ENTREVISTA DILMA ROUSSEFF NO “DATENA”…QUEM VIU COM ATENÇÃO PODE AFIRMAR QUE SEM FORTE TRABALHO DA MILITÂNCIA “JOSÉ SERRA” NÃO GANHA 84

Dilma rebate Serra e diz que Rodoanel faz parte do PAC

Em visita a Minas na segunda-feira, pré-candidato tucano disse que programa vitrine do governo Lula é ‘lista de obras’

21 de abril de 2010 | 18h 57

André Mascarenhas, do estadão.com.br

SÃO PAULO – Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena nesta quarta-feira, 21, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu críticas do pré-candidato do PSDB, José Serra, ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O Rodoanel faz parte do PAC. Paraisópolis, Heliópolis, tudo fez parte do PAC. Como que o PAC não existe?”, disse a ex-ministra da Casa Civil. Em visita a Minas na segunda-feira, 19, Serra disse que o PAC é uma “lista de obras”.  ( ELA DISSE QUE AS OBRAS EM QUESTÃO SÃO RESULTADOS DE PARCERIAS ENTRE O ESTADO E A UNIÃO…DISSE QUE SÃO OBRAS DO GOVERNO ESTADUAL DE QUEM O GOVERNO FEDERAL FOI UM GRANDE PARCEIRO ,  MAS QUE AS  VERBAS REPASSADAS FAZEM PARTE DO PLANO DE ACELERAÇÃO DE CRESCIMENTO)

Pressionada por Datena, que perguntou se o PAC não saiu do papel, Dilma manteve a mesma postura. “Pois é, mas tá aí as obras na Billings-Guarapiranga, no Rodoanel, Heliópolis, Paraisópolis”. ( ELA QUIS DIZER QUE O  “PAC” NÃO FAZ AS OBRAS, ANTES FOMENTA POR MEIO DE RECURSOS E MEDIDAS COMO FINANCIAMENTOS SUBSIDIADOS

Datena procurou pontuar a primeira parte da entrevista, que durou praticamente todo o programa Brasil Urgente, com perguntas sobre o nível da campanha. Lembrou das recentes trocas de farpas entre Dilma e Serra e perguntou o que a ministra quis dizer quando chamou o tucano de “biruta de aeroporto”.

“Por sete anos eles fizeram oposição a nós e criticaram nossas propostas. Não é possível que o povo acredite que quem tanto nos criticou seja à favor dos nosso programas”, respondeu a petista. Ciente da boa avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do potencial eleitoral das políticas sociais como o Bolsa Família, Serra usa o discurso de que manterá essas iniciativas.

“Nós temos um compromisso com o Bolsa Família. Nós temos compromisso com a geração de empregos”, reforçou a ex-ministra, ao argumentar que estaria mais credenciada para dar seguimento a essas políticas. ( O DATENA PERGUNTOU-LHE OS 10 MOTIVOS PELOS QUAIS ELA NÃO VOTARIA EM JOSÉ SERRA, ELA RESPONDEU QUE NÃO VOTARIA EM RAZÃO DE ELE POSSUIR UM PROJETO POLÍTICO DIVERSO…UM PROJETO QUE MANTEVE O  BRASIL PRISIONEIRO AO FMI…UM PROJETO QUE NÃO PRIORIZA AS QUESTÕES SOCIAS )

Pesquisa

Dilma também usou uma ironia ( MENTIRA, ELA NÃO IRONIZOU ) para comentar a pesquisa Ibope/Diário do Comércio divulgada nesta quarta-feira, que coloca Serra sete pontos a sua frente nas intenções de votos. “Eu não vou brigar com o instituto”, diz Dilma, em referência aos ataques do PSDB ao instituto Sensus, que apontou empate entre Serra e Dilma em seu último levantamento. “Eu to saindo lá debaixo e agora já estou aqui”, disse ela, para completar: “Acredito que a pesquisa é uma referência, mas ela não serve pra dizer como vão ser a coisas daqui pra frente.”

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A ” Ministra” , sem truques retóricos, cativará com facilidade o eleitorado.

O Estadão,  acima,  faz uma leitura mentirosa acerca da despojada entrevista.

O  PSDB que se cuide!

O SENHOR SABE QUEM EU SOU? NÃO SABE? SOU DESEMBARGADORA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA! 11

“Sabe quem eu sou? Sou desembargadora!”, diz mulher que deu carteirada em blitz

da Reportagem Local

20/04/2010

20h09

Desembargadora de SC tenta “dar carteirada” em blitz

JEAN-PHILIP STRUCK
da Agência Folha

Uma desembargadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina bateu boca com policiais para tentar evitar a apreensão de um veículo conduzido pelo filho. O caso ocorreu durante uma blitz na quinta-feira (15), em Florianópolis. Um dos policiais registrou a discussão em vídeo com um celular.

“Sabe quem eu sou? Sou desembargadora!”, diz mulher

Segundo a PM, logo depois de ser parado numa blitz e sido informado que o carro, um Celta, seria apreendido por estar com multas vencidas, o filho da desembargadora do TJ Rejane Andersen teria ligado para a mãe. Ela chegou 15 minutos depois e, de acordo com a PM, teria interferido para que o carro não fosse apreendido.

No registro do celular de um dos PMs, a desembargadora, depois de gritar com os policiais, cita o cargo que ocupa no TJ.

“O senhor sabe quem eu sou?”, questiona a desembargadora para um dos PMs.

“Não”, responde um policial.

“Não sabe? Sou desembargadora do Tribunal de Justiça”.

Que bom. A senhora deveria dar um exemplo melhor”, diz o policial.

De acordo com a PM, as multas do carro foram pagas na sexta-feira e o carro liberado. Em nota enviada à Folha, a AMC (Associação dos Magistrados Catarinenses), entidade que representa os juízes e desembargadores de Santa Catarina, defendeu a desembargadora e informou que o vídeo “omite as provocações e ameaças feitas pelos policiais militares”.

De acordo com a AMC, “não houve abuso de autoridade por parte da magistrada. O que houve foi a exigência, por parte da desembargadora, de respeito a sua condição de magistrada e cidadã”.

A reportagem também tentou falar com a desembargadora, mas não conseguiu

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u723811.shtml 

Série de homicídios fecha lojas e esvazia ruas do Guarujá…Crimes, segundo a polícia, seriam uma retaliação do PCC pela morte de membro da facção criminosa e pela prisão de outros nove há 20 dias 8

São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

Série de homicídios fecha lojas e esvazia ruas do Guarujá
Em três dias, PM e cinco pessoas foram assassinadas na cidade; outras duas foram baleadas

Crimes, segundo a polícia, seriam uma retaliação do PCC pela morte de membro da facção criminosa e pela prisão de outros nove há 20 dias

AFONSO BENITES
MOACYR LOPES JUNIOR
ENVIADOS ESPECIAIS AO GUARUJÁ

Uma série de assassinatos ocorridos nos últimos três dias no Guarujá deixou os moradores da cidade do litoral paulista apavorados a ponto de, anteontem, comerciantes fecharem suas portas e escolas dispensarem alunos durante as aulas.
De domingo até ontem, seis pessoas foram assassinadas e outras duas baleadas nas ruas da cidade -para se ter uma ideia da atual onda de violência, em todo o ano passado 53 pessoas foram vítimas de homicídio no Guarujá, ou seja, menos de cinco mortos por mês.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é que os assassinatos sejam uma vingança da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à morte de um de seus membros e à prisão de outros nove há 20 dias, num confronto com a polícia -os criminosos eram da capital e foram flagrados com farto armamento.
Entre as vítimas da série de assassinatos posteriores estão um policial militar, um parente de um PM e um mecânico que consertava carros da polícia civil local. A primeira vítima, o PM Paulo Rafael Pires, 27, foi assassinada com dez tiros de fuzil e pistola disparados por ao menos duas pessoas no bairro de Vicente de Carvalho.
Houve outras três mortes no domingo, uma na segunda e uma ontem. A última vítima, um comerciante de 31 anos, foi morta por motoqueiros com quatro tiros a cem metros de uma delegacia. Os homicídios ocorreram no mesmo bairro.
“Muitos dos que morreram tinham alguma relação com a polícia. Por isso, não acho que seja um grupo de extermínio, e sim uma reação do PCC”, afirma o delegado titular do 2º DP local, Josias Teixeira de Souza.
Na noite de anteontem, comerciantes e moradores de outros bairros, após boatos sobre um toque de recolher determinado pelos bandidos, resolveram se recolher.
Escolas de ensino médio e universidades, como a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), no bairro Enseada (a cerca de 13 km do bairro onde ocorreram os crimes), suspenderam suas aulas à noite. Lojas encerraram suas atividades mais cedo. Um dos maiores supermercados de Vicente de Carvalho fechou suas portas às 20h30.
“Virou um faroeste, ninguém veio aqui e mandou a gente fechar a porta, mas ficamos com medo”, disse uma funcionária.
O clima local, em especial em Vicente de Carvalho, lembrou, em proporção menor, os ataques do PCC há cinco anos.
A polícia diz que o toque de recolher não passou de um boato que acabou atingindo toda a cidade, de 300 mil habitantes. Ao menos 50 homens da Rota foram deslocados para o Guarujá. Um rapaz de 19 anos foi detido porque, segundo a PM, estaria divulgando o toque de recolher. A família do jovem diz que ele tem problemas mentais e que só reproduzia o boato.

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“””” Enquanto isso policiais que deveriam fazer investigação ficam fazendo arrecadação e o governador em vez de exigir uma resposta a altura do problema manda a ROTA pra fazer uma “operação visibilidade”, ou seja, medida urgente, mas não para resolver o problema e sim para evitar uma perda de votos devido a INSEGURANÇA PÚBLICA, passa a impressão ao público- povo- que a ROTA resolve, não resolve porra nehuma, apenas mascara a situação, mesmo porque isto não está acontecento só no Guarujá, mas sim EM TODO O ESTADO DE SÃO PAULO, então a solução é colocar dezenas de viaturas da rota em todos os municípios???????? 24h por dia?????? ou fazer uma polítca de segurança pública séria, responsável e principalmente uma política de segurança de Estado e não de governo (pra campanha). A PF que se cuide “se der serra eles se ferra”. ( por AK 47 )

Moradores de Cotia, que não quiseram se identificar, afirmaram que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) está preparando um ataque na região. 6

Policial é morto em atentado em posto na Grande São Paulo
Dois guardas-civis ficaram feridos no ataque, feito por grupo em carros e motos; polícia suspeita de retaliação

DO “AGORA”

O policial militar Kleberson Toledo foi morto a tiros na noite de anteontem em um posto de gasolina em Cotia (Grande São Paulo). Segundo a polícia, ele estava de folga, à paisana e sem colete à prova de balas.
Toledo havia entrado no local para abastecer seu carro e parou para cumprimentar dois guardas-civis. Às 20h05, um Fiat Strada prata entrou no posto de gasolina levando na caçamba pelo menos três homens armados, que atiraram contra os agentes de segurança.
A Polícia Civil disse que, ao todo, de cinco a oito pessoas atiraram com armas pesadas, incluindo uma metralhadora. Além do Fiat, eles usaram um Palio preto e duas motos.
O PM e os guardas-civis reagiram e houve tiroteio. Toledo foi baleado na cabeça e no peito e morreu no local. Os guardas-civis foram atingidos nas pernas e não correm risco de morte. Os carros usados no crime foram encontrados pela PM e, com eles, um zelador de 49 anos, que confessou ter participado da ação e foi preso.
Outro suspeito, Sérgio Nascimento Freitas, 24, reagiu à abordagem da polícia e foi morto em tiroteio. Com os veículos, foram achados um revólver, balas de diversos calibres e um carregador de metralhadora.
A polícia suspeita que o ataque tenha sido uma retaliação à prisão de quatro supostos traficantes, efetuada na última sexta-feira. “Ataques gratuitos costumam ser protestos em relação a algo”, disse o delegado José Aparecido Sanches Severo. Ele diz que a polícia efetuou 15 flagrantes por tráfico de entorpecentes desde janeiro.
Moradores de Cotia, que não quiseram se identificar, afirmaram que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) está preparando um ataque na região.
A polícia negou os rumores. “Ainda estamos investigando as motivações do crime”, acrescentou o delegado. Ele disse ainda que nem o policial morto nem os guardas-civis atingidos participaram de operações contra supostos traficantes nos últimos meses.

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“””Quantas viaturas da ROTA vão mandar pra lá?????””

“” e para proteger os coordenadores da fundação casa(febem), quantas rotas?? haja rota, aja, já, j “”,( AK 47 )

KD O MEU J, SÓ TEM J PROS POLÍTICAMENTE CORRETOS????

Série de homicídios assusta moradores do Guarujá 2

21/04/2010 07h37 – Atualizado em 21/04/2010 09h35

Série de homicídios assusta moradores do Guarujá

Desde domingo, foram sete mortes na cidade do litoral paulista.
Lojas fecharam mais cedo com medo de um suposto toque de recolher.

Do Bom Dia São Paulo

Uma onda de violência assusta os moradores de Guarujá, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Desde domingo (18), foram sete homicídios. Na terça-feira (20), lojas fecharam mais cedo e pais foram buscar os filhos nas escolas, com medo de um suposto toque de recolher.

A polícia nega que tenha havido um toque de recolher. O que houve, segundo a polícia, foi um boato que aumentou ainda mais a sensação de insegurança na cidade.

A onda de mortes começou depois que um policial militar que estava de folga foi morto com tiros de fuzil, no domingo. O último homicídio aconteceu na terça, quando um comerciante do distrito de Vicente de Carvalho, que estava em frente a um banco, foi executado por motoqueiros.

As secretarias municipal e estadual de Educação negam que tenham liberado os alunos mais cedo na terça-feira. As aulas estão mantidas para o restante da semana.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/04/serie-de-homicidios-assusta-moradores-do-guaruja.html

CERTO DELEGADO DIRETOR – E RESPECTIVA CAMARILHA – DURANTE DEZOITO MESES FEZ USO DE VEÍCULO DESCARACTERIZADO PARA DIRIGIR CERCA DE 200 Km POR DIA…NEM SEQUER PEDÁGIO PAGAVA 16

publicado em 20/04/2010 às 09h57:

Investigador da polícia é suspeito de usar viatura
e carro apreendido para fins particulares em SP

Funcionário da polícia dirigia todos os dias por 32 km de sua casa até o trabalho

Do R7, com São Paulo no Ar
Um investigador da Polícia Civil é suspeito de usar uma viatura e um carro apreendido para se locomover de sua casa, na zona norte da cidade, até o local trabalho, em São Miguel Paulista, região leste de São Paulo, percorrendo cerca de 32 km diariamente.Um dos veículos é um Gol branco que pertence à Polícia Civil e tem o combustível pago com dinheiro público. O outro é um Escort vermelho que foi apreendido no pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e retirado pelo investigador para uso próprio.

Câmeras flagraram o carro apreendido estacionado na frente da casa do policial também em dias de folga. O Detran reconheceu o veículo como propriedade de uma seguradora, com dívidas de R$ 9.551,59 com município de São Paulo e R$ 932,80 com o DER (Departamento de Estradas e Rodagem).

Após saber do flagrante, o delegado geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, mandou apreender os carros. O policial será ouvido pela corregedoria na tarde desta terça-feira (20).

Assista ao vídeo:

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/investigador-da-policia-e-suspeito-de-usar-viatura-e-carro-apreendido-para-fins-particulares-em-sp-20100420.html

A LÓGICA DA PRODUÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE PERSONALIDADES: “EXTORSÃO”

Artistas, na mira da polícia até 15 anos após fim da ditadura

Recém-abertos, os arquivos mostram que Zé Celso, Ruth Escobar e Fernanda Montenegro foram espionados

20 de abril de 2010

Jotabê Medeiros, de O Estado de S. Paulo

José Patrício/AE

José Patrício/AE

Documentos comprovam que agentes xeretavam vida de ‘perigosos’ artistas

SÃO PAULO –  Em algum lugar no centro de São Paulo, mesmo após a abertura política e a extinção de órgãos de repressão no País, uma repartição misteriosa continuou atuando clandestinamente durante mais de 15 anos. Batizada eufemisticamente de Departamento de Comunicação Social (DCS) da Polícia Civil, dedicou-se a produzir dossiês sobre os movimentos de indivíduos tidos como “subversivos e perigosos”. Esses “arapongas” fotografavam, liam jornais, recortavam notícias, assistiam palestras e seguiam os passos de cidadãos de destaque, muitos da área artística.

Entre os “perigosos”, gente do teatro como José Celso Martinez Correa, Fernanda Montenegro, Ruth Escobar, Plínio Marcos, César Vieira; das artes visuais, como Marcello Nitsche e Mauricio Segall; da música, como Geraldo Vandré e Walter Franco, entre dezenas de outros. “Eles me vigiaram dos 16 anos, quando estudava no Colégio Bandeirantes, até os 70 anos. Isso é dinheiro do contribuinte. É uma loucura!”, espantou-se o advogado Idibal Pivetta, defensor de pessoas perseguidas pela ditadura e que usa o codinome artístico de César Vieira (ele é fundador do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo).

Os relatórios do sombrios, misteriosos e anônimos arapongas do DCS – órfãos da polícia política – foram armazenados durante anos em armários de ferros e desde a semana passada estão disponíveis para consulta no Arquivo Público do Estado de São Paulo. A reportagem do Estado foi checar seu conteúdo.

Fernanda Montenegro foi vigiada de perto durante a grande manifestação pelas Diretas Já!, em 25 de janeiro de 1984. Ruth Escobar tem oito pastas de recortes e prontuários, e coleciona, entre outras acusações, a de “incitar a discórdia entre civis e militares” após a abertura política. Em 1983, Gianfrancesco Guarnieri voltou a ser objeto de atenção dos arapongas por ter ajudado a fundar o Alicerce Juventude Socialista.

Entre as atitudes “suspeitas” de Maurício Segall estava a participação em seminários pelo centenário de Karl Marx, em 1983. “Foi o orador principal, dizendo que estamos vivendo um momento crítico, sem democracia, etc…”. Plínio Marcos estava sendo acompanhado de perto quando participou de um debate sobre política na Folha de S. Paulo, em 1984. Em 1984, o ministro da Justiça Ibrahim Abi-Ackel acusou artistas como Regina Duarte, Irene Ravache, Fernanda Montenegro e outros de terem recebido cachês do PMDB para lutar pelas Diretas. Os artistas processaram Abi-Ackel e, em troca, tiveram novas fichas abertas no DCS em seus nomes.

Mas o monitoramento mais patético é o que teve como objeto de atenção o ator de cinema pornô Alexandre Frota, que teve uma ficha aberta no DCS após um quebra-pau numa boate, em 1993. “Você não consegue entender a lógica. Não sabe se é um vício, uma rotina, ou se eles veem inimigos onde ninguém mais vê”, disse Carlos Bacellar, coordenador do Arquivo Público de São Paulo.

José Celso Martinez Correa teve um araponga no seu encalço quando, em 1986, foi cobrar do então deputado Paulo Maluf cheque de R$ 20 milhões que o político tinha prometido para a reforma do Teatro Oficina. Logo após, Martinez foi investigado por ter pedido esclarecimentos sobre a morte do seu irmão, Luiz Antonio, em 1987. Zé Celso considerava que tinha sido crime político, cometido por grupo parapolicial.

Certa vez, o DCS atribuiu à atriz, diretora e produtora Ruth Escobar a autoria de um certo Manual de Direitos. A respeito, o araponga escreveu: “Arquitetado por figuras de reconhecida representatividade ideológica, entre os quais já se tornou comum encontrar a nominada (Ruth)”. Raul Cortez foi debater democracia e foi considerado “perigoso” pela arapongagem, que destacou “61 personagens na reportagem, entre eles o nominado (Cortez)”.

“Eu tinha noção de que tinha sido monitorado, digamos assim, até o final da década de 1970. Depois da anistia me despreocupei totalmente”, disse Celso Frateschi, ator e ex-secretário de Cultura de São Paulo. “É ilegal, além de ser invasão de privacidade sem sentido.” Frateschi considerou irônico saber dessa arapongagem justamente quando estava prestes a estrear O Grande Inquisidor, de Dostoiévski, na semana passada. “É o texto que antecede 1984 (George Orwell) e Fahrenheit 451 (Ray Bradbury), todas as obras sobre o Big Brother, o grande espião da vida alheia”, diverte-se.

Após a eleição de Franco Montoro, pouco antes de sua posse, em 1983, os arquivos do DCS foram transferidos para a Polícia Federal. “Houve na cúpula do Dops um certo medo sobre o destino desse acervo”, conta Carlos Bacellar. Ao mesmo tempo, a transferência era irregular, já que arquivos estaduais não podem passar ao controle federal. Ficaram ali até o governo Covas, que ao saber de sua existência mandou que lacrassem o material e o enviassem para o Arquivo do Estado. Mas o tratamento do material só foi iniciado em 2007 e concluído na semana passada.

Idibal Pivetta/César Vieira, que ficou três meses preso durante a ditadura, já tinha recorrido à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para obter informações sobre suas fichas. “Eles são sumamente organizados, colocam até coisa que você nunca fez. Por exemplo: diziam que, em 1933, eu fundara a célula do Partido Comunista em Santo André. Mas eu tinha 2 anos na época, não sou tão precoce assim.”

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Extorsão em sentido amplo: dinheiro, favores e até apoio político.

SANGUE DE POLÍCIA: NOSSOS SENTIMENTOS AOS FAMILIARES, AMIGOS E COMPANHEIROS DO NOSSO ESTIMADO ANTONIO CARLOS VIEIRA NETO 9

Terça-feira, 20 de abril de 2010 – 20h42

Sorocaba

Policial é morto durante abordagem no interior de SP

 

Agência Estado

O investigador da Polícia Civil Antonio Carlos Vieira Neto, de 42 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante abordagem a dois suspeitos nesta tarde em Sorocaba, interior de São Paulo.

Ele seguia em um carro de polícia para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na companhia de outro policial civil quando viu dois homens pulando o alambrado da linha férrea administrada pela Ferroban, na região central da cidade. Neto pediu ao colega que parasse o carro e seguiu em direção à dupla. Antes que fizesse a abordagem, um dos homens sacou um revólver e disparou. Neto morreu na hora.

Os suspeitos saltaram para a linha e fugiram. O outro policial saiu em perseguição, mas não disparou porque havia transeuntes no local. A Polícia Militar usou um helicóptero na tentativa de localizar o atirador. Policiais civis e militares continuam as buscas.

A CIDADE MAIS VIOLENTA DO BRASIL NÃO MOSTRA A VERDADEIRA FACE 1

Números da criminalidade nas ruas de SP que a Secretaria não divulga

Veja os dados da violência registrados nas delegacias seccionais da cidade, separados por regiões

20 de abril de 2010 | 0h 01

Marcelo Godoy, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – Ao contrário de outras cidades, São Paulo não divulga dados sobre a criminalidade. Os dados do Infocrim – sistema de dados criminais da polícia – é conteúdo mantido em sigilo. A reportagem do Estado obteve os números com exclusividade. Na tabela abaixo, cada delegacia seccional representa uma região: 1ª, Região Central; 2ª, Zona Sul; 3ª, Zona Oeste; 4ª, Zona Norte; 5ª, Zona Leste; 6ª região de Santo Amaro; 7ª, Itaquera e 8ª, São Mateus. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Os números revelam que entre 2008 e 2009 as ocorrências de furto, roubo e roubo de veículos cresceram mais de 10%. Por outro lado, a taxa de homicídios recuou um pouco (2,63%) e os registros de furtos de veículos também tiveram uma queda, quase insignificante (0,08%), equivalente a 34 registros a menos em um total de mais de 40 mil.

Mesmo com a diminuição dos registros de homicídios, os dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que, em algumas regiões, houve um aumento considerável de ocorrências. A 1ª seccional (Região Central) e a 5ª seccional (Zona Leste), por exemplo, tiveram um aumento no número de homicídios de 10,20% e 17,65%, respectivamente.

Na tabela abaixo, cada delegacia seccional representa uma região: 1ª, Região Central; 2ª, Zona Sul; 3ª, Zona Oeste; 4ª, Zona Norte; 5ª, Zona Leste; 6ª região de Santo Amaro; 7ª, Itaquera e 8ª, São Mateus. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).