ECOTERRORISMO FOI A COMPRA DAQUELAS LAND ROVER “ENCALHADAS” PARA A POLÍCIA 9

Ecoterroristas assumem ataque à concessionária Land Rover
Polícia investiga grupo que reivindica, na internet, autoria do incêndio que atingiu concessionária na sexta-feira e causou prejuízo de R$ 1,5 milhão
24 de junho de 2010 | 0h 00
Rodrigo Burgarelli – O Estado de S.Paulo

Oito veículos, avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão, foram destruídos pelo fogo

A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação de eco-extremistas no incêndio ocorrido sexta-feira na concessionária de veículos de luxo Land Rover da Marginal do Pinheiros, na zona oeste da capital. A suspeita surgiu depois que um grupo de ativistas – que se identifica como Frente de Libertação da Terra (FLT) – assumiu por carta a autoria, no mesmo dia do suposto ataque, em fóruns da internet.

No início da semana, a informação, publicada em português e espanhol, espalhou-se por blogs e listas de e-mail.

“É uma hipótese plausível e será uma nova linha de investigação”, diz o delegado responsável pelo inquérito, Ricardo Arantes Cestari, do 14.º Distrito Policial (Pinheiros). “Estamos analisando todas as informações e vamos procurar as pessoas que publicaram o texto pela internet.”

O andamento da investigação depende ainda da conclusão da perícia técnica sobre as causas do acidente, o que provavelmente deve ocorrer até o fim do mês. Mas outros indícios apontam para a atuação de extremistas no incêndio que destruiu oito Land Rovers e deu um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão. Uma testemunha disse a policiais ter visto três jovens jogarem um artefato por cima do muro da concessionária por volta das 2 horas e fugido minutos depois, em um carro branco. A Polícia Civil acredita que o objeto possa ter sido um coquetel incendiário. Segundo a o texto assinado pelo grupo, os gastos com o material explosivo foram de apenas R$ 10 – uma maneira “simples, barata e eficiente de destruição”.

Há também o precedente histórico. Apesar de não serem comuns no Brasil, atentados de eco-extremistas são frequentes nos Estados Unidos e na Europa há pelo menos três décadas. E um dos principais alvos dos ativistas são os utilitários esportivos, comumente relacionados ao elevado consumo de combustível – como menciona o comunicado.

Ameaças. A carta ainda termina com ameaça de novos atos. “Não ficaremos parados assistindo à destruição do planeta e de suas espécies de braços cruzados. Da mesma maneira que esses carros queimaram, outros carros, casas, caminhões e estabelecimentos que danificam e exploram a terra e os animais também queimarão. Já está mais do que na hora dos pilares de nossa civilização virem abaixo”, diz.

Além de crime com fins políticos, a polícia também trabalha com a possibilidade de vandalismo comum ou mesmo de golpe de seguro, já que a maioria dos carros atingidos pelo incêndio – cujo valor médio é de R$ 200 mil – estava segurada. A hipótese de uma pane elétrica ter provocado o incêndio é considerada remota pelos policiais. Procuradas pelo Estado, a concessionária e a Land Rover afirmaram que a investigação é atribuição da polícia e não quiseram se pronunciar sobre o possível envolvimento de ativistas.

PARA ENTENDER

Existem diversos grupos de eco-extremismo atuantes no mundo, mas praticamente todos defendem o mesmo fundamento: não machucar homens ou animais em seus atentados. Por isso, essas ações são definidas pelos ativistas como “sabotagem”, e não “terrorismo”.

Autoridades americanas, no entanto, classificam os grupos como “ecoterroristas” e alertam para o perigo desses atos. Um levantamento de 2005 do FBI aponta que, desde 1990, mais de 1.200 atentados do tipo haviam sido realizados por esses grupos nos EUA – todos sem vítimas.

SERIA ESSE O JEITO TUCANO DE GOVERNAR ?…Delegacia cobra para registrar ocorrências 8

24 de junho de 2010 

FLAGRANTE NA FRONTEIRA

DP cobra para registrar ocorrências

O Ministério Público e a Delegacia Regional de Santiago apuram a cobrança de taxas para o registro de ocorrências e o uso de um carro clonado e sem placas pela Delegacia da Polícia Civil de São Borja. A prática é adotada sob a alegação de que faltam recursos próprios do Estado para atender a necessidades dos policiais.

O Jornal do Almoço, da RBS TV, expôs o caso ontem. Com um câmera escondida, a reportagem esteve no prédio inaugurado pela governadora Yeda Crusius há duas semanas e constatou que os atendentes pedem uma taxa de R$ 5 para registrar ocorrências por perda de documentos.

– O senhor registra a ocorrência. Daí, no registro da ocorrência, o senhor paga uma taxinha de R$ 5 – declarou uma estagiária da DP.

O delegado Jerri Adriane Mandes garante que a taxa não é obrigatória:

– Se não houve essa explicação de que era espontânea, nós vamos ter que apurar. Ver o que aconteceu.

Segundo o delegado, o dinheiro arrecadado com as taxas é administrado pelo Grupo de Apoio da Polícia Civil, formado por representantes da sociedade. Ele diz que a verba serve para contratar estagiários, comprar equipamentos e garantir a manutenção da DP. Em um ofício encaminhado à corregedoria da Polícia Civil, que pediu explicações sobre a cobrança, o delegado diz que o Estado sequer fornece papel para o registro de ocorrências. “Absurdamente compramos até papel”, escreveu o delegado.

O MP vai investigar a cobrança.

– Vou instaurar procedimento criminal para apurar essas irregularidades, verificar se houve prática ilícita – diz o promotor Érico Barin.

Alegando falta de viaturas discretas, o delegado também usa um Stilo furtado em 2007 e cedido pela Justiça para ajudar nas investigações. Em dezembro, uma perícia feita pelo Departamento de Criminalística apontou o verdadeiro número do chassi. O carro pertence a uma seguradora, mas ainda não foi devolvido. O delegado argumenta que houve irregularidades no laudo e pediu um nova perícia.

Ao tomar conhecimento de que a perícia está concluída há seis meses, a juíza decidiu suspender a cedência do carro à polícia.

giovani.grizotti@rbstv.com.br

GIOVANI GRIZOTTI | RBS TV

Multimídia

ESTABELECER COTAS DE PRODUÇÃO É O ÚLTIMO SUSTENTÁCULO DA INÉPCIA 23

Junho 20, 2010 – 11:13

Polícia Civil estabelece cotas de ‘produção’ no Vale

Objetivo seria cobrar mais produtividade das equipes no combate ao crime na região, a mais violenta do interior paulista desde 2009

São Josédos Campos

A cúpula da Polícia Civil do Vale do Paraíba estipulou cotas de ‘produtividade’ para as equipes que atuam na linha de frente do combate ao crime na região, a mais violenta do interior paulista desde 2009, líder do ranking de pessoas assassinadas.
As metas são estabelecidas e comunicadas pelo Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), unidade máxima da corporação na região, às seis delegacias seccionais do Vale e Litoral Norte.

Elas, em seguida, repassam a orientação aos distritos policiais e às unidades especializadas de sua área. A produtividade é cobrada por equipe.
“Trabalhamos em cima de produtividade, número de roubos e homicídios esclarecidos, número de prisões em flagrante e procurados presos, inquéritos relatados. Isso não é para fins estatísticos, é para avaliar a produtividade”, disse o delegado assistente do Deinter-1, Edilzo Correia Lima, número dois da corporação na região.

De acordo com o resultado da equipe, os superiores hierárquicos podem fazer correções, trocando o policial de grupo ou de unidade, por exemplo.

“É constante, por exemplo: não posso admitir que durante uma semana uma equipe que atua na rua não faça nenhuma prisão, não detenha um suspeito. Esses índices são cobrados pelos superiores”, disse o delegado assistente do Deinter-1.

A Atividade policial na região

Produtividade.
No primeiro trimestre de 2010, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, a polícia do Vale teve queda nos indicadores de produtividade.
As forças de segurança prenderam 8,63% menos do que no mesmo período em 2009 (passou de 2.651 para 2.422 prisões em flagrante e por cumprimento de ordem judicial).

O número de menores infratores apreendidos também sofreu queda: de 285 para 198 nos primeiros três meses do ano (o equivalente a 30,52% menos).
A polícia apreendeu menos armas: de 253 para 219 (13,43% menos do que no primeiro trimestre de 2009).

Violência.
Em contrapartida, o número de vítimas de homicídio cresceu 18,39% na região, subindo de 87 para 103 na comparação entre os primeiros trimestres de 2009 e 2010.
Foi o maior índice do interior de São Paulo. A região foi a única fora da capital e Grande São Paulo a ultrapassar a marca de 100 vítimas nos primeiros três meses do ano.


Número de prisões
No primeiro trimestre do ano, a polícia prendeu 8,63% menos na região: de 2.651 para 2.422 prisões, na comparação com o mesmo período no ano anterior; entre janeiro e março, foram registradas 1.643 prisões em flagrante e 779 por mandado judicial

Armas apreendidas
Também houve diminuição do número de armamentos apreendidos na região nos primeiros três meses do ano: de 253 para 219, de acordo com dados do Estado.

MPE revela esquema milionário de desvio de açúcar no Porto de Santos 23

Investigação
MPE revela esquema milionário de desvio de açúcar no Porto de Santos

Agência Estado

Um esquema milionário de desvio de toneladas de açúcar no Porto de Santos (SP) foi descoberto pelo Ministério Público Estadual (MPE). A investigação constatou irregularidades nos inquéritos da Delegacia do Porto e levou ao afastamento de dois delegados. Os criminosos misturam areia ao açúcar ainda não refinado, exportado pelo País.

A fraude provocou a volta ao Brasil de dois navios com açúcar recusados pelos compradores. Entre as vítimas do esquema estão os maiores exportadores de açúcar do País: a Cosan e a Copersucar. Os bandidos atuariam desde 2006. Além de açúcar, eles também desviariam cargas de trigo que entram no Brasil. A mistura do açúcar com a areia ocorreria quando o caminhão chega ao porto, principalmente durante a pesagem da carga. Ali, os reboques seriam trocados por outros com a mercadoria batizada.

O açúcar despertou mais a atenção dos bandidos em 2009, quando a cotação do produto no mercado internacional bateu o recorde dos últimos 30 anos, chegando a US$ 0,30 por libra (o equivalente a 453 gramas) – hoje está em US$ 0,15. Em um dos casos investigados, o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) descobriu que um fiscal de balança estava envolvido na fraude. A carga de oito caminhões teria sido adulterada e, apesar de o suspeito confessar o crime, ninguém foi indiciado pela polícia. Pior, o material apreendido, o carregamento adulterado, teria sumido.

A Corregedoria da Polícia Civil foi chamada e fez uma correição extraordinária (espécie de fiscalização) na Delegacia do Porto. Os homens da Corregedoria descobriram que, de uma carga de 36,5 toneladas de açúcar batizado, a delegacia apreendeu apenas um saco sem menção de peso do produto para análise. Em outro caso, de uma carga de 26 toneladas, a delegacia mandou para a perícia quatro vidrinhos e dois sacos plásticos.

Os policiais da delegacia alegaram que só apreendiam amostras da carga porque, quando apanhavam carregamento de açúcar adulterado, logo recebiam telefonemas de autoridades para liberá-los. Os policiais disseram aos corregedores que entre as autoridades que os pressionam havia funcionários municipais, policiais e jornalistas que diziam que as cargas apreendidas disseminavam insetos e ratos.

Para a Corregedoria, a carga inteira devia ser apreendida e a perícia, feita no local da apreensão. Por fim, a delegacia devia recusar interferências em seu trabalho. Os dois delegados chefes do porto foram afastados. A apuração do Gaeco continua. Um motorista de caminhão foi preso.

___________________

https://flitparalisante.wordpress.com/2010/06/25/nota-de-esclarecimento-acerca-da-delegacia-do-porto-de-santos-nota-do-blog-as-doutoras-leolar-emilia-de-souza-e-elizabeth-aparecida-souza-apolinario-lins-quer-na-vida-privada-quer-na-vida-publica-esta/