PF infla número de operações especiais
Atividades rotineiras passaram a ser contabilizadas em balanço do órgão
Em abril, Dilma usou números para comparar gestões de Lula e FHC; polícia diz que não tem intenção de manipular
RUBENS VALENTE
DE SÃO PAULO
Ao citar, em entrevistas concedidas em abril, os feitos da Polícia Federal na gestão Lula, no contexto de uma crítica ao governo FHC, a pré-candidata Dilma Rousseff (PT) informou o número de 1.012 “operações especiais” realizadas até aquele momento no período 2003-2010.
O mesmo número consta do site da PF. Contudo, levantamento feito pela Folha indica que o termo “operações” hoje serve para descrever atividades rotineiras do órgão, como fiscalização em áreas indígenas, blitz em empresas de segurança e até reforço no policiamento para o dia de eleições.
No governo Lula, a PF cresceu em pessoal (de 9.231 servidores, em 2002, para 14.295 em 2010) e investimentos (de R$ 141 milhões, em 2002, para R$ 227 milhões em 2009), alcançando repercussão inédita na história do órgão, com prisões em massa e acusações contra congressistas, juízes e ministros.
Mas, nos últimos anos, os balanços oficiais sobre as operações vêm sendo turbinados, de modo que as investigações aparecem em crescimento contínuo.
Atividades que todos os governos anteriores realizaram com certa frequência são agora contabilizadas como operações, com direito a nome próprio.
Entre 2008 e 2010, período em que a PF informa ter realizado 580 operações, a reportagem contou 94 casos (ou 16% do total) que entrariam facilmente na lista de atividades corriqueiras do órgão.
RINHA DE CANÁRIOS
Grande parte das operações hoje está relacionada à prisão de narcotraficantes -atividade historicamente desempenhada pela PF, mas de difícil comparação com os governos anteriores, que não divulgavam balanços sobre operações especiais.
Cada ação para destruir pés de maconha nas regiões Norte e Nordeste, atividade realizada desde, pelo menos, os anos 80, agora é contabilizada como uma operação. Em 2008, a PF contabilizou cinco casos do gênero.
Outras cinco foram o fechamento de rádios piratas. No balanço entraram lacres de garimpos ilegais e uma ação para “coibir construção de casas irregulares” em área de preservação.
Em 2009, o balanço da PF incluiu a prisão de um grupo que realizava rinhas de canários, a prisão de um agente penitenciário que inseria drogas num presídio e a interdição de um posto de combustíveis que vendia gasolina adulterada no Rio.
Neste ano, a PF conta fiscalizações sobre pescadores usando uma malha fora do tamanho permitido e sobre um depósito de curtume que guardava alimentação com prazo de validade vencido.
Outra prática comum nos balanços é contabilizar o desdobramento de uma operação já desencadeada como uma nova. Algumas receberam até cinco edições.
Operações desse gênero são, em geral, tentativas de prender novamente algum investigado que foi solto pela Justiça, ou de investir contra membros de uma mesma quadrilha já mapeada na operação anterior.

Há dois períodos da PF: antes e depois da prisão do megabandido Daniel Dantas.
Depois que Daniel Dantas foi preso por crimes financeiros em 2008 e ameaçado nomear políticos, desembargadores, juízes e jornalistas, a PF foi desmantelada e, hoje, não é nem sombra do que foi antes de Daniel Dantas “aDD”.
aDD, a PF relaizou uma série de prisões envolvendo gente da alta sociedade, metidas em fraudes, sonegações e crimes financeiros
Mas no pós Daniel Dantas “pDD”, com a destituição dos delegados Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda, a PF realmente deve realizar blitz em rinhas de galo, pois foi desfigurada pelo diretor geral da PF Luis Fernando Correa, substituiu Paulo Lacerda que foi mandado para Portugal, bem longe dessa gente “importante” do Brasil.
Tentou-se derrubar, também, o juiz de Direito Fausto De Sanctis , da 6ª Vara Federal, pois este condenou Dantas a 10 anos de prisão pelo crime de corrupção (tentar comprar um delegdo da PF). Com De Sanctis isso ainda não aconteceu.
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É, inflar ocorr~encia para criar volume acredito que não, tanto que na época em que EXTRAVIO DE RG e DOCUMENTOS tinha que ser registrado BO, as estatisticas de cassos NÃO CRIMINAIS, no BEM nº 08 saltava aos olhos, pois era quase que 10 vezes mais que o numero de ocorrências criminais. Após isso, determinou-se que EXTRAVIO DE DOCUMENTOS e RG eram para ser lavrados em DECLARAÇÕES firmadas pelos peóprios declarantes ….
Mas não tenhamos mente fraca …. relembrando, acho que HOUVE alguns casos de MAQUIAGEM de OCORRENCIAS, na CAPITAL e GRANDE SÃO PAULO, há uns 12 anos, quando os HOMICIDIOS DOLOSOS alguns eram registrados como MORTE A ESCLARECER …. MORTE SUSPEITA …. ENCONTRO DE CADÁVER ….etc….. isso alimentava o BEM nº 08, não como HOMICIDIO DOLOSO, mas como outros criminais que caíam na vala comum ….
É, essa é a POLICIAI CIVIL de SP.
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Caro Marcos Simões…
Bela observação. Não tinha reparado nisso…..
Pior…….
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Caro Pol…
Vc precisa dar uma palestra aqui por essas plagas…. Pois aqui Extravio é B.O……. Tem até no RDO esse titulo como não criminal……… Declaração assinada por aqui é novidade…….. Geralmente orientamos a fazer pela Net……
Com relação ao Boletim 8, o mesmo é uma comédia…… Não serve pra nada……..Totalmente desatualizado….
Vc entrega a estatistica e 2 dias depois estão perguntando quantos casos foram registrados……Uma comédia……..
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