PARABÉNS PRA GENTE DO PODER JUDICIÁRIO PELA COESÃO E DETERMINAÇÃO: Greve atingiu na sexta-feira (13/08) 109 dias e é a maior paralisação da história do Judiciário paulista 6

Greve no Judiciário deixa 1 milhão de ações paradas
Greve atingiu na sexta-feira (13/08) 109 dias e é a maior paralisação da história do Judiciário paulista

14/08/2010 – 09h46 . Atualizada em 14/08/2010 – 09h57

Renan Magalhães

Agência Anhangüera de Notícias

Grevistas pedem aumento salarial
(Foto: Janaína Maciel/AAN)Pela primeira vez desde o início da greve, que ontem (13/08) completou 109 dias, os servidores judiciários de todos os cartórios da Cidade Judiciária de Campinas se reuniram em assembleia para debater o andamento da mais longa paralisação da categoria na história. A greve ainda segue sem prazo para terminar. Com o impasse, a subseção de Campinas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende marcar para a próxima semana, na Assembleia Legislativa, uma audiência pública com a presidência do Tribunal de Justiça (TJ-SP) de São Paulo para tentar forçar a solução.

A presidente da subseção da OAB-Campinas, Tereza Doro, ressaltou que a audiência pública está sendo agilizada por meio da deputada estadual Ângela Perugini (PT) e que estão sendo colhidas assinaturas de deputados. “É muito importante que esse impasse se resolva. As eleições estão se aproximando e cresce o medo de que a situação se estenda até o ano que vem.”

De acordo com as projeções da OAB, mais de um milhão de processos em todo o Estado estão parados por causa da greve. “É um número muito grande, quase impossível de se calcular. Não dá para continuar desse jeito”, disse Tereza.

Grevistas e não grevistas estiveram presentes na assembleia e questionaram a posição do Tribunal que afirma não ter dinheiro para o aumento. “Eles (TJ-SP) alegam que seria preciso uma verba de R$ 156 milhões por mês para dar um reajuste de 4,77%, mas esse cálculo está errado. Um aporte de R$ 11 milhões já seria o suficiente para tanto”, garantiu o diretor de divisão André Morais.

Mesmo sem estar em greve, Morais convocou a assembleia com o intuito de promover a união entre os servidores, já que o relacionamento está mais tenso com a paralisação. “Não há motivos para brigas. Todos querem o dissídio salarial”, disse.

SALÁRIO DE DELEGADO PAGO PELA FACÇÃO “PMDB-PSDB” PAULISTA – DESDE ORESTES QUÉRCIA A JOSÉ SERRA NEM SEQUER COMPRA QUARTO-E-SALA “VELHO” EM SÃO VICENTE…DESDE 1994 INFLAÇÃO OFICIAL CERCA DE 250%, DOS IMÓVEIS DE 700 a 1000%…SALÁRIO DA POLÍCIA: 150% 10

Doug para dipol@flitparalisante.com

Bom dia…..Dr. Guerra por favor publica essa

olha o bom dia de hoje. O “”Jenio da Sabedoria” mais uma vez com suas pérolas…..daqui a pouco ele vai dizer que Higienópolis…. escreve-se com “J”  de “Jenio”……

HiJienópolis, isto é o reflexo da burguesia malfadada, aposto que ele nunca passou as férias em São Vicente e nunca brincou de polícia e ladrão……….rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

Serra diz que Dilma mentiu sobre salário de delegados de SP  ( vídeo )

Candidato tucano vai a Salvador lançar Plano Nacional de Segurança, mas anuncia apenas o que ele chamou de “ideias”

Adriano Ceolin, enviado a Salvador | 13/08/2010 19:25

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse nesta sexta-feira em Salvador que Dilma Rousseff (PT) mentiu ao afirmar que os delegados da Polícia Civil de São Paulo têm os salários mais baixos do País.

Dilma diz que salário de delegado paulista é ‘uma vergonha’ 

A candidata à Presidência pelo PT deu declarações horas antes de o ex-governador paulista lançar o que chamou de “ideias” para a área de segurança pública em Salvador (BA). Serra também disse que suas propostas têm sido copiadas.

“É mentira”, disse, ao responder sobre a declaração de Dilma feita mais cedo. Depois, diante da insistência dos jornalistas, ele resumiu: “Não é verdade (que os salários dos delegados paulistas são os baixos do País). Isso é bobagem”.   ( DE FATO: UMA BOBAGEM

Serra diz que Dilma mentiu
Serra foi a Salvador para lançar seu “Programa Nacional de Segurança Pública”, cuja principal proposta é a criação de um ministério exclusivo para área. A ideia da nova pasta já havia sido anunciada na fase de pré-campanha.

“Nós não vamos aumentar o número de ministérios. Nós vamos enxugar. Tem ministério demais no Brasil. Tem até uma tal de Sealopra”, disse. “É um negócio de estudos estratégicos, que pode ser um departamento do Ipea”, completou.

O tucano, no entanto, não apresentou um plano detalhado. Ele mesmo disse que estava lançando “ideias, propostas”. Um resumo com três páginas foi distribuído à imprensa.

Nos papéis, foram apresentados quatro pontos que mais parecem críticas do que propostas: combate à circulação de drogas; falta de documento de identidade nacional; cadastro de veículos deficiente; registro de foragidos frágil e parcial.

Durante discurso sobre as propostas, Serra disse que suas propostas têm sido copiadas. “Está havendo cópia de propostas. Eu fiz a policlínicas, que o nome em São Paulo é Ame (Ambulatório de Especialidade)]. Agora uma das candidatas está propondo fazer os Ames”, completou.

ESSE BANDO DE F.D.P –  90% DOS SENHORES POLÍTICOS EM GERAL – ESCONDERAM A INFLAÇÃO DOS PREÇOS DOS IMÓVEIS – E RESPECTIVOS ENCARGOS –  DESDE A EXISTÊNCIA DO REAL…

700% a 1000%  – DE SETECENTOS A MIL  POR CENTO…

Quem duvidar pegue o holerite antigo, as contas de luz , telefone, do gás, iptu e condomínio, dê uma olhada nas imobiliárias…Depois que fizer seus cálculos…

MANDE O SERRA, A DILMA,  O LULA e  O GERALDO ALCKMIN:  T.N.C. 

O PSDB PAULISTA TEM COMO ÚNICO OBJETIVO ELEGER “GERALDO ALCKMIN”…SERRA, ALOYSIO NUNES E A BANCADA FEDERAL: EXPLODAM-SE! 13

Um tucano bom de bico

Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por líderes do PSDB de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha

Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira

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POSIÇÃO ESTRATÉGICA
Paulo Vieira de Souza na obra do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões

Nas últimas semanas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza tem sido a principal dor de cabeça da cúpula tucana. Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra. Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB. “Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar. Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais”, confirma um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência.

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Segundo dois dirigentes do primeiro escalão do partido, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores. “Essa arrecadação foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas”, afirmou à ISTOÉ Evandro Losacco, membro da Executiva do PSDB e tesoureiro-adjunto do partido, na quarta-feira 11.

O suposto desvio de recursos que o engenheiro teria promovido nos cofres da campanha tucana foi descoberto na segunda-feira 2. Os responsáveis pelo comitê financeiro da campanha de Serra à Presidência reuniram-se em São Paulo a fim de fechar a primeira parcial de arrecadação, que seria declarada no dia seguinte à Justiça Eleitoral. Levaram um susto quando notaram que a planilha de doações informava um montante muito aquém das expectativas do PSDB e do esforço empenhado pelos tucanos junto aos doadores: apenas R$ 3,6 milhões, o equivalente a um terço do montante arrecadado pela candidata do PT, Dilma Rousseff. Ciosos de seu bom trânsito com o empresariado, expoentes do PSDB não imaginavam ter recolhido tão pouco. Sinal de alerta aceso, deflagrou-se, então, um processo de consulta informal às empresas que já haviam se comprometido a contribuir. O trabalho de checagem contou com a participação do tesoureiro José Gregori e até do candidato José Serra e logo veio a conclusão: Paulo Preto teria coletado mais de R$ 4 milhões, mas nenhum centavo foi destinado aos cofres do partido, oficialmente ou não. Iniciava ali o enredo de uma história nebulosa com potencial para atingir o seio do PSDB às vésperas das eleições presidenciais. “Além de representar uma quantia maior do que a arrecadada oficialmente até agora, o desfalque poderá atrapalhar ainda mais o fluxo de caixa da campanha”, explica um tucano de alta plumagem, que já disputou quatro eleições pelo partido. Segundo ele, muitas vezes as grandes empreiteiras não têm como negar contribuições financeiras, mas, nesse caso, ganharam um forte argumento: basta dizer que já contribuíram através do engenheiro, ainda que não o tenham feito.

Até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo. Ele atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel, empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido. No caso do Rodoanel, segundo um dirigente do PSDB de São Paulo, cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras, o que, por força de contrato, determina quanto a ser pago às construtoras e quando. No Diretório Estadual do partido, nove entre dez tucanos apontam a construção do eixo sul do Rodoanel como a principal fonte de receita de Paulo Preto. Outro político ligado ao Diretório Nacional do PSDB explica que a função do engenheiro na Dersa aproximou Paulo Preto de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

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ELO POLÍTICO
Aloysio Nunes Ferreira é amigo de Paulo há mais de 20 anos e seu contato com o PSDB

Losacco, um dos coordenadores das campanhas de Serra e de Geraldo Alckmin em 2006, afirma que o elo principal de Paulo Preto com o PSDB é Aloysio Nunes Ferreira, ex-secretário da Casa Civil de Serra e atual candidato do partido ao Senado por São Paulo. O próprio engenheiro confirma uma amizade de mais de 20 anos com Aloysio (leia entrevista abaixo). De acordo com um importante quadro do PSDB paulista, desde 2008 Paulo Preto estava “passando o chapéu” visando ao financiamento da pré-candidatura de Aloysio ao governo do Estado. “Não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”, disse à ISTOÉ o diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel. Geraldo Alckmin acabou se impondo e obtendo a legenda para disputar o governo estadual, mas até a convenção do partido, em junho, a candidatura de Aloysio era considerada uma forte alternativa tucana, pois contava com o apoio do então governador José Serra e da maioria dos secretários. O engenheiro, segundo um membro da Executiva Nacional do partido, agia às claras junto a empresários e a prefeitos do interior de São Paulo. Falastrão, contava vantagens aos companheiros e nos corredores do Palácio dos Bandeirantes. Prometia mundos e fundos num futuro governo Aloysio. E quando Aloysio deixou a Casa Civil de Serra, muitos passaram a torcer por sua exoneração, o que aconteceu sob a batuta do governador Alberto Goldman.

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CÚPULA TUCANA
Baixa arrecadação despertou suspeita de desvio de dinheiro na campanha

Losacco, que foi secretário-geral do PSDB paulista até 2007, afirma que desde 2008 alertava a cúpula do partido sobre os movimentos de Paulo Vieira na Dersa. “Esse tipo de pessoa existe na administração pública. Tem a facilidade de achacar e não tem o menor controle. Todo mundo já sabia há muito tempo disso”, conta o dirigente tucano. Diante desses alarmes, a cúpula do partido chegou a cogitar a saída dele da estatal rodoviária há mais de um ano. Mas recuou. “O motivo (do recuo) eu não sei. Deve ter um motivo. Mas no governo às vezes você não consegue fazer tudo o que você quer. Você tem contingências que o obrigam a engolir sapo. E eu acho que esse deve ter sido o caso. Agora, de alguma maneira essa coisa toda vai ter que ser apurada. Sabemos da seriedade que o governo tem, mas infelizmente fica sujeito a esse tipo de gente”, acrescentou Losacco. Segundo o tesoureiro-adjunto do PSDB, o empresário acaba cedendo, pois “entende que o cara tem a caneta e que pode atrapalhar os negócios”. Os motivos que teriam levado Paulo Preto a dar o calote no PSDB ainda estão envoltos em mistério. Mas, entre os tucanos, circula a versão de que o partido teria uma dívida com o engenheiro contraída em eleições passadas. Na entrevista concedida à ISTOÉ, Paulo Preto nega que tenha feito qualquer tipo de arrecadação e desafia os caciques tucanos a provar essas denúncias.

“Acho muito pouco provável que isso tenha acontecido sem que eu soubesse”, disse Aloysio à ISTOÉ. “Não posso falar sobre uma coisa que não existiu, que é uma infâmia”, completou. No PSDB, porém, todos pelo menos já ouviram comentários sobre o suposto desvio praticado por Paulo Preto nos cofres tucanos. “Fiquei sabendo da história desse cara ontem”, disse o deputado José Aníbal (SP), ex-líder do partido na Câmara, na terça-feira 10. “Parece mesmo que ele sumiu. Desapareceu. Me falaram que ele foi para a Europa. Vi esse cara na inauguração do Rodoanel.” De fato, depois de deixar a Dersa, o engenheiro esteve na Espanha e só voltou ao Brasil há poucos dias. Na cúpula do PSDB, porém, até a semana passada poucos sabiam que Paulo Preto havia retornado e o tratavam como “desaparecido”.

As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado. Apontado como um profissional competente e principal responsável pela antecipação da inauguração do rodoanel, Paulo Vieira de Souza chegou a ser premiado pelo Instituto de Engenharia de São Paulo em dezembro de 2009. O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma história profissional ligada ao setor público e há 11 anos ocupa cargos de confiança nos governos tucanos. No segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência e trabalhou quatro anos no Palácio do Planalto, como coordenador do Programa Brasil Empreendedor. Em São Paulo, também atuou na linha 4 do Metrô e na avenida Jacu Pêssego, ambas obras de grande porte e também cartões-postais das campanhas tucanas, a exemplo do rodoanel e da marginal Tietê.

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CARTÕES-POSTAIS
Grandes obras como o Rodoanel, a Marginal e a Jacu Pêssego são vitrines da campanha tucana

Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel, ao lado dos principais líderes do partido. A portaria, publicada no “Diário Oficial” em 21 de abril, não explica os motivos da demissão do engenheiro, mas deputados tucanos ouvidos por ISTOÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. No inquérito estão planilhas que listam valores que teriam sido pagos pela construtora ao engenheiro. Seriam pelo menos quatro pagamentos de R$ 416,5 mil entre dezembro de 2007 e março do ano seguinte. Apesar de o relatório de inteligência da PF citar o nome do engenheiro inúmeras vezes, Paulo Preto não foi indiciado e, em janeiro, o inquérito da Operação Castelo de Areia foi suspenso por causa de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça. O temor dos tucanos é que durante a campanha eleitoral a liminar seja suspensa e a Operação Castelo de Areia volte ao noticiário.

Outro episódio envolvendo o ex-diretor da Dersa foi sua prisão em flagrante, em junho deste ano, na loja de artigos de luxo Gucci do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Solto um dia depois, ele passou a responder em liberdade à acusação de receptar um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Paulo Preto e o joalheiro Musab Fatayer foram à loja para avaliar o bracelete, que pretendiam negociar. Desconfiado da origem da joia, o gerente da loja, Igor Augusto Pereira, pediu para que o engenheiro e Fatayer aguardassem. Ao cruzar informações sobre o bracelete negociado, o gerente da Gucci descobriu que aquela joia havia sido furtada da loja em 7 de maio. Em seu depoimento, o gerente da Gucci disse para a polícia que foi Paulo Preto quem entregou o bracelete para que ele o avaliasse. O ex-diretor da Dersa alegou ter recebido a joia de Fatayer e que estava disposto a pagar R$ 20 mil por ela.

O eventual prejuízo provocado por Paulo Preto pode não se resumir ao caixa da campanha. Um dos desafios imediatos da cúpula tucana é evitar que haja também uma debandada de aliados políticos, que pressionam o comando da campanha em busca de recursos para candidaturas regionais e proporcionais. Além disso, é preciso reconquistar a confiança de eventuais doadores, que se tornarão mais reticentes diante dos arrecadadores do partido.

“Gente como eu tem prazo de validade”
Por Delmo Moreira

Aos 62 anos, Paulo Vieira de Souza está em plena forma. Ele é triatleta, já disputou 40 maratonas, nove ironman (modalidade que junta ciclismo, natação e corrida), 35 meia-ironman e duas ultramaratonas (prova com percurso superior a 42 quilômetros). Desde que foi exonerado da Dersa, em abril, acelerou seus treinos físicos para disputar, em Florianópolis, as provas seletivas para o Ironman mundial, que será realizado no Havaí. “Só fora do governo para fazer um treinamento desses”, diz ele. Mas está confiante: “Pela minha personalidade, não tenho medo de dizer: vou ganhar essa porra.” Este estilo direto de falar, segundo Souza, é responsável pelos problemas que vem colecionando: “Pareço arrogante e por isso incomodo muita gente.” Souza é suspeito de levar propina de empreiteiras, foi envolvido no estranho caso da compra de uma joia possivelmente roubada e acabou acusado de desviar recursos da campanha tucana à Presidência da República. Ele refutou todas essas acusações numa conversa de quase uma hora com ISTOÉ. A seguir, os principais trechos da entrevista:

 

ISTOÉ – O sr. é apontado como responsável pelo desvio de recursos arrecadados para a campanha do PSDB. O que o sr. tem a dizer sobre isto?
Paulo Vieira de Souza
– Tem gente dizendo que sou responsável, mas desafio qualquer um a mostrar que tive qualquer atitude, em qualquer campanha em andamento, que coloquei o pé em alguma empresa, que pedi a alguém alguma coisa. Eles estão em campanha. Querem me eleger como bode expiatório porque estou fora. Mas eu não serei. Nunca trabalhei para a campanha deles.

ISTOÉ – Por que seu nome aparece no caso, então?
Souza – Empresário só ajuda quem ele quer. Acho que tem alguém querendo R$ 4 milhões de ajuda e não está conseguindo. Acho que alguém não foi atendido. Isto é uma briga interna do partido. Nunca fiz parte do PSDB e nunca farei.

ISTOÉ – O sr. nunca foi arrecadador do partido?
Souza – Nunca arrecadei. Não sei nem onde fica o comitê de campanha. Querem dizer que sou maluco? Que apareçam para dizer.

ISTOÉ – Mas o sr. já participou de campanhas políticas do PSDB.
Souza – Da campanha do Aloysio (Aloysio Nunes Ferreira Filho) eu participei. Mas não na gestão. Eu participava da logística, da compra de material, de impressos, da distribuição de material. Eu sempre fiz parte da logística das campanhas dele.

ISTOÉ – Qual é o seu relacionamento com Aloysio?
Souza – Sou amigo pessoal do Aloysio há 21 anos. Amigo de família mesmo. Ele conhece minhas filhas desde pequenas. E eu sempre ajudei como podia o Aloysio nas campanhas.

ISTOÉ – O sr. ainda é amigo do Aloysio?
Souza – Sempre.

ISTOÉ – Vocês ainda se falam?
Souza – Sempre.

ISTOÉ – Qual foi a última vez que o sr. o encontrou?
Souza – Foi hoje (quarta-feira 11) pela manhã. Ele ia fazer a gravação do programa dele à tarde ou à noite. Meu relacionamento no governo do Estado sempre foi com o Aloysio e com o Luna, o secretário do Planejamento, que era o coordenador dos convênios entre Estado e prefeitura. Sou amigo pessoal do Aloysio e isso não vou negar nunca. Não sei o que ele vai falar. Mas sou amigo pessoal dele. Só não estou na campanha agora porque pedi para não participar. Não queria dar nenhum problema, em função daquele caso recente que aconteceu comigo.

ISTOÉ – O sr. está sendo processado como receptador de joias roubadas?
Souza – Jamais eu compraria alguma coisa roubada. Só ainda não dei a minha versão porque não tranquei o processo, que está entrando agora em juízo, com minha defesa. Depois vou falar. A tese é de receptação, mas eu não comprei. Por isso é que fui na Gucci. Alguém que quer vender joia roubada vai lá? Eu levei uma joia para verificar a autenticidade e o valor. Agora, você vai comprar um carro, o carro tem problema e você acaba preso? É uma aberração. Eu não fui preso no Iguatemi. O “Estadão” também diz que eu estava vendendo a joia. É mentira.

ISTOÉ – O seu nome também aparece na investigação da operação Castelo de Areia, da PF, sob acusação de receber propina da construtora Camargo Corrêa. Foi outro engano? Não é muito azar?
Souza – Eu não sei como colocaram meu nome lá, com que propósito ou baseado em quê. Vi que tem uma lista de ajuda política, para deputado estadual, federal. Tem até o Carvalho Pinto! Vi que colocaram meu nome na lista: Paulo de Souza, coordenador do Rodoanel. Acho que adotaram um critério dentro da Camargo Corrêa de colocar o nome dos coordenadores relacionados a cada obra.

ISTOÉ – Ao lado de seu nome aparecem valores: quatro parcelas de R$ 416 ,5 mil em quatro datas seguidas. O que são esses valores?
Souza – Não sei. A mim nunca ninguém entregou absolutamente nada. O lote da Camargo Corrêa na obra era de R$ 700 milhões e a obra foi entregue no prazo, só com 6,52% de acréscimo. É o menor aditivo que já houve em obra pública no Brasil. Se isso desagradou a alguém, não sei.

ISTOÉ – Por que o sr. saiu da Dersa?
Souza – Eu fui exonerado pelo atual governador no dia 9 de abril. Até hoje não me informaram o motivo. Minha exoneração foi uma decisão de governo. Eu não pedi as contas.

ISTOÉ – O sr. nem imagina as razões de sua exoneração?
Souza – Acho que tem a ver com a forma como sempre agi nesses cinco anos em que trabalhei no governo. Tem a ver com meu estilo. Sou de tomar atitudes, de decisão, de falar o que penso. Fui premiado por meu trabalho como gestor público. Eu criei muito ciúme no governo.

ISTOÉ – Quem tinha ciúme do sr.?
Souza – Acho que pessoas como eu têm prazo de validade. O Rodoanel foi a primeira obra pública que tinha dia e hora para terminar. É meu estilo de gestão e nem todo governante gosta desta forma de agir. Na engenharia da Dersa quem mandou fui eu. Não sou mais uma jovem promessa. Sou uma ameaça para os incompetentes.

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O  conjunto da matéria , alimentada por Alckmistas e desafetos de Serra e Aloysio ( José Anibal, por exemplo ), direciona conclusões falaciosas:

Do dinheiro arrecadado por Paulo Preto, R$ 4.000.000,00 desapareceram.

Paulo Preto é da confiança de Aloysio que é da confiança de José Serra.

Paulo Preto toma dinheiro do empresariado;  que paga “por medo da caneta”  atrapalhar os negócios.

Paulo Preto é denunciado por membros do PSDB, mas o Governo “por contingências” o mantém firme e forte.

Paulo Preto  é da confiança do primeiro escalão; há anos pertence a estrutura de governos do PSDB.

MAS NEM SEQUER É AFILIADO DO PSDB.  

A nossa conclusão: PAULO PRETO NÃO ARRECADAVA “ESSA PORRA” DE DINHEIRO.

Os “oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTO É” : MENTIRAM! 

PAULO PRETO JÁ GANHOU ESSA PORRA

A absolvição pela suposta receptação, a maratona e a “parada administrativa”

O resto ficará por conta do leitor…

O DOUTOR JOSÉ SERRA DEVERIA SER PERGUNTADO ACERCA DA INFLAÇÃO IMOBILIÁRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO…VOCÊS SABEM O QUANTO AUMENTOU EM MENOS DE TRÊS ANOS? 12

Serra diz que Dilma mentiu sobre salário de delegados de SP
Candidato tucano vai a Salvador lançar Plano Nacional de Segurança, mas anuncia apenas o que ele chamou de “ideias”

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/serra+diz+que+dilma+mentiu+sobre+salario+de+delegados+de+sp/n1237748007475.html

A candidata à Presidência pelo PT deu declarações horas antes de o ex-governador paulista lançar o que chamou de “ideias” para a área de segurança pública em Salvador (BA). Serra também disse que suas propostas têm sido copiadas.

“É mentira”, disse, ao responder sobre a declaração de Dilma feita mais cedo. Depois, diante da insistência dos jornalistas, ele resumiu: “Não é verdade (que os salários dos delegados paulistas são os baixos do País). Isso é bobagem”.

http://adpesp.org.br/vencimentos/nacional

COM A PALAVRA OS DELEGADOS DE POLICIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

A FOLHA FAZ LEMBRAR ASSIS CHATEUBRIAND QUANDO CINICAMENTE FALAVA A SAMUEL WAINER: MEU JORNAL É PUBLICADO PARA ÚNICO ASSINANTE…(O GOVERNADOR DE SÃO PAULO) 11

Por Gustavo Uribe, Agencia Estado, Atualizado: 13/8/2010 19:37

Datafolha: Alckmin venceria 1º turno com 54% dos votos

Pesquisa Datafolha de intenções de voto para o governo de São Paulo mostra que, se as eleições fossem hoje, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, venceria a disputa no primeiro turno. De acordo com a mostra, divulgada nesta noite e encomendada pela Rede Globo e Folha de S. Paulo, o tucano possui 54% das intenções de voto, enquanto seu principal adversário, o senador Aloizio Mercadante (PT), tem 16%. Na última edição do levantamento, divulgada no dia 26 de julho, Alckmin tinha 49% e Mercadante, 16%.

 

Pela pesquisa divulgada hoje, o candidato Celso Russomanno, do PP, tem 11% das intenções de voto, seguido por Paulo Skaf (PSB), com 2%, e pelos candidatos Fabio Feldmann (PV) e Paulo Bufalo (PSOL), com 1% cada. Os demais candidatos ao governo de São Paulo não pontuaram. O total de votos brancos e nulos ficou em 6% e 8% não sabem ou não responderam em quem vão votar. No cenário para um eventual segundo turno, Alckmin venceria a disputa contra Mercadante por 65% a 25%.

 

A pesquisa foi realizada com 2.040 eleitores em 58 municípios paulistas entre os dias 9 e 12 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o protocolo nº 22.761/2010.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Assis_Chateaubriand

http://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Wainer

DILMA ABRE 8 PONTOS DE VANTAGEM 2

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 13/8/2010 21:19

Datafolha aponta Dilma 8 pontos à frente de Serra

SÃO PAULO (Reuters) – O Datafolha confirmou a liderança da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na corrida presidencial. Na pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Rede Globo, a petista está oito pontos à frente de José Serra (PSDB).

Pelo levantamento, Dilma tem 41 por cento das intenções de voto, Serra aparece com 33 por cento e Marina Silva (PV) tem 10 por cento.

A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Na pesquisa anterior, divulgada em 24 de julho, o Datafolha mostrava empate técnico entre Dilma e Serra. O tucano tinha 37 por cento e a petista aparecia com 36 por cento. Marina Silva também estava com 10 por cento.

Os outros candidatos não chegaram a 1 por cento cada. Brancos e nulos somaram 5 por cento e os que não sabem, 9 por cento.

Segundo o Datafolha, excluindo-se os indecisos, brancos e nulos e considerando-se apenas os votos válidos, Dilma estaria a três pontos percentuais de vencer no primeiro turno.

Em um eventual segundo turno, Dilma teria 49 por cento e Serra, 41 por cento.

Na pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira passada, Dilma liderava com cinco pontos de vantagem em relação a Serra. Ela tinha 39 por cento e ele, 34 por cento. Marina aparecia com 8 por cento.

O Datafolha avaliou ainda o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o instituto, houve estabilidade. Os que acham o governo ótimo ou bom somaram 77 por cento; regular, 18 por cento; e ruim ou péssimo, 4 por cento.

Foram feitas 10.856 entrevistas em 382 municípios entre os dias 9 e 12 de agosto.

(Reportagem de Carmen Munari

É NA INFÂNCIA QUE SE APRENDE – EM ESCOLA PÚBLICA – A SER CORRUPTO…DEPOIS É SÓ INGRESSAR NA POLÍTICA PARA COMPLETAR A FORMAÇÃO 6

PM/08/14 às 15:33 – PLEBE RUDE

DR! Posta isso urgente: Bolsa-Compro-Voto-Pro-Xuxu: PSDB-SP vai pagar 50,00 p/o aluno IR A AULA! TSE MPF, CADÊ VCS??? http://bit.ly/b5R8SY

SP paga R$ 50 a aluno que for a reforço de matemática

Projeto abrange estudantes de 6º e 7º ano com dificuldade na disciplina

“Vale-presente” começa a ser testado com 1.200 alunos da rede estadual; dinheiro será entregue para o próprio aluno

ROGÉRIO PAGNAN
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

O Governo de São Paulo vai pagar até R$ 50 a alunos do ensino fundamental (11 e 12 anos) com notas baixas que participem de aulas de reforço em matemática -disciplina em que os resultados da rede estadual são piores.
O dinheiro será dado diretamente ao estudante, e não a sua família. O valor é proporcional à presença nas atividades, realizadas duas vezes por semana, em sessões de 90 minutos, por três meses. Se não faltar nenhuma vez, o aluno ganha R$ 50 ao final do período.
Educadores ouvidos pela reportagem mostraram opiniões diferentes sobre o tema. Os mais críticos dizem ver um estímulo para que o aluno tire nota baixa pensando na possibilidade de ganhar o dinheiro e um combate equivocado do problema.
Para outros, trata-se de um bom incentivo para comparecimento ao reforço.
O pagamento a alunos com dificuldade integra o projeto da Secretaria da Educação em que 400 bons estudantes do ensino médio da rede estadual darão tutoria (atividades de reforço) em matemática para 1.200 alunos do 6º e 7º anos.
A gestão Alberto Goldman (PSDB) decidiu dar o “vale-presente” aos alunos com notas baixas para estimular a presença às atividades, que não são obrigatórias.
Durante o desenvolvimento do projeto, levantou-se a possibilidade de que houvesse muitas faltas dos estudantes e até mesmo desistências. Chegou-se a pensar em sorteios de notebooks.
O reforço começa no mês que vem. O projeto é piloto e pode ser ampliado. A rede tem 4,2 milhões de alunos.

MÉDIAS BAIXAS
Exames estaduais e nacionais mostram que matemática é o ponto mais crítico do ensino público, tanto em São Paulo como no país. Na última avaliação paulista, chegou a haver recuo na média no ensino médio.
A Folha conversou com professores da rede, que mostraram preocupação com o pagamento aos alunos. A principal é que eles poderão tirar notas baixas apenas para integrar o reforço e ganhar o dinheiro.
Os participantes do projeto serão escolhidos com base nas notas do Saresp e boletins escolares. As inscrições começaram no dia 4 e terminam hoje, no site www.multiplicandosaber.org.br.
Para isso, é preciso que a escola do estudante tenha sido uma das 441 escolhidas. Os estudantes-tutores ganharão bolsa de R$ 115.
O projeto é financiado pelo governo, Banco Interamericano de Desenvolvimento e parceiros. Também participam a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e docentes da USP.

Assessor jurídico da Pastoral Carcerária comenta relatório da entidade sobre a prática da tortura 8

Nos porões de hoje

por cristiano última modificação 06/08/2010 15:55

Em entrevista, assessor jurídico da Pastoral Carcerária comenta relatório da entidade sobre a prática da tortura nas unidades prisionais 

06/06/2010

Patrícia Benvenuti  

Da Redação

A conivência do Estado com os torturadores e a falta de controle da sociedade sobre os locais de privação da liberdade estão entre as causas da manutenção da prática de tortura no Brasil.

As conclusões fazem parte do “Relatório sobre Tortura: uma experiência de monitoramento dos locais de detenção para prevenção da tortura” da Pastoral Carcerária, lançado na segunda-feira (02) na Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo.

O relatório baseou-se apenas em denúncias que foram recebidas e tornadas públicas pela entidade. De acordo com o documento, entre 1997 e 2009, houve 211 denúncias de casos de tortura em 20 estados. O estado com maior número de casos registrados foi São Paulo, com 71 denúncias, seguido por Maranhão (30), Goiás (25) e Rio Grande do Norte (12). Ficaram de fora estados importantes como Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde os casos de tortura fazem parte do dia a dia da violência Estado.

Entre os torturadores estão policiais civis e militares, guardas metropolitanos, agentes penitenciários e seguranças de estabelecimentos privados. 

O relatório mostra ainda que as torturas são utilizadas para obter informações ou confissões, forçar a vítima a cometer crimes, como forma de castigo ou ainda como discriminação racial, religiosa ou de orientação sexual.

Impunidade 

As denúncias, no entanto, não resultaram em punição para os torturadores. “Dos 211 casos que relatamos, nenhum deles chegou à condenação criminal”, afirma o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho. 

Para ele, a impunidade atual é reflexo da falta de responsabilização sobre os torturadores do passado. Como exemplo mais recente, ele cita a rejeição do Supremo Tribunal Federal (STF), em abril deste ano, à revisão da Lei de Anistia, que beneficiou agentes públicos que cometeram crimes durante a repressão civil-militar (1964-1985).  

“O STF esqueceu que estava passando uma mensagem para os torturadores atuais de que eles poderiam permanecer impunes”, pondera.

Uma das medidas mais urgentes, na avaliação de Filho, é a implementação do Mecanismo Preventivo Nacional (MPN), previsto no Protocolo Facultativo à Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (Opcat), ratificado pelo Brasil em 2007.

O mecanismo, que garante o monitoramento efetivo dos locais de privação de liberdade, deveria ter sido criado ainda em 2007. Até hoje, no entanto, o anteprojeto de lei não foi encaminhado ao Congresso Nacional. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, o assessor jurídico da Pastoral Carcerária fala sobre os entraves para a punição dos torturadores e destaca o preconceito contra os presos, que prejudica as apurações.  

Brasil de Fato – De maneira geral, qual a situação da tortura hoje nas prisões?
José de Jesus Filho – A tortura é constante nas prisões desse país. Eu diria sem medo de errar que é diária. 

Quais as principais causas para a continuidade da prática de tortura nas prisões?

Muitas, e são históricas. O país não enfrentou as raízes do autoritarismo e da violência proveniente dos agentes do Estado. A Suprema Corte não enfrentou a tortura praticada na ditadura como deveria ter enfrentado, decidiu passar uma borracha sobre as atrocidades que ocorreram. O STF esqueceu que estava passando uma mensagem para os torturadores atuais de que eles poderiam permanecer impunes. E aí já entra no aspecto atual, que é a impunidade, que é um fator importante na perpetuação da tortura. Há o corporativismo dos agentes, dos responsáveis pela repressão ao crime e pelo processamento dos casos, em especial membros do Ministério Público e do Judiciário. 

Tem também a figura do preso. O preso é uma figura de um estrato social considerado para muitos como despido de humanidade, que pode ser torturado. Ele é um torturado assim como os escravos no período colonial. Diante da indisciplina ele é chicoteado. Até hoje os presos são torturados diante da indisciplina. Então escravos e presos, no fundo, se reduzem a essa mesma ralé estrutural que é controlada por meio de uma gestão autoritária, por meio da violência praticada por agentes do Estado e com a conivência das autoridades porque essas autoridades se omitem em processar e julgar a tortura que ocorre nos porões desse país.  

O que a Pastoral Carcerária apurou em relação à punição dos torturadores?

Dos 211 casos que relatamos, nenhum deles chegou à condenação criminal. Houve a responsabilização administrativa para alguns, houve demissão e exoneração de outros. Isso é um avanço. No entanto, a responsabilização criminal não ocorreu.

Para que órgãos geralmente são encaminhadas as denúncias nas prisões? 

Esse é outro tema colocado no relatório, que é a dificuldade de se conduzir os casos diante da pulverização das instâncias estatais. Em alguns estados, a Pastoral Carcerária encaminha as denúncias para a ouvidoria [do sistema penitenciário estadual], outras para a Corregedoria do Judiciário, em outros para a Corregedoria da Administração Penitenciária, em outros para a Corregedoria da polícia, outros para a Corregedoria da Polícia Militar. Há uma pulverização de órgãos que torna difícil estabelecer uma agenda, um foco em torno da prevenção e repressão á tortura. A Pastoral Carcerária em geral concentra no Ministério Público. 

O ideal é que todos os casos de tortura fossem apurados e investigados pela Polícia Civil. No entanto, diante das dificuldades locais e regionais, em que a Policia Civil ou é corporativista ou está comprometida com as autoridades locais ou mesmo com os perpetradores da tortura, a Pastoral Carcerária necessita fazer uma espécie de malabarismo para levar os casos adiante. Ela acaba buscando no Ministério Público, eventualmente no Judiciário, na OAB, ou mesmo com a Assembleia Legislativa. Vai depender da configuração política de cada região. 

Quem são os principais agentes que praticam a tortura?

Quem mais pratica a tortura é a Polícia Militar. No entanto, no relatório, são os agentes penitenciários que aparecem com maior número porque a Pastoral Carcerária está mais presente nas unidades prisionais. Mas comparativamente, se nós formos pela nossa experiência, embora eu não tenha estatísticas — porque é impossível obter, já que a tortura ocorre atrás das paredes de concreto — eu diria com certa segurança que é a Polícia Militar.

Essas denúncias contra a Polícia Militar estão relacionadas a ações realizadas nas ruas?

 

Ela tortura em todos os ambientes que você imaginar. Ela pratica violência na sua casa, pratica violência contra você e sua família, seus filhos. A Polícia Militar pratica violência na rua, dentro dos estabelecimentos privados, como supermercados, lojas e no comércio, nas delegacias. A Policia Militar pratica violência nas penitenciárias também. Seja quando ela ainda está a cargo da penitenciária ou quando ingressa nas penitenciárias para fazer a revista, ela pratica abusos. Ela destrói os objetos pessoais dos presos, pratica violência coletiva, humilhações coletivas, como colocar todos [os presos] nus no mesmo pátio, mandar um beijar a boca do outro, coisas assim. A Polícia Militar, infelizmente, é o poder absoluto, e sobre esse poder absoluto tem, especialmente em algumas regiões do país, uma falta de controle.

Essa é a grande demanda desse relatório, é preciso criar mecanismos eficazes de controle. È necessário que o país cumpra seu compromisso assumido internacionalmente com a ONU de criar um mecanismo independente de controle dos locais de detenção [Mecanismo Preventivo Nacional previsto no Protocolo Facultativo à Convenção da Organização das Nações Unidas para Prevenção da Tortura]. 

 Como esse mecanismo funcionaria e quais seus benefícios?  

Esse mecanismo possui duas grandes vantagens que o singularizam. A primeira grande vantagem é que suas características e prerrogativas o tornam independente. Ele tem independência funcional e financeira. Ele é composto apenas por membros da sociedade civil, embora deva ser criado por lei federal. Ele tem a possibilidade de acesso irrestrito a todos os locais de privação de liberdade, e a qualquer momento, de forma não anunciada. E os seus membros têm imunidade em seus atos. 

Há experiência de outros países que melhoraram seu sistema penitenciário e reduziram os índices de tortura com essa medida?

A Europa já tem esse mecanismo, então as acusações de tortura praticamente são mínimas, exceto em alguns países do Leste europeu em que [a tortura] ainda precisa ser enfrentada. Mas a República Tcheca tem apresentado bons resultados. Acho que é o país que tem apresentado melhores resultados. 

O senhor citou anteriormente a questão da figura do preso. De que forma o preconceito contra o preso atrapalha a apuração das denúncias?

O maior problema é que a palavra do preso é colocada como inverdade, como mentira. Para a autoridade judiciária, o preso está sempre mentindo, enquanto que para a autoridade judiciária o agente público está sempre falando a verdade. Essa ficção foi criada, na verdade, para legitimar a tortura. 

Além da implementação desse mecanismo, que outras medidas seriam necessárias para coibir essas práticas de tortura?

 

A formação dos agentes penitenciários e policiais em direitos humanos; a valorização do agente penitenciário para que ele não tenha que disputar o poder com os presos; que as circunstâncias sejam efetivamente apuradas e que os perpetradores sejam efetivamente responsabilizados; que a Defensoria Pública, como órgão de defesa dos interesses individuais dos presos, seja fortalecida; e que os juízes e promotores cumpram o seu dever institucional de realizar visitas mensais às unidades prisionais. Então, na verdade, há uma série de medidas para serem implementadas. 

link para o relatório