A DESVALORIZAÇÃO E O ESVAZIAMENTO DA POLÍCIA DO INTERIOR – DURANTE O GOVERNO COVAS-ALCKMIN – SÃO AS MAIORES CAUSAS DA “MIGRAÇÃO” DA CRIMINALIDADE 2

Cidade
Ribeirão incha índice

 

Segurança pública

 Em três anos, região de Ribeir]ao Preto registra aumento nos crimes contra o patrimônio e infla os dados gerais de SP

 

 

A rota dos crimes contra o patrimônio em sua migração para o Interior ao longo da década aponta para um fenômeno mundial de urbanização da violência e de fim do caráter metropolitano do problema —em que criminosos e ocorrências policiais eram mazelas exclusivas das metrópoles.

A análise dos dados dos últimos três anos dos crimes patrimoniais (que englobam roubos e furtos, além de outros tipos, como receptação e estelionato) —divididos por áreas de cobertura da Polícia Civil — mostra que o Interior paulista puxou para cima os dados do Estado, que poderiam até estar estabilizados. Entre 2007 e 2009 essa modalidade de crime registrou aumento de 9,7% na Capital e 6,7% na Grande São Paulo. No mesmo período, o incremento no Interior foi de 30% — frente a uma média estadual de 4%.

São 534 mil crimes contra o patrimônio nos nove Departamentos da Polícia Judiciária de São Paulo e Interior (Deinters) — desde 2007 o Estado foi divido nas áreas da Capital, Grande São Paulo e os nove departamentos.

Levantamento feito pela Agência Anhanguera com base nesses dados oficiais mostra que foram as regiões de São José dos Campos (Deinter-1), Ribeirão Preto (Deinter-3) e Bauru (Deinter-4) que fizeram o Interior aumentar em 30% esse tipo de crime no Estado — disseminando a sensação de insegurança para outras áreas além da metrópole.

Com 615 mil habitantes, São José do Campos, no Vale do Paraíba, é a cidade sede de um importante polo econômico e tecnológico do País. Nos últimos três anos, os crimes contra o patrimônio em sua região cresceram 29% —foram 55,5 mil ocorrências no ano passado. Em segundo lugar vem Ribeirão Preto, uma dos mais ricos centros econômicos do País graças ao seu mercado produtor de cana. Entre 2007 e 2009 os crimes patrimoniais saltaram de 63 mil para 80 mil casos — elevação de 26%.

HOMICÍDIOS. Diferentemente dos crimes contra o patrimônio, os casos de homicídio (crime contra a vida) registram quedas sucessivas ao longo da década. Na extratificação do dados dos últimos três anos é possível notar esse comportamento, que foi acentuado entre 1999 e 2005, permaneceu em rota descendente. Todos os 11 Deinters apresentaram queda nos casos de assassinato. (RB, MM/AAN)

Aumentaram as prisões

As polícias Civil e Militar têm focado, desde março do ano passado, suas ações em todo o Estado no combate aos crimes contra o patrimônio. A ordem é impedir o roubo, o furto e o latrocínio. Fruto disso, nos meses de abril, maio e junho a polícia paulista fez o maior número de prisões por trimestre dos últimos oito anos. Foram 31,2 mil presos. O número é considerado um indicador de atividade policial. “O crime contra o patrimônio continua com taxas altas. Tivemos um efeito muito grande da crise econômica a partir de 2008, principalmente a partir do segundo semestre. Ela atingiu o pico no primeiro trimestre de 2009 e depois, de lá para cá, começou a desacelerar um pouco. Mas ainda são taxas muito elevadas ”, afirma o coordenador de análise e planejamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Túlio Kahn. (AAN)

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Quando se aponta a “crise econômica de 2008” como causa preponderante para esse aumento, nas cidades do interior de São Paulo, de crimes contra o patrimônio, esconde-se que os efetivos das cidades interioranas foram deliberadamente reduzidos e alocados na Capital e na Grande São Paulo.

O governo Alckmin, depois seguido pelo governo Serra, empregou para o esvaziamento dos efetivos das policias Civil e Militar o nefasto ALE diferenciado.

E continua a incorrer nesse grande erro, mesmo com a adoção de apenas dois níveis de adicional por local de exercício.

Ora, qual a diferença entre trabalhar na cidade de Campinas ou Sumaré?

Ah!, a diferença é que em Sumaré ou Hortolândia se trabalha muito mais e se ganha menos que em Campinas.

Ganhando menos em todos os sentidos, pois nas “grandes cidades” há melhores possibilidades…Lícitas e ilícitas.

 

Entendem?

 

 

José Serra se lançará candidato a presidência defendendo conceitos como “Estado ativo” e “sociedade influente” 8

Serra vai se lançar candidato defendendo ‘Estado ativo’

Governador já definiu as diretrizes do discurso, que vão incluir conceitos como o de ‘sociedade influente’

Sinceridade, serenidade, crítica sem agressão, propostas no lugar de promessas são as linhas gerais da campanha presidencial do governador de São Paulo, José Serra, que já estão delineadas e farão parte do discurso dele no ato oficial de lançamento da candidatura, previsto para o fim da primeira semana de abril em Brasília.

As datas mais prováveis são sexta-feira, 9, ou sábado, 10 de abril, dias considerados mais eficazes em termos de aproveitamento nos meios eletrônicos.

A decisão de não fazer o ato no início da semana é porque logo depois do feriado da Semana Santa os convidados poderiam ter dificuldades de estar em Brasília.

Definida a agenda, a hora agora é de Serra preparar a transição administrativa do governo de São Paulo e pensar na melhor forma de se apresentar ao eleitorado com um esboço de seu programa de governo, onde o conceito de “Estado ativo” é o fio condutor.

Questões políticas ficam para depois. A organização das coligações estaduais será feita em abril e maio, mas a definição do candidato a vice-presidente pode só ocorrer perto da realização da convenção do partido, em junho.

Por enquanto, Serra não quer falar – e gostaria muito que o partido também não falasse – da questão Aécio Neves. No entendimento dele, a pressão é contraproducente.

Tanto para o êxito da formação da chapa tal como os tucanos consideram o ideal, quanto para a candidatura presidencial, pois fica a impressão de que a vitória depende do vice.

A matriz do discurso de Serra, e consequentemente de seu programa, no lançamento da candidatura é o pronunciamento feito na posse como governador de São Paulo, há três anos.

Na ocasião, José Serra disse que iria governar o estado “voltado para o Brasil”.

Foram palavras nitidamente referidas no projeto futuro de voltar a se candidatar a presidente da República e que será retomado agora, no momento da concretização do plano.

José Serra apresenta-se como defensor do “ativismo governamental”, que define como um meio-termo entre “o poderoso Estado Nacional Desenvolvimentista do passado” e o “Estado da pasmaceira, avesso à produção”.

Até porque “aquele Estado ficou no passado, mas a questão nacional e a questão do desenvolvimento continuam no presente”.

“O objetivo de materializar as condições de uma plena cidadania exige políticas nacionais, exige ativismo governamental na procura do desenvolvimento e da maior igualdade social.”

Assistência social? Na visão de Serra, tais políticas são “justas e necessárias”, desde que o Estado se empenhe em promover o desenvolvimento para não transformar os pobres em uma “clientela cativa do assistencialismo”.

E o que falta para aumentar a capacidade produtiva e o emprego? Na opinião do candidato, capital há.

O que não existe são oportunidades lucrativas de investimentos, “espantadas pela pior combinação de juros e câmbio do mundo, em meio a uma carga tributária sufocante”.

Serra prega a “necessidade de uma prática transformadora na política brasileira”, começando pelo repúdio ao “mote fatalista e reacionário de que a desonestidade é inerente à vida pública, que o poder necessariamente corrompe o homem. Não é assim, alguns homens corrompem o poder”.

Essa transformação implica o controle firme do Estado por ele próprio, “funcionando como um todo coerente sob o ponto de vista moral, da eficiência e das metas” sem aceitar a banalização do mal na política.

Um instrumento indispensável é o controle do Estado “por uma sociedade atuante, capaz de se defender dos abusos e de influir nas ações públicas”.

Sobre o papel da oposição Serra falava na perspectiva de opositor ao governo federal, mas mantém, como pretendente a presidente, a validade do conceito: “À oposição cabe, óbvio, se opor. A governabilidade é tarefa de quem obteve das urnas o mandato para governar. Quem é altivo na derrota não se sujeita. Quem é humilde na vitória não exige sujeição”.

http://fotos.estadao.com.br/fotoreporter-confronto-entre-policiais-militares-e-professores-em-manifestacao-na-paulista-12032010,galeria,,92667,,57,0.htm?pPosicaoFoto=2#carousel

 

O Supremo Tribunal Federal julgou essa semana que é constitucional a greve de policiais civis 7

Dr. War
O Supremo Tribunal Federal julgou essa semana que é constitucional a greve de policiais civis, portanto, vamos nos unir e buscar uma remuneração justa.
Favor divulgar,
Segue a ementa.
Tks, Att. JoW

ADI 3235 / AL – ALAGOAS
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO
Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES
Julgamento: 04/02/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Publicação

DJe-045 DIVULG 11-03-2010 PUBLIC 12-03-2010
EMENT VOL-02393-01 PP-00153Parte(s)

REQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TRABALHADORES POLICIAIS CIVIS – COBRAPOL
ADV.(A/S) : PAULO CÉSAR MATOS DA SILVA E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
ADV.(A/S) : ALUISIO LUNDGREN CORRÊA

EMENTA: 1. Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Parágrafo único do art. 1º do Decreto estadual n.° 1.807, publicado no Diário Oficial do Estado de Alagoas de 26 de março de 2004. 3. Determinação de imediata exoneração de servidor público em estágio probatório, caso seja confirmada sua participação em paralisação do serviço a título de greve. 4. Alegada ofensa do direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII) e das garantias do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV). 5. Inconstitucionalidade. 6. O Supremo Tribunal Federal, nos termos dos Mandados de Injunção n.ºs 670/ES, 708/DF e 712/PA, já manifestou o entendimento no sentido da eficácia imediata do direito constitucional de greve dos servidores públicos, a ser exercício por meio da aplicação da Lei n.º 7.783/89, até que sobrevenha lei específica para regulamentar a questão. 7. Decreto estadual que viola a Constituição Federal, por (a) considerar o exercício não abusivo do direito constitucional de greve como fato desabonador da conduta do servidor público e por (b) criar distinção de tratamento a servidores públicos estáveis e não estáveis em razão do exercício do direito de greve. 8. Ação julgada procedente.

http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=609252

A APOSENTADORIA DO DOUTOR APARECIDO LAERTES CALANDRA: OPERAÇÃO RELÓGIO DE OURO 44

Conforme relato de autoridade lotada na DGP, na sexta-feira, por volta das 15h00, enquanto o delegado Aparecido Laertes Calandra atendia convocação da Secretaria de Segurança Pública, pretensamente pertinente a assunto de sua aposentadoria ,  prestes de completar 70 anos de idade, adentraram ao DAP a Ilustre Delegada Corregedora e Ilustre Divisionário das Corregedorias Auxiliares, com a determinação de se  efetivar  buscas no gabinete do doutor Calandra visando  apreender documentos “secretos” .

 A busca seria cumprida de forma insidiosa, ou seja, sem a presença do ainda ocupante do gabinete; por tal foi obstada pelo Titular da DAP  ( Dr. BLAZECK ) até o retorno do delegado Calandra.

Tal ordem teria sido dada pelo Excelentíssimo Secretário, atendendo a comando do Excelentíssimo Governador José Serra.

Nada foi encontrado no local.

A diligência foi recebida como mais uma simbólica  humilhação infligida aos Delegados de Polícia, pois Calandra é homem de confiança dos governos PSDB, desde  1995.

 Amigo pessoal do DGP adjunto e do próprio Delegado Geral.

Por outro aspecto, infantilidade acreditar que o Delegado fosse levar consigo( subtrair) documentos secretos no último dia de trabalho.

O incidente causou  cisão entre membros do grupo do Delpol PC, do qual fazem parte alguns delegados da Corregedoria Geral; assim defensores, em causa própria,  da operação “relógio de ouro” ( antigo costume  de algumas  boas empresas em presentear seus aposentados na despedida  ).

 Por sua vez a maioria da comunidade Delpol-PC,  quer providências;  até  expulsão  da Adpesp das duas autoridades corregedoras.

https://flitparalisante.wordpress.com/2010/03/15/desejo-ao-senhor-doutor-calandra-muita-saude-sucesso-e-paz-para-desfrutar-de-sua-vida-e-de-suas-realizacoes-que-deus-lhe-abencoe-imensamente-em-sua-vida/

JUÍZA AFASTADA POR DELEGAR DECISÕES PROCESSUAIS A ADVOGADOS E SERVIDORES 7

2010/03/13 at 19:09 – REPORTER AÇO 

Poder Judiciário moderno.

Terceirizando decisões e sentenças (como se isso fosse novidade).

Fonte : Consultor Jurídico

Visita da Corregedoria.
TJ afasta juíza acusada de “terceirizar” decisões.
Por Fernando Porfírio

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça paulista afastou, cautelarmente, por 90 dias a juíza titular de uma vara na Grande São Paulo. A decisão foi tomada, por votação unânime, em sessão reservada do colegiado. Uma visita da Corregedoria Geral de Justiça flagrou irregularidades que vão desde o acúmulo de processos parados e fora de planilhas até a delegação da função de tomar decisões a servidores e advogados. Outra correição está marcada para a próxima semana.

Se comprovada, a acusação de delegação de função é vista pela corregedoria e pelos integrantes da cúpula do Judiciário paulista como falta de natureza grave. Uma sindicância será instalada para apurar a denúncia. A magistrada será ouvida, quando apresentará sua versão e terá direito à ampla defesa e ao contraditório. Só depois disso, o Órgão Especial irá se manifestar pela instalação ou não de procedimento administrativo disciplinar.

Uma juíza de Osasco foi deslocada para substituí-la enquanto durar seu afastamento.

MEMÓRIA: TUDO E TODOS CONTRA AS ASPIRAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL 19

Greve policial não pode privar cidadão, diz desembargador Henrique Nelson Calandra, entrevista a Folha de S. Paulo, 21/09/08

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2109200811.htm

Magistrado acha reivindicação salarial justa, mas critica a paralisação de delegacias

Eleição de delegado-geral poderia reduzir o poder de secretário da Segurança, diz Henrique Nelson Calandra, presidente da Apamagis

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O desembargador Henrique Nelson Calandra, presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e membro do Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, disse enxergar com “tristeza” a greve dos policiais civis.

A categoria começou a fazer paralisações em todo o Estado na última terça. Anteontem, o comando de greve afirmava ter uma adesão de 90% das delegacias na capital e de 100% no restante do Estado. Para o governo, são 30% de adesão na capital e 40% no interior. Os policiais reivindicam reajuste salarial imediato de 15%, mais duas parcelas de 12% nos próximos anos (2009 e 2010).

Apesar de considerar justa a reivindicação salarial, Calandra disse não concordar com a privação do atendimento à população -já vítima de tantos problemas com a segurança pública. O desembargador disse ainda não concordar com os pedidos de eleição direta para delegado-geral, nem com o pedido para a prerrogativa de “inamovibilidade” (os policiais só poderiam ser transferidos de unidade se concordassem).

Para Calandra, a eleição de delegado-geral poderia reduzir o poder do secretário da Segurança e criar uma instituição autônoma -alheia à política de segurança do Estado. A transferência de policiais, em alguns casos, é salutar para o próprio policial, afirma o desembargador. Ele não concorda, porém, com transferências punitivas.

FOLHA – Como o sr. vê a greve dos policiais civis em São Paulo?

HENRIQUE NELSON CALANDRA – Com preocupação, porque segurança pública é prioridade para todos os povos do mundo. Eu vejo com muita tristeza o fato de nós chegarmos a um ponto em que policiais [civis] estão fazendo greve. Porque é precisamente na mão deles que repousa a tarefa de polícia judiciária, que é a parte ligada à investigação de crimes.

Os níveis de salário dos delegados da polícia são realmente muito baixos no Estado de São Paulo, diferente do que ocorre em outros Estados. O que houve foi uma supervalorização da Polícia Federal, e a polícia estadual acabou ficando descompassada, acabou ficando num andar abaixo. Justamente a polícia de São Paulo, considerada a força mais elitizada do país.

No que se refere a pagamentos e subsídios, nós ficamos em um patamar muito inferior na retribuição aos policiais. Espero que o Poder Executivo encontre uma solução conciliatória [para a greve].

FOLHA – Acha justa a reivindicação, mas não a paralisação. É isso?

CALANDRA – Acho que a paralisação de um serviço essencial, como é a polícia, acaba impactando de modo negativo na opinião pública. Porque as pessoas vitimadas pela violência ficam sem a oportunidade de receber um atendimento por parte da polícia judiciária. Isso é uma frustração, que se soma a tantas outras que fazem parte do nosso cotidiano. Porque o povo tem que encarar organizações criminosas e violência de toda ordem. Com a greve dos policiais no Estado, não tem nem a quem se queixar.

FOLHA – Eles pedem também a eleição para delegado-geral. É justo?

CALANDRA – Toda aspiração democrática é válida, porque legitima aquele que dirige. Assim é na eleição do procurador-geral de Justiça. Só que as coisas ligadas à polícia têm outra conotação. A força policial está toda estruturada em função de uma carreira hierarquizada, na qual as ordens vêm do secretário do Estado, que comanda as polícias. Na medida em que houver eleição para delegado-geral, haverá perda do poder de mando do secretário da Segurança Pública, e a polícia passará a ser comandada por ela mesma.

Deixa de ser um órgão de Estado. Poderia haver uma lista tríplice, como ocorre no Ministério Público, na qual o governador escolhe o nome, mas tenho minhas dúvidas da eficácia disso para a organização da atividade policial.

FOLHA – E o pedido dos policiais para a “inamovibilidade”?

CALANDRA – A transferência punitiva e a transferência por transferir têm sido obstadas pelo Judiciário, já faz um longo tempo, para qualquer categoria de funcionários. Agora, haverá situações em que transferir o policial faz parte da dinâmica da própria investigação. Haverá policiais que não conseguem desvendar certos crimes. Só mesmo substituindo, removendo ele para outra localidade onde não seja tão conhecido é que vai ser possível ao policial ter maior capilaridade com certos segmentos que podem trazer informações para desvendar crimes. Imagine o policial que não pode ser transferido. Um policial ameaçado de morte, que insiste em ficar em determinado lugar. Vão deixar ele lá até ser morto ou vão mudá-lo para outra região do Estado, onde ele possa ter maior tranqüilidade.

APARECIDO LAERTES CALANDRA – O SUPOSTO CAPITÃO UBIRAJARA – APOSENTA-SE QUASE AOS 70 ANOS 28

Segurança Pública

GABINETE DO SECRETÁRIO

Resolução de 12-3-2010

Aposentando

nos termos do artigo 126, III, “a” da CE/89, combinado com

o artigo 3º da EC 20/98 e EC 41/03, a vista do que consta no

Processo SSP-10987/72, APARECIDO LAERTES CALANDRA, RG

2.506.664, Delegado de Policia de 1ª Classe, Pad. IV, do SQC-III,

do QSSP.

voluntariamente, com proventos integrais, 

Aloysio Nunes Ferreira diz a aliados que deve disputar o Senado pelo PSDB…SERÁ QUE ALCKMIN APRENDEU ALGO COM AS DUAS DERROTAS? 5

Serrista abre espaço em SP para Alckmin

Aloysio Nunes Ferreira diz a aliados que deve disputar o Senado pelo PSDB

Chefe da Casa Civil era um dos principais obstáculos à tentativa do ex-governador paulista de voltar ao cargo; desfecho contraria Kassab

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Numa demonstração de que já está fora da disputa pelo governo de São Paulo, o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), avalia a hipótese de concorrer ao Senado em outubro. Amigo de Nunes Ferreira e pré-candidato ao Senado, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) até avisou a aliados que os dois deverão estar na disputa por duas vagas.
Além de Quércia, Nunes Ferreira admitiu a outros aliados -parlamentares e integrantes do governo- que analisa a possibilidade. O aceno foi recebido, no meio político, como um sinal de que ele atende a um pedido do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Braço direito de Serra, Nunes Ferreira repete que ainda não conversou com o governador sobre seu destino político. Mas sua movimentação alimenta a crença de que Serra já fez um apelo para que desista do governo em favor da candidatura do secretário estadual e ex-governador Geraldo Alckmin.
Segundo aliados de Nunes Ferreira, Alckmin ainda não foi informado da opção por seu nome. Leal ao governador, o chefe da Casa Civil abriria mão da disputa interna no PSDB.
Antes disposto a concorrer ao governo, Nunes Ferreira conta a aliados que tem assistido até à TV Senado.
A hipótese de sua desistência contraria o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Desafeto de Alckmin, Kassab trabalha pela candidatura de Nunes Ferreira.

Câmara
A candidatura de Nunes Ferreira enterraria a pretensão de outros dois secretários estaduais: Paulo Renato Souza (Educação) e Xico Graziano (Meio Ambiente).
Os dois já manifestaram ao partido a intenção de concorrer ao Senado. Mas admitem desistir para apoiar a candidatura de Nunes Ferreira.
Nomes fortes para a Câmara dos Deputados, Paulo Renato e Graziano informaram ao PSDB que preferem ficar nos cargos, caso não concorram ao Senado.
O PSDB tem insistido para que concorram, como estratégia para reforçar a campanha de Serra no Estado. Depois de avisar à própria família que não disputaria, o deputado Arnaldo Madeira foi persuadido a voltar atrás. Sob pressão, Paulo Renato e Graziano devem disputar.

DESBUNDAMENTO TERMINA EM CARA-DE-BUNDA 13

INTERPRETAÇÃO POLÍTICA

Juiz nega bloqueio de contas da Bancoop e manda promotor explicar pedidos

Andréia Henriques – 12/03/2010 – 16h50

A Justiça de São Paulo negou nesta sexta-feira (12/3) o pedido feito pelo promotor José Carlos Blat para quebra de sigilo e bloqueio imediato de todas as contas bancárias, fundos e aplicações da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo).

O juiz Carlos Eduardo Lora Franco, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital), ainda afirmou que é preciso ter cautela para que não se faça uso político do caso e pediu que o promotor esclareça
suas solicitações.

Leia a íntegra do despacho aqui.

Também foi negada a oitiva de João Vaccari Neto, ex-presidente da cooperativa e atual tesoureiro do PT, e a quebra de seu sigilo bancário.

O magistrado considerou que o pedido do promotor descreve como seria o suposto esquema de desvio de valores da Bancoop —inclusive para fins de financiamento ilícito de campanhas políticas— mas não indica precisamente os elementos de prova que sustentam tais afirmações e seus pedidos. “Sendo este um feito bastante complexo, já com 26 volumes (mais de 5.600 páginas), além de 59 anexos, como citado pelo próprio Ministério Público, é imprescindível que indique de forma discriminada e detalhada os elementos que sustentem cada uma de suas afirmações”, afirmou.

Para o juiz, o bloqueio, pedido apenas com base em fatos do passado, traria prejuízo para os cooperados e para os funcionários da Bancoop.

No despacho, Carlos Lora Franco lembra da repercussão política que a investigação passou a ter, especialmente depois que o promotor divulgou, na última semana, o pedido de bloqueio, “antes mesmo que fosse apresentado em juízo”.

Faltando sete meses para as eleições desse ano, segundo o juiz, é preciso ter cautela no exame dos pedidos, “para que tal atmosfera política não venha a contaminar a presente investigação ou, noutro sentido, que esta não venha a ser utilizada por terceiros para manipulação da opinião pública por propósitos políticos”. Para ele, o Ministério Público e o Judiciário devem atuar acima de convicções políticas.

Blat investiga há dois anos o suposto envolvimento da cooperativa com caixa 2 das campanhas de 2002 e 2004 do PT (Partido dos Trabalhadores). Ainda não foi apresentada denúncia sobre o caso. As supostas irregularidades são apuradas em inquérito policial que culminou, em junho de 2007, na quebra do sigilo bancário da Bancoop.

Os cooperados ainda reclamam ter pagado por apartamentos dos quais não receberam as chaves e escrituras e de terem sido vítimas de pressão para cobrir um rombo financeiro na cooperativa.

Segundo o promotor, o suposto esquema criminoso se utilizaria da criação de empresas que trabalhavam exclusivamente para a Bancoop, entre elas a Mizu Empreendimentos e a Germany Comercial e Empreiteira de Obras, todas com dirigentes ligados à cooperativa e classificadas por Blat como “laranjas” para auxiliar as doações eleitorais.

Detalhes
Diante da falta de base para as alegações do promotor, o juiz Carlos Lora Franco determinou que os autos retornem ao Ministério Público para que Blat indique quais os fundamentos de suas afirmações, usadas como razões para os pedidos. “Para que fique bem claro para toda a sociedade que os pedidos e as decisões estão fundados apenas em elementos e razões contidas nos autos, e são efetivamente necessários e oportunos, neste momento”, disse na decisão.

O juiz elenca seis esclarecimentos “claros e detalhados” que devem ser feitos pelo promotor. O mais importante deles, de acordo com o juiz, para que seja evitada qualquer interpretação política, é o motivo pelo qual, agora, é necessária a quebra de sigilo de Vaccari e Ana Maria Érnica.

O promotor deverá ainda indicar porque quer interrogar nesse momento o tesoureiro do PT e Ana Maria; fazer um quadro indicando quais os valores recebidos pela Bancoop em cada um dos meses e quais os cheques que teriam sido emitidos e descontados diretamente no caixa; a movimentação entre a Bancoop e a Germany, indicando a origem da informação de que as empresas Germany e Mizu/Mirante eram fornecedoras da Bancoop; informar os sócios das empresas Germany e Mirante, indicando quais pertencem aos quadros da Bancoop; e esclarecer porque quer a cópia de cheques que teriam sido doados para o PT —fato que deve ser apurado pela Justiça Eleitoral.

Os professores e funcionários da rede estadual de educação de São Paulo realizam manifestação perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista 9

SP: professores em greve ocupam os dois sentidos da Paulista
12 de março de 2010 15h56 atualizado às 16h22 

Os professores estaduais de São Paulo protestaram durante a assembleia Foto: Rahel Patrasso/Futura PressOs professores estaduais de São Paulo protestaram durante a assembleia
Foto: Rahel Patrasso/Futura Press

Os professores e funcionários da rede estadual de educação de São Paulo realizam manifestação perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida está ocupada nos dois sentidos. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que cerca de 30 mil pessoas participam da manifestação. De acordo com a Polícia Militar, o número de manifestantes estimado é de 5 mil. 

“Estamos fazendo uma assembleia para decidir se haverá outra manifestação no dia 19. Está claro que a greve vai continuar. Depois seguiremos em passeata rumo a Praça da República”, disse José Rocha assessor da presidente da Apeoesp. 

Na noite de quarta, dia 10, a CET recomendou ao sindicato dos professores que a realização da manifestação dos professores da rede estadual de São Paulo, pela Apeoesp, tivesse o local alterado devido aos transtornos que a ocupação parcial ou total das faixas e calçadas da Avenida Paulista poderia causar. 

Após a recusa do sindicato, a CET encaminhou um o Ofício com a solicitação da mudança ao Ministério Público que decidiu, através do Promotor José Carlos de Freitas, não impedir a manifestação. 

O promotor analisou o Ofício da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e afirmou que não tem como impedir os professores de exercer o direito constitucional. “Juridicamente eles estão corretos. O problema é se explorarem o limite do vão livre (Masp) causando transtorno ao trânsito e pessoas”, afirmou. 

A Apeoesp comunicou a CET com antecedência sobre a manifestação que deve ficar no limite do vão livre do Masp. Segundo o Promotor, isso por si só, não causa violação aos direitos. Se a manifestação passar do limite do vão livre como o estipulado, o Ministério Público vai ingressar com ação e a Apeoesp será punida. “Em 2005 eles já tiveram uma condenação por esse motivo, inclusive, eu a estou executando. Temos também uma outra ação em curso de 2008”, disse José Carlos de Freitas. 

A greve
Professores da rede estadual de São Paulo estão em greve por tempo indeterminado, informou o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado. De acordo com boletim enviado à imprensa pelo sindicato, a greve foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (5). 

De acordo com o texto, a categoria reivindica reajuste salarial imediato de 34,3%, incorporação de todas as gratificações, plano de carreiras e concurso público. 

Em carta aberta à população, a diretoria do sindicato informou que 100 mil professores (cerca de 48% do total) são temporários e defendeu a realização de concursos públicos. 

“Estamos em greve por tempo indeterminado, até que o governo negocie conosco o atendimento de nossas reivindicações em busca da melhoria da escola pública” 

A CULPA É SEMPRE DO DIABO 5

Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 12/3/2010 7:15

Exorcista-chefe da Igreja diz que há bispos ligados ao Diabo

Exorcista-chefe da Igreja diz que há bispos ligados ao Diabo

“Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: Andreas Tille)”

O exorcista-chefe da Igreja Católica disse a um jornal italiano que “o Diabo reside no Vaticano” e que bispos estariam “ligados” a ele.

Em entrevista ao diário La Repubblica, o padre Gabriele Amorth, que comanda o departamento de exorcismo em Roma há 25 anos, disse que o ataque ao papa Bento 16 na noite de Natal e os escândalos de pedofilia e abuso sexual envolvendo sacerdotes seriam provas da influência maléfica do Demônio na Santa Sé e que “é possível ver as consequências disso”.

O sacerdote, de 85 anos, disse ainda que há, na Igreja, “cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao Demônio”.

Amorth, que já teria realizado o exorcismo de 70 mil possuídos, publicou um livro no mês passado, chamado Memórias de um Exorcista, em que narra suas batalhas contra o mal.

A série de entrevistas que compõe o livro foi realizada pelo jornalista Marco Tosatti, que conversou com o programa de rádio Newshour da BBC.

Tosatti disse que o Diabo atua de duas formas. Na primeira, a mais ordinária, “ele te aconselha a se comportar mal, a fazer coisas ruins e até a cometer crimes”.

Na segunda, “que ocorre muito raramente”, ele pode possuir uma pessoa. Tosatti disse que, de acordo com Amorth, Adolf Hitler e os nazistas foram possuídos pelo capeta.

O exorcista católico conta em suas memórias que, durante as sessões de exorcismo, os possuídos precisavam ser controlados por seis ou sete de seus assistentes. Eles também eram capazes de cuspir cacos de vidro, “pedaços de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas”, segundo o sacerdote.

Guerra contra a Igreja

Amorth defende que a tentativa de assassinato do papa João Paulo 2º em 1981, assim como o ataque ao atual papa no Natal passado e os casos de abuso sexual cometidos por padres são exemplos de que o Diabo está em guerra com a igreja.

Em entrevista ao La Repubblica, o exorcista contou que o Demônio “pode permanecer escondido, ou falar diferentes línguas, ou mesmo se fazer parecer simpático”.

Para Tosatti, não há nada que se possa fazer quando o Diabo está apenas influenciando as pessoas, em vez de estar possuindo-as.

Segundo o exorcista-chefe do Vaticano, o papa Bento 16 apoia o seu trabalho.

“Sua Santidade acredita de todo coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e louvado o nosso trabalho”.

No jornal italiano, Amorth também comentou sobre como o cinema retrata o exorcismo e a magia.

Segundo ele, o filme O Exorcista, de 1973, em que dois padres lutam para exorcizar uma garota possuída é “substancialmente preciso”, apesar de “um pouco exagerado”.

Já a série do jovem bruxo britânico Harry Potter é descrita como “perigosa” pelo sacerdote, pois traça “uma falsa distinção entre magia negra e magia do bem”.

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CORONEL PAULO RICARDO PAÚL INCONFORMADO COM A CONFORMADA E INERTE POLÍCIA MILITAR BANDEIRANTE QUANDO SE CUIDA DE MELHORIAS SALARIAIS E DA SEGURANÇA DOS PRÓPRIOS MEMBROS 61

SÃO PAULO,  O TEU SILÊNCIO ME ASSUSTA

É assustador esse silêncio.
São Paulo é o estado mais rico do Brasil, possui uma população que trabalha arduamente para construir essa riqueza, fazendo com que o estado seja o primeiro em arrecadação no Brasil.
O estado possui o maior efetivo de militares estaduais e apesar dessa abundância de recursos, o governo paulista paga um dos piores salários do Brasil aos seus Policiais Militares e Bombeiros Militares, relegando esses heróis sociais à condição de cidadãos de segunda classe.
A PEC 300 nasceu em São Paulo

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Caro Coronel Paúl, aqui tem bico oficializado nas prefeituras…

Para que mobilização por melhores condições salariais e funcionais em geral? 

GOVERNADOR JOSÉ SERRA EM PIRACICABA: Aviso de Pauta – 12/3 – 15h – Governo de SP inaugura Poupatempo de Piracicaba 9

 Mensagem encaminhada ———-
De: Secretaria de Comunicação <imprensa@comunicacao.sp.gov.br>
Data: 12 de março de 2010 13:07
Assunto: Aviso de Pauta – 12/3 – 15h – Governo de SP inaugura Poupatempo de Piracicaba
Para: dipol@flitparalisante.com

Caso não consiga visualizar, clique aqui
Sexta-feira, 12 de Março de 2010

Governo de SP inaugura Poupatempo de Piracicaba

O governador José Serra e o secretário da Gestão Pública, Sidney Beraldo, entregam nesta sexta-feira, 12, o Poupatempo Piracicaba, 17º posto da Central de Atendimento ao Cidadão que há mais de 12 anos presta serviços de qualidade à população.

Com 2.740m², a Unidade, que fica na Praça José Bonifácio, terá capacidade para realizar 4 mil atendimentos diários e 88 mil mensais, e vai oferecer mais de 50 serviços presenciais e dois mil eletrônicos.

Evento: Inauguração do Poupatempo Piracicaba
Data: Sexta-feira, 12 de março de 2010
Horário: 15h
Local: Piso inferior da Praça José Bonifácio, 700 – Centro – Piracicaba/SP

Em entrevista ao UOL Notícias, o ouvidor disse que o trabalho das corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil “deixa a desejar”. 3

12/03/2010 – 07h30

Ouvidor da Polícia de SP diz que investigações contra abusos “deixam a desejar”

Arthur Guimarães
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Dos 3.912 policiais civis investigados entre 1998 e 2009 por conta de denúncias feitas à Ouvidoria, 904 (23%) foram efetivamente punidos pela corregedoria

Responsável por encaminhar para os órgãos competentes as denúncias da população sobre abusos cometidos por policiais civis e militares paulistas, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Luiz Gonzaga Dantas, disse não estar satisfeito com os instrumentos que a Secretaria de Segurança Pública oferece para fiscalizar os membros das corporações paulistas.

Em entrevista ao UOL Notícias, o ouvidor disse que o trabalho das corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil “deixa a desejar”. Segundo ele, os casos deveriam ser “melhor apurados” para dar uma “melhor resposta” para a sociedade.

Como ele argumenta, falta independência para as corregedorias, já que os órgãos fazem parte da estrutura da secretaria e não possuem um plano de carreira próprio. “Pode ter pressões superiores”, diz.

Dantas levanta ainda outros problemas. “Pode ter um delegado na corregedoria que, por exemplo, está investigando outro delegado. Depois de algum tempo, o que está na corregedoria volta para a sua carreira normal, em alguma delegacia, no mesmo nível do sujeito que ele estava investigando. O que estava no alvo do processo pode tentar prejudicar o colega, o que gera uma série de receios para quem conduz a apuração”, opina.

Esse descontentamento foi externado pelo ouvidor no começo deste mês, quando disse ter enviado um ofício ao gabinete do secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, pedindo que haja maior independência das corregedorias. “Criar um plano de carreira é essencial para dar maior lisura e credibilidade. Não pode existir possibilidade de pressão de alguma autoridade da Segurança Pública ou medo de que uma vingança seja orquestrada.” Até a publicação desta reportagem, o ofício não havia sido respondido.

Pelos dados da Ouvidoria, entre 1998 e 2009, houve realmente um baixo índice de processos que culminaram em alguma sanção. Dos 3.912 policiais civis investigados por conta de denúncias feitas ao órgão, 904 (23%) foram punidos. Entre os policiais militares, o número é um maior. Dos 8.090 policias militares investigados na mesma situação, 4.994 (61%) foram efetivamente punidos.

Outro lado

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública na noite desta quinta-feira (11) para que o órgão se pronunciasse sobre as críticas, mas nenhum assessor de imprensa foi encontrado para responder aos questionamentos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/03/12/ouvidor-da-policia-de-sp-diz-que-investigacoes-contra-abusos-deixam-a-desejar.jhtm