OS PORÕES DA PRIVATARIA: A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República 12

2010/06/04 at 16:20 – CONVERSA FIADA ???

O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante mineiro o texto que serve de introdução ao livro “Os porões da privataria” de Amaury Ribeiro Jr., que será lançado logo depois da Copa, em capítulos, na internet.

Vai desembarcar na eleição.

É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na IstoÉ sobre a CPI do Banestado.

Não são documentos obtidos com espionagem – como quer fazer crer o PiG (*), na feroz defesa de Serra.

É o resultado de um trabalho minucioso, em cima de documentos oficiais e de fé pública.

Um dos documentos Amaury Ribeiro obteve depois de a Justiça lhe conceder “exceção da verdade”, num processo que Ricardo Sergio de Oliveira move contra ele. E perdeu.

O processo onde se encontram muitos documentos foi emcaminhado à Justiça pelo notável tucano Antero Paes e Barros e pelo relator da CPI do Banestado, o petista José Mentor.

Amaury mostra, pela primeira vez, a prova concreta de como, quanto e onde Ricardo Sergio recebeu pela privatização.

Num outro documento, aparece o ex-sócio de Serra e primo de Serra, Gregório Marin Preciado no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sergio.

As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que Amaury teve acesso. O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria.

Não foi a Dilma quem falou da empresa da filha do Serra com a irmã do Dantas. Foi o Conversa Afiada.
Que dedica a essa assunto – Serra com Dantas – uma especial atenção.

Leia a introdução ao livro que aloprou o Serra:

Os porões da privataria

Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.

Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …

Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.

A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.

(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)
Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).

O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.

A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.

O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.

O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.

Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.

Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.

Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.

De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.

Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…

Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.

(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.
(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/06/04/livro-desnuda-a-relacao-de-serra-com-dantas-e-por-isso-que-serra-se-aloprou/

Amaury Ribeiro Júnior é dono de três prêmios Esso, vencedor de quatro prêmios Vladimir Herzog, membro do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, foi repórter especial do Globo e da Istoé 4

Amaury Ribeiro Júnior é baleado durante investigação, no entorno de Brasília

Publicado sexta-feira, 7 setembro, 2007 – 12:19 

Num bar, enquanto aguardava a chegada de uma fonte, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, do Estado de Minas, foi baleado por um garoto de aparentemente 18 anos de idade. Amaury investigava homicídios ligados ao narcotráfico no Entorno de Brasília.

Na tarde de quarta-feira (19), o jornalista estava num bar na cidade de Ocidental (GO), a 45 km de Brasília. Segundo testemunha presente no local que não quis se identificar, um garoto de boné, bermuda e chinelo, usando um casaco azul, entrou com uma arma em punho, apontando para o jornalista. Amaury pulou em cima do garoto e os dois rolaram no chão. O garoto disparou e a bala atingiu a barriga de Amaury. O garoto levantou, deu mais um tiro na direção de Amaury — que não o atingiu — e fugiu.

O jornalista foi consciente até o hospital. De acordo com colegas do Correio Braziliense, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi para o Hospital Regional do Gama, onde Amaury está internado. Ele passa bem, está consciente e não corre risco de vida.

A primeira reportagem — dia quatro de setembro — sobre o assassinado de duas adolescentes chamou a atenção do jornalista, que decidiu investigar o caso. Amaury descobriu uma verdadeira guerra civil dominada pelo tráfico. Desde o início do ano foram mais de 40 menores de idade mortos. O jornalista Morilo Carvalho participava da cobertura e no mesmo dia sofreu ameaças feitas por telefone.

Aos 44 anos, Amaury é dono de três prêmios Esso, vencedor de quatro prêmios Vladimir Herzog, membro do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), um dos fundadores da Abraji e pai de dois filhos. Com mais de 20 anos de jornalismo, foi repórter especial do Globo e da Istoé.

O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, amigo de Serra e FHC 6

Bancos

Saindo da sombra

O poderoso diretor do BB mexe com fundos
de pensão que fazem negócios com seu sócio

David Friedlander e Felipe Patury

Oliveira, diretor
do BB: amigos
influentes e
hábitos refinados
Foto: Luis Dantas  

O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, 52 anos, é um homem enigmático. É diretor da área externa do Banco do Brasil, responsável pelos negócios lá fora e por grandes clientes nacionais do banco. Não gosta de fotos, evita entrevistas e, sempre que pode, fica na sombra. É, também, um homem de hábitos refinados. Gosta de fumar charutos Romeo y Julieta, a fina flor da produção cubana, joga tênis e já foi visto num restaurante em Nova York, onde possui um apartamento, servindo-se de uma garrafa de vinho de 5.000 dólares. Fala inglês e francês com fluência. Casado há 26 anos, sem filhos, ele também gosta de cultivar amizades influentes. Entrou para o círculo dos tucanos pelas mãos do ministro Clóvis Carvalho, da Casa Civil, acabou indicado para o cargo pelo ministro José Serra, da Saúde, e tornou-se o único diretor do Banco do Brasil com quem o presidente Fernando Henrique Cardoso faz contatos ocasionais. Além de Oliveira, apenas o presidente do banco, Paulo César Ximenes, tem direito a essa deferência de FHC.

De umas semanas para cá, sua vida começou a sair das sombras. Ele comandou a entrada dos fundos de pensão no consórcio Telemar, que arrematou as empresas de telecomunicações do Rio de Janeiro ao Amazonas. Aí, descobriu-se que Ricardo Sérgio de Oliveira tem uma influência notável na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que, de tão poderoso, costuma arrastar atrás de si os demais fundos. Agora, descobriu-se que sua influência nos fundos, que, juntos, movimentam a cifra espetacular de 80 bilhões de reais, anda próxima dos seus negócios privados. Um exemplo. José Stefanes Ferreira Gringo, dono da construtora Ricci Engenharia, está concluindo um prédio em São Paulo, de 30 milhões de reais. Para vendê-lo, Gringo pediu a uma corretora de São Paulo, a RMC, que formasse um pool de compradores. A RMC cumpriu sua missão: formou um pool no qual estão nada menos que treze fundos de pensão. O problema da transação é que Gringo é sócio de Ricardo Sérgio de Oliveira na RMC. E Ricardo Sérgio de Oliveira, como se sabe, tem a palavra final nos negócios dos fundos de pensão.

A cronologia da venda pode dar a impressão de que Oliveira usou sua influência para convencer os fundos a comprar um prédio de um sócio seu. Não há evidência indicando que o diretor teve uma atuação clandestina, mas chama a atenção que esse não seja o único negócio do gênero. Agora, a mesma Ricci Engenharia acaba de aprontar a planta de quatro torres de edifícios comerciais em São Paulo, com um investimento de 150 milhões de reais. O projeto ainda não saiu do papel, depende de trâmites burocráticos, mas já tem um comprador garantido. A Previ decidiu, falta apenas assinar a papelada, ficar com dois dos quatro prédios, entrando com 70 milhões de reais. É a mesma genealogia. Ricardo Sérgio de Oliveira dá o tom dos negócios da Previ, e a Previ acaba fazendo negócios com seu amigo e sócio José Gringo. “Vamos ficar com dois prédios porque é um bom negócio”, diz o presidente da Previ, Jair Bilachi. “Não houve nenhum tipo de pressão”, completa ele.

O prédio de 30
milhões de reais:
treze fundos
  Foto: Egberto Nogueira

Gargalhadas — O triângulo financeiro pode ser apenas coincidência, mas ele só existe como produto de um desvio de função. Ricardo Sérgio de Oliveira é diretor da área internacional e, por rigor funcional, não tem nenhuma relação com o fundo de pensão do Banco do Brasil. É natural que os funcionários do banco, do presidente ao contínuo de agência, se preocupem com os rumos da Previ, que mais tarde irá afiançar suas aposentadorias. Mas nem isso acontece no caso de Oliveira. Ele não é funcionário de carreira do BB. Trabalhou dezessete anos no Crefisul, então sócio do Citibank, e chegou a vice-presidente de investimentos do Citi em Nova York, de 1980 a 1982. Em 1988, deixou o Crefisul e montou duas empresas, uma delas a corretora RMC. Só em 1995 foi convidado a trabalhar no Banco do Brasil. Ao chegar, logo se interessou pela Previ. Já promoveu reuniões de negócios entre a Previ e empresários. Para cravar sua influência, indicou um funcionário de sua confiança para ocupar a principal diretoria do fundo, a de investimentos. É João Bosco Madeiro, seu ex-chefe de gabinete no banco.

A intimidade de Ricardo Sérgio de Oliveira com os fundos começou assim que chegou ao governo, mas até agora não se sabia que os fundos estavam cruzando com negócios dos seus sócios. Sua atuação ficou mais clara na privatização da Telebrás, quando ajudou a formar o consórcio Telemar. A venda foi um abacaxi, pois o consórcio não tinha dinheiro para pagar a entrada, e deixou a impressão de que a atuação do diretor do banco teria irritado o ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros. Puro engano. Oliveira formou o consórcio a pedido do próprio governo, que queria pôr mais concorrentes no leilão com o legítimo interesse de subir o preço. Na semana passada, Oliveira e Mendonça foram vistos almoçando no restaurante Laurent, em São Paulo, e deram gostosas gargalhadas de uma notinha de jornal. “Não convidem para a mesma mesa Mendonça de Barros e Ricardo Sérgio”, dizia a notinha. Amigos, eles se conheceram há uns trinta anos, atuando no mercado financeiro, origem de ambos. “Eu não vou ficar irritado com um amigo meu”, diz o ministro. “Mas quem é amigo dele mesmo é o Serra e o Clóvis.”

A tarefa de reunir os fundos para participar da privatização não é uma novidade na vida de Ricardo Sérgio de Oliveira. Ele fez o mesmo tipo de operação na privatização da Vale do Rio Doce, em maio do ano passado. A diferença é que, na época, sua atuação no caso da Vale não apareceu em público. O governo pode ter todo o interesse em manter um funcionário hábil e competente para reunir fundos de pensão nas privatizações, com o objetivo de aumentar o preço e valorizar seu patrimônio. As coisas só começam a ficar nebulosas quando o funcionário também articula a potência financeira dos fundos para fazer negócios com seus sócios. Na semana passada, Ricardo Sérgio de Oliveira conversou com VEJA sobre o assunto. Falou de sua vida pessoal e suas funções no banco. Mas, antes que o assunto entrasse nos seus negócios privados, o diretor pediu para entrar em contato mais tarde com a revista. Até a noite de sexta-feira, o contato não voltou a ser estabelecido.

http://veja.abril.com.br/190898/p_048.html

“Estão querendo transformar o Serra, que é vítima de uma política nefasta, em réu”, afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. 5

PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

PT leva Serra à Justiça por acusar Dilma por dossiê

PSDB reage e afirma que adversários tentam transformar a vítima em réu

Petistas dizem que, se Serra reafirmar a frase de que petista está por trás de dossiê contra tucano, vão processá-lo

NANCY DUTRA

NOELI MENEZES

DE BRASÍLIA

 

O PT anunciou ontem que irá interpelar na Justiça o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, para que confirme a declaração que atribuiu à concorrente petista, Dilma Rousseff, a responsabilidade pela confecção de um dossiê contra tucanos.

Caso reafirme, será processado por danos morais, afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

A campanha tucana reagiu ao anúncio e classificou a iniciativa petista de tentativa de tirar o foco de Dilma, que deveria explicar “quem fez o dossiê, como fez e com qual objetivo e dinheiro”.

“Estão querendo transformar o Serra, que é vítima de uma política nefasta, em réu”, afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

A decisão de interpelar (intimar a dar esclarecimentos) o tucano foi tomada em reunião na manhã de ontem entre Dutra e o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo. Ambos negam que o partido tenha investigado Serra.

“Um candidato à Presidência não pode ficar fazendo acusações ao léu. Se Serra reafirmar o que disse, entraremos com uma ação por danos morais. Ele terá de provar o que falou. Essa declaração é uma lesão à imagem de Dilma”, disse Cardozo.

 

“TRAPALHADA”

Para Sérgio Guerra, a interpelação representa “o cúmulo da inversão ética”.

“Quem deve alguma explicação a respeito dessa fábrica de dossiês é o PT e a campanha de Dilma. Se ela não manifesta repúdio ao que foi feito, não manda embora nem entrega os malfeitores, assume a responsabilidade por mais essa trapalhada.”

O tucano disse que conversou com Serra, que não demonstrou preocupação. Dilma passou o dia em Brasília, sem dar declarações.

Na interpelação, Serra poderá optar entre confirmar a acusação contra Dilma ou manter-se calado.

No final de semana, a “Veja” divulgou que uma equipe dentro da campanha da ex-ministra articulou a montagem de um “grupo de inteligência” para confeccionar dossiês contra adversários.

O grupo de arapongas teria obtido pelo menos dois conjuntos de papéis, aos quais a Folha teve acesso.

Mas a estratégia, atribuída pelo PT ao jornalista e consultor Luiz Lanzetta, não teria sido concluída por reação de outra ala do partido, segundo relato da revista.

A polêmica em torno do dossiê foi impulsionada anteontem quando o próprio Serra comentou o episódio. “A principal responsabilidade desse dossiê é da candidata Dilma. Não tenho dúvidas”, afirmou o tucano.

A petista rebateu. “Não vou ficar batendo boca, mas isso é uma falsidade.”

Segundo Jutahy Magalhães, um dos coordenadores da campanha tucana, Serra se baseou em informações da imprensa, que tem sido “alimentada por depoimentos dos integrantes da campanha de Dilma”.

“Pelo jeito, Dilma vai continuar fazendo o que sempre fez. Negar. Negar é o hábito dela. Deveria vir a público se desculpar”, disse o tucano.

DEIC – O DEPARTAMENTO OUTRORA PROPRIEDADE PRIVADA DE DELEGADOS DONOS EMPRESAS DE SEGURANÇA BANCÁRIA, COMERCIAL E INDUSTRIAL, FOI EMPREGADO COMO INSTRUMENTO POLÍTICO PARA CONTROLE SOCIAL DO DIREITO DE INFORMAÇÃO SOBRE DESVIOS NA SEGURANÇA PÚBLICA 29

https://flitparalisante.wordpress.com/2010/02/27/tratamento-dispensado-pelo-promotor-flit-paralisante-de-autoria-do-delegado-de-policia-roberto-conde-guerra-a-autoridade-do-deic-de-ma-fe-em-nenhum-paragrafo-do-seu-enredo-mal-elaborado-em-1/

O DELEGADO JOSÉ MARIANO DE ARAÚJO FILHO se diz um profissional esforçado e talentoso que sofre represálias por parte de certos colegas invejosos, principalmente por sua capacidade intelectual, ainda mais quando o agressor percebe que jamais terá condições intelectuais para suplantá-lo…É TAMBÉM A PERSONIFICAÇÃO DA MODÉSTIA! 43

FLIT PARALISANTE É UM BLOG COR-DE-ROSA : PERVERTIDO, INSIGNIFICANTE E TORPE

Leiam o artigo do doutor Mariano no Blog CyberCrimes

  Bullying: covardia de alguns; Cyberbullying: torpeza de muitos.

Profissionais esforçados e talentosos geralmente sofrem represálias por parte de certos colegas invejosos, principalmente por sua capacidade intelectual, ainda mais quando o agressor percebe que jamais terá condições intelectuais para suplantá-lo.
É fato que muitos destes ataques são o desejo explícito de mentes criminosas ou pervertidas de fazerem valer seus torpes argumentos sobre situações que lhe são incomodas, na maioria das vezes favoráveis a demonstrarem sua insignificância e torpeza.
E os comportamentos agressivos têm sua origem na infância desses criminosos desajustados, sendo comum violência doméstica e até mesmo violência sexual, notadamente em agressores do sexo masculino.
Os “bullies” usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. ( sic ) 

http://mariano.delegadodepolicia.com/bullying-covardia-de-alguns-cyberbullying-torpeza-de-muitos/

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Verdadeiramente, os bullies são covardes e torpes.

São muito semelhantes a pervertidos policiais, os violentos, os arbitrários, depravados que empregam a máquina policial e a parcela de poder que o Estado lhes emprestou com objetivos sempre criminosos, exemplos comuns, rotineiramente,  submetidos ao Poder Judiciário:

1. Encobrir os próprios crimes, imputando autoria a subordinados não aliados; forjando flagrantes com intrujamento de drogas, objetos e armas de origem ilícita;

2. Extorquir favores sexuais de pessoas  investigadas,  presas ou de humildes  funcionários,  abusando da condição de detentor de poder;

3. Praticar ou determinar a execução de tortura contra mulheres por satisfação sádica; estupro, inclusive;  

4. Produzir, usando da peculiar intelectualidade, falsas imputações de crimes, mediante obtenção de provas por meios ilícitos, valendo-se do concurso de subordinados para extorquir dinheiro do investigado (vítima);

5. Fraudar procedimentos licitatórios com a finalidade de desviar dinheiro público; mediante formação de quadrilha;

6. Instaurar inquéritos policiais, sem atribuição , por vezes  ao arrepio do art. 5º do Decreto nº 47.236 – 2002, com o objetivo de obter – mediante fraudulenta omissão de informes às autoridades competentes  – mandado judicial em prejuízo alheio; com a finalidade de satisfazer interesse próprio e  terceiros de posição hierárquica superior;

7. Valer-se da estrutura da Polícia para obtenção de honorários por prestação de serviços de interesse privado, por exemplo: gratificações de Bancos e grandes empresas comerciais; 

Os depravados policiais  quando desmistificados adotam idêntico RECURSO, ou seja, VINGANÇA contra quem os alcançou por atos de ofício.

Também são destrutivos por inveja de colegas de profissão; inveja  despertada pelo  esforço, brilho profissional e intelectualidade superior  alheios.

Por tais motivos, inveja e vingança,  o doutor JOSÉ MARIANO DE ARAÚJO FILHO  foi vítima de processos criminais e administrativos forjados por perversos e covardes inimigos.

Com efeito,  um  bullie,  terrorista virtual,  violento cibernético, ou seja lá qual a melhor denominação, não obstante alguma semelhança com policiais pervertidos,   é uma rosa cor-de-rosa, comparativamente  ao depravado que emprega o poder estatal para fins criminosos.