Policial que fez colega refém passou por 35 unidades em 10 anos
05 de março de 2010 • 02h59 • atualizado às 03h00
Ex-paraquedista do Exército com cursos até no Panamá, Uerner Leonardo, o policial que manteve um colega refém por 5 horas nessa quinta-feira, sempre teve dificuldades de relacionamento dentro da Polícia Civil. Admitido em agosto de 1999, o inspetor teve 35 lotações em diferentes unidades desde então. Nesse período, recebeu só uma punição, por ter faltado a um plantão da 40ªDP (Honório Gurgel), em fevereiro de 2008. A suspensão foi de 16 dias.
Professor de Educação Física, ele chegou a ser preparador físico do juvenil do Vasco. Entre muitas histórias de confusão por onde passou, uma se destaca: certa vez, arremessou o teclado em um delegado que prestava queixa. Colegas contam que Uerner tinha manias curiosas, como, por exemplo, todos os dias, pontualmente às 17h, parar o que estivesse fazendo para uma série de flexões de braço.
Avaliação psiquiátrica depois de libertação
Uerner se entregou às 18h30. Mais uma vez, exigiu que uma equipe de reportagem filmasse a ação. Primeiro abriu a porta e liberou Maia. Em seguida, tirou o pente da pistola, colocou a arma sobre uma mesa e saiu. Depois, foi avaliado por psiquiatra e levado à Corregedoria da Polícia Civil. De lá, seguiu para um hospital psiquiátrico
.”Ele será tratado. Está afastado e sem autorização para portar a arma. Vai responder administrativamente e criminalmente. Sendo considerado culpado, será expulso”, explicou Ronaldo Oliveira, diretor de Polícia da Capital.
Entenda o caso
O inspetor da Polícia Civil Uerner Leonardo Barreira Passos, 39 anos, manteve refém o chefe de investigações da 39ª DP (Pavuna) Marcos Eduardo Maia, que estava desarmado, dentro de uma sala da unidade, durante 5h30. O ataque teria acontecido devido a uma insatisfação com a escala de serviço. A negociação foi tensa, e Uerner fez várias exigências para se entregar e liberar o colega. Transtornado, ele apontava a pistola na direção de Maia e ameaçava disparar. Cerca de 100 agentes cercaram a delegacia durante as negociações.
“Ele colocava a arma na direção do meu rosto e ficava se balançando. Estava alucinado. Nada o acalmava. Várias vezes cheguei a pensar que ia mesmo me matar. Prefiro enfrentar vários tiroteios em uma favela do que uma situação como essa novamente. Pensei muito na minha família e só pedia calma para ele”, lembrou Maia, depois de ser liberado.
O impasse começou por volta das 13h, quando Uerner apresentou um Boletim de Inspeção Médica (documento que oficializa o pedido de licença médica) ao delegado da 39ª DP, Ricardo Vianna Castro, que não autorizou o afastamento do policial. Irritado, o inspetor se referiu ao delegado como você, que exigia ser tratado como senhor, e ainda o chamou de playboy da Zona Sul. Foi quando Ricardo Vianna deu voz de prisão ao agente. A discussão ficou fora de controle e os dois puxaram suas armas.
Nesse momento, Maia, que entrava no gabinete do delegado, presenciou a cena e tentou desarmar o colega, levando-o para uma sala anexa. Armado, Uerner conseguiu render o chefe de investigações e o tomou como refém.
Trinta minutos depois, a delegacia já estava cercada por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Atiradores de elite se posicionaram em prédios vizinhos, um helicóptero sobrevoava o local e o delegado Rodrigo Oliveira, diretor de Polícia Especializada, conduzia as negociações.
À medida em que o tempo passava, Uerner fazia mais exigências. Uma delas foi trocar socos com o delegado sem que ninguém interviesse, não ser preso e ser transferido de delegacia. “Tenho cultura, cursos operacionais, mas não sou valorizado. Só saio daqui com a imprensa”, gritava ele.
Um dos momentos mais críticos foi quando uma equipe de reportagem foi até a porta do quarto para conversar com o policial. Apontando a arma na direção do inspetor, ele contou à imprensa sua versão, fez acusações contra o delegado e em seguida mandou todos saíram e fechar a porta.
PARA QUE SERIA O HELICOPTERO SOBREVOANDO O LOCAL…
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Amigos, será que falta muito ainda para termos um acesso de raiva como o colega carioca? Esse acúmulo de serviço, sem descanso, sem dinheiro, sem perspectiva, sem moral, sem respeito, não falta nada. è só um filho ou a esposa adoecer e pronto,. estamos prontos para figurar como ator principal na tv e nos jornais. Alguém ainda acha que ser Polícia hoje, inclusive no Rio de Janeiro. é fácil?? Fácil ra quem está nesta merda como emprego, mas o pessoal que está carregando o piano está a ponto de explodir. Greve já (prá acalmar os ânimos).
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O delegado teve mais sorte que o delegado de sao paulo, que um policial o matou em razão de problemas de saude. em sua sala, no antigo predio do denarc.
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não demora e acontece aqui em SAMPA tambem com meio mundo revoltado com as chefias e sobrando ronda pra tudo que é lado valorização de bico das ditas autoridades, e não sobra tempo para o policia nem ir para o bico. o bolso vae ficando vazio.
A MESTRUAÇÃO DA MINHA MULHER DEMORA MAIS TEMPO DO QUE
O MEU SALARIO.
a policia esta no maximo do estres, muito não estão mais suportando esta situação, não demora sai MERDA
depois vamos ver de quem é a culpa
ISSO NÃO É RAIVA É NESCESSIDADE…..SURTOUuuuuuuuuuuuuuuuu
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Caraca,………Xaropaço….
É foda o colega surtou……
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Tratamento adequado nele….
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É deprimente ver a situação em que encontra-se os policiais honestos.
Muitos estão com problemas emocionais seríssimos em virtude do excesso de plantões, falta de condições financeiras, preocupação com as canetadas injustas e o pior sem ter a quem recorrer.
Na Seccional Centro vários policiais estão dobrando, triplicando os plantões. Além dos plantões normais, estão tendo que dobrar com as famosas rondas para dar nome ao Seccional, para dizer que a gestão dele funciona.
Apenas os policiais honestos estão sendo sacrificados, os DESONESTOS não são sacrificados por estarem dando muito lucro ao chefe dos tiras e ao próprio seccional.
É só checarem os talões abertos pelos policiais da seccional centro e os plantões normais.
Quanto o policial chega ao máximo de stress e surta, dizem que ele é 13 e outras idiotices mais.
Ninguém fala do sacrifício de alguns em detrimento dos corruptos.
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É mesmo, os delegados são uns chatos, ditadores prepotentes, legais são os oficiais da PM. eles são democráticos, não deixam ninguem na mão, solicitem exoneração e se inscrevam na Polícia Militar, tenho certeza que a totalidade de frouxos se matariam no dia seguinte cortando os pulsos, aaaffff!, O Cap Mordadore que o diga como seus colegas são batutas. Não que na PC. não exista este tipo de gente, mas é a menoria, alguns tem até muito poder, mas o tempo se encarregará deles. Comparem e vejam se não estou certo. Grato, desculpem se fui ofensivo demais, mas alguns não conhecem o outro lado da moeda.
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A maioria desses delegados se acham deuses,que podem tudo,mas não é bem assim;Meu total apoio ao inspetor,que ele não seja expulso.
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