JUSTIÇA GRAMATICAL? NÃO, JUSTIÇA DE JUÍZES QUE JAMAIS PRESIDIRAM AUDIÊNCIAS 1

Justiça gramatical

Claudio Weber Abramo

Imagine o eventual leitor que um agente da Polícia Federal de plantão em algum aeroporto brasileiro, num certo dia, receba um telefonema durante o qual alguém informe sobre a presença de um bombardeador suicida num avião que esteja prestes a decolar. Imagine ainda que, ao ser indagado sobre sua identidade, o denunciante decline de fornecê-la. Imagine também que, com base na informação recebida, o agente decida sustar a decolagem para averiguar a questão. Suponha, por fim, que a diligência resulte na confirmação da informação: o passageiro denunciado efetivamente veste um colete recheado com bananas de dinamite.

Pergunta-se: qual pode ser a consequência legal para o terrorista?

Resposta: nenhuma, ao menos segundo o entendimento do sr. Cesar Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Conforme o ministro, denúncias anônimas não podem motivar iniciativas de agentes públicos. O certo seria o policial nada fazer a respeito. Pior, uma vez que teria cometido um ato ilegal, o agente poderia sofrer punição administrativa e mesmo ser processado. Quanto ao terrorista, seria libertado com desculpas. Poderia ainda processar o policial federal por danos morais.

Essa, sem tirar nem pôr, foi a decisão de Asfor Rocha ao conceder liminar a mandado de segurança impetrado por investigados na Operação Castelo de Areia contra a própria existência da ação penal contra eles. Para o ministro, parte dos indícios de práticas de corrupção de que são acusados executivos da empresa Camargo Corrêa e que informam o processo decorrente da Castelo de Areia seria inválida, porque a denúncia original foi anônima.

É claro que a responsabilidade dos executivos em questão teria de ser confirmada judicialmente antes de se poder afirmar que eles, de fato, cometeram crimes de corrupção.

No entanto, caso a liminar concedida por Asfor Rocha não seja derrubada no STJ e se recursos posteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal forem rejeitados, não haverá decisão judicial alguma, porque não haverá processo.

O caso do ministro-presidente do STJ é exemplar de um particular tipo de disfuncionalidades da Justiça brasileira – a tendência manifestada por muitos magistrados de considerarem que a Justiça não passa de um jogo de formalidades sem relação com a vida. Para eles, a literalidade dos textos legais é muito mais importante do que a administração de justiça. Não atentam para o fato de que, se as situações concretas levadas aos tribunais devessem sempre ser decididas por aplicação mecânica de dispositivos legais, então, não existiria justificativa para a existência de juízes. Máquinas poderiam cumprir a tarefa, o que, aliás, fariam melhor do que seres humanos, pois a vantagem das máquinas é fazerem sempre tudo do mesmo jeito.

Justiça é outra coisa. As leis não são formuladas como exercícios sintáticos destinados a tertúlias entre operadores do Direito, mas para enfrentar situações concretas. Os códigos legais refletem, no limite, as expectativas de justiça emanadas da sociedade.

É claro que as leis mudam muito mais devagar do que as aspirações sociais. Isso não é mau, pois é necessário proteger o arcabouço jurídico de mudanças intempestivas, que no longo prazo se podem revelar contraproducentes. De toda maneira, um dos motivos pelos quais juízes existem é abreviar a distância entre as leis e as expectativas da sociedade.

É claríssimo que a formulação constitucional que proíbe a denunciação anônima (e, por consequência, também proíbe ao Estado ocultar a identidade de denunciantes) é demasiado abrangente e anacrônica. A base desse preceito são relações privadas: uma pessoa física não pode sofrer processo (por exemplo, por danos materiais) movido por alguém que permaneça não identificado.

Não é de modo algum o caso de processos movidos por agentes do Estado, como são os promotores públicos. Estes não agem anonimamente.

Observe-se que as convenções internacionais de combate à corrupção de que o Brasil é signatário explicitam a necessidade de se montarem mecanismos de recepção de denúncias sem exigência de identificação do denunciante. Isso é muito importante para se obterem informações, principalmente, de agentes do Estado e de funcionários de empresas envolvidas em corrupção (ou de seus concorrentes, claro), os quais de outra forma se sentiriam justificadamente vulneráveis. Sem esse tipo de proteção a investigação de possíveis atos de corrupção de alto coturno se torna quase impossível.

Vários órgãos brasileiros aceitam denúncias anônimas, como, por exemplo, a Controladoria-Geral da União (CGU). No sítio da CGU na internet podem-se denunciar suspeitas de corrupção sem necessidade de identificação. A CGU processa internamente essas denúncias e quando considera serem, em tese, plausíveis abre processos de investigação. Faz isso de ofício, quer dizer, o procedimento é desencadeado pelos agentes do próprio órgão.

O mesmo acontece com os serviços de Disque-Denúncia, que se espalham com grande sucesso por vários Estados do País e têm sido responsáveis pela redução de certos tipos de crimes, como sequestros.

Se dependesse de Asfor Rocha, tudo isso seria considerado ilegal.

No caso em questão, é evidente que o ministro poderia ter ponderado que tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público agem de ofício, e que, portanto, a denúncia contra os réus da Camargo Corrêa não foi anônima.

Ao não reconhecê-lo, o ministro-presidente do STJ emite o sinal claríssimo de que, se depender dele e daqueles que pensam como ele, no Brasil a investigação de corrupção deve ficar restrita a casos triviais.

Claudio Weber Abramo, bacharel em Matemática e mestre em Lógica e Filosofia da Ciência, é diretor executivo da Transparência Brasil, organização não-governamental dedicada ao combate à corrupção no País.

fonte: O ESTADO
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Envolvimento com questões operacionais
 
Estudioso, com boa formação acadêmica e articulado, Cesar Asfor Rocha costuma ser lembrado quando se cogita de indicações técnicas para o Supremo Tribunal Federal. Trabalhou nos estudos de reformulação do Código Civil e escreveu um livro sobre a obra do jurista Miguel Reale. É um incentivador da cultura do Nordeste. Recebe bem os advogados e os atende sem restrições.
 
COMO INFLUENCIA AS DECISÔES — Bom argumentador, é eclético e influente na 4a Turma (Direito Privado) e na Corte Especial — em especial em matéria de Processo Civil e Direito Comercial. No Direito Sucessório tem produzido acórdãos paradigmáticos. É rigoroso em Matéria Penal. Abriu precedente ao dar liminar em processo ainda não julgado na Segunda Instância para evitar danos às partes.
 
ATRIBUTOS ESPECIAIS — Oriundo da advocacia, respeita a jurisprudência, mas não se prende a formalismos. Busca celeridade e presteza nos julgamentos. Com o gabinete sempre em dia, envolve-se com as questões operacionais do Superior Tribunal de Justiça e sempre se prontifica a resolver conflitos e trâmites administrativos.
 
Entre as causas de maior destaque que relatou está a que decidiu que poupança é uma relação de consumo, assegurando a aplicação do Código do Consumidor nos contratos bancários. No julgamento da ação, o ministro afirmou que o Código de Defesa é claro ao definir o que são consumidores e fornecedores de produtos e serviços, enquadrando nesses conceitos as instituições. Os titulares das cadernetas de poupança não pagam diretamente pelos depósitos efetuados, mas os bancos obtêm remuneração do próprio uso do dinheiro dos poupadores, aplicando livremente no mercado financeiro um percentual máximo determinado pelo Banco Central, repassando apenas parte do lucro.

GLOBELEZA: JORNAL NACIONAL FALANDO DO ALAGÃO 2

Vejam só, minutos atrás, pela primeira vez, o Jornal Nacional brindou seus telespectadores com alguns segundos do inferno quente e molhado que martiriza o povo Paulistano.

Mas não para falar da desgraça dos infortunados das periferias.

Para falar dos 110 Km de congestionamento e, principalmente:

DANOS CAUSADOS PELA ENCHENTE NA REGIÃO DO SAMBÓDROMO.

Sim, danos em carros alegóricos, instrumentos e adereços de Escolas de Samba.

Estão deveras preocupados…

Com o Carnaval, semana que vem.                                                                                                                                                                

Nada mais!

Samba meu povo, samba!

VAMOS FUGIR PRA OUTRO LUGAR: onde haja sol e só meu corpo nu junto ao seu corpo nu 5


03/02/2010 at 18:55 – REPÓRTER AÇO
Falou e dizeu.

Fonte: Blog do Azenha

Carrara: A padarização da polícia paulista

Atualizado e Publicado em 03 de fevereiro de 2010 às 17:29

São Paulo: a população refém dos criminosos

Estado tem recorde em registros de roubo e explosão nos casos de estupro, latrocínio e sequestro

por Mauro Carrara

Está lá, no Diário Oficial do Estado, no item reservado aos despachos do Gabinete do Secretário da Segurança Pública: elevação assustadora nos índices de criminalidade, com recorde no número de roubos.

Num Estado hoje dominado por facções criminosas e gangues, engravatadas ou não, armadas ou não, as estatísticas revelam uma situação alarmante.

Os roubos atingiram o mais alto índice da série histórica. Mais de 257 mil ocorrências em 2009. Um acréscimo de 18% em relação ao ano anterior.

Também cresceu em 3% o número de homicídios no Estado.

Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) cresceram 14% em relação a 2008. Nesses eventos, 304 cidadãos perderam a vida.

Pulou de 60 para 85 o número de casos de extorsão mediante sequestro.

O Estado registrou ainda mais de 528 mil casos de furto, 8% a mais que em 2008.

Os casos de estupro (mais atentado violento ao pudor) bateram recorde. Pularam de 3.338, em 2008, para 5.647, em 2009.

Para completar o quadro de horror e insegurança, a violência policial também aumentou.

Pelo menos 549 pessoas morreram em supostos confrontos com a polícia. Em 2008, tinham ocorrido 431 eventos do gênero.

Padarização

Cabe pouca filosofia acerca do acelerado processo de degradação da qualidade de vida no Estado de São Paulo.

A população que paga altíssimos impostos é vítima do desgoverno e das práticas predatórias do grupo que há anos se encontra encastelado no poder.

Depois de algumas encenações teatrais, o governo de Geraldo Alckmin retirou-se covardemente do combate ao crime organizado. Pediu água…

A gestão de José Serra aprofundou de forma escandalosa o sistema de submissão e sucateou o sistema de Segurança Pública.

O candidato do PSDB à Presidência da República paga mal os agentes da lei. Em termos de treinamento e equipamentos, priva-os do básico para uma ação preventiva inteligente e efetiva.

E, quando pode, Serra ainda fomenta a rivalidade entre policiais civis e militares. Em 2008, essa estratégia de geração de intrigas provocou confronto aberto entre os dois grupos às portas de sua casa, o Palácio dos Bandeirantes.

Mal remunerados, mal aparelhados e mal geridos, os policiais paulistas são hoje o retrato da degradação de São Paulo.

Esse padrão de negligência e incompetência resultou nas mortes da garota Eloá Cristina, raptada pelo ex-namorado no ABC, e do jovem Cleiton de Souza, num conflito entre torcidas de futebol, na Capital.

Mas são milhares e milhares os anônimos contribuintes que sofrem com a insegurança todos os dias. É o empresário que sai cedo para trabalhar. É a humilde estudante que volta tarde para casa. Ninguém está seguro.

A rigor, vigora hoje o sistema de “padarização” das patrulhas. Muitos dos agentes da lei se mantêm nas imediações de uma panificadora ou mercado, reduzindo drasticamente as rondas pelas áreas internas dos bairros.

Acabam se tornando guardas particulares dos comerciantes locais. Esse fenômeno já não atinge somente a periferia da Capital e de outras grandes cidades, mas também os bairros de classe média.

Na verdade, tudo parece sair de acordo com a encomenda. Ao destroçar o sistema de segurança pública, o tucano Serra tem incentivado indiretamente os negócios de segurança particular.

É seu jeito de ser e pensar, alinhado com os ultrapassados dogmas do neoliberalismo.

Cabe lembrar que, no âmbito da Capital, o prefeito Gilberto Kassab segue a mesma cartilha. Dessa forma, reduziu drasticamente os investimentos em capacitação técnica e humanização da Guarda Civil Metropolitana.

Por fim, é preciso que se faça justiça.

São Paulo ainda tem, sim, policiais militares e civis que arriscam a vida para proteger o cidadão. São honestos, dedicados e atentos ao interesse público.

Estes, no entanto, são cada vez mais raros. E, frequentemente, acabam admoestados e punidos justamente por suas virtudes. Que Deus os guarde.

RORAIMA: R$ 9.350,00 INICIAL DA CARREIRA DE DELEGADO 7

Caro Dr. Conde apesar deste comentário que escrevo não ter contexto com a matéria publicada, trago ao conhecimento dos colegas que li a tabela de valores referentes as remunerações e subsídios do site, e gostaria de informar o valor atualizado dos Delegados de Polícia Roraima, o inicial da carreira é R$ 9.350,00 (aumento recente em função do início do pagamento do adicional de insalubride). Os colegas do interior do Estado ganham no mínimo R$ 9.945,00, podendo chegar na localidade mais distante da capital a R$ 10.540,00, caso se conte a titularidade que quase todos possuem chega-se a 11.390,00.
A título de curiosidade somos a polícia civil mais nova do Brasil com apenas 5 anos de existência e contando com menos de 80 delegados. Todos os delegados pertencem a mesma classe, pois ainda não houve a divisões desta, o que deve ocorrer em breve.
Um abraço aos grandes colegas da ilibada polícia civil de são paulo, a qual certamente é uma das melhores do Brasil.

3 February, 2010 13:56 2

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Date: Wed, 3 Feb 2010 12:45:30 +0000 
 
Matéria publicada hoje no jornal A Tribuna, além de outra que demonstra o aumento no roubo de veículos na região.
 
Para seu conhecimento,
 
Saudações

Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 – 06h32
Segurança

Número de homicídios dolosos chega a 260 na Baixada Santista

Tatiana Lopes

Fonte: Da Redação

O número de homicídios dolosos (com a intenção) cresceu 34% na Baixada Santista em apenas um ano. Em 2009, foram registrados 260 assassinatos, contra 194, em 2008. Os dados fazem parte das estatísticas de criminalidade divulgadas na terça-feira pela Secretaria da Segurança Pública do Estado.

A alta no índice de homicídios dolosos da região, bem superior à média do Estado, de 3%, foi puxada principalmente pelas ocorrências em Santos e Cubatão.

Na primeira, o aumento foi de 106%, passou de 16, em 2008, para 33, em 2009. Desde 2002, essa foi a primeira vez que a quantidade de homicídios cresceu em Santos. Em Cubatão, onde essa modalidade de crime aumenta desde 2007, a evolução foi de 72,22% 18 homicídios no ano passado, contra 31, no anterior.

São Vicente, apesar de ter um percentual de crescimento menor do que Santos e Cubatão, é a cidade com maior número absoluto de assassinatos: 59 só em 2009.

Das nove cidades da Baixada Santista, apenas duas (Bertioga e Itanhaém) registraram queda na quantidade de homicídios dolosos.

Os homicídios culposos e culposos de trânsito ficaram praticamente no mesmo patamar em toda a região.

Comparando a criminalidade de 2008 com a de 2009, a Baixada Santista e o Vale do Ribeira apresentaram uma ligeira queda no número de latrocínios, 21 casos contra 20 ocorrências.

ESTUPROS

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a mudança na conceituação do estupro, que passou a incluir os “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor” na Lei Federal 12.015, teve repercussão na estatística criminal do Estado.

No ano passado, em toda a região do Deinter-6 (que abrange os nove municípios da Baixada Santista e 14 do Vale do Ribeira) o número de estupros contabilizados foi de 360. Em 2008, foram 161 casos. Mas conforme a secretaria, o total de 2009 não pode ser comparado com os dados da série histórica.

A assessoria de imprensa da pasta explicou que não significa que o índice de registros de “conjunções carnais mediante violência ou grave ameaça” tenha, de fato, aumentado. Mas que a mudança de metodologia passou a incluir crimes que tinham outra capitulação.

COLABOROU ANDREA RIFER

O GOVERNADOR JOSÉ SERRA PROPÕE RESGATE HISTÓRICO: FORÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO 35

Serra propõe troca de nome da PM e resgate da antiga Força Pública

Projeto precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa; intenção é retirar termo ‘militar’, inserido na ditadura

Marcelo Godoy

A Polícia Militar de São Paulo vai mudar de nome. Uma Proposta de Emenda Constitucional encaminhada pelo governador José Serra (PSDB) à Assembleia Legislativa volta a chamá-la de Força Pública. Trata-se do título usado durante 67 anos pela corporação durante três períodos distintos da vida republicana – o último deles foi encerrado em 1970, quando o Exército, durante o regime militar, impôs o atual nome à instituição que surgira da fusão entre a antiga Força Pública e a então Guarda Civil do Estado.

A PEC de Serra deve ser publicada hoje no Diário Oficial. Para a mudança ocorrer, os deputados estaduais têm de aprová-la por dois terços dos votos em dois turnos. A proposta estava em estudo no comando da PM desde o ano passado. Ela havia sido encaminhada pelo comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, à Secretária da Segurança Pública em dezembro. O secretário Antônio Ferreira Pinto concordou com a proposta e a enviou ao Palácio dos Bandeirantes. Serra decidiu que a mudança era necessária, positiva e oportuna.

Para o governo, ela será uma forma de aproximar a polícia da população. Não se trata de mera alteração de nome, mas de um item do processo de mudanças internas da corporação. A Força Pública continuará sendo a polícia militar de São Paulo, conforme previsto pela Constituição Federal – esta determina que a segurança pública no País é divida entre polícias federal, militar e civil. Será, no entanto, a primeira dessas corporações a retirar o termo “militar” de seu nome no País – no Rio Grande do Sul existe a Brigada Militar e todos os demais Estados têm polícias militares.

A necessidade de PEC para mudar o nome ocorre porque a Constituição do Estado de São Paulo determina que o nome seja Polícia Militar, o que não ocorre com a Constituição Federal. “Não se quer mudar o nome para mudar a polícia”, disse o comandante-geral, Álvaro Batista Camilo, aos seus subordinados. Camilo e o subcomandante-geral, coronel Danilo Antão, enfrentaram resistências entre oficiais do Estado-Maior da corporação, que viam no resgate do antigo nome a lembrança de uma época em que a corporação era mais uma espécie de Exército estadual, como a Guarda Nacional nos Estados Unidos, do que uma polícia. Também se ressentiam da ausência do termo “polícia”.

Os argumentos favoráveis à mudança, além do resgate histórico, era o fato de a Força Pública ser a designação dada pela Declaração dos Direitos do Homem de 1789 feita pela Revolução Francesa, que dizia que “a garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública”.

TRADIÇÃO

Todas as datas comemorativas da PM e até mesmo seu hino mantêm ainda hoje a menção e a memória da antiga Força Pública, pois no processo de junção com a Guarda Civil prevaleceu na corporação a cultura da Força Pública – nunca um antigo membro da Guarda comandou a PM.

O alvo principal dessa mudança é a retirada da palavra militar do nome da polícia. Ela é mais um passo no processo iniciado nos 1990 com as políticas de polícia comunitária e de defesa dos direitos humanos e pela mudança de vários setores da corporação, como o de inteligência, que trocou o foco de suas atividades, deixando de lado a guerra revolucionária para investir no combate à criminalidade em geral, principalmente a organizada. Trata-se, para os oficiais, de um processo que levou ao abandono de uma visão de combate ao inimigo interno e defesa do Estado para a adoção de uma política de proteção da comunidade.

OS NOMES DA POLÍCIA

1831: Criada pelo regente Feijó e pelo brigadeiro Tobias de Aguiar a Guarda Municipal Permanente
1837: A guarda se transforma em Corpo Policial Permanente
1866: Com o engajamento do corpo policial na Guerra do
Paraguai, a polícia passa a ter o nome de Corpo Policial Provisório
1871: Com o fim da guerra, volta a ter “Permanente” no nome
1891: Após a proclamação da República, vira Força Pública
1901: Vira Força Policial
1905: A corporação volta a ter o nome Força Pública
1939: O interventor do
Estado Novo muda o nome
novamente para Força Policial
1947: Com o fim da ditadura de Vargas, retoma o nome de Força Pública
1970: O governo militar
impõe a fusão da Força com a Guarda Civil e a adoção do
nome Polícia Militar

HISTÓRIA

O resgate histórico de um nome é uma das justificativas para a proposta de emenda constitucional que muda o nome da PM. Em sua história, o corpo policial paulista esteve presente em quase todas as guerras, revoluções e revoltas que envolveram o Brasil. Durante a regência, ainda no Império, o corpo combateu na Guerra dos Farrapos. Esteve presente na Guerra do Paraguai – seu efetivo participou da retirada de Laguna. Com a República, a já então Força Pública foi usada na repressão à Revolta da Armada em 1893 e aos maragatos durante a Revolução Federalista. Em 1897, os paulistas participaram com as forças federais da campanha contra Canudos e os jagunços de Antonio Conselheiro. O século passado começou com os homens da Força envolvidos na repressão às revoltas da Vacina (1904) e da Chibata (1910). Mas os maiores combates travados pelo corpo policial foram os da Revolução de 24 e da
Revolução de 32. Nesta última, ao lado de tropas do exército em São Paulo e voluntários paulistas, a Força Pública lutou contra a ditadura de Getúlio Vargas exigindo o fim do arbítrio e uma constituição para o País. Em 1942, guardas civis, cuja corporação mais tarde se fundiria com a Força, formaram a companhia de Polícia do Exército da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou na Itália entre 1944 e 1945 durante a 2ª Guerra Mundial – hoje o Exército dispõe de batalhões regulares da Polícia do Exército. A última campanha militar da Força Pública foi a repressão, em 1970, à guerrilha do Ribeira, o campo de treinamento da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) chefiado pelo capitão Carlos Lamarca.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100203/not_imp505440,0.php

O Dr. Domingos Paulo Netol reafirma prioridade no combate aos crimes contra o patrimônio, como furto e roubo 12

”Estamos no caminho certo e isso vai se refletir em números”

Chefe da Polícia Civil reafirma prioridade no combate aos crimes contra o patrimônio, como furto e roubo

Bruno Tavares

Entrevista
Domingos Paulo Neto: delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Domingos Paulo Neto, está convicto de que a redução dos índices de criminalidade é uma questão de tempo. “Estamos no caminho certo e isso sem dúvida vai se refletir nos números”, asseverou. Prestes a completar seu primeiro ano no comando da instituição, Paulo Neto reafirmou a diretriz definida pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, de priorizar o combate aos crimes contra o patrimônio. “O homicídio está controlado no Estado. Estamos focando nos crimes contra o patrimônio, como roubo e furto”. Em seu gabinete, no centro de São Paulo, o delegado-geral concedeu entrevista ao Estado:

Por que cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes, tiveram tantos casos de roubo?

Ainda é uma coisa que precisamos avaliar com cuidado, mas está claro que houve uma migração da criminalidade para o interior. Muitas cidades que antes eram pequenas enriqueceram, têm indústrias, usinas, etc. E isso atrai os bandidos. Amanhã (hoje) tenho reunião com o Conselho da Polícia e vou pedir que os diretores do interior preparem um levantamento sobre isso, sobretudo sobre os casos de roubo e roubo de veículos. O que tem havido mais são roubos a pedestres.

O que está sendo feito para tentar reverter esse quadro?

Muitas coisas. Durante anos, por exemplo, nos ocupamos com escolta de presos. Hoje isso é tarefa da Polícia Militar. Dos 645 municípios do Estado, 415 estão integrados ao RDO (Registro Digital de Ocorrências). Modificamos o atendimento nos plantões dos distritos policiais subordinados à 4ª (Norte) e 5ª (Leste) seccionais, estabelecendo critérios. Os concursos serão “seccionalizados”, ou seja, a pessoa vai poder concorrer a vaga na região onde ele mora, o que é muito positivo. Quem sai da Academia (da Polícia Civil) começa no plantão. Antes de ir para uma delegacia especializada o policial tem de ficar um ano na Academia e dois anos no plantão. Isso sem contar outras medidas, como a transferência de policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) em atividades de investigação. Queremos resgatar nossa identidade de polícia judiciária.

Quando isso vai se refletir nos índices de criminalidade?

Estamos no caminho certo e isso, sem dúvida, vai se refletir nos números. Há alguns anos São Paulo registrava 15 homicídios por dia. Hoje, são 3,5. Isso é muito difícil de conseguir. Vamos conseguir baixar os crimes contra o patrimônio.

Quando o secretário Ferreira Pinto assumiu, em março do ano passado, ele disse que os crimes contra o patrimônio seriam prioridade. Isso está mantido?

Está mantido. A tendência no último trimestre do ano passado já foi de queda. Na capital e Grande São Paulo os homicídios voltaram a cair – houve apenas um leve aumento no interior -, houve diminuição dos roubos a bancos e de veículos. A polícia está agindo e trabalhando com firmeza no combate aos crimes contra o patrimônio. Em 2009, por exemplo, foram presas 124,5 mil pessoas, 14% a mais do que em 2008. A apreensão de drogas e armas também aumentou.

O número de homicídios no Estado cresceu, puxado pelo interior.

Os homicídios estão controlados – e voltaram a cair na capital e Grande São Paulo. O que houve foi uma pequena oscilação, de 2%.

Qual o verdadeiro papel da crise no aumento da criminalidade?

Tem influência. Percebemos que a criminalidade tende a aumentar quando a economia vai mal.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100203/not_imp505471,0.php

SINDPOL DE MINAS GERAIS SOBRE A MÁFIA DO DETRAN: Presidente do Sindpol diz que tática da Polícia Civil de se calar vai de encontro ao interesse público 3

Obscuro. Presidente do Sindpol diz que tática da Polícia Civil de se calar vai de encontro ao interesse público

Sindicato desaprova silêncio
Antônio Pereira apoia transparência para que sociedade valorize os policiais
Tâmara Teixeira
Especial para O Tempo

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), Antônio Marcos Pereira, condena a postura da corporação, que adotou a tática do silêncio após recentes denúncias publicas em O TEMPO sobre a máfia da venda de carteiras de motoristas no Estado. Uma série de reportagens começou a ser publicada no domingo retrasado, mas nenhuma autoridade, tanto da Polícia Civil quanto do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), se pronunciou sobre o assunto. Segundo Pereira, a apuração das irregularidades é de interesse de toda a população.

“Temos que ter cuidado com o denuncismo, mas a Polícia Civil não pode ter medo de tirar o lixo de debaixo do tapete. Acho um erro por parte da instituição se calar quando a imprensa indaga sobre situações constrangedoras. A apuração interessa à população e à própria polícia. Nós queremos a transparência para que a sociedade valorize os policiais”, diz.

De acordo com Pereira, a Corregedoria da Polícia Civil já instaurou um inquérito para apurar as denúncias. Ele acredita que o número de policiais envolvidos em irregularidades representa a minoria. “Desaprovamos qualquer tipo de desvio de conduta, mas infelizmente a corrupção está em todos os setores da sociedade. Os policias precisam ter o direito de se defender, afinal, vivemos em um estado democrático”.

Os advogados do sindicato ainda não foram procurados por nenhum policial, o que leva Pereira a acreditar que não há o envolvimento de servidores sindicalizados nas irregularidades. Ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil não soube informar se a instituição já abriu um inquérito para apurar o esquema de venda de carteiras e explicou que a cada denúncia que chega ao órgão é instaurado um expediente. Dependendo dos indícios, é aberto um inquérito.

Entenda o caso. Na última semana, O TEMPO revelou que o esquema de venda de carteiras de habilitação continua em operação em Minas. As denúncias estouraram em Betim, onde a participação de alguns examinadores do Detran, instrutores de autoescolas e alunos foi comprovada. As carteiras são negociadas a R$ 1.000 – sendo R$ 200 para as autoescolas e R$ 800 para a dupla de examinadores.

As denúncias evidenciaram também a existência de uma banda podre nas clínicas médicas. Nelas há a participação de servidores públicos no corpo societário, o que é proibido por lei. Algumas chegam a funcionar mesmo sem a presença de médicos e psicólogos.

Donos de clínicas idôneas denunciaram que alguns empresários pagam propina a funcionários do Detran para que clínicas irregulares continuem a operar normalmente.

Número
R$ 1.000 é o valor cobrado para se tirar uma carteira ilegalmente.

PAULO FLEURY ATESTA QUE O ALCAGUETA É UM CLASSE ESPECIAL DE RELIGIÃO AFRO-BRASILEIRA 4

ALCAGUETA DO SECRETÁRIO

SP,31 de janeiro de 2010 as 18;30 hs.
Tenho pressenciado uma verdadeira caça as bruxas dentro da policia civil,fato que não ocorre nos bastidores da policia militar.
Por varios motivos, das mais diversas gravidades a admistração procura queimar aqueles eleitos,ou por recados enviados por superiores,fofoqueiros e até pela imprensa,como foi o caso da materia da folha dia 24 ultimo.
Agora vem a pergunta, QUEM ESTÀ MUNICIANDO A SECRETARIA COM ESTAS INFORMAÇÕES,
ESTAS FOFOCAS E INTRIGAS.
eu tenho tenho um suspeito,é um delegado de classe especial,é macumbeiro e tem o habito de perseguir colegas por anos.Ficou facil deduzir que é.
Acalgueta sem vergonha,pilantra,vagabundo,covarde.
Não posso falar o nome se não terei mais um processo na corregedoria e alguma ação de danos morais,etc………..

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Vejamos:

Umbandistas devemos encontrar pelo menos uns VINTE.

Do candonblé uns DEZ.

Dado ao hábito de perseguir colegas por anos: UNS CINQÜÊNTA.

“Acalgueta sem vergonha, pilantra, vagabundo, covarde” ( tudo junto ):  CINCO.

Prá mim é difícil deduzir quem seja…

Ele gosta de mé,  uísque e da Cátia Catchaça ?

É irmão do Militrão?

A MUDANÇA NO COMANDO DA SECRETARIA DE SEGURANÇA APRESENTOU BONS RESULTADOS: O CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA FOI REVERTIDO CONFORME OS ÍNDICES DO ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2009 6

02/02/2010 – 07h43

Estado de SP bate recorde roubos, com 257 mil em 2009

São Paulo –
O ano passado registrou piora generalizada nos índices de crimes no Estado de São Paulo. Os roubos alcançaram o mais alto valor da série histórica, com 257.004 ocorrências, 18% acima do ano anterior. O recorde de roubos havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Os dados serão publicados na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, no item dedicado aos despachos do Gabinete do Secretário da Segurança Pública.

 

Também cresceu o total de casos de latrocínios, sequestros, roubo e furto de veículos. Para piorar, a violência policial também aumentou. No ano passado, foram registrados 549 casos de resistências seguidas de morte – quando a vítima morre em supostos confrontos com a polícia. O total é 27% maior do que os 431 casos contabilizados no ano anterior.

 

Até mesmo os homicídios, que vinham registrando uma sequência histórica de queda, tiveram ligeiro aumento no ano passado – 3% no Estado. As quedas nos assassinatos, contudo, continuaram a acontecer na capital e na região metropolitana de São Paulo. Na capital, foram registrados 1.235 assassinatos, número 2% menor em relação a 2008. A queda na Grande São Paulo foi ainda maior: 11,2%, com total de 1.202 assassinatos. O que significa que o crescimento dos homicídios em São Paulo se concentra principalmente no interior do Estado.

 

São raras as boas notícias no balanço da Segurança Pública no ano passado. Uma delas foi o crescimento na apreensão de entorpecentes, que subiu 11% em relação a 2008. Foram apreendidas no ano passado pelas Polícias Civil e Militar 27.886 quilos de drogas, quase três vezes mais do que era apreendido em 2000. O crescimento na apreensão é resultado de trabalho mais eficiente da polícia. Também coincide com a troca de comando do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), chefiado no último ano pelo delegado Eduardo Hallage.

 

Crise econômica

 

Apesar da piora generalizada nos índices criminais, o segundo semestre do ano passado teve leve melhora em relação ao primeiro do ano que passou. No governo, a avaliação é de que a crise econômica foi um dos principais causadores das pioras dos números em Segurança Pública.

 

Os 58 mil casos de roubos registrados no quarto trimestre do ano passado já é o menor valor trimestral desde que o ano começou, mostrando tendência de queda no decorrer do ano. O mesmo ocorreu nos casos de latrocínios. No último trimestre do ano passado, foram registrados 52 casos, o menor valor trimestral do ano.

 

A expectativa do governo é de que o crescimento econômico ajude na reversão dos índices de violência, tendência que já vem sendo demonstrada pelos últimos resultados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo