MP convida Serra e Kassab para debaterem solução para enchentes em SP 13

19/02/10 – 09h02 – Atualizado em 19/02/10 – 12h26

Promotoria faz reunião nesta sexta-feira.
Governo estadual diz ter enviado um técnico para encontro.

 Do G1, em São Paulo

O Ministério Público de São Paulo convidou o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) para uma audiência pública, a partir das 9h desta sexta-feira (19), para debaterem as causas e soluções para as enchentes que assolam o estado e a cidade nos dias de chuva.

Além de Serra e Kassab, outras autoridades receberam convite para a reunião na sede do Ministério Público Estadual, no centro da capital.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que não sabiam do convite e que, por esse motivo, só irá se pronunciar mais tarde. O governo estadual informou que o convite feito pelo MPE não veio nominal ao governador José Serra, mas, sim, à Secretaria de Saneamento e Energia. Um técnico do órgão foi designado para participar da reunião.

OTORIDADE CABIXABA MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRA GOMES: EITA VAGABA! VAGABA E ESTELIONATÁRIA 41

Secretário de Segurança pede desculpas a funcionárias presas na Riachuelo

18/02/2010 – 16h03 (Eduardo Fachetti – gazeta online)

foto: Gildo Loyola – GZ
Delegada Maria de Fátima Oliveira Gomes
A Delegada Maria de Fátima Oliveira Gomes foi afastada do cargo após prender trabalhadoras de uma loja de departamentos

Durante uma reunião a portas fechadas no gabinete da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o secretário Rodney Rocha Miranda pediu desculpas formais às quatro funcionárias de uma loja de departamentos que na última semana foram presas em uma situação polêmica que pressupõe abuso de autoridade por parte da delegada Maria de Fátima Oliveira Gomes, titular afastada da Delegacia de Polícia de Novo México, em Vila Velha.

No início da tarde desta quinta-feira (18), representantes da Associação de Dirigentes Logistas de Vitória, do Sindicato dos Comerciários do Espírito Santo, advogados e a gerência da rede Riachuelo se reuniram com o secretário de Segurança para apresentar as versões sobre o caso.

Após o encontro, que durou cerca de uma hora, a líder de departamento Kellen Roncetti, que foi detida sob acusação de desacato a autoridade, se disse aliviada. “Ele (o secretário Rodney Miranda) nos pediu desculpas em nome do Estado e quis nos ouvir para saber o que de fato aconteceu. Eu ainda não trabalhei até hoje, há noites em que nem consigo dormir. Vamos conversar agora com nosso advogado para ver o que vamos fazer, mas eu perdoo a delegada. Sou uma pessoa cristã e temente a Deus, não guardo rancor algum contra ela”, comentou Kellen.

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A supervisora comercial Jeane Ruckdeschel, que foi levada para o Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica, acusada de resistência à prisão, afirmou ainda estar muito abalada com os fatos. Ela diz que não vai deixar de lado a atitude da delegada, a quem ela classificou como uma pessoa sem qualificação para exercer um cargo de comando.

“Nessa situação faltou capacidade de se colocar no lugar do outro. Tive que chegar em casa e consolar minha mãe, que não parava de chorar. Eu queria que a delegada se colocasse no lugar da minha mãe”, ressaltou Jeane.

Acidente no trânsito e voz de prisão

O agente penitenciário Sizemar de Souza Moraes é outra pessoa que se diz vítima do abuso de autoridade da delegada Maria de Fátima. Ele conta que há dois anos se envolveu em um acidente de trânsito na Avenida Nossa Senhora da Penha, quando foi obrigado a frear para não colidir na traseira de um outro veículo.

De acordo com Sizemar, a delegada seguia na avenida atrás de seu carro e também teve que frear bruscamente. Ao descer do veículo, ela teria se identificado como delegada e chegou a levar o agente penitenciário para a delegacia da qual já era titular.

“Fui muito humilhado. Imagine você passar um dia inteiro em uma delegacia sem direito a telefonar para um advogado, sem família, sem poder beber água ou ir ao banheiro. Respondi a um processo por direção perigosa, porque segundo essa delegada, eu represento um perigo para a sociedade”, relatou o rapaz.

Segundo o secretário Rodney Miranda, a reunião foi importante para esclarecer as versões do caso. Ele ressaltou que a delegada deve ser ouvida esta semana pela Corregedoria da Polícia Civil e que pediu que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público Estadual (MPE-ES) que acompanhem as investigações sobre o caso.

DIBOA – DIVISÃO DE BOATOS DA POLÍCIA CIVIL – RESPONDE: O FUNDAMENTO DE VALIDADE DA INFORMAÇÃO RESIDE NO IMPEDIR SEJA CONCRETIZADA 4

2010/02/19 at 1:32 – ANA MARIA   ( acerca dos supostos descontos pertinentes ao adicional de insalubridade )  

Olá!
Sou policial civil e um colega chegou com uma cópia desta página no meu trabalho, o que gerou verdadeira polêmica sobre o tema.
O que todos aqui gostariam de saber é o fundamento disso, ou seja, de onde partiu tal informação, de algum órgão oficial? É ponto certo e pacífico? Vou além: em qual link poderíamos confirmar a validade da informação?
Vejo que vários colegas estão putos, como eu… mas não seria primeiro importante julgarmos a validade, a veracidade da informação? Poderia ser mais uma confusão oriunda da “diboa” (divisão de boatos) da Polícia Civil?
Gostaríamos realmente que fosse postado o link oficial e/ou confiável de onde tal informação partiu e por onde poderia ser checada em sua credibilidade.
Abraços.
Ana Maria
PS – E independente disso, abaixo o PSDB!

__________________________________________

Você esperaria a consumação de um crime para agir?

Você prefere aguardar o holerite?

Você prefere aguardar a exoneração do DGP ( que a maioria confia e admira )?

Certamente, não!

O DIBOA ( paralisante), idem.

LEGALIDADE E MORALIDADE: ANULO o despacho e a Resolução, às fls. 376/379, que mitigou a pena do acusado (reserva prevista no artigo 76, § 2º da LOP), por ter sido proferida por autoridade incompetente 10

No Processo GS/2.501/04 – DGP/7.047/03 – Vols. I e II, em
que o interessado (reserva prevista no artigo 76, § 2º da LOP),
responde Processo Administrativo Disciplinar, foi exarado o
seguinte despacho: “Instada a se manifestar, a Consultoria
Jurídica da Pasta, consoante o parecer n.º CJ/3091/04, às
fls.361/374, opinou pela aplicação ao acusado da pena discipli-
nar de demissão, uma vez que a documentação encartada aos
autos é farta e robusta, demonstrando que o acusado incorreu
em procedimento irregular de natureza grave. Contudo, através
dos Atos Secretariais constantes, às fls. 376/379, o acusado teve,
indevidamente, a sua penalidade atenuada com a reprimenda de
suspensão pelo prazo de 90 (noventa) dias. Em face do parecer
n.º CJ/3665/09, cópia às fls. 458/467, que analisou a conduta
do acusado nos autos do Processo Administrativo Disciplinar
GS/0582/05 – DGP/6156/03 – Vols. I a IV, e que trouxe ao
conhecimento deste Secretário a decisão final do então titular
da Pasta, que olvidando a competência do Chefe do Executivo,
proferiu decisão que suprimiu uma instância, os autos foram
encaminhados a Consultoria Jurídica da Pasta para reapreciação.
Através do parecer n.º CJ/052/10, às fls. 453/455 e verso, a Con-
sultoria Jurídica da Pasta, indicou a nulidade do procedimento
a partir das fls. 376, inclusive, apontando a incompetência do
então titular da Pasta na mitigação da penalidade aplicada
ao acusado, em desencontro ao contido no parágrafo primeiro
do artigo 70, da Lei Complementar n.º 207, de 5 de janeiro de
1.979, alterada pela Lei Complementar n.º 922, de 02 de julho
2.002. Diante do exposto, ANULO o despacho e a Resolução, às
fls. 376/379, que mitigou a pena do acusado (reserva prevista
no artigo 76, § 2º da LOP), por ter sido proferida por autoridade
incompetente.”. Dr. Manoel Gregório Castellar Pinheiro Filho
– OAB/SP nº 121.758 e Dr. Jorge Henrique Monteiro Martins –
OAB/SP nº 105.227

______________

A anulação diz respeito ao delegado PAULO SÉRGIO OPPIDO FLEURY, consignando-se que a autoridade impetrou mandado de segurança preventivo em razão do iminente ato anulatório do Excelentíssimo Secretário.

Sem entrar no mérito da justeza da penalidade proposta pela Procuradoria do Estado, necessário afirmar que só GOVERNADOR –  mais ninguém – possui competência para decidir sobre absolvição ou punição de Delegados de Polícia, em sede de processo administrativo instaurado por pretensas  faltas disciplinares que importem em eventual pena demissória.

SAULO ABREU E RONALDO MARZAÇÃO NADA SABEM ACERCA DO PECULATO DA VERBA RESERVADA…EU ACREDITO! 13

8/02/2010 – 10h20
Ex-secretários de segurança de SP depõem ao MP
São Paulo – Os ex-secretários da Segurança Pública de São Paulo Saulo Abreu (2002-2006) e Ronaldo Marzagão (2007-2009) prestaram esclarecimentos à Procuradoria-Geral de Justiça sobre o suposto desvio de verbas de manutenção e de operações policiais sigilosas do gabinete da secretaria. Ambos negaram saber das irregularidades. Também afirmaram que sempre mandaram apurar o que lhes chegava ao conhecimento.

Os esclarecimentos foram prestados por escrito ao procurador-geral Fernando Grella Vieira, cujo gabinete conduz a apuração das denúncias sobre o mau uso de cerca de R$ 3 milhões entre 2002 e 2008. Há uma testemunha que afirmou que funcionários do gabinete, entre eles dois ex-chefes, teriam desviado o dinheiro, utilizando-o para o pagamento de contas particulares ou simplesmente embolsando quantias mensais de até R$ 50 mil. Ela apresentou até mesmo cópias de supostas notas frias usadas para justificar os gastos.

Em sua gestão, Saulo mandou apurar o suposto desvio de material do gabinete por um funcionário, cuja empresa devia executar um projeto de reforma de um quartel da Polícia Militar. Já Marzagão, ao saber que seu então chefe de gabinete guardaria irregularmente R$ 127 mil em dinheiro da verba de operações em um cofre, mandou que tudo fosse depositado na conta da secretaria.

Marzagão e Saulo afirmaram que prestavam contas do dinheiro usado de acordo com as normas então vigentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Após as denúncias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, o TCE e o atual secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, decidiram mudar a forma de prestação de contas dos gastos em operações.

Agora, o dinheiro deve ser pedido à secretaria, acompanhado de justificativa para o gasto e a descrição da operação. Tudo deve ser posto em envelope lacrado e enviado ao secretário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De Sanctis: CartaCapital 1

Redação CartaCapital

Para mais informações, consulte nosso Expediente.

Discurso de Pedro Simon em defesa do juiz Fausto De Sanctis

17/02/2010 22:12:20

Redação CartaCapital

Confira, abaixo, a íntegra do discurso do senador Pedro Simon sobre a interferência dos tribunais superiores nas decisões do juiz Fausto De Sanctis, responsável por condenar o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, e investigar executivos da construtora Camargo Corrêa, na quarta-feira 17:

“Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores:

Durante o recesso, estudei com atenção dois assuntos que muito atraíam meu interesse.

O primeiro deles era a situação delicada que vive o Judiciário brasileiro em função da freqüente revisão de decisões de juízes de primeira entrância por parte de Membros dos Tribunais Superiores. Na verdade, eu me concentrei no estudo do caso do juiz Fausto de Sanctis, que atua em dois processos de grande presença na mídia, resultantes das operações Satiagraha e Castelo de Areia.

O outro assunto sobre o qual eu havia me debruçado com a finalidade de fazer um pronunciamento era a comemoração naquele dia, quinta-feira da semana passada, dos vinte anos da libertação de Nelson Mandela após 27 nos de prisão. Considero Mandela o maior estadista vivo. Acho que ele se transformou num dos maiores homens públicos do século passado ao fazer a transição pacífica de um regime racista para uma democracia multirracial. Sem ele, sem sua grandeza, sem sua imensa capacidade de perdoar, a África do Sul teria mergulhado numa guerra fraticida.

Decidi falar sobre Nelson Mandela. Afinal, na Justiça brasileira, anos após ano, não se vê muita mudança para melhor. Permanece sempre a frustrante sensação de impunidade. É verdade que o recentemente criado Conselho Nacional de Justiça vem apresentando bons serviços à Nação. Mas também é verdade que os processos se arrastam por anos, dando a impressão de que só os que têm bons advogados é que obtêm Justiça neste país.

Pois bem, subi à Tribuna e falei de Nelson Mandela.

Ao descer para o Plenário, fui informado de que o governador de Brasília, José Roberto Arruda, havia sido preso, em conseqüência da Operação Caixa de Pandora.

Não acreditei, Senhor Presidente. Simplesmente, eu não acreditei no que estavam me dizendo.

No entanto, em seguida, fui entrevistado pelos jornalistas, e caí na real, como dizem os jovens. Realmente, o STJ havia dado uma ordem de prisão contra o governador e ele já encontrava recolhido às dependências da Polícia Federal.

Já no gabinete, comentei com meus assessores o que poderia ter ocorrido. Enquanto eu estivesse comentando, na Tribuna, a necessidade urgente de uma Justiça efetiva e eficiente neste país, algum dos Senhores Senadores poderia se levantar para derrubar meu pronunciamento com um simples aparte, informando que o governador do Distrito Federal havia sido preso.

Mais tarde, eu voltei a examinar o pronunciamento que havia preparado sobre a Justiça. Num primeiro momento, pensei em não divulgá-lo mais. No entanto, conclui que o que aconteceu em Brasília, embora sendo um avanço, é apenas um passo em direção a Justiça que queremos. É um grande passo, sem dúvida. Mas é o primeiro.

Assim, aqui estou, hoje para analisar a Justiça brasileira, especialmente no que se refere ao choque entre juizes de primeira entrância e Tribunais Superiores. Faço, agora, portanto, o pronunciamento que poderia ter feito na semana passada. Ao final dele, comentarei a sentença contra o governador de Brasília e as muitas e intrincadas questões políticas levantadas por este fato.

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores: venho hoje a esta Tribuna para tratar de assunto que é um dos mais grave da área pública justo neste momento em que começamos o ano de 2010, ano de disputa presidencial, ano de acirramento dos ânimos políticos, ano de uma eleição que promete ser das mais duras já enfrentadas após a redemocratização.

Quero tratar hoje, aqui, da Justiça brasileira. Aliás, num valoroso artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, em 24 de dezembro passado, a procuradora da República Janice Agostinho Barreto Ascari dá uma dimensão do problema.

‘A Justiça na UTI’ é o título do referido artigo.

Nesse texto, a procuradora examina todas as graves implicações dos desdobramentos jurídicos da conhecida Operação Satiagraha.

Leiamos os três primeiros parágrafos do referido artigo:

‘Após sucessivas intervenções jurídicas incomuns encontra-se agonizando, em estado grave, um dos mais escabrosos casos de corrupção e crimes de colarinho branco de que se teve notícia no Brasil’.

‘A Operação Satiagraha surpreendeu o país. Nem tanto pelos crimes (corrupção, lavagem de dinheiro e outros), velhos conhecidos de todos, mas sim pelas manifestações de autoridades e de instituições públicas e privadas em defesa dos investigados’.

‘Nunca se viu tamanho massacre contra os responsáveis pela investigação e julgamento do caso. Em vez do apoio à rigorosa apuração e punição, buscou-se desacreditar e desqualificar a investigação criminal colocando em xeque, com ataques vis e informações orquestradas e falaciosas, o sério trabalho conjunto do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, bem como a atuação da Justiça Federal’.

Falarei aqui, hoje, sobre o juiz Fausto de Sanctis, Titular da Sexta Vara Criminal de São Paulo, que, jovem ainda, tem sob sua responsabilidade vários processos que ganharam o interesse da mídia por envolverem aqueles a quem podemos chamar de pessoas de grosso calibre.

Dos casos sob a responsabilidade do Juiz De Sanctis, o mais conhecido, sem dúvida, é a Operação Satiagraha, mas há dois outros igualmente intrincados e que envolvem pessoas poderosas.

A operação Satiagraha tem como principal acusado o senhor Daniel Dantas, badalado banqueiro, nacionalmente famoso depois que obteve do Supremo dois hábeas corpus quase simultâneos que o livraram da cadeia, onde se encontrava por ordem do magistrado acima citado.

Duas decisões recentes de tribunais superiores, tomadas no final do ano passado, podem invalidar as investigações da Satiagraha. Uma liminar do STF determinou que todas provas originais dessa Operação – reunidas em doze grandes caixas – fossem retiradas do processo e levadas para Brasília. Uma liminar de ministro do STJ suspendeu ações e investigações da Satiagraha.

O segundo caso de grande impacto na comunicação social que está em mãos do jovem magistrado é resultante de uma outra operação da Polícia Federal, chamada Castelo de Areia, que investigou doações milionárias de uma conhecida construtora nacional a políticos de todos ou quase todos os principais partidos políticos brasileiros.

No processo da Operação Castelo de Areia, a investigação do juiz De Sanctis foi suspensa, em pleno recesso da Justiça, agora em janeiro, pelo Superior Tribunal de Justiça, que aceitou as alegações dos advogados da empresa, no sentido de que a investigação teria sido iniciada ilegalmente por quebra de sigilo telefônico em decorrência de denúncia anônima. De nada adiantou o juiz ter explicado as STJ que o caso iniciou-se com o depoimento de um colaborador da Justiça e com os resultados de outra apuração policial.

Sobre a suspensão da investigação no caso Castelo de Areia, a revista CartaCapital publicou, na edição de 20 de janeiro, um editorial assinado pelo destacado jornalista Mino Carta:

“Mais uma telha cai sobre a cabeça do juiz Fausto De Sanctis, da Sexta Vara Criminal de São Paulo, especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem. Dia 11, o juiz aceitou a denúncia do MP federal, amparado por investigação da PF contra três diretores da Camargo Corrêa por lavagem precedida por evasão de divisa. Dia 14, o STJ paralisou a ação!”

Depois de ressaltar que “o destino inescapável”, levou o juiz a tomar decisões que atingiram “enormes interesses, econômicos e políticos”, o edital da conceituada revista acrescenta:

‘Fausto De Sanctis é jovem magistrado de figura elegante e palavras bem medidas, raramente revela alguma tensão ao apressar a fala sem elevar o tom. Sua dedicação ao mister está fora da mais pálida dúvida, bem como sua competência e integridade’.

‘O juiz não vive, porém, dias sossegados, alvo de inúmeros procedimentos administrativos e de acusações e ironias de pares e escribas, sem falar do confronto que teve de sustentar com o presidente do STF, Gilmar Mendes, quando das prisões do banqueiro Daniel Dantas. Confronto perdido, como se sabe, pelos dois habeas corpus concedidos ao banqueiro graças a decisões de Mendes tão imperiosas quanto descabidas’.

Há ainda um outro processo com grande repercussão na mídia submetido ao juiz De Sanctis. Trata-se do conhecido caso MSI-Corinthians, que investiga uma nebulosa parceria entre o clube de futebol paulista e uma multinacional de investidores, a MIS, comandada pelo magnata russo Boris Berezovski, uma das figuras mais controvertidas do capitalismo pós-soviético, que, após o colapso do comunismo, enriqueceu com as privatizações no regime de Boris Ieltsin.

Senhor Presidente, inicialmente, vou me concentrar, aqui, na Operação Satiagraha.

Vejamos mais um trecho do referido artigo da procuradora Janice Ascari, na Folha, em que ele analisa o desdobramento dessa famosa operação:

‘O poder tornou vilões os que sempre se pautaram por critérios puramente jurídicos e recolocaram a questão no campo técnico, no cumprimento do dever funcional. Pouco se fala dos crimes e dos verdadeiros réus’.

Cabe aqui um comentário que é, na verdade, uma lamentação. No Brasil, hoje, aparentemente, Judiciário, Legislativo e Executivo não se debruçam mais sobre o essencial. O que se discute, por exemplo, não é o crime praticado, mas se as autoridades colocaram os carimbos corretos nas páginas certas dos processos. Ou seja, discute-se, em muitos casos, o acessório e não o principal.

Pois bem, prossegue a procuradora Janice:

‘Em julho de 2008, decretou-se a prisão dos investigados pela possibilidade real de orquestração e destruição de provas’.

‘A prisão preventiva do cabeça da organização foi criteriosamente determinada em sólida decisão, embasada em documentos e em fatos confirmados nos autos, como a grande soma de dinheiro apreendida com os investigados, provando ser hábito do grupo o pagamento de propinas a autoridades’.

‘Apesar de tantas evidências, o presidente do STF revogou a prisão por duas vezes em menos de 48 horas. Os fatos criminosos, gravíssimos, foram ignorados. Pateticamente, o plenário do STF referendou o “HC canguru” (aquele habeas corpus que pula instâncias) e voltou-se contra o juiz, mas sem a anuência dos ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurélio – este, aliás, o único que leu e analisou minuciosamente as decisões de primeiro grau’.

E continua a procuradora:

‘Iniciou-se um discurso lendário, inconsequente e retórico para incutir, por repetição, a ideia da existência de um terrível ‘Estado policialesco’ e da ‘grampolândia’ brasileira, uma falação histriônica a partir de um ‘grampo’ que jamais existiu’.

Eu lembro muito bem desse episódio, pelo tanto que ele acirrou a discussão entre os juristas brasileiros. Afinal, tratava-se de uma decisão inusitada e preocupante do presidente do Supremo. Um juiz de primeira instância mandava prender um cidadão e o presidente do Supremo revogava tal decisão em duas oportunidades, em apenas 48 horas.

Ali eu me perguntei: será que em outros países é assim?

Será que na França ou nos Estados Unidos um ministro da Corte Suprema revoga decisão de juiz e dá, em seguida, declarações bombásticas contra esse mesmo magistrado?

O problema, em poucas palavras, é o seguinte: estarão as decisões dos tribunais superiores brasileiros travando investigações contra poderosos ao mesmo tempo em que desprestigiam policiais competentes e humilham magistrados inflexíveis?

O artigo da procuradora Janice Ascari entra no cerne da questão:

‘Alcançou-se o objetivo de afastar policiais experientes, de trabalho nacionalmente reconhecido e consagrado: o então diretor da Abin foi convidado a deixar o cargo; o delegado de Polícia Federal que presidiu o inquérito foi afastado das funções e corre risco de exoneração’.

‘Outra vertente é aniquilar a atuação da Justiça de primeiro grau, afastando o juiz. Cada decisão técnica, porque contrária aos réus, passou a ser tachada de arbitrária e parcial. Muitas foram as armadilhas postas para atacar pessoalmente o juiz e asfixiar a atividade da primeira instância, por meio de centenas de petições, habeas corpus, mandados de segurança e procedimentos disciplinares’.

Por falar em procedimentos disciplinares, a revista Carta Capital – que vem dando uma excepcional cobertura sobre o trabalho que visa emparedar o juiz de Sanctis – arrola as ações contra o magistrado, na sua edição de vinte de janeiro do corrente ano:

‘Desde março do ano passado, após a operação Satiagraha, o Tribunal Regional Federal instaurou, a cargo de De Sanctis, cinco procedimentos administrativos, dos quais três foram arquivados e dois estão em curso. Mais cinco foram da lavra do STF: três arquivados e dois em cursos. E mais três pelo CNJ: dois em curso e um arquivado. Acrescente-se uma chuva de reclamações diversas no Supremo’.

Voltemos ao artigo da procuradora Janice:

‘No apagar de 2009, duas decisões captaram a atenção da comunidade jurídica. A primeira, pelo ineditismo: na Reclamação 9324, ajuizada diretamente no STF, alegou-se dificuldade de acesso aos autos. O juiz informou ter deferido todos os pedidos de vista. Sobreveio a inusitada liminar: o ministro Eros Grau determinou que todas as provas originais fossem desentranhadas do processo (!) e encaminhadas ao seu gabinete. Doze caixas de provas viajaram de caminhão por horas a fio e agora repousam no STF’.

‘A segunda foi a liminar dada pelo ministro Arnaldo Esteves Lima (STJ, HC 146796), na véspera do recesso. Por meio de uma decisão pouco clara e de apenas 30 linhas, apesar da robusta manifestação contrária da Procuradoria-Geral da República, todas as ações e investigações da Satiagraha foram suspensas e poderão ser anuladas, incluindo o processo no qual já houve condenação por corrupção’.

‘A alegação foi de suspeição do juiz, rechaçada há mais de um ano pelo TRF-3ª Região. Curiosamente, o réu não recorreu naquela ocasião. Preferiu esperar dez meses para impetrar HC no STJ, repetindo a mesma tese. As duas decisões são secretas. Não foram publicadas e não constam dos sites do STF e do STJ. Juntas, fulminam uma megaoperação que envolveu anos de trabalho sério. Reforçam a sensação de impunidade para os poderosos, que jamais prestam contas à sociedade pelos crimes cometidos’.

Senhor Presidente, passo agora a tratar da Operação Castelo de Areia. O rolo compressor moveu-se desde o momento em que o juiz de Sanctis aceitou denúncia do Ministério Público contra diretores da construtora Camargo Corrêa por julgar convincentes as provas de que eles teriam enviado dólares a paraísos fiscais.

Sobre a Operação Castelo de Areia, a revista Carta Capital informou que a procuradora da República responsável pelo caso, Karen Louise Kahn, lamentou a decisão do STJ, já que o ministro que a firmou teria sido ‘induzido a erro por advogados ao deferir liminar sem ouvir o Ministério Público Federal’.

Segundo a procuradora Karen Louise Kahn, a atuação do MPF durante toda a investigação ‘foi inteiramente pautada na legalidade, fornecendo à Justiça Federal todos os elementos necessários à concessão de medidas constritivas, como a interceptação telefônica, que acabou sendo deferida pelo juízo de forma legal e fundamentada’.

A ação referente ao caso Castelo de Areia foi suspensa provisoriamente no dia 14 de janeiro quando o ministro César Asfor Rocha, presidente do STJ, concedeu hábeas corpus em favor dos acusados em função da existência de supostas provas ilícitas no processo.

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores:

Quero comentar aqui a “sensação de impunidade” que atinge hoje todos os cidadãos brasileiros.

Existem vários estudos que avaliam a sensação que os cidadãos têm, por exemplo, em relação à impunidade reinante em suas sociedades.

O que se sabe é que a sensação de impunidade no Brasil é fortíssima. Isso ocorre porque os telejornais mostram todo dia criminosos comuns sendo enfiados num camburão, mas quase nunca apresentam um figurão sendo levado para a cadeia.

O que está em na mente do cidadão brasileiro é o sorriso de gente graúda ao sair da cadeia cercada por seus advogados altamente remunerados.

Acontece, porém, que nós vimos, recentemente, na televisão norte-americana, o banqueiro Bernard Madoff, autor do maior golpe de pirâmide financeira da história, sendo xingado nas ruas de Nova Iorque ao ser conduzido ao tribunal.

Senhor Presidente, o problema é, repito, da maior gravidade.

E pergunto eu:

Será mesmo que os setores mais altos da nossa Justiça estão em divergências profundas com os magistrados das instâncias iniciais?

Essa é uma pergunta inconcebível num país democrático.

Mas eu pergunto ainda:

Haverá fundamento na sensação que temos de que impera a impunidade em nosso país?

Será que os ricos, os poderosos, os magnatas e as grandes empresas saem sempre vencedores nas causas que enfrentam na Justiça brasileira, aqui no Congresso Nacional ou nos órgãos do poder Executivo?

Essas são perguntas que me constrangem.

As respostas a essas perguntas também me constrangem.

Repito aqui, Senhor Presidente, o trecho final do artigo da procuradora Janice Ascari publicado pela Folha:

‘A sociedade precisa de segurança e de voltar a ter confiança na Justiça imparcial, aquela que deve aplicar a lei a todos, indistintamente.’

Senhor Presidente, aqui acabava meu discurso anterior sobre a Justiça.

Hoje, aqui, mantenho essas indagações delicadas mesmo depois da prisão do governador do Distrito Federal acusado de tentar subornar testemunhas, após ter sido apontado, inicialmente, como mentor, aqui na capital da República, de um sistema de mensalão, ou seja, de pagamento de uma certa quantia mensal a deputados de sua base política na Câmara Distrital.

Pelo que informam os jornais, a corrupção em Brasília atingiu números extraordinários.

Esse sistema de ‘sustentação política’ não é privilégio único do Distrito Federal. Uma acusação semelhante contra o governo federal derrubou, anos atrás, o então todo poderoso ministro José Dirceu e arrastou junto com ele uma dezena de destacados petistas. Aliás, cabe aqui um comentário. Desde o momento em que caiu o senhor José Dirceu e assumiu a Casa Civil a ministra Dilma Roussef o governo Lula deu um salto de qualidade. Mudou para muito melhor. Ficou mais eficiente e menos autoritário.

Vamos à Operação Caixa de Pandora.

Antes de tudo, quero saudar o ministro Fernando Gonçalves, que determinou a prisão do governador. Pelo que diz a imprensa, trata-se de um magistrado cauteloso e discreto, como costumam ser os juizes nascidos nas Minas Gerais. Pelo que dizem aqueles que o conhecem, para tomar atitude de tal grandeza, ele deve ter refletido muito e deve ter examinado à exaustão um grande número de provas arrasadoras.

Também me chamou a atenção o fato de o ministro Fernando Gonçalves ter obtido, pouco depois de sua decisão, a confirmação do seu veredicto pelo pleno do STJ. Essa, embora sendo uma atitude jurídica, me pareceu ter um secreto conteúdo político. Melhor dizendo, de sabedoria política. Porque, depois da reunião do pleno, ficou mais difícil revogar uma decisão, coletiva, tomada por alguns dos ministros mais destacados da nação.

A seguir, tivemos a negação, pelo ministro Marco Aurélio, do STF, de um pedido de hábeas corpus impetrado em favor do governador por seus advogados. No seu despacho, o ministro Marco Aurélio disse que a decisão de prender o governador havia sido tomada com “esmero insuplantável”.

Transcrevo aqui um trecho que me parece excelente do despacho do ministro Marco Aurélio:

‘Se, de um lado, o período revela abandono a princípios, perda de parâmetros, inversão de valores, o dito pelo não dito,o certo pelo errado e vice-versa, de outro, nota-se que certas práticas – repudiadas a não mais poder, pelos contribuintes, pela sociedade – não são mais escamoteadas, elas vêm à baila para ensejar a correção de rumos, expungida a impunidade. Então, o momento é alvissareiro’.

Após a prisão do governador, os fatos políticos ganharam velocidade. Quatro organizações ingressaram na Justiça com pedidos de impeachment do vice-governador de Brasília, Paulo Octávio, agora exercendo a governança. Simultaneamente, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, entrou no STF com pedido de intervenção federal no Distrito Federal.

A tese da intervenção federal – pelo que nos informa a imprensa – não encontrou guarida nem no Palácio do Planalto, nem no Supremo e muito menos no Congresso Nacional.

O presidente Lula – que, num primeiro momento, disse que as imagens de gente botando dinheiro nas meias não falavam por si, mas que, depois, se disse chocado – não quer o ônus de indicar a figura sempre antipática um interventor em um ano eleitoral.

Os ministros do Supremo dizem que é preciso exaurir as três instâncias de sucessão – vice-governador, presidente da Câmara Distrital e Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal – antes de decretar a intervenção.

No Legislativo, a votação de um pedido de intervenção bloquearia a votação das Propostas de Emenda à Constituição neste ano eleitoral. Ou seja, ela simplesmente acabaria com a nossa produtividade legislativa, hoje baixíssima.

O presidente da Câmara e Presidente do meu partido, o deputado Michel Temer, disse aos jornais: ‘A regra constitucional é a não-intervenção’. E acrescentou: ‘O normal é seguir o rito institucional. Se houver problemas com o vice-governador, assume o presidente da Câmara Legislativa. Se der problema, o presidente do Tribunal de Justiça. Se nada der certo, aí sim, vem a intervenção, que é a excepcionalidade’.

Agora, estamos aguardando as decisões do Supremo.

Confirmarão os ministro do STF a decisão do ministro Fernando Gonçalves? Decidirão a favor da manutenção da ordem de prisão contra o governador? Como reagirão os ministros do Supremo diante do pedido de intervenção?

A crise política de Brasília se arrasta há mais de oitenta dias.

Sou um admirador da obra de Juscelino Kubitscheck. A criação de Brasília serviu para favorecer o desenvolvimento acelerado de Estados que hoje são relevantes para a economia nacional, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins, sem falar em seus efeitos benéficos sobre Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí. No entanto, a representação política em Brasília apresentou muitos problemas. Em cerca de vinte anos de presença no Senado, a capital da República perdeu três senadores, dois deles renunciaram ao mandato e um terceiro foi cassado pelos seus pares.

Eram essas reflexões que eu queria compartilhar com os senhores Senadores.

Ao encerrar, Senhor Presidente, peço que seja anexada ao meu pronunciamento uma nota à imprensa distribuída pela Associação dos Juízes Federal do Brasil (Ajufe) sobre os devastadores desdobramentos das operações Satiagraha e Castelo de Areia.

Diz a nota emitida no dia 19 de janeiro de 2010, em Brasília, pelo juiz Fernando Cesar Baptista de Mattos, presidente da Ajufe:

‘A Associação dos Juízes Federais do Brasil, a propósito das recentes manifestações divulgadas na imprensa acerca das decisões do Superior Tribunal de Justiça que suspenderam as ações penais abertas em decorrência das chamadas operações "Satiagraha" e "Castelo de Areia", vem a público, uma vez mais, defender a independência dos magistrados e salientar que a reforma de decisões deve ser vista pela sociedade como fato normal no Estado Democrático de Direito’.

‘Diariamente são proferidas milhares de decisões pelos juízes e tribunais brasileiros, a partir do livre convencimento e da interpretação dos fatos, da Constituição e das leis. Cada uma dessas decisões agrada uma parte do processo e desagrada a outra.’

‘A independência funcional da magistratura é uma garantia fundamental do Estado Democrático de Direito e da cidadania, não podendo, por qualquer forma, ser diminuída. A possibilidade de recorrer das decisões judiciais também integra o mesmo rol de garantias fundamentais. Portanto, a decisão judicial por órgão de primeiro grau de jurisdição, o recurso em razão dela interposto e a decisão de órgão de instância superior, reformando ou não a decisão primeira, são fatos normais do cotidiano judiciário.’

‘O que não se pode aceitar é a tentativa, cada vez mais reiterada, de, a partir da reforma de uma decisão judicial, pretender-se desqualificar o magistrado que a proferiu. Isso deve ser repelido com veemência.’

‘A independência dos juízes brasileiros, seja qual for a instância que integrem, é essencial para a democracia. Atacar um magistrado pela decisão que proferiu é atacar a democracia.’

‘A Ajufe, portanto, rejeita toda e qualquer tentativa de desmoralização pública de seus associados e não se furtará a manifestar-se sempre que necessário.’

Muito obrigado”.

Pedro Simon (PMDB-RS)
Senador da República

JOW, VOCÊ TEM RAZÃO: SUPORTAR DESCONTOS COMPULSÓRIOS EM DUAS PARCELAS DE CERCA DE R$ 500,00 “ACARRETARÁ FOME” DURANTE MESES PARA MILHARES DAQUELES QUE RECEBEM OS MENORES SALÁRIOS…MOTIVO PARA GREVE JUSTA…GREVE MAIS DO QUE JUSTA! TAL DESCONTO NÃO PASSA DE UMA FORMA DE PECULATO 4

2010/02/17 at 20:52 – Aposentadopol

Dr. Guerra, num dá pra ele descontar o meu desconto do precatóriozinho de 2003 que ele está me devendo não????

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Se o meu governador quer passar para a história como  impopular, problema dele.  Fatalmente irá perder novas disputas para políticos mais sensíveis às necessidades daqueles que ganham pouco.

Se o governador pretende  autorizar  tais descontos, compulsoriamente,  em duas parcelas , o problema é todo nosso, pois quem ganha cerca de R$ 1.500,00, QUEBRARÁ ; FICAREMOS  ENDIVIDADOS  POR MUITOS MESES…

Para quem já estiver abarrotado de dívidas, especialmente  bancárias, mesmo recebendo os maiores salários,  SERÁ A FALÊNCIA!

Assim, para impedir tais descontos. eis o nosso voto: GREVE, MOTIM, REVOLUÇÃO, enfim qualquer nome que queiram dar ao eventual movimento de paralisação. 

A PC paulista (falo sobre essa pois não conheço as demais), não serve para ABSOLUTAMENTE NADA! 30

2010/02/17 at 19:40 – POLÍCIA PARA QUEM APRECIA

Senhor delegado Guerra, criador do paralisante blog e demais usuários desse. É com gde pesar e muita experiência que tecerei as verdades que muitos de vcs ja sabem, mas que ainda não tiveram coragem de bradar(pois é muito difícil admitir).
A PC paulista (falo sobre essa pois não conheço as demais), não serve para ABSOLUTAMENTE NADA! É de conhecimento notório, para quem vive do meio, que as investigações são levadas à cabo em três hipóteses:
1)- Interesse próprio e/ou
2)- Dinheiro ou
3)- Pressão da imprensa.
Conclui-se (após forte resumo do meu raciocínio), que a PC não leva nem 10% de criminosos a julgamento!
Os policiais civis honestos que existem, fazem do “bico” (que deixarei de escrever entre aspas), o ponto forte de seu dia como força de trabalho!
É encarado com mais seriedade o bico do que seu leal dever para com a instituição policial civil.
Somos então, de todas as carreiras, considerados “empregadinhos” dos empresários, industriais, executivos de multinacionais, comerciantes etc. Fazemos das tripas coração para mantermos nossos “empregos” na iniciativa privada, deixando à deriva nossa função primordial de investigação de crimes, sejam eles de qualquer natureza (estadual).
Como exigir respeito se nós não o buscamos seriamente? Será que vendemos nosso respeito por um salário melhor?
Por isso é que se nada for realmente feito por e com o nosso corpo diretivo, a PC paulista não funcionará realmente!
Quero ressaltar que todos os que têm trabalho exógeno ao policial são encarados como “empregadinhos”, até mesmo aqueles que ocupam cargo superior na PC, não criemos ilusões que o tratamento de afabilidade que às vezes nos é dispensado não se findará assim que se extinguir o uso que os controladores da economia querem fazer de nós e de nossos cargos! Será que algum dia teremos realmente a liberdade para investigar todos crimes?
Desse jeito NUNCA.

CARO TENENTE MELLO, INVEJAR OFICIAL DA PM EM RAZÃO DE BICO PARA COMPLEMENTAR APOSENTADORIA É POR DEMAIS MEDÍOCRE…TENHO INVEJA DO CORONEL LADRÃO QUE SERVE AO TRIBUNAL DE CONTAS 12

2010/02/17 at 17:18 ´- TENENTE MELLO

SENTI UMA PONTINHA DE INVEJA, OU MELHOR, MUITA INVEJA, NESSA MATÉRIA PARCIAL E TENDENCIOSA, DESSE ESCRITOR QUE PELO JEITO NÃO TINHA UMA MATÉRIA PRA APRENSENTAR. OS OFICIAIS PELOS MENOS ESTÃO TRABALHANDO, NÃO SERIA BEM PIOR SERIA GANHASSEM SEM TRABALHAR???

ESTAO FAZENDO O CHAMADO BICO, JA QUE, APOS UMA VIDA INTEIRA DEDICADA A CAUSA PUBLICA, O SALARIO NÃO É SUFICIENTE PARA MANTER O SEU PADRAO DE VIDA. O SEU ROBERTO CONDE GUERRA, QUE TA COM INVEJA, É SO ELE INGRESSAR NA ESCOLA DE OFICIAS DA PM…E FICAR 35 ANOS TRABALHANDO, E DEPOIS ARRUMAR UM BOQUINHA DESSA.
INVEJA MATA!!!! KKKK

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A inveja não mata, manda matar.

A inveja, também,  faz com que uma diminuta parcela de oficiais – de regra incompetentes  apadrinhados- sejam consagrados com bons cargos quando na reserva, pois a imensa maioria ( os dignos )  não é lembrada;  nem sequer chegam ao posto de tenente-coronel.

Quanto a ingressar na escola de oficiais da PM –  acho que você quis dizer na Acadêmia do Barro Branco –  estamos a disposição do Estado de São Paulo para contribuir com a formação moral e intelectual do oficialato.

Por dever, ou seja, gratuitamente! Não aceito pagamento pelas aulas.

E dispenso até o título: DOUTOR.

Você poderá nos HONRAR com o simples tratamento:  BEL. !

Reinaldo – ou tenente Mello – serei mais enfático: SÃO 40 LADRÕES ( de oportunidades de emprego e do erário ).

O GOVERNO VAI DESCONTAR EM DUAS PARCELAS OS REAJUSTES PAGOS CONFORME O SALÁRIO MÍNIMO NO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE…JOW, O GOVERNO SÓ NÃO DESCONTA DE QUEM ROUBA O ERÁRIO ( quem rouba e divide, né?) 26

EH DOCTOR WAR,
ALÉM DE NÃO PAGAR OS REAJUSTES DO SALÁRIO MINIMO NO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, O GOVERNO VAI DESCONTAR EM DUAS PARCELAS OS REAJUSTES PAGOS DESDE A EDIÇÃO DAQUELA SÚMULA VINCULANTE DO STF. E TEM GENTE QUE AGUARDA E ACREDITA NO PACOTE DE BONDADES ANUNCIADO PARA SEXTA FEIRA (PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO E ALE REAJUSTADO E UNIFICADO). DURMA COM UM BARULHO DESSES ! VAI PRA P.Q.P, GREVE JÁ !
TKS,QAP,QRV,
JoW!

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Outro exemplo de sacanagem com o servidor policial:

Hortolândia –  e outras cidades – possuia  mais de 200.000 habitantes; até que nova leitura do IBGE, estimou a população na ordem de 199,999,99.

Imediatamente o governo de São Paulo, além de atribuir o ALE inferior, efetuou descontos compulsórios; sem se importar com o impacto da brutal redução salarial ainda mais agravada pelos descontos referente ao período de pagamento do ALE “maior”.

Policiais civis e militares de várias regiões, além da revolta, suportaram grandes prejuízos e acabaram  como insolventes negativados  no SPC e SERASA.

Enfim, A CULPA NOS DOIS CASOS É  DO LULA…

O IBGE não sabe fazer conta; o sapo barbudo deveria ter deixado o salário mínimo tal como o FHC: 70 dolares ou cerca de R$ 150,00; jamais na ordem de R$ 510,00 .

É muita grana; a Fazenda estadual certamente quebraria. 

Puta sapão! 

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GUERRA,
SÓ PARA COMPLEMENTAR A NOTÍCIA NO FLIT.
SE FOR VERDADE OLHA COMO SERÁ O DESCONTO

A unica parte dos nossos vencimentos que estava protegida, pois era reajustada de acordo com o salario minimo, agora foi congelada. Em obediencia á sumula do STF de 09/05/2008 que diz ser inconstitucional usar o indice de reajuste do salario minimo para qualquer tipo de correção de valor.

Dessa forma estão congelados os valores referentes áo adicional de insalubridade á partir de fevereiro de 2010. Entretanto como a sumula que o governo do estado tomou por base para esta decisão é de 09/05/2008, os valores pagos de forma indevida desde aquela data e devidamente reajustados somam hoje a quantia de R$939,77 para quem recebe insalubridade no grau maximo ou seja com base de calculo de 40% de dois salarios minimos, serão devolvidas pelos servidores publicos em descontos feitos em duas parcelas iguais, sendo a primeira parcela descontada do servidor no pagamento de 04/2010 e a segunda no pagamento de 05/2010.

O secretário da fazenda do estado de São Paulo informou que os descontos serão feitos em duas parcelas para não prejudicar os servidores. O governo do Estado estuda tambem a possibilidade de efetuar o referido desconto em uma unica parcela no pagamento da 1ª parcela do 13º salario do servidor que ainda não tiver recebido e na 2ª parcela do servidor que já tiver recebido a 1ª parcela do 13º salario.

De qualquer forma o governo do estado garante que os descontos não serão realizados antes de 04/2010.

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JOW, agora fiquei mais calmo  –  ou será o efeito das “Petras” que bebi logo após saber que o nosso salário irá abaixar –  ABRIL TÁ MUITO LONGE! 

ALEGRIA EM NOME DA RAINHA E FOLIA EM NOME DE REI: ARNAUD RODRIGUES…”O MAR BRAVO SÓ RESPEITA REI” 4


Folia de Reis
Baiano e Os Novos Caetanos

Ai, andar andei!
Ai, como eu andei!
E aprendi a nova lei:
Alegria em nome da rainha
E folia em nome de rei!
Alegria em nome da rainha
E folia em nome de rei!

Ai, mar marujei!
Ai, eu naveguei!
E aprendi a nova lei:
Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei!
Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei!

Ai, voar voei!
Ai, como eu voei!
E aprendi a nova lei:
Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei!
Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei!

Ai, eu partirei!
Ai, eu voltarei!
Vou confirmar a nova lei:
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o Rei dos reis!

VO BATE PA TU BATE PA TUA PATOTA: O BRASIL FICA CADA VEZ MAIS TRISTE…SEM NOVOS BAIANOS e SEM NOVOS CAETANOS

PESAR NO HUMOR

Humorista da Praça É Nossa morre em acidente de barco

Circuito MT com informações Agência Folha
17/02/2010 10:01
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Faleceu nesta terça (16.02) de Carnaval o humorista Arnaud Rodrigues, 67 anos. Ele estava em um barco que virou no lago da usina de Lajeado, em Palmas (TO).

O humorista estava em um barco com capacidade para oito pessoas, porém no momento do acidente haviam nove, conforme os bombeiros. No barco ainda estavam a esposa do humorista e qautro crianças, sendo duas delas netas do artista.

Arnaud Rodrigues era conhecido pelos seus papeis em programas como do Chico Anysio, na TV Globo, e “A Praça É Nossa”, do SBT. Além de humorista, também era músico. Nos anos 1970 formou um grupo musical com Chico Anysio chamado Baiano e os Novos Caetanos. Já na Prça É Nossa vivia Coronel Totonho

NÃO GOSTO DO MÉTODO E DO DISCURSO DO PROTÓGENES ENQUANTO DELEGADO DE POLÍCIA…MAS A POLÍCIA FEDERAL – SE NÃO QUER PROPOSITADAMENTE FAZER DELE HERÓI – ATENTA CONTRA TODOS OS PRINCÍPIOS ÉTICOS E PROCESSUAIS 5

http://blogdoprotogenes.com.br/?p=1568

Afinal, o Delegado não possui domicílio?

Não atende telefonemas, telegramas ou e-mails da própria Instituição?

Ora, pelo que se verifica, caso a metologia de trabalho do Delegado tenha sido abusiva, a defesa de Protógenes deve se limitar em simples demonstração de ter ele obedecido A LÓGICA DA POLÍCIA FEDERAL.

Ou seja: DESRESPEITO À LEI E DIGNIDADE HUMANA.

A PF FAZ PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA

O Delegado Protógenes com o Senador Suplicy .

“Seguiremos de cabeça erguida e sem temer o bom combate pois a vitória será inevitável. O mau historicamente nunca venceu o bem ! e não vai ser agora que os bandidos unidos na proteção de outros bandidos, apesar da desfaçatez e arrogância, conseguirão vencer a Satiagraha, pois ela apenas está começando e o Brasil inteiro está em alerta acompanhando, lutando pelo fim da impunidade dos corruptos e cadeia para os ladrões da República.” ( Protógenes )

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Caro Delegado da Polícia Federal  –  aliás muito caro , financeiramente falando,  para os contribuintes brasileiros  e primos pobres como nós Delegados da Civil – MUTATIS MUTANDIS ( como gosta de empregar em suas falas ) – Vossa Senhoria escreve como o PAULO COELHO.

De se ver que,  além de repetir a transcedental fórmula do “Mago”: bom combate, também transcende  a reforma ortográfica…Nada mau para um Delegado!

 A cadeira no Congresso não sei, mas na Academia certamente já possui assento garantido.

Uma dúvida: na PF as provas são todas no formato “marque o X”?

A NOVIDADE TEM NOME: “TERMO DE BOM VIVER”…QUEM LEMBRA DO LIVRO DE PEQUENAS QUEIXAS? 22

Atividade Policial ADPF parabeniza iniciativa da Polícia Civil de São Paulo Enviado por Eduardo Candido em 04/02/2010 16:31:53

PC adotará a conciliação em delitos de menor potencial ofensivo

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) parabeniza a iniciativa da Polícia Civil paulista.  Segundo notícia publicada no Jornal da Cidade de Bauru, terça-feira (2), a corporação da cidade de Lins adotará a conciliação nas atividades da Polícia Judiciária, quando se tratar de delitos de menor potencial ofensivo.

“Esse núcleo vem permitir a atuação da figura do delegado conciliador na apuração de delito de menor potencial ofensivo. Essa conciliação irá diminuir os litígios nos Juizados Especiais do Poder Judiciário, contribuindo para uma prestação jurisdicional mais rápida”, afirmou o Diretor de Prerrogativas da ADPF, Delegado de Polícia Federal Marcos Leôncio Sousa Ribeiro.   

O Projeto de Lei 5.117/09 (http://www.camara.gov.br/sileg/integras/650872.pdf), de autoria do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), promove a ideia de que o delegado faça parte dos Juizados Especiais para solucionar pequenos conflitos e desafogar os tribunais. Na prática, o delegado teria poderes para resolver o conflito assim que as partes levarem o caso à delegacia. Para o autor do PL, como o delegado é formado em Direito e está em contato direto com a população, ele seria um “mediador nato.

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POSIÇÃO DESTE DELEGADO EMBURRECENTE:

O “termo de bom viver”  –  denominação que poderia ser substituída por termo de compromisso de urbanidade ou TERMO DE ADEQUAÇÃO DE CONDUTA – subscrito naquele livrão destinado ao registro de conflitos entre pessoas ( coisas do tipo ameaças atípicas – que juridicamente não poderiam ser consideradas como crimes – troca de insultos e até embate físico sem maiores conseqüências), de regra, entre familiares, parentes, vizinhos e companheiros de trabalho – ERA O GRANDE INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO CRIMINAL.

Mantinha certa solenidade, registrava os fatos e o compromisso das partes.

A autoridade  –   digo: o policial responsável; nem sempre o Delegado  –  aconselhava, conciliava e transmitia o respeito devido aos direitos alheios protegidos pela Lei. Melhor ainda quando lavrado pelo DELEGADO ( eu gostava de cuidar de ouvir cada uma das partes conflitantes e de punho lavrar o termo ).

Servia para dirimir conflitos em geral( muitos de natureza civil e trabalhista). 

Ora,  verdadeiro documento público com determinado valor probatório  até para execução de dívidas!

O Escrivão tinha até maior importância funcional, pois a pedido do interessado lavrava certidão de inteiro teor.

Burocracia? 

Não: DIGNIDADE HUMANA! Pois as pessoas, mais do que solução,  querem atenção.  Prestação de segurança pública.

Desde desocupação amigável de imóveis, turbação de posse, obrigação de cuidar de cercas, eram solucionados COM O TERMO DE BOM VIVER. 

Mas , supostamente,  por conta de alguns desvios – POR FALHA NA ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO –  colocaram fim ao livrão.

Melhor: acabaram com a “mão de obra” que muitos doutos policiais diziam nada ter com a atividade policial.

Engano: ERA A MAIS PURA PREVENÇÃO DE DELITOS.

Termo de bom viver…Um belo nome, uma bela criação destruída pelo desuso e pelo abuso.

Infelizmente –  apesar do respeito que poucos ainda guardam pela figura do Delegado –  mínimas serão as chances da iniciativa vingar.

O Delegado  –   por grande parcela de juristas, magistrados ,  promotores e defensores públicos – está proibido de pensar e possuir consciência ética e jurídica.

Serve apenas – temporariamente até ser definitivamente  extinto – para emprestar nome a  determinados documentos.

Para a OAB: “DELEGACIA É AMBIENTE COATOR”…Imprestável para conciliação.

Mas  Fórum é o quê?