Quinta-feira, 17 de junho de 2010 – 06h47
Operação Tormenta
Quadrilha que fraudava concursos agia na Baixada Santista
Da Redação
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A Polícia Federal (PF) prendeu na quarta-feira, em Santos, dois acusados de envolvimento em uma quadrilha que fraudava concursos públicos. A ação da PF foi batizada de Operação Tormenta, uma gigantesca investigação realizada em todo o País.
A colaboração do Departamento da PF em Santos foi um dos pontos de partida da operação. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, dos quais 21 na Grande São Paulo, um no Rio de Janeiro, nove na Baixada Santista e três na região de Campinas, além de 12 mandados de prisão temporária. Os nomes dos dois suspeitos de Santos não foram divulgados, nem os setores em que atuavam dentro do esquema.
Em busca de informações que pudessem ampliar o dossiê da Operação Tormenta, agentes da Polícia Federal chegaram ontem, às seis horas da manhã, à residência do advogado Norberto Moreira da Silva. Revistaram sua casa e se detiveram em seu computador. Em seguida, foram à Universidade Santa Cecília (Unisanta) para plugar o terminal do advogado nessa universidade.
Nada foi encontrado, porém, que pudesse ligar Norberto ao conjunto da operação. Norberto Moreira da Silva, ex-vice-presidente do Santos F.C., é atualmente membro suplente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e diretor da Faculdade de Direito da Unisanta.
Em entrevista exclusiva a A Tribuna, na noite de ontem, ele se confessou “perplexo” com a iniciativa da Polícia Federal de investigá-lo, mas tranquilo com o andamento do processo. “Claro que vou tomar providências a respeito, ou seja, acompanhar detidamente as investigações, até para reafirmar meu total distanciamento de qualquer problema. Meu e da Unisanta”,disse o advogado.
Um grande movimento de solidariedade cercou Norberto Moreira da Silva logo que a notícia circulou. O presidente da OAB São Paulo, Luiz Flávio Borges D’ Urso, imediatamente ligou da Capital. E o presidente da seção santista da Ordem, Rodrigo Lyra, procurou pessoalmente Norberto para um abraço de apoio. Muitos advogados ligaram para manifestar seu apoio ao alto funcionário da Unisanta.
Investigações
Doze pessoas foram presas durante a operação. A PF iniciou as investigações em 2009, durante concurso para agente federal. A partir de fevereiro deste ano, com o aprofundamento dos trabalhos, a PF identificou que a quadrilha atuava em todo o país, mediante o acesso aos cadernos de questões, antes da data de aplicação das provas.
Além do concurso da PF, o grupo teve acesso privilegiado às provas do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB (2ª fase/2010) e do concurso da Receita Federal (auditor-fiscal/1994). Outros concursos como o da Abin e da Anac estão sob suspeita, diz a PF. A investigação, no entanto, é o que vai poder identificar se os candidatos conseguiram aprovação a partir do esquema.
Foram identificados 53 candidatos que tiveram acesso à prova de agente federal, pelo menos 26 candidatos que tiveram acesso à prova da OAB e há indícios de que 41 candidatos tenham tido acesso à prova da Receita Federal. A quadrilha chegava a cobrar até US$ 50 mil de cada candidato que participasse da fraude no caso do concurso para agentes da PF.
Como agiam
De acordo com a PF, o grupo atuava por meio de aliciamento de pessoas que tinham acesso ao caderno de questões, para conhecimento antecipado das provas. O grupo atuava ainda no repasse de respostas aos candidatos por meio de ponto eletrônico durante a realização do concurso e ainda indicava uma terceira pessoa mais preparada para fazer o concurso no lugar do candidato. Ainda de acordo com a PF, a quadrilha fazia ainda falsificação de documentos e diplomas exigidos nos concursos quando o candidato não possuía a formação exigida.
Outros concursos
Mesmo após a notícia do vazamento da prova da OAB, segundo a Polícia Federal, a organização criminosa se articulou para fraudar, sem sucesso, concursos da Caixa Econômica Federal, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do INSS – Perito Médico, da AGU – Advogado da União, da Santa Casa de Santos – Residência Médica, de Defensor Público da União e da Faculdade de Medicina de Ouro Preto. Foram constatados indícios de fraudes em outros concursos
Santa Casa de Santos
O vice-diretor clínico da Santa Casa de Santos, José Luiz Camargo Barbosa, negou qualquer envolvimento com as fraudes. “Acho que é impossível ter acesso às perguntas (das provas)”, afirmou.
Barbosa explicou que as provas para a seleção de médicos residentes acontecem no início de cada ano e são formuladas por um médico de “total confiança” da direção do hospital.
“Não sei por que a Santa Casa foi relacionada a essa operação”, disse ele. Barbosa destacou que em nenhum momento a direção do hospital foi procurada para prestar qualquer tipo de esclarecimento à PF. Atualmente, cerca de 50 médicos residentes atuam no hospital. Com informações de A Tribuna On-line
war vc sabe q a maioria daquele povo q é func publ ai embaixo nao t gabarito nem capacidade pra tal cargo… principalmente qdo esse povo começou a agir foi na epoca do Ilustre querccccciiaaaa eles pegaram mais pra frente foi bem antes isso tudo ja t nego aposentado ssrsrs
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