira versão dos policiais não tinha convencido os parentes de Nélio Nakamura. Apoiada pelo CRAVI (Casa de Referência e Apoio à Vítima), a mãe de Nélio comentava: “Se alguém me pergunta quantos filhos eu tenho. Eu digo três, se alguém me pergunta se algum deles morreu, eu digo que sim. Morreu de quê? Os policiais mataram …” (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos/São Paulo, 17/07/2006).
O delegado de polícia Reinaldo Ribeiro Checa Júnior, então do 41º DP, responsável pela primeira fase das investigações, já no início suspeitava fortemente da versão apresentada pelos policiais militares envolvidos no duplo homicídio. Tanto assim é que, em 17 de setembro de 2004, quatro dias depois do crime, ele requereu a prisão temporária dos policiais até a conclusão do processo (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Por sua vez o delegado de polícia Luciano Barros Faro, à época da Equipe I-Leste, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), declarou em seu relatório conclusivo, em 8 de julho de 2005, que “os crimes de homicídios foram perpetrados por policiais militares, agentes de segurança pública, sem que as vítimas apresentassem qualquer resistência. Uma delas, inclusive, tratava-se da vítima do roubo que estava ocorrendo. E mais, após a verificação dos graves erros que cometeram, os policiais que participaram do extermínio, na companhia de demais comparsas, também arquitetaram e armaram mirabolante história, onde alteram a forma dos fatos como de fato ocorreram, utilizando-se para isto de uma arma de fogo com numeração raspada. Outros policiais militares, visando preservar sua corporação e seus colegas omitiram a verdade e a falsearam, em total desrespeito à Justiça e à verdade dos fatos”. Mais adiante o delegado afirma: “E todos eles estão livres nas ruas, efetuando a segurança da população de nosso Estado” (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Esse delegado, que comandou durante oito meses as investigações do duplo homicídio, concluiu, a partir sobretudo dos depoimentos do tenente Roberto de Arruda Júnior, já citados, que Nélio foi morto porque o confundiram com um dos assaltantes e que Alexandre, sequer estava armado quando o soldado Luiz Domingos o arrancou do carro, já ferido, e disparou dois tiros contra ele. Depois os policiais arquitetaram uma história falsa: um dos policiais militares arranjou um revolver 38, com numeração raspada, pertencente a um comerciante do bairro, e o “plantou” junto ao morto. A intenção deles era transformar o crime em “resistência seguida de morte” (RSM) (O Estado de São Paulo, 11/12/2006).
No entanto, mesmo depois de a fraude ter sido desmascarada e os policiais militares terem sido indiciados pela Policia Civil, o promotor Roberto Tardelli, da 1ª Vara do Júri da Capital, então designado pelo Ministério Público de São Paulo para acompanhar o caso, determinou, em 12 de agosto de 2005, quase um ano depois do duplo homicídio, o arquivamento do inquérito. Segundo ele não teria havido intenção de matar – portanto não teria havido homicídio doloso. Em ocasião posterior, em dezembro de 2006, para justificar sua decisão de arquivamento, já contestada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (como se verá abaixo), declarou à imprensa que o que tinha acontecido foi um “apavoramento” dos policiais militares pois eles julgavam que a filhinha do casal tinha sido seqüestrada. Também deu nessa ocasião uma outra variante interpretativa da razão do crime: imperícia e falta de preparo dos policiais militares, o que os levaria apenas a responder por homicídio culposo (sem intenção de matar) (Jornal da Tarde, São Paulo, 11/12/2006). O pedido de arquivamento foi acatado pelo juiz Marcelo Matias Pereira, seis dias depois, em 18 de agosto de 2005, que assim corroborou com a impunidade do duplo homicídio. Além disso, no decorrer do inquérito, foram cometidos pelos policiais militares e reconhecidos pelo próprio promotor os crimes de fraude processual, falso testemunho, roubo e porte ilegal de arma de fogo, na tentativa de encobrir os fatos. Entretanto esses crimes também foram objeto de arquivamento definitivo, com a decisão de 21 de março de 2006, da juíza Regiane dos Santos, da 17ª Vara Criminal, após manifestação da promotora de justiça Silvia Reiko Kawamoto, (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006). Assim membros do Ministério Público, unidos a setores do Poder Judiciário, colaboraram para a impunidade de um caso de violência arbitrária e ilegal cometido por agentes do Estado, em franca contradição com a investigação bem-sucedida de setores da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar.
O arquivamento completo do caso deixou as entidades de direitos humanos e a família de Nélio inconformados. Por isso tentaram, sem sucesso, promover a reabertura do inquérito. Em 31 de março de 2006, o Procurador Geral de Justiça Rodrigo Pinho, chefe do Ministério Público de São Paulo, indeferiu requerimento formulado pela Comissão Municipal de Direitos Humanos e pela Casa de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), que pedia a nomeação de outro promotor para avaliar o caso. Seguindo as recomendações do próprio Procurador Geral, outra representação foi encaminhada, em 28 de junho de 2006, ao delegado Emanuel Marcos Lopez, titular da Equipe I-Leste do DHPP, e outra, em 29 de junho de 2006, ao promotor Roberto Tardelli, requerendo a reabertura do inquérito e apontando provas que não haviam sido objeto de investigação e que poderiam reforçar ainda mais as evidências de homicídio, ao contrário da interpretação de legítima defesa por parte dos policiais militares. Uma representação também foi encaminhada ao Conselho Nacional do Ministério Público, que tem como uma de suas atribuições fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
Nenhuma dessas iniciativas no âmbito nacional deram frutos e vendo grandes chances de impunidade para o caso, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH), presidida pelo jurista Hélio Bicudo, fez uma denúncia à instância internacional no âmbito da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Foi preciso a intervenção da OEA junto ao Estado brasileiro para o processo ser reaberto sob o número P-150-06. No documento, datado de 17 de julho de 2006, a OEA também criticou a postura do Ministério Público e da Justiça estadual em relação ao caso e cobrou punições (Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, São Paulo, 17/07/2006).
O novo promotor designado pelo Ministério Publico, Maurício Antônio Ribeiro Lopes, depois de receber e analisar as minúcias do Inquérito Policial Militar (IPM) caracterizou a ação dos policiais militares como “execução sumária” e denunciou os sete envolvidos por duplo homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recursos que impossibilitou a defesa das vítimas). A denúncia foi recebida pela juíza Sônia Nazaré Fernandes Fraga em 5 de janeiro de 2007. Três dias depois o promotor pediu a prisão preventiva dos sete, dois anos e quatro meses depois do crime. Em 10 de janeiro seis deles já estavam presos no Presídio Militar Romão Gomes (Jornal da Tarde, São Paulo, 10/01/2007).
Fontes: Relatório da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH), São Paulo, 17/07/2006; O Estado de S. Paulo, 11/12/2006; Jornal da Tarde, São Paulo, 11/12/2006; Agência Estado, 11/12/2006; Yahoo News, São Paulo, 12/12/2006; Diário do Grande ABC, Santo André, 12/12/2006; Jornal da Tarde, São Paulo, 10/01/2007

TJ DE SERGIPE TRANCA PROCESSOS DISCIPLINARES CONTRA DELEGADO COLUNISTA DO SITE UNIVERSO POLÍTICO.COM…EM SÃO PAULO A TRUCULÊNCIA NA VIOLAÇÃO A LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO É MUITO MAIS GRAVE 2

TJ DERRUBA PORTARIA DA SUPERINTENDÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL CONTRA PAULO MÁRCIO.

2010-08-21 20:59
 
A juíza titular da 3ª Vara Cível da Comarca de Aracaju, Simone de Oliveira Fraga, deferiu tutela antecipada em favor do delegado de Polícia Civil Paulo Márcio no bojo do processo nº 201010300687, determinando a suspensão imediata dos efeitos das portarias de instauração dos dois processos administrativos disciplinares movidos pela Corregedoria de Polícia contra o delegado pelo fato dele ter usado o Expresso Livre (e-mail disponibilizado as servidores públicos) para divulgar aos colegas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) a atualização da sua coluna Estado e Sociedade, postada em Universo Político.com.
 
De acordo com a Corregedoria de Polícia, a atitude do delegado violou dispositivos da Portaria nº 02/2010 da Superintendência da Polícia Civil, conhecida no meio policial como “portaria da mordaça”. A magistrada, por sua vez, entendeu que a portaria não poderia regulamentar o conteúdo do e-mail funcional para determinar que constitui “documento policial” todo e qualquer conteúdo de texto ou imagem a ele incorporado, já que se trata de matéria a ser disciplinada por lei.
 
A magistrada entende que a portaria viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, que consagra no seu artigo XIX que “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
 
“Em tema de liberdade que é um bem sagrado e tutelado pela Constituição Federal, que no artigo 5º ‘caput’ assegura que todos são iguais perante a lei, não se pode permitir ou aceitar que normas de caráter geral, que não estavam previamente estipuladas possam cercear o ‘ius libertatis’ de uma pessoa”.
 
Lê-se na decisão da juíza que “dessa forma, ante a presença dos requisitos previstos no art. 273, “caput” do CPC, defiro a antecipação da tutela pretendida, para determinar a suspensão dos efeitos das portarias de instalação dos processos administrativos disciplinares nº 2010.016.01.003-1 e 2010.015.01.002-1, bem como se abstenha de aplicar quaisquer punições administrativas decorrentes dos investigados nos referidos processos, até a decisão final da presente ação”, determinou a juíza.
 
Procurado por Universo Político.com sobre os dois processos e a decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), o delegado e colunista Paulo Márcio disse que jamais imaginou que em pleno século XXI, em um País que tem uma Carta Política carinhosamente chamada de “Constituição Cidadã”, passasse uma situação constrangedora como a que foi submetido, apenas por ter manifestado seu pensamento.
 
“É como se de repente, das trevas medievais, emergisse um tribunal de inquisição. Diante de tamanha violência, eu bati em várias portas pedindo ajuda, até na de quem supunha crer na democracia, mas me enganei redondamente. Mas, graças a Deus, temos um Judiciário livre e independente, de maneira que me sinto feliz por ver minha cidadania resgatada e fortalecida por uma decisão corajosa de uma ilustre magistrada sergipana, a doutora Simone Fraga”, comentou.
 
Universo Político.com tentou ouvir também o superintendente da Polícia Civil de Sergipe, o delegado João Batista, mas foi informado que ele estava em reunião.
 
Fonte: Universo Político (Joedson Telles )
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Aqui um simples e-mail privado endereçado a e-mail privado de eminente autoridade é caso para ameaça de demissão e, ao final, de  violento e canhestro procedimento, penalidade de suspensão.

A disparada da presidenciável Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Datafolha divulgada ontem abalou aliados e dirigentes da campanha de José Serra (PSDB). 12

PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Nova queda desanima aliados de Serra

Tucanos aumentam pressão por mudanças no programa de TV; senadora diz que só desiste “no último minuto”

“Isso impacta a gente”, afirma Marisa Serrano; tucanos dizem esperar “fato novo”, e candidato não comenta resultado

DE SÃO PAULO

DE BRASÍLIA

DO RIO

A disparada da presidenciável Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Datafolha divulgada ontem abalou aliados e dirigentes da campanha de José Serra (PSDB).

O clima de desânimo marcou as reações dos tucanos, que agora dizem esperar um “fato novo” para levar a eleição ao segundo turno.

“Isso impacta a gente. Não é fácil, mas só podemos desistir no último minuto”, disse a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). “É ruim esperar o imponderável, mas precisamos lutar até o fim.”

O resultado ampliou a pressão por mudanças na propaganda eleitoral de Serra, que tem tentado colar sua imagem à de Lula.

“A estratégia do bom-mocismo está errada”, disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que defende uma linha mais agressiva na TV. “Oposição só substitui quem está no poder quando é crítica.”

“Temos que mudar o programa para mostrar que o PSDB e seus aliados construíram tudo que está aí”, reforçou o presidente do PTB, Roberto Jefferson.

O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) defendeu que a oposição se concentre agora na disputa pelo Senado. “Queremos evitar que aconteça o que ocorreu na Venezuela”, disse, referindo-se a um eventual governo Dilma com ampla maioria na Casa.

O coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra, afirmou que já esperava o crescimento da petista, “talvez não desse tamanho”. Ele defendeu a linha adotada na TV: “O caminho é manter o que está definido. Nossa estratégia de comunicação não pode ser errática”.

No Rio, Serra não quis comentar a pesquisa. Disse que a invasão de um hotel em São Conrado reforça a necessidade de o governo federal atuar na segurança e afirmou que a ocupação policial de favelas é “positiva, mas insuficiente” para conter a violência.

CAMPANHA TUCANA: PROMESSA – REGISTRADA EM CARTÓRIO – DE FAZER AQUILO QUE NUNCA QUIS FAZER 13

Segurança vira mote de campanha

Além de criar ministério, Serra promete reforçar as fronteiras; Dilma vai incentivar combate à violência por núcleos comunitários

Lucas de Abreu Maia – O Estado de S.Paulo 

Ao comprometer-se, no início da pré-campanha, com a criação do Ministério da Segurança Pública, o presidenciável do PSDB, José Serra, empurrou a questão para o centro do embate eleitoral. Seu programa de quinta-feira, na TV, concentrou-se em suas propostas para o combate às drogas – em especial o crack.

Neste mês, em viagem a Salvador, Serra divulgou seu programa de governo para a segurança. Além da criação da pasta, os sete eixos condutores incluem o fortalecimento do controle fronteiriço, investimento em inteligência e a construção de presídios.

Dilma Rousseff, candidata do PT, respondeu às propostas do adversário com um programa para a segurança com 13 diretrizes básicas, obtidas pelo Estado. Tratam, em linhas gerais, da continuidade das políticas do governo Lula. A ênfase será, contudo, no incentivo ao combate à violência por núcleos comunitários – chamado pelos coordenadores petistas de “segurança cidadã”.

A segurança pública tornou-se um dos principais flancos de ataque ao PT. Esta é a área em que o governo Lula é mais mal avaliado, de acordo com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Para 34% do eleitorado, a segurança piorou nos últimos dois anos – mesmo porcentual que considera que houve melhora no setor.

“A verdade é que a segurança não é prioridade para este governo”, ataca o cientista político Túlio Kahn, que coordenou o programa tucano para a área. Ele afirma que a criação do Ministério da Segurança “é um meio, não um fim”. A nova pasta deverá congregar órgãos atualmente subordinados ao Ministério da Justiça, como a Polícia Federal. O programa fala em “valorizar” e em aumentar os salários dos policiais.

Na semana passada, o partido conseguiu suspender judicialmente uma campanha publicitária da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp) que protestava contra salários e condições de trabalho.

Criticado pelo PT por aumentar o número de presídios em São Paulo, Serra deverá, se eleito, levar o modelo a todo o País. O programa tucano prevê parcerias público-privadas (PPPs) para a construção de novas unidades. “Vamos vencer a burocracia que impede as construções”, garante o texto. “Há um déficit de cerca de 180 mil vagas nos presídios”, complementa Kahn.

No programa de governo de Dilma, o enfoque será na continuidade. As 13 diretrizes para a segurança pública falam em “melhoria da gestão”, “ampliação da política de combate às drogas” e “fortalecimento da Força Nacional de Segurança Pública”.

A ruptura fica na promessa de reforma no sistema prisional. Outra inovação é o investimento em policia comunitária. Não há, porém, detalhes sobre como isto seria feito. “Vamos juntar políticas sociais com repressão qualificada. Criaremos territórios da paz, para oferecer, em zonas de perigo, a oportunidade de não envolvimento com o crime”, explica o sociólogo José Vicente Tavares dos Santos, colaborador do programa de Dilma.

Promessas. Marina Silva (PV) também dá destaque à segurança pública. Em julho, ela divulgou uma nova versão das diretrizes do seu programa com ênfase no setor. São seis itens, que falam em investir em inteligência, combater a impunidade e estabelecer um plano de carreira para as três polícias. O plano teve a colaboração do antropólogo Luiz Eduardo Soares.

Os candidatos à Presidência fizeram, nesta semana, 13 novas promessas. O levantamento do Estado leva em consideração as aparições públicas dos três principais candidatos, além de entrevistas, propaganda eleitoral e material de seus sites.

POPULARIDADE DE LULA DESMONTA CANDIDATURAS REGIONAIS 4

Luta pelo Congresso

Merval Pereira – O globo

 

A disputa pelo poder dentro da coligação governista, que vive momentos de euforia diante da possibilidade real de vitória já no primeiro turno da candidata oficial Dilma Rousseff, foi antecipada para as campanhas estaduais. O centro do poder é o controle do Senado, onde o governo tem encontrado uma barreira a suas iniciativas e onde sofreu a pior derrota, a da extinção da CPMF.

O PMDB tenta manter as maiores bancadas do Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, e tudo indica que desta vez não abrirá mão de continuar comandando as duas Casas como no primeiro momento do governo Lula, quando aceitou fazer um rodízio com o PT, acordo quebrado em 2009, quando Michel Temer foi eleito presidente da Câmara, e José Sarney, do Senado.

A última vez em que o PMDB comandara as duas Casas legislativas ao mesmo tempo fora no biênio 91-92.

Na Câmara, as previsões são de que a bancada governista aumentará sua maioria em cerca de 15 deputados, mas nada que altere o equilíbrio de forças atual.

O PMDB manterá a maior bancada, segundo levantamento da consultoria Patri de Políticas Públicas, de Brasília.

Mesmo com a previsão de um crescimento do PT em 15 deputados, os peemedebistas também crescerão.

De qualquer maneira, a diferença das previsões é pequena — 95 deputados para o PMDB e 92 para o PT —, e a presença de Lula pode alterar esse quadro a favor do PT.

Que é tudo o que o PMDB não quer. Dominando o Congresso, com o vice Michel Temer assumindo a coordenação das negociações entre o Planalto e os parlamentares, o PMDB ganha força política para se impor no governo.

Na oposição, o DEM será o maior prejudicado, perdendo cerca de 15 cadeiras, enquanto o PSDB permanecerá no mesmo nível da atual bancada. Quem crescerá também na base do governo será o PSB.

No Senado, o crescimento do PT será menor, de 9 para 11 senadores, enquanto o PMDB manterá a mesma bancada de 18 senadores.

A oposição pode perder quatro cadeiras entre DEM e PSDB, mas o PPS deve eleger Itamar Franco em Minas.

Por essa conta, o Senado continuará com a mesma característica atual. Embora o governo tenha na teoria uma larga vantagem — 47 senadores da base aliada contra 31 da oposição e 3 “neutros” —, não tem segurança para as votações.

Essa situação pouco será alterada no futuro Senado, segundo as pesquisas até o momento, pois a bancada do PMDB tem dissidentes impor tantes que continuam com mandato, como Pedro Simon, do Rio Grande do Sul, e Jarbas Vasconcellos, de Pernambuco, e deve ganhar a presença do ex-governador de Santa Catarina Luiz Henrique.

O ex-governador Orestes Quércia, em São Paulo, disputa a segunda vaga do Senado com Romeu Tuma (PTB) e Netinho de Paula (PCdoB).

Os números das últimas pesquisas mostram que o equilíbrio de forças regionais está sendo desmontado pela popularidade de Lula, que faz com que sua candidata se recupere até mesmo na Região Sul, o maior bastião da oposição nos últimos anos.

O empate técnico no Sul, que corresponde aos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, registrado pelo Datafolha, com Dilma chegando a 38% contra 40% de Serra, pode significar uma mudança nas corridas estaduais para o governo e o Senado.

Hoje, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são estados “azuis”, governados pela oposição ou seus aliados.

No momento, as pesquisas apontam que o PSDB pode ganhar no Paraná, com Beto Richa, e perde em Santa Catarina, para o PP de Ângela Amin, e no Rio Grande do Sul, para o PT de Tarso Genro. Havendo segundo turno, o candidato do PMDB dissidente, José Fogaça, pode derrotar Tarso.

A subida de Dilma no estado em que começou sua vida pública, no entanto, indica uma vantagem para o petista.

No Senado, o PP pressiona para que Lula não apoie Paulo Paim contra Ana Amélia Lemos, que estão empatados.

A derrota neste momento de Serra na Região Sudeste, que engloba São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, é a maior demonstração da situação difícil de sua campanha.

Com Geraldo Alckmin liderando com folga a corrida para o governo, Serra não consegue abrir uma vantagem no seu estado que permita compensar as derrotas em Minas e Rio.

Em Minas, a esperança de vitória vai se desvanecendo diante da dificuldade que o governador Aécio Neves — que se elege para o Senado — está tendo para virar o jogo contra Hélio Costa, do PMDB. Mesmo que consiga essa reversão, tudo indica que ela não chegará à campanha presidencial.

No Rio, o governador Sérgio Cabral deve ser reeleito no primeiro turno, e a disputa está no Senado. Há um movimento do PMDB e da Igreja Católica para alavancar a candidatura de Jorge Picciani contra o bispo Marcelo Crivella, do PRB, que lidera a pesquisa junto com o ex-prefeito Cesar Maia.

Lula está pedindo votos para Crivella e Lindberg, ex-prefeito petista de Nova Iguaçu.

No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 50%, e Serra, 27%.

Ali, há uma disputa particular em que Lula se empenha para derrotar o senador Artur Virgilio, do PSDB, que por enquanto está com a segunda vaga, pois a primeira é do exgovernador Eduardo Braga.

A tática do governo é dar força para a candidata do PCdoB, Vanessa Grazziottin.

No Nordeste, a candidata petista ampliou sua vantagem em 11 pontos e chegou a 60% contra 22% do tucano.

Por enquanto, a oposição está conseguindo reeleger dois de seus principais líderes para o Senado, Tasso Jereissatti, do PSDB, no Ceará e José Agripino Maia, do DEM, no Rio Grande do Norte. Mas Lula está empenhado pessoalmente em derrotá-los.

Alckmin é hoje o representante principal das forças conservadoras no tucanato. É a – EXTREMA – direita da oposição. 1

ANÁLISE

Oposição corre risco de ser alijada do centro e ficar encurralada na direita

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O futuro da oposição está próximo de uma tragédia com o avanço da candidatura de Dilma Rousseff (PT) a presidente. Também contribui para esse cenário o apetite de Lula por aumentar a bancada governista no Senado e reconquistar eleitores perdidos em São Paulo.
O PSDB e o Democratas, principais partidos anti-PT, correm o risco de serem alijados do centro e ficarem encurralados apenas no canto direito do espectro político.
Basta somar a chance de Dilma vencer no primeiro turno com as disputas estaduais para enxergar um desfecho plúmbeo a tucanos e democratas em 3 de outubro.
No caso do PSDB, o partido não está apenas prestes a perder nova chance de governar o Brasil, mas também de ficar sem dois dos mais emblemáticos Estados nos quais manda hoje: Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Se as pesquisas se confirmarem, o PSDB passará a ter como homem forte Geraldo Alckmin -favorito ao governo de São Paulo, mas rejeitado para ser presidente em 2006. Alckmin é hoje o representante principal das forças conservadoras no tucanato. É a direita da oposição.
Em Minas, mesmo se eleito, Aécio Neves vai virar um náufrago tucano no Senado se não conseguir eleger Antonio Anastasia ao governo.
No Rio Grande do Sul, Yeda Crusius sobreviveu à possibilidade de impeachment em 2009, mas aparece num constrangedor terceiro lugar ao tentar a reeleição.
Já Serra, se perder, terá sua segunda derrota numa corrida presidencial. Às vezes em política um fracasso pode representar forças para o futuro, como no caso de Lula.
Mas, para Serra, há perspectiva do inverso: ele pode ter neste ano menos votos do que na sua primeira tentativa, quando perdeu para o PT no segundo turno em 2002.
O Democratas, principal aliado tucano, segue os mesmos passos. Hoje, seus trunfos são possíveis vitórias aos governos de Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Juntos, os dois Estados têm meros 5% do eleitorado nacional.
A sobrevivência da oposição num eventual governo Dilma dependerá de tucanos e de democratas terem capacidade para ampliar o público disposto a ouvi-los.
Com Alckmin, as chances podem ser razoáveis em São Paulo. Mas no restante do Brasil, PSDB e DEM terão de se reinventar. A percepção de que predomina um paulicentrismo conservador nas forças anti-PT só piora as coisas para quem deseja algum dia tirar os petistas do Planalto.

Doutor ADHEMAR CARLOS ROSA: 1938-2010…FUNDADOR E PRESIDENTE DA GUARDA MUNICIPAL DE HORTOLÂNDIA 3

Faleceu, ontem, na cidade de Hortolândia-SP, o advogado ADHEMAR CARLOS ROSA. O “doutor Adhemar” , aos 71 anos, era advogado militante na Comarca; muito querido entre o policiais civis, militares e guardas municipais.  Político atuante – vereador por Sumaré –  lutou pela emancipação de Hortolândia e criação da Guarda Municipal; foi responsável pela instituição do órgão e, também, seu Presidente. Deixa o filho Marcio Carlos Rosa agente da Polícia Federal, anteriormente funcionário do Poder Judiciário.

Nossos sentimos aos familiares e amigos.

“Maior participação de Lula na campanha do petista Aloizio Mercadante ao governo é maior preocupação de tucanos” 11

PRESIDENTE 40Presidente cobra “fatos políticos” para alavancar campanha de Mercadante

Vantagem de Dilma faz Lula exigir ofensiva em SP

Em comício no ABC, candidata petista diz que eleição não está ganha e tenta estimular a militância da sigla

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
 

A candidata petista Dilma Rousseff e o presidente Lula, ontem, durante evento em Mauá

ANA FLOR
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

A pesquisa Datafolha que mostra Dilma Rousseff (PT) com 47% das intenções de voto contra 30% de José Serra (PSDB) permitirá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dedicar à campanha eleitoral em São Paulo -o maior temor dos tucanos.
Já na sexta à noite, em discurso em Osasco, Lula anunciou que sua prioridade na eleição é o Estado, governado há 16 anos pelo PSDB.
Ele cobrou da coordenação da campanha de Aloizio Mercadante a criação de “fatos políticos” para conquistar um triunfo no maior colégio eleitoral do país.
Apesar disso, em outro comício, realizado ontem em Mauá (SP), Dilma Rousseff minimizou a pesquisa e tentou estimular a militância.
“Pesquisa não ganha eleição para ninguém. Ganha uma eleição o povo votando no dia 3 de outubro”, disse. “O que garante é a gente trabalhar de hoje até o dia 3, batalhar muito, perder muita voz e conversar com o povo.”
Em discurso, a ex-ministra voltou a falar sobre o assunto: “Não podemos achar que o jogo acabou. Um bom jogador tem de jogar a partida inteira”, disse. No entanto, pela primeira vez Dilma citou a perspectiva de triunfar no primeiro turno da eleição.
Lula disse acreditar que a ex-ministra tem menos votos entre as mulheres por preconceito, e elogiou a candidata. “Se eu tivesse um filho, e não tivesse a Marisa, eu dava para ela [Dilma] cuidar”, disse Lula, ao falar da confiança que tem em Dilma.
Lula pediu que, até amanhã, a campanha de Mercadante crie uma lista de temas políticos para atacar a gestão tucana. No discurso, o presidente citou o primeiro deles: os pedágios. Disse que os valores cobrados nas estradas paulistas são “um roubo”.
Na noite de sexta, Lula conversou com Mercadante, com o prefeito de Osasco, Emídio de Souza, coordenador da campanha ao governo do Estado, e com o presidente do PT-SP, Edinho Silva.

VIRADA
Lula afirmou que suas participações na campanha no Estado, por meio da TV e de comícios, não são suficientes para virar a disputa. Segundo ele, é preciso “fatos políticos” para atacar os tucanos.
Mais tarde, ele criticou abertamente o discurso de se levar a disputa de São Paulo para o segundo turno. Ele cobrou que se defenda uma vitória no primeiro turno.
Com a vitória de Dilma no primeiro turno aparentemente encaminhada, tucanos temem que Lula se dedique a transferir seu prestígio para Mercadante, ameaçando a vitória até agora aparentemente fácil de Alckmin.
Além de São Paulo, Lula pretende concentrar sua participação na reta final da campanha em Minas Gerais, onde o pleito, apesar da vantagem do candidato lulista, Hélio Costa (PMDB), é considerado bastante acirrado.
Em São Paulo, segundo o último levantamento do Datafolha, Alckmin aparece com 54% das intenções contra 16% de Mercadante.
Uma maior participação de Lula na campanha do petista Aloizio Mercadante ao governo era a maior preocupação de tucanos ontem.
As campanhas não sabem avaliar o impacto que a nova estratégia petista pode ter na eleição em São Paulo.

ELEIÇÕES 2010