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Segurança pública
Em três anos, região de Ribeir]ao Preto registra aumento nos crimes contra o patrimônio e infla os dados gerais de SP
A rota dos crimes contra o patrimônio em sua migração para o Interior ao longo da década aponta para um fenômeno mundial de urbanização da violência e de fim do caráter metropolitano do problema —em que criminosos e ocorrências policiais eram mazelas exclusivas das metrópoles.
A análise dos dados dos últimos três anos dos crimes patrimoniais (que englobam roubos e furtos, além de outros tipos, como receptação e estelionato) —divididos por áreas de cobertura da Polícia Civil — mostra que o Interior paulista puxou para cima os dados do Estado, que poderiam até estar estabilizados. Entre 2007 e 2009 essa modalidade de crime registrou aumento de 9,7% na Capital e 6,7% na Grande São Paulo. No mesmo período, o incremento no Interior foi de 30% — frente a uma média estadual de 4%.
São 534 mil crimes contra o patrimônio nos nove Departamentos da Polícia Judiciária de São Paulo e Interior (Deinters) — desde 2007 o Estado foi divido nas áreas da Capital, Grande São Paulo e os nove departamentos.
Levantamento feito pela Agência Anhanguera com base nesses dados oficiais mostra que foram as regiões de São José dos Campos (Deinter-1), Ribeirão Preto (Deinter-3) e Bauru (Deinter-4) que fizeram o Interior aumentar em 30% esse tipo de crime no Estado — disseminando a sensação de insegurança para outras áreas além da metrópole.
Com 615 mil habitantes, São José do Campos, no Vale do Paraíba, é a cidade sede de um importante polo econômico e tecnológico do País. Nos últimos três anos, os crimes contra o patrimônio em sua região cresceram 29% —foram 55,5 mil ocorrências no ano passado. Em segundo lugar vem Ribeirão Preto, uma dos mais ricos centros econômicos do País graças ao seu mercado produtor de cana. Entre 2007 e 2009 os crimes patrimoniais saltaram de 63 mil para 80 mil casos — elevação de 26%.
HOMICÍDIOS. Diferentemente dos crimes contra o patrimônio, os casos de homicídio (crime contra a vida) registram quedas sucessivas ao longo da década. Na extratificação do dados dos últimos três anos é possível notar esse comportamento, que foi acentuado entre 1999 e 2005, permaneceu em rota descendente. Todos os 11 Deinters apresentaram queda nos casos de assassinato. (RB, MM/AAN)
Aumentaram as prisões
As polícias Civil e Militar têm focado, desde março do ano passado, suas ações em todo o Estado no combate aos crimes contra o patrimônio. A ordem é impedir o roubo, o furto e o latrocínio. Fruto disso, nos meses de abril, maio e junho a polícia paulista fez o maior número de prisões por trimestre dos últimos oito anos. Foram 31,2 mil presos. O número é considerado um indicador de atividade policial. “O crime contra o patrimônio continua com taxas altas. Tivemos um efeito muito grande da crise econômica a partir de 2008, principalmente a partir do segundo semestre. Ela atingiu o pico no primeiro trimestre de 2009 e depois, de lá para cá, começou a desacelerar um pouco. Mas ainda são taxas muito elevadas ”, afirma o coordenador de análise e planejamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Túlio Kahn. (AAN)
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Quando se aponta a “crise econômica de 2008” como causa preponderante para esse aumento, nas cidades do interior de São Paulo, de crimes contra o patrimônio, esconde-se que os efetivos das cidades interioranas foram deliberadamente reduzidos e alocados na Capital e na Grande São Paulo.
O governo Alckmin, depois seguido pelo governo Serra, empregou para o esvaziamento dos efetivos das policias Civil e Militar o nefasto ALE diferenciado.
E continua a incorrer nesse grande erro, mesmo com a adoção de apenas dois níveis de adicional por local de exercício.
Ora, qual a diferença entre trabalhar na cidade de Campinas ou Sumaré?
Ah!, a diferença é que em Sumaré ou Hortolândia se trabalha muito mais e se ganha menos que em Campinas.
Ganhando menos em todos os sentidos, pois nas “grandes cidades” há melhores possibilidades…Lícitas e ilícitas.
Entendem?


Os professores estaduais de São Paulo protestaram durante a assembleia
