Mercadante quer criar BNDES paulista
Do jornal O Estado de S. Paulo
Aloizio Mercadante, candidato petista ao governo do Estado de São Paulo, voltou a condenar a venda da Nossa Caixa e a privatização do Banespa pela gestão tucana, durante a sabatina promovida pelo Grupo Estado. “Quero criar um BNDESP”, afirmou o senador, referindo-se ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em encontro realizado no auditório do Estado, com mediação de Roberto Godoy e participação dos jornalistas Roberto Fonseca, Daniel Bramatti e Adriana Carranca, Mercadante vinculou insistentemente sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – questionando a ausência de Fernando Henrique Cardoso no programa do adversário tucano, Geraldo Alckmin. Criticou os dezesseis anos de governo do PSDB no Estado em todas as áreas de atuação, especialmente, na educação. “Eles privatizaram a qualidade do ensino”, acusou.
Outro ataque recorrente, aos pedágios das estradas paulistas, reapareceu na entrevista, acrescido da forma como Mercadante pretende baixar as tarifas. “Temos de renegociar os contratos com as concessionárias, prorrogá-los se necessário. A contrapartida da prorrogação é a redução dos preços.”
Ao privatizar o Banespa e vender a Nossa Caixa, perdemos instrumentos de fomento da economia do interior de São Paulo. Quero criar um BNDESP. Temos de ter um banco de fomento no Estado. Os tucanos falam que têm uma agência de fomento, mas é completamente insignificante para o tamanho de São Paulo. O Banespa era um grande instrumento. E o mundo, depois da crise, olha para os bancos públicos de outra forma. Se não tivéssemos o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil atuando na crise, não teríamos dado a resposta espetacular que demos. A agência de fomento é capitalizada só com recursos orçamentários hoje, é pouco. Temos novas engenharias de financiamento, podem-se capitalizar recursos no mercado, pode-se criar uma equipe que prepare bons projetos para financiamento. Se tivermos um banco de fomento, podemos disputar recursos no Banco Mundial, no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no mercado internacional e ajudar a alavancar o investimento. Porque, pelo mercado, os investimentos vão se concentrar cada vez mais na Grande São Paulo ou em Campinas. Como levar investimento para o interior, sem incentivo fiscal e financiamento?
Nesses 16 anos, houve uma perda de qualidade na educação, há boas escolas para pouco mais de 10% dos alunos, não chega a isso. Privatizaram a qualidade do ensino. Quem pode pagar continua tendo ensino de qualidade. Mas só quem pode pagar. No último Enem, a escola pública de São Paulo mais bem classificada ficou em 2.583º lugar. Metade dos professores não tem concurso, não tem carreira. Não tem projeto para o profissional, não tem estabilidade pedagógica. Tem de dar um laptop para cada professor. O que custa num orçamento de R$ 30 bilhões da educação dar um laptop para cada professor? E, futuramente, um laptop para cada aluno da rede pública? Quero ser um governador avaliado pela qualidade do ensino nas escolas. Eu não pus meus filhos na escola pública, mas a oportunidade que eu pude dar a eles a maioria do povo não tem.
A progressão continuada é um conceito pedagógico generoso, o aluno passa sem saber. Vai ser reprovado na vida e no mercado de trabalho. A escola precisa exigir. A progressão continuada nunca foi aprovação automática. Quero trazer o sistema do cartão “chipado”: quando o aluno entra na sala de aula, fica registrada a presença. Se o professor tem um laptop, é automático. O estudante não veio à aula, o pai recebe uma mensagem no celular. Na avaliação tem de haver duas coisas: o que ele aprendeu e o esforço que fez para aprender.
Esse governo cria um pedágio a cada 40 dias, isso prejudica muito, especialmente o interior. Temos de renegociar esses contratos, prorrogá-los se necessário, e a médio prazo lançar uma nova política. O contrato tem uma cláusula que se chama equilíbrio econômico e financeiro, que pode ser acionada tanto pelo poder público quanto pela empresa. É inegável que o volume de tráfego nas estradas é excepcional, o PSDB sucateou as ferrovias. Uma das razões do esvaziamento econômico do interior é o abuso dos pedágios, que impede a competitividade. A cláusula de equilíbrio econômico permite acionar a renegociação do contrato. A minha proposta é negociação. Na prorrogação de contrato, a contrapartida é a redução da tarifa. A médio prazo, o consumidor vai pagar pelo quilômetro rodado. Na Europa e no Chile, é assim. Se todos pagarem o que foi efetivamente rodado, a tarifa cai. A questão do médio prazo será resolvida com tecnologia. E as empresas não vão criar dificuldade. Governamos sete anos e meio respeitando os contratos.
Os homicídios diminuíram, por dois motivos: o Estatuto do Desarmamento e a melhora sócio-econômica de todo o Brasil. Mesmo assim, no ano passado, os homicídios aumentaram 16% no interior de São Paulo. Aumentaram também roubos de carga, sequestros, furtos, assaltos. Isso tudo com as estatísticas subestimadas. Em São Mateus, periferia de São Paulo, que tem 400 mil habitantes, há apenas um escrivão na delegacia. O pessoal chama ele de “escravão”. Tem de mudar a metodologia de registro das estatísticas, colocar um portal na internet. Vou dar publicidade aos dados de violência de São Paulo, o Infocrim (mapa dos crimes do Estado informatizado). Abrir os dados para a população, como Londres fez. É incômodo para o governo, mas é preciso, porque assim o Conseg (Conselho de Segurança) discute segurança com mais rigor. Além disso, a polícia está muito insatisfeita. O governo chegou a assistir ao confronto entre polícia civil e militar. Hoje, temos 114 dias de greve do Judiciário, não tem diálogo.
O crime organizado tomou conta dos presídios. Não tem crack dentro dos presídios, porque os traficantes não deixam entrar. É uma perda total da disciplina. Faltam 11 mil agentes penitenciários no sistema. Ficaram misturados os chefes do tráfico com o criminoso de pequeno delito e deu no que deu. Temos de separar os presos em quatro níveis: primários, reincidentes não perigosos, perigosos e chefes de crime organizado. Esses últimos têm de ir para os presídios de segurança máxima. Inclusive os federais têm 4 mil vagas e São Paulo não mandou um chefe do crime organizado para lá, não sei por quê.
Mercadante está indo devagar demais,na minha concepção deveria falar a linguagem do povo,ser simples e direto.Todo rebuscamento agora é perda de tempo.O povo precisa saber o que será feito e por que.
PSDB-NUNCA MAIS.
CurtirCurtir
O CHEFE DO CRIME ORGANIZADO , NÃO ESTA PRESO PORQUE ESTA NA POLITICA, E ESTE ANO TEM ELEIÇÃO.
QUE.?QUEM? QUEM SERA? NAS CADEIAS SO TEM PEIXE MIUDO.
PSDB/DEM NUNCA MAIS
CurtirCurtir
Tem que falar do rouboanel, castelinho,guerra entre as polícias defronte ao Palácio dos Bandeirantes motivada única e exclusivamente pela aflitiva situação salarial do policial em São Paulo, pior salário de delegado da polícia civil do Brasil, falta de escrivães , investigadores, delegados como o verdadeiro motivo do fechamento das delegacias. Assunto não falta.
CurtirCurtir
logico que vamos votar 13 de ponta a ponta…mas como sempre a segurança não é prioridade!!!
CurtirCurtir
Olha, uma notícia desse tipo deveria ser levada urgente ao MP, ao governo federal, ao Procurador da rep, sei lá aonde, porque é simplesmente IMPOSSÍVEL que uma delegacia de periferia ou qualquer outra, tenha UM escrivão! Imagine quantos investigadores e delegados.
Esse funcionário deveria ser aposentado agora sem importar seu tempo de serviço como prêmio pelo ato heróico de passar um tempo nesse lugar sozinho.
CurtirCurtir
É lógico que os distritos policias só tem um escrivão por plantão, e quando esse sai de férias, descem os da chefia para cobri-lo, e o cartório fica parado e depois vamos lá na Consolação explicar pq o inquérito voltou para o Foro pedindo prazo sem nada ser feito. Enqto. isso nos departamentos da vida, os escrivães “trabalham” um dia sim outro não, ou meio período, servindo cafezinho, servindo de secretaria para os majuras, e os escravães do decap, demacro e deinter, que sifu.
CurtirCurtir
ESSA DENÚNCIA DEVERIA SER LEVADA A CORTES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS. UM TRABALHADOR SER EXPLORADO PELO ESTADO DESTA FORMA. E A POPULAÇÃO? QUE TIPO DE JUSTIÇA SE PODE FAZER NUMA SITUAÇÃO COMO ESTA? DÁ PARA SE FALAR EM JUSTIÇA QUANDO UMA INVESTIGAÇÃO POLICIAL NÃO CONSEGUE DAR ELEMENTOS PARA UMA CONDENAÇÃO EM JUÍZO. É O APARTAID SOCIAL: POLÍCIA DE RICO E POLÍCIA DE POBRE…
CurtirCurtir
Desejo o fim do escrivanato.
Chega de carregar a Delegacia.
Carreira única já.
Todo mundo esticando os bracinhos encolhidos com o tempo trabalhando do inicio ao fim, atedendo, digitanto prendendo.
CurtirCurtir
E as nossas Associações não expõem essa situação ao público.
CurtirCurtir
“Tinha que ser o Chaves”, desculpa colega,mas “no$$as A$$ociações, só se lembram da gente no 5º dia útil de cada mês, fora disso….
CurtirCurtir
é isso ai mesmo…o 49dp é isso mesmo, distrito campeao em flagrantes e b.o.s da 8seccional , e ainda tem cadeia , e só um escrivao , um tira e um delpol+ o carcereiro que nao pode nem sair da carceragem.
só nos resta enxugar gelo
CurtirCurtir
Por isso que não sou assossiado de nada!
Reclamam da Capital, no interior a situação é pior porque além do expediente, tem que se fazer plantão e ainda tem que aceitar funcionários das prefeituras que na grande maioria são os braços curtos que os municípios empurram para as delegacias. Estes posam de “autoridades” nas cidades e sequer sabem fazer um histórico de BO. Fora a situação precária das delegacias que nem água têm.Se a merda já chegou no pescoço na Capital, no interior já cobriu a cabeça faz tempo!!!!
CurtirCurtir
Se já não bastasse o RDO, que é uma eternidade para se registrar um Boletim de Ocorrência, no Deinter – 4, foi criado o HOLUS. Haja paciência….
CurtirCurtir