Mesmo após a confissão do ex-policial militar Jairo Ramos dos Santos, 40 anos, que afirma ter matado o investigador de Santo André Douglas Noaldo Yamashita, a polícia continua investigando o caso.

Hoje, policiais do Setor de Homicídios da cidade devem ouvir depoimentos das testemunhas do crime ocorrido na noite de terça-feira. Entre elas, está uma aposentada de 59 anos, que foi ferida de raspão no braço direito por um disparo durante tiroteio entre Santos e Yamashita.

A mulher estava encostada em uma van adaptada para venda de lanches. Um dos tiros atravessou o veículo e passou ao lado do braço da mulher, que foi socorrida, mas não compareceu ao 4º DP naquela noite para ser ouvida pela polícia.

A polícia tem até quinta-feira para enviar o inquérito ao Ministério Público, com ao menos uma conclusão prévia relatando o ocorrido e apontando Santos como autor do crime. Nessa data vence o prazo da prisão temporária de Santos. Ele permanece internado no Centro Hospitalar Municipal de Santo André, sob forte escolta policial. Além de ter confessado o assassinato de Yamashita, o ex-policial disse que matou os investigadores José Carlos dos Santos e Ramiro Diniz Junior.

Alguns laudos periciais são aguardados para serem anexados ao inquérito da morte de Yamashita, que já soma cerca de 200 páginas. Entre os exames, estão o do sangue encontrado no local do crime e no carro do cabo da Polícia Militar Paulo Cesar Reiche, 41, usado para levar Santos ao Hospital Geral Pirajussara, em Taboão da Serra, logo depois de ter sido atingido na troca de tiros com Yamashita. Também são esperados dados do rastreador do Fiesta Sedan de Reich para verificar se ele estava perto do local do crime naquela noite.