A ROTA NÃO TEM COMANDANTE, TEM UM LÍDER ESPIRITUAL QUE NA QUALIDADE DE SOLDADO CRISTÃO É ORIENTADO PELO LIVRO SAGRADO 40

Palavras do Comandante               ( TELHADA )

        Em 1970 com a criação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), sob comando do Coronel Salvador D’Aquino, iniciou-se nova modalidade de patrulhamento motorizado que passou a ser um referencial de sucesso em todo Brasil, sendo hoje internacionalmente conhecida pela maneira de atuar.

        Ser de ROTA não é simplesmente usar boina negra e braçal, ser de ROTA é estar investido espiritualmente do amor ao próximo, da abnegação ao serviço policial, da honra e do sacrifício que o patrulhamento ostensivo fardado exige de todo policial militar, ser de ROTA é dedicar-se de corpo e alma à Polícia Militar do Estado de São Paulo; ser de ROTA é nunca esquecer o que foi aprendido no Batalhão Tobias de Aguiar.

        Esse Batalhão histórico é a do Policial Militar; é a casa do cidadão Brasileiro.

        Nós do 1° BPChq “Tobias de Aguiar” – ROTA estamos alinhados com os Objetivos do Comando Geral da Polícia Militar, procurando:

– Transmitir sensação de segurança, através da pronta resposta policial, visibilidade nas ações, etc;

– Manter o controle da criminalidade, apoiando todos batalhões de policiamento na diminuição dos índices criminais, usando maciçamente os sistemas inteligentes de polícia e de gestão de recursos;

– Incrementar o combate ao crime, sempre com firmeza, educação e dentro dos mais rígidos conceitos da justiça e disciplina.

– Apoiar o Processo de Modernização da Polícia Militar;

– Valorizar de todas formas possíveis o Policial Militar, que é o bem maior de nossa Corporação.

– Apoiar a Depuração Interna, pois não aceitaremos nenhum desvio de conduta ou qualquer tipo de ilegalidade, manteremos o padrão de excelência em todas ações de ROTA, valorizando nossos policiais, lutando ombro à ombro junto a nossa tropa, respeitando os direitos humanos de todos cidadãos, mas nunca baixando a guarda para os indivíduos criminosos que trazem grande prejuízo e tristeza a sociedade.

        Como soldados cristãos que somos, sempre seguindo os passos da lei e da justiça, fui buscar orientação no Livro Sagrado, na palavra de Deus e recebi a seguinte resposta:

        No livro de Josué, Capítulo 1°, quando Josué recebe a missão de Deus de substituir Moisés na condução do povo judeu a terá prometida; nos versículos 7, 8 e 9, temos as seguintes palavras:

        “Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que te foi ordenado; dela não te desvies nem para a direita, nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.

        Não se aparte de tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e então prudentemente te conduzirás…

        Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes: porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.”

        Policiais militares do Batalhão Tobias de Aguiar, todo estado de São Paulo confia em vosso serviço, em vossa coragem, em vossa abnegação à causa pública.

        Se estamos do lado do bem, do lado da lei, Deus está conosco; portanto lembremos sempre daquela máxima:

        “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/1bpchq/cmt.htm

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Lendo isso no site oficial da Pm só me  resta confessar TODA A INVEJA QUE SINTO DO PROFISSIONALISMO E VALORES POLICIAIS MILITARES. 

Como a polícia está usando agentes infiltrados para combater o crescente tráfico de drogas na classe média 10

SOCIEDADE

No mundo dos traficantes

Como a polícia está usando agentes infiltrados para combater o crescente tráfico de drogas na classe média

Rodrigo Turrer e Nelito Fernandes

NAS FESTAS

Uma balada típica da classe média. A discrição dos traficantes dificulta sua prisão

 

Numa ação inusual, cerca de 30 agentes da Polícia Civil fecharam o cruzamento das ruas onde funcionam duas tradicionais universidades paulistanas, a Presbiteriana Mackenzie e a de Ciências Médicas da Santa Casa. Pelo menos dez pessoas foram detidas por porte de drogas. A batida policial seria corriqueira num bairro da periferia de São Paulo ou na vizinhança de alguma favela. Ali, onde estuda uma parte da elite da cidade, não. Embora jovens comprassem e até consumissem drogas descaradamente em alguns dos bares da região, eles só foram detidos graças a uma investigação de 40 dias que contou com policiais civis disfarçados de universitários. Eles frequentaram barzinhos, se aproximaram dos alunos e conquistaram a confiança dos traficantes. Até que deram voz de prisão aos suspeitos.

Dos dez detidos, cinco foram presos e três respondem a inquérito. É pouco, tamanho o investimento feito na operação. Esse resultado mostra quão complicado é o novo desafio da polícia: combater os traficantes de classe média. Camuflados por hábitos de vida e de consumo que não os associam à marginalidade, esses novos criminosos conseguem manter-se disfarçados, sem levantar suspeitas. Seletivos e discretos, os traficantes de classe média agem por conta própria, em geral vendendo em pequena escala para amigos e conhecidos. Seus clientes são principalmente estudantes universitários, que usam drogas em festas raves e baladas, onde a ação policial se dá de forma limitada.

“O tráfico vai se pulverizar aos poucos, sem bocas ou pontos de venda na favela”, diz a antropóloga Carolina Grillo, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É assim nas grandes cidades do mundo e tende a ser assim no Brasil. A violência dos morros e o risco de serem presos afastam os compradores dos pontos de venda tradicionais, abrindo espaço para o crescimento do tráfico de classe média.

Daí a importância de táticas incomuns para conseguir detê-los. A principal delas é o agente infiltrado. “A infiltração permite identificar quando e como vendem, mas com um objetivo principal: subir os degraus e chegar aos tubarões”, diz o delegado Marco Antonio Pereira Novaes, diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo.

Nos Estados Unidos dos anos 1970, o FBI se valeu desse recurso com sucesso para desvendar o funcionamento das famílias mafiosas que dominavam o país. A história de um deles, que passou seis anos convivendo com a Máfia, virou filme, intitulado com o codinome usado durante a operação: Donnie Brasco.

No Brasil, uma operação assim seria impossível. “A legislação em vigor não aborda o assunto adequadamente”, diz a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, titular da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. “Ela não dá segurança quanto aos efeitos e quanto aos próprios mecanismos de ação.” A legislação brasileira dedica seis linhas à infiltração, limitando-se a autorizá-la, de acordo com a necessidade da investigação, se feita por agentes ou policiais. Alguns países europeus, como Alemanha e Espanha, detalham os casos em que a infiltração é permitida e delimitam com clareza as circunstâncias da ação. “Aqui é difícil infiltrar por muito tempo, porque para o juiz autorizar uma identidade falsa ao policial é preciso se cercar de cuidados”, afirma o promotor Everton Zanella, do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo.

O paradoxo da infiltração é que, para conter o avanço da criminalidade, o agente tem de participar da conduta criminosa. A começar pela identidade do policial, que tem de receber um RG falso para construir sua história simulada. Em seguida, uma inserção falsa no banco de dados para criar uma identidade criminosa que sustente o personagem criado. “E se o agente tiver de cometer crimes leves, participar de infrações para ser aceito? Como fica a situação do policial depois?”, diz Zanella. “Nada disso está previsto em lei, e tem de ser levado em conta pelo juiz.”

Em 2005, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul descobriu uma organização criminosa que lucrava quase R$ 4 milhões por ano praticando estelionato e lavagem de dinheiro em vários Estados. A Promotoria Criminal Especializada de Porto Alegre entrou com um pedido em Varas Criminais das capitais de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para usar um agente infiltrado. Só conseguiu autorização em Porto Alegre, depois de dois meses. A Justiça gaúcha autorizou a polícia a criar uma empresa de consultoria de fachada para empregar o policial com identidade falsa de consultor. Dentro da empresa investigada, e autorizado pela Justiça, ele acompanhou o cotidiano da organização, identificou os funcionários, gerentes e diretores envolvidos e instalou aparelhos de captação de som ambiente e interceptação telefônica. Em seis meses o agente coletou informações que levaram cinco envolvidos à condenação.

Inspetora de polícia, a hoje deputada federal Marina Magessi comandou em 2006 a Operação Chave de Ouro, que prendeu 17 traficantes que vendiam drogas sintéticas no Rio. Marina selecionou três detetives recém-saídos da academia de polícia, jovens e bonitos. Eles passaram a frequentar festas rave para fazer amigos e identificar os vendedores.

A infiltração durou três meses. Os agentes descobriram que um dos traficantes escondia a droga dentro do carrinho de bebê de sua filha de 2 anos e fazia as entregas durante seus passeios com ela na orla de Copacabana. Um segundo traficante fazia ponto numa clínica veterinária da Barra da Tijuca (o dono tinha licença para importar um medicamento para cavalos que era misturado à droga). “Foi tudo filmado, nada disso teria sido conseguido sem a infiltração”, disse Marina. O momento mais tenso era quando os agentes iam à delegacia deixar o material gravado e seus relatórios. Se fossem seguidos, sua identidade seria revelada.

Embora eficiente, a infiltração é “uma técnica custosa”, de acordo com o juiz federal Sérgio Moro, da 2ª Vara Criminal de Curitiba. “Um agente infiltrado precisará de dinheiro, de acompanhamento psicológico”, diz. “A falta de uma previsão normativa, que defina com clareza a atuação do policial na infiltração, limita um pouco seu uso”, diz o delegado Roberto Troncon, diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal. A PF usou agentes infiltrados para prender cinco pessoas e recuperar R$ 12,5 milhões dos R$ 164,8 milhões roubados do Banco Central de Fortaleza, em 2005. Um agente disfarçado foi a Boa Viagem, a 216 quilômetros de Fortaleza, semanas após o furto. Aproximou-se de uma parente de um dos criminosos, Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão. Por seis meses, frequentou a casa da família, participou de churrascos, almoços e festas e recolheu detalhes do megafurto. Depois de entregar relatórios com dados de todos os suspeitos, o agente desapareceu da cidade antes da prisão do grupo.

SOCIEDADE

O “Donnie Brasco” da Barra

Infiltrado entre surfistas que vendiam drogas no Rio, um oficial de cartório conseguiu desbaratar uma organização internacional

Fontes, que era surfista, passou a sondar um grupo de traficantes

 

”No Brasil, a ‘infiltração’ é chamada tecnicamente de ‘entrevista dissimulada’. Você se faz passar por alguém que não é. O seu trabalho não produz prova judicial válida e você não tem outra identidade. A gente apenas levanta os dados necessários para que a Justiça autorize as quebras de sigilo. Você não consegue sair quebrando sigilo de 200 pessoas assim, então é preciso que o alvo seja bem localizado. O trabalho começa com o estudo dos hábitos do grupo que vai ser identificado. A polícia levanta tudo: os lugares que eles frequentam, os hábitos, o linguajar. A gente faz uma espécie de laboratório. Como eu já surfava, fui escolhido para entrar nesse grupo de surfistas que traficava. Você passa dias, semanas nos mesmos lugares que eles, e um dia puxa a conversa. É importante parecer que você faz parte daquele lugar. Todos os dias eu chegava na delegacia às 6 horas da manhã, pegava o carro descaracterizado com uma prancha em cima e ia para a praia. Ficava lá, surfando, com os mesmos caras o tempo todo. Chega uma hora em que você não é mais um estranho no lugar.

Eu nunca tinha ido a uma rave, tive de aprender. Eles passaram a me convidar para festas, e não demorou muito para alguém me oferecer as drogas. Você não pode chegar pedindo, tem de esperar que uma hora alguém oferece. Eu negava, dizendo que tinha de participar de uma competição. Não usava nome falso porque você pode ser parado numa blitz e ter de mostrar o documento. Quando alguém pergunta onde você mora, geralmente você tem de dar um endereço de algum parente que more nas redondezas, para o caso de alguém querer ir até lá. Em geral, eles assumem que você é dali mesmo. Eu nunca tive conflito de achar que eles eram meus amigos. A distância dos mundos é imensa, e você sabe exatamente o que está fazendo ali e quem são eles.

Meu trabalho era identificar os traficantes que seriam alvo de uma investigação mais profunda, com grampos autorizados pela Justiça. A gente não tem esse glamour da polícia dos filmes, que tem uma casa falsa, documento falso, tudo. Você tem de ficar atento o tempo todo, mas isso acaba virando um padrão na sua cabeça. O policial infiltrado não pode ser uma pessoa muito conhecida, popular, que chega num lugar e todo mundo sabe quem ele é. Tem de ser discreto, o tempo todo. Minha família nunca soube desses trabalhos.”

‘Lei da Ficha Limpa põe em risco o estado de direito’…Eros Roberto Grau. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal 9

‘Lei da Ficha Limpa põe em risco o estado de direito’

Eros Roberto Grau. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Fausto Macedo, Felipe Recondo – O Estado de S.Paulo

 

Eros Roberto Grau deixou ontem a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) convencido de que a Lei da Ficha Limpa põe “em risco” o Estado de Direito. Ele acusa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ignorar o princípio da irretroatividade das leis. “Há muitas moralidades. Se cada um pretender afirmar a sua, é bom sairmos por aí, cada qual com seu porrete. Estou convencido de que a Lei Complementar 135 é francamente, deslavadamente inconstitucional.”

O ministro sai do Supremo, após quase seis anos na mais alta instância da Justiça, onde chegou por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2004. Em entrevista ao Estado, Eros Grau critica também as transmissões dos julgamentos. “Isso só vai acabar no dia em que um maluco que se sentir prejudicado agredir ou der um tiro num ministro”, afirmou.

O senhor deu várias demonstrações de cansaço no STF. O que o desanimou?

O fato de as sessões serem transmitidas atrapalha muito, porque algumas vezes o membro do tribunal se sente, por alguma razão, compelido a reafirmar pontos de vista. Existem processos que poderiam ser julgados com maior rapidez. Muitas vezes a coisa fica repetitiva e poderia ser mais objetiva.

O senhor é contra as transmissões?

Essa prática de televisionar as sessões é injustificável. O magistrado não deve se deixar tocar por qualquer tipo de apelo, seja do governo, seja da mídia, seja da opinião pública. Tem que se dar publicidade à decisão, não ao debate que pode ser envenenado de quando em quando. Acaba se transformando numa sessão de exibicionismo.

Existe a possibilidade de o tribunal deixar de exibir as sessões ao vivo?

Isso só vai acabar no dia em que um maluco que se sentir prejudicado agredir ou der um tiro num ministro. Isso pode acontecer em algum momento. Até que isso aconteça, haverá transmissão. Depois não haverá mais.

Em algum momento o senhor foi abordado na rua dessa forma?

Eu estava no aeroporto de Brasília com a minha mulher, depois do julgamento da lei de anistia, e veio uma maluca gritando, dizendo: “aí, está protegendo torturador”. Foi a única vez que me senti acossado.

Para Eros Grau, o que é ficha limpa?

“Ficha limpa” é qualquer cidadão que não tenha sido condenado por sentença judicial transitada em julgado. A Constituição do Brasil diz isso, com todas as letras.

Políticos corruptos não são uma ameaça aos cofres públicos e ao estado de direito?

Sim, sem nenhuma dúvida. Políticos corruptos pervertem, são terrivelmente nocivos. Mas só podemos afirmar que este ou aquele político é corrupto após o trânsito em julgado, em relação a ele, de sentença penal condenatória. Sujeitá-los a qualquer pena antes disso, como está na Lei Complementar 135 (Ficha Limpa), é colocar em risco o estado de direito. É isto que me põe medo.

O que está em jogo não é a moralidade pública?

Sim, é a moralidade pública. Mas a moralidade pública é moralidade segundo os padrões e limites do estado de direito. Essa é uma conquista da humanidade. Julgar à margem da Constituição e da legalidade é inadmissível. Qual moralidade? A sua ou a minha? Há muitas moralidades. Se cada um pretender afirmar a sua, é bom sairmos por aí, cada qual com seu porrete. Vamos nos linchar uns aos outros. Para impedir isso existe o direito. Sem a segurança instalada pelo direito, será a desordem. A moralidade tem como um de seus pressupostos, no estado de direito, a presunção de não culpabilidade.

A profusão de liminares concedidas a candidatos, inclusive pelo Supremo, não confunde o eleitor?

Creio que não. Juízes independentes não temem tomar decisões impopulares. Não importa que a opinião publicada pela imprensa não as aprove, desde que elas sejam adequadas à Constituição. O juiz que decide segundo o gosto da mídia não honra seu ofício. De mais a mais, eleitor não é imbecil. Não se pode negar a ele o direito de escolher o candidato que deseja eleger.

Muitos partidos registraram centenas de candidaturas mesmo sabendo que elas poderiam ser enquadradas na Lei 135/2010, que barra políticos condenados por improbidade ou crime. Não lhe parece que os partidos estão claramente atropelando a Lei da Ficha Limpa, esperando as bênçãos do Judiciário?

Não, certamente. O Judiciário não existe para abençoar, mas para aplicar o direito e a Constituição. Muito pior do que corrupto seria um juiz, medroso, que abençoasse. Estou convencido de que a Lei Complementar 135 é francamente, deslavadamente inconstitucional.

Como aguardar pelo trânsito em julgado se na esmagadora maioria das ações ele é inatingível?

O trânsito em julgado não é inatingível. Pode ser demorado, mas as garantias e as liberdades públicas exigem que os ritos processuais sejam rigorosamente observados.

A Lei da Ficha Limpa é resultado de grande apelo popular ao qual o Congresso se curvou. O interesse público não é o mais importante?

Grandes apelos populares são impiedosos, podem conduzir a chacinas irreversíveis, linchamentos. O Poder Judiciário existe, nas democracias, para impedir esses excessos, especialmente se o Congresso os subscrever.

Não teme que a Justiça decepcione o País?

Não temo. Decepcionaria se negasse a Constituição. Temo, sim, estarmos na véspera de uma escalada contra a democracia. Hoje, o sacrifício do direito de ser eleito. Amanhã, o sacrifício do habeas corpus. A suposição de que o habeas corpus só existe para soltar culpados levará fatalmente, se o Judiciário nos faltar, ao estado de sítio.

O senhor teme realmente uma escalada contra a democracia?

Temo, seriamente, de verdade. O perecimento das democracias começa assim. Estamos correndo sérios riscos. A escalada contra ela castra primeiro os direitos políticos, em seguida as garantias de liberdade. Pode estar começando, entre nós, com essa lei. A seguir, por conta dessa ou daquela moralidade, virá a censura das canções, do teatro. Depois de amanhã, se o Judiciário não der um basta a essa insensatez, os livros estarão sendo queimados, pode crer.

Por que o Supremo Tribunal Federal nunca, ou raramente, condena gestores públicos acusados por improbidade ou peculato?

Porque entendeu, inúmeras vezes, que não havia fundamentos ou provas para condenar.

Que críticas o senhor faz à forma do Judiciário decidir?

As circunstâncias históricas ensejaram que o Judiciário assumisse uma importância cada vez maior. Isso pode conduzir a excessos. O juiz dizer que uma lei não é razoável! Ele só pode dizer isso se ele for deputado ou senador. Os ministros não podem atravessar a praça (dos Três Poderes, que separa o Supremo do Congresso). Eu disse muitas vezes isso lá: isso é subjetivismo. O direito moderno é a substituição da vontade do rei pela vontade da lei. Agora, o que se pretende é que o juiz do Supremo seja o rei. É voltar ao século 16, jogar fora as conquistas da democracia. Isso é um grande perigo.

Isso tem acontecido?

Lógico. Inúmeras vezes o tribunal decidiu, dizendo que a lei não é razoável. Isso me causa um frio na espinha. O Judiciário tem que fazer o que sempre fez: analisar a constitucionalidade das leis. E não se substituir ao legislador. Não fomos eleitos.

O senhor tem coragem de votar em um político com ficha suja?

Entendido que “ficha-suja” é unicamente quem tenha sido condenado por sentença judicial transitada em julgado, certamente não votarei em um deles. Importante, no entanto, é que eu possa exercer o direito de votar com absoluta liberdade, inclusive para votar em quem não deva.

O senhor está deixando o STF. Retoma a advocacia? Aceitará como cliente de sua banca um folha corrida?

Terei mais tempo para ler e estudar. Escrever também, fazer literatura. E trabalhar com o direito. Para defender quem tenha algum direito a reclamar, desde que eu me convença de que esse direito seja legítimo. Ainda que se o chame de “folha corrida”.

E para Brasília o senhor pretende voltar?

Brasília é uma cidade afogada, seca, onde você não é uma pessoa, você é um cargo.

TELHADA TOMARÁ “NOVAS CAUTELAS”; UMA DELAS SERÁ ADQUIRIR ÓCULOS AINDA MAIS ESCUROS EXCLUSIVO PARA ENTREVISTAS…MOSTRAR A CARA AO FALAR É MUITO PERIGOSO!…AH, TAMBÉM MUDARÁ PARA MOEMA! 34

02/08/2010 11h41 – Atualizado em 02/08/2010 13h22

Tenente-coronel da Rota admite que vai tomar ‘novas cautelas’

Paulo Telhada disse que PM vai continuar trabalhando da mesma maneira.
Ele sofreu um atentado, no sábado, quando saía de casa.

Do G1 SP

O tenente-coronel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Paulo Telhada, afirmou na manhã desta segunda-feira (2), em entrevista à Rádio CBN, que irá tomar “novas cautelas” para garantir a sua segurança e a da sua família. Na manhã de sábado (31), ele sofreu um atentado quando saía de casa, na Zona Norte de São Paulo.

“Eu nunca tive uma rotina. Se falar que a gente tem rotina é mentira. Eu sempre tive algumas cautelas. Sempre ando armado e mudo itinerário. Eu tenho a minha família. É lógico que eu tenho que tomar umas cautelas a mais, porque você sempre espera que você tenha problemas. Agora [quando ataca] a sua casa é complicado. (…) Estou adotando uma série de novas cautelas ”, declarou.

No entanto, o tenente-coronel garantiu que a Rota vai continuar atuando da mesma maneira. “Nós vamos continuar trabalhando do mesmo jeito, da mesma maneira. Nós estamos incomodando muita gente. Isso quer dizer que está dando resultado”, afirmou.

Na avaliação de Telhada, ao longo de um pouco mais de um ano da atuação do secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto, e do comandante-geral da Polícia Militar no Estado de São Paulo, Antônio Camilo, a polícia tem feito um controle rígido para coibir todos os tipos de crimes. “Armas e entorpecentes foram apreendidos, além de muito dinheiro, mais de R$ 600 mil. Estamos incomodando há muito tempo”, disse.

Quanto às investigações sobre a autoria do atentado, o tenente-coronel afirmou já ter alguns suspeitos. “Como são covardes, eles estão escondidos, mas é questão de tempo [para se chegar aos criminosos]”, observou.

O tenente-coronel também pediu o apoio da população à polícia. “É preciso desglamourizar o crime. (…) É preciso parar de ter dó de vagabundo, de ladrão. (..) O cidadão tem que apoiar a polícia”, disse

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O Tenente – coronel sofre  atentado e apressadamente vai apontando a motivação: o grande trabalho da ROTA.

O  ATENTADO NÃO FOI CONTRA ELE…ERA UM  ATENTADO CONTRA A ROTA.

HORAS DEPOIS – CONFIRMANDO SUAS PALAVRAS –   UM DOIDO FOI MORTO AO DISPARAR CONTRA A FORTALEZA “TOBIAS DE AGUIAR”…

MAS ISSO NENHUM CIVIL VIU, NINGUÉM MOSTROU IMAGENS…O “DOIDO” NÃO PODE FALAR! 

O homem dizem ser muito corajoso em combate, mas –  embora fale muito – deve ser tímido. Não mostra o olhar; esconde-se por trás de um  óculos escuro.

Por outro lado, o cidadão deve apoiar a Polícia, mas uma Polícia que não se “glamourize” como a PM. Uma Polícia comandada por homens sérios; nos atos e nos discursos. 

Quando faz essa pregação nojenta:  ” É preciso parar de ter dó de vagabundo, de ladrão“, apenas realimenta a violência; além de,  antecipadamente,  buscar  justificação para a TORTURA E EXECUÇÃO SUMÁRIA…

DIRETORIA DA ADPESP DECEPCIONA ELEITORADO E ANTIGOS ASSOCIADOS ( IMITOU O PSDB E O PT, CONTRATA JORNALISTAS E GASTA COM PUBLICIDADE E PASSEIOS…MAIS NADA! ) 55

AM/08/03 às 11:37 – Choji Miyake

Colega favor publicar:
AÇÃO-LEALDADE-UNIÃO (ADPESP)
Tinhamos uma última trincheira.
VAMOS LÁ, AÇÃO, ONDE?
Hoje se quiser ser vista, pelo andar da carruagem só no interior, mais particularmente em uma região do Estado, pois na Capital e periferia “NECA”, talvez estejam pensando que alguns adesivos signifique AÇÃO, em São Paulo adesivos em alguns veículos nem são notados.
LEALDADE, sempre ocorrera em nossa Casa, porém não estamos mais sentindo tal qualidade para os simples associados mortais e meros contribuintes, mesmos os que prestigiaram a chapa vitoriosa, não foi meu caso, motivo pelo qual sinto-me no direito de criticar e repudiar, sem sentimento de culpa, embora logo após a posse tive esperanças e até acreditei, pena que por um período pequeno.
Pergunto eu, deixar um associado antigo desamparado é LEALDADE?
Abandoná-lo é a tal LEALDADE? Se for, vamos reformar nosso estatuto.
Vejamos seu art. 1. no qual encontramos a palavra DEFESA como destinação da ADPESP. AOS SEUS ASSOCIADOS.
O art.5 que trata das finalidades da adpesp, no seu inciso VI- “prestar assistência jurídica aos sócios fundadores, contribuintes, beneméritos que dela necessitarem em razão da função”–CLARÍSSIMO.
Mesmo claríssimo, passa a gerar dúvidas no associado em sua esperança de ser defendido e amparado pela sua entidade de classe, a qual sempre foi uma trincheira para nossa Defesa contra tudo e contra todos, em outros tempos…
UNIÃO – será letra morta, ou simplesmente marca de AÇÚCAR e CAFÉ, pena palavras tão bonita, tão significativa, e quando tinha o significado original, que maravilha, tudo muda nessa vida até o significado das palavras.
A união também ocorria em ocasiões tristes, como em velórios de colegas e associados, ao menos com a presença de uma assistente social, ou representante da Diretoria, cuja presença era de grande valia humanitária, uma Assistente Social nessas horas é de fundamental importância e um gesto humano, porém paciência eram outros tempos.
CHOJI MIYAKE
ASSOCIADO DECEPCIONADO

 
Choji Miyake

POLÍCIA MILITAR FAZ SUBIR O GÁS DE 7 APÓS “ATENTADO” CONTRA ROTA 2

PM/08/03 às 12:06 – REPÓRTER AÇO

Como é mesmo, Guerra ?

Fazer voltar ao berço ?

Fonte: Último Segundo

PM mata 7 em SP nas 36h após atentado contra Rota

Número é seis vezes a média diária de 0,78 caso de tiroteio com morte registrada no primeiro semestre deste ano na cidade

AE | 03/08/2010 10:28

Nas primeiras 36 horas após o atentado contra o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), policiais militares mataram sete pessoas na cidade de São Paulo. Entre esses sete não está incluído Frank Ligieiri Sons, o homem baleado e morto sob a acusação de atacar a tiros na madrugada de domingo o quartel da Rota, na Luz, no centro de São Paulo.

O número de casos depois do atentado a Telhada é seis vezes a média diária de 0,78 caso de tiroteio com morte registrada pela corporação no primeiro semestre deste ano na cidade – 141 casos em 181 dias. Desde os ataques contra Telhada e a sede da Rota, a polícia ficou em estado de alerta e reforçou a vigilância de bases comunitárias e a atenção no patrulhamento das ruas. O primeiro dos tiroteios a terminar com a morte de um acusado de roubo ocorreu às 15 horas de sábado. Um homem foi morto em confronto com homens da Rota, acusado de dirigir um carro roubado e reagir à prisão. O segundo caso envolveu os homens do 3º Batalhão da PM, na zona sul de São Paulo.

No primeiro semestre deste ano, segundo números da Ouvidoria da Polícia de São Paulo, policiais da Rota mataram 36 pessoas em tiroteios. No mesmo período de 2009, esse número havia ficado em 21. O aumento é creditado pelos policiais do batalhão ao aumento dos enfrentamentos envolvendo o combate ao crime organizado, o que teria, até mesmo, provocado os atentados contra o tenente-coronel Telhada e a sede do batalhão. A polícia de São Paulo deve continuar em alerta até o fim do próximo fim de semana, quando cerca de 20 mil presos do regime semiaberto devem receber o direito de visitar suas famílias por cinco dias durante o Dia dos Pais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

Para a candidata Marina Silva, os salários pagos aos policiais são “vergonhosos”…São Paulo, que tem 20 anos do mesmo governo e é o estado mais rico da federação, paga um dos piores pisos para policiais 13

02/08/2010 15h58 – Atualizado em 02/08/2010 16h07

Marina aponta ‘descontrole’ na segurança pública em São Paulo

Candidata do PV comentou ataques a coronel e quartel da Rota.
Secretaria de Segurança Pública disse que não comentará assunto.

Do G1, em São Paulo

Marina Silva visitou centro de reciclagem em JundiaíMarina Silva visitou centro de reciclagem em Jundiaí
(Foto: William Volcov/Agência Estado)

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou, nesta segunda-feira (02), que há “problemas de descontrole” na segurança pública no estado de São Paulo.

Ela deu as declarações ao ser questionada sobre os ataques ao tenente-coronel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Paulo Telhada, e ao quartel da corporação na capital paulista.

“Eu tenho insistido que precisamos fazer uma reforma da segurança. Mesmo estados como São Paulo, que tem 20 anos do mesmo governo e é o estado mais rico da federação, paga um dos piores pisos para policiais. E temos problemas de descontrole com a segurança, como vimos aqui no estado de São Paulo”, afirmou.

Nesta segunda, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse acreditar que os ataques são “uma ação muito limitada” e afirmou que não há motivo para preocupação. “Estamos tranquilos, a segurança está evidentemente cautelosa, com um cuidado maior, mas sem maior preocupação”. A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública disse que, por enquanto, não comentará o assunto.

Salários ‘vergonhosos’

Marina defendeu uma reforma da segurança pública com parcerias entre governo federal e governos estaduais e mais investimentos. Para a candidata, os salários pagos na área são “vergonhosos”. Ela voltou a citar São Paulo e mencionou também o Rio de Janeiro como exemplo de estados com baixos salários para a categoria.

Ela disse que a segurança pública precisa ter a vida como “valor essencial” e defendeu que a responsabilidade de investigar não fique restrita à Polícia Civil, mas seja ampliada para a Polícia Militar