QUEM ENCOMENDOU A EXECUÇÃO DO INVESTIGADOR DOUGLAS NOALDO YAMASHITA? 11

16/04/2010 – 09h45

‘Firma’ em São Paulo cobra R$ 30 mil por assassinato

São Paulo – Um erro na execução do investigador Douglas Noaldo Yamashita, de 29 anos, levou à descoberta de uma quadrilha de pistoleiros formado por policiais militares e ex-PMs em São Paulo. Não se trata de grupo de extermínio, como tantos outros investigados no Estado, mas de uma espécie de empresa que vendia um único produto: assassinatos. Cobravam R$ 30 mil por morte encomendada e chamavam o empreendimento de “A Firma”. 

Yamashita foi executado na noite do dia 12, em Santo André, no ABC Paulista. Os assassinos chegaram num Corsa. Com toucas ninja, coletes à prova de balas e pistolas calibre 7,65 mm com silenciadores, dois homens vestidos de preto e com coldres amarrados nas pernas foram surpreendidos pela reação do investigador. Ele baleou um agressor, caiu e foi arrastado pelo carro dos assassinos por 20 metros.

Mesmo com o colete, um dos agressores foi alvejado cinco vezes. Seria o ex-policial militar Jairo Ramos dos Santos, de 40 anos. O colete salvou sua vida – marcas dos impactos dos tiros no colete ficaram em seu peito. Ele foi levado por amigos a uma casa na Vila Formosa, na zona leste. Um deles seria PM da ativa, já identificado pela Polícia Civil. Ali, o médico Lior Baruch foi atendê-lo. Baruch disse, ao depor ao delegado Vítor Santos de Jesus, que foi chamado por um amigo, o também ex-PM Luís Roberto Gavião, dono de uma empresa de segurança.

Baruch disse que não podia tratar de Ramos ali, que era preciso levá-lo a um hospital. Conduziu o homem ao Hospital Geral de Pirajuçara, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, onde o médico havia trabalhado. Policiais militares presenciaram a chegada do médico e do ferido e passaram a questioná-lo sobre o que havia ocorrido. Como ele não soube responder nem mesmo o nome do paciente, os PMs chamaram a Polícia Civil.

Os investigadores de Taboão da Serra identificaram o paciente. Ramos era procurado por porte ilegal de arma. Em 1999, a Corregedoria da PM achou um arsenal em seu apartamento na Aclimação, no centro. Além de pistolas e uma submetralhadora, o ex-PM tinha coletes à prova de balas e silenciadores no local.

Ameaça

O acusado não confessou o assassinato de Yamashita, mas advertiu os policiais civis: “Vocês vão esquecer minha cara, mas eu não vou esquecer vocês.” Ramos trabalhou no 18º Batalhão da PM, onde teria integrado, nos anos 1990, o primeiro grupo de extermínio da unidade. Na época, foi acusado atirar no carro de um delegado e de matar três pessoas em uma chacina. Foi absolvido dos dois crimes.

Agora, ele é suspeito de matar, em 2009, outros quatro policiais em Santo André. Dois trabalhavam com Yamashita. São os investigadores José Carlos Santos e Ramiro Diniz Junior, mortos com tiros de fuzil. A máfia dos caça-níqueis estaria por trás desses crimes e teria contratado “A Firma” para matar também os PMs Uermerson Silva dos Santos e José Marcelo da Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.  

Um Comentário

  1. Esse filho da puta tinha que ser zerado dentro do hospital, maldito cão do inferno.

    Curtir

  2. como que pode esses caras jam mataram tanta gente e ateh agora impunes que ateh ameaçam a quem esta fazendo seu trabalho e ganhando uma miseria mas que nao se vendem. estamos mesmo no fim do mundo…….

    Curtir

  3. Esta besta fera foi processado e absolvido por duas vezes.

    Em tempo, Juiz de Direito manda soltar psicopata, pédofilo e assassino de seis jovens em Goianésia. Diz que não volta atrás e que seu despacho está fundamentado estritamente na lei. Só se for a lei do cão, e certamente a vítima não era sua mãe, cujo maior pecado foi parir esta anta de juiz; que me perdoe a anta.

    Curtir

  4. Como vemos a situação está cada vez mais dificil. PM criminoso a solta, processado várias vezes, inclusive com arsenal em sua casa, e nada acontece. Chicago dos anos 20 era desenho animado perto do que está acontecendo atualmente. Onde vamos parar? Qual policial terá condições de trabalhar se “firmas” de criminosos estão a solta e agindo impunemente ? A Polícia está precisando de segurança ? É o fim da picada. Pode esperar que logo esse safado estará `na rua e, inclusive, acobertado por outros ex-colegas.

    Curtir

  5. Essa pergunta que fica na minha cabeça , quem encomendou as mortes dos policiais , e porque , em que eles estavam interferindo , os tres trabalharam no SIG , nao pode ser so por causa de maquininhas “caça-niquel”.
    Queremos respostas.

    Curtir

  6. Isso sem falar na justiça que não acatou o pedido de prisao temporária pro pm que socorreu esse energúmeno e para o médico que o socorreu. Voces pensam que são só esses aí??? Existem inúmeros PMs da ativa que fazem esse “trabalho””….O pior, ou melhor, é que são tao burros os suficientes pra deixar “rabos” nas cagadas que fazem, tipo usarem botinas do uniforme, munição .40, recolher cápsulas, etc etc…..Mas não se enganem, o governador gosta dessa bosta de Polícia Militar, viu???
    Muito cuidado pra falar mal dela…Lembram-se do “agente” infiltrado nas manifestações de professores??? O imbecil ainda socorre uma policial feminina e ainda se deixa fotografar…..agente secreto português…..

    Curtir

  7. respostas os maquineiros da região os quais todos sabem quem são só que possuem rabo preso com eles por isso a morte do coitado do investigador continuará em vão

    Curtir

Os comentários estão desativados.