22/01/2010 – 09h18
Governo anula segunda fase de concurso suspeito de fraude em SP
ROGÉRIO PAGNAN
ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo
O secretário da Segurança de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, anunciou na quinta-feira (21) no “Diário Oficial” a anulação de toda a segunda fase –entrevista pessoal e exame oral– do concurso para fotógrafo do IC (Instituto de Criminalística). Em dezembro, suspeitas de ligação com fraudes derrubaram dois diretores do IC.
Em 30 de novembro, a Folha revelou que o concurso para fotógrafo pericial, que teve 17.621 inscritos, havia sido fraudado para beneficiar candidatos ligados a funcionários. Em julho, a reportagem já havia registrado em cartório nomes de três candidatos que seriam aprovados.
A investigação em andamento na Corregedoria-Geral da Polícia Civil está na fase em que os beneficiados serão interrogados. Não há como dizer se a primeira fase da disputa por um cargo com salário de R$ 2.246 será ou não anulada.
Existe a suspeita, pela corregedoria, de que os beneficiados na segunda fase também tenham sido ajudados com uma espécie de cursinho preparatório para a prova escrita (a primeira etapa), dentro do IC.
A segunda fase será refeita, mas as datas não foram definidas, diz a secretaria. Dos 415 candidatos nesta etapa, 128 haviam sido aprovados. Nenhum chegou a assumir o posto. A decisão do secretário Ferreira Pinto foi tomada a partir da análise do setor jurídico.
Os dois principais responsáveis pelo concurso, os delegados Adilson José Vieira Pinto (diretor da Academia de Polícia) e Jurandir Correia de Sant’Anna (presidente da comissão do concurso), não quiseram se manifestar ontem.
Um dos candidatos aprovados na prova oral, André das Eiras Braiani é parente do ex-diretor do IC José Domingos Moreira das Eiras, afastado do cargo no fim de dezembro. Ontem, Eiras disse não ter sido o único a entrevistar candidatos e que a corregedoria precisa ir atrás dos outros entrevistadores também.
Segundo Ricardo Fadul das Eiras, filho e advogado do ex-chefe do IC, não houve benefício a Braiani. Na prova oral, Braiani não conseguiu responder corretamente questões como a definição de um quadrado ou em qual região fica a Bahia.
Outro concurso também está sob investigação. O segundo homem mais importante da hierarquia do IC até dezembro, quando deixou o cargo, Osvaldo Negrini Neto, foi acusado por seis integrantes da banca do concurso para peritos de 2005 de vender gabaritos e incluir irregularmente reprovados na lista de aprovados. Negrini, que presidia a banca, nega as acusações.
A resposta é simples e deveria ser de conhecimento de um Dr. Delegado de Polícia:
Porque o Dr. Molina NÃO é perito criminal, NÃO foi aprovado em concurso, NÃO recebeu sequer investidura do poder público (perito “ad-hoc”) para produzir e documentar provas que gerem efeitos penais.
Independentemente dos predicados intelectuais e profissionais do Dr. Molina, um linguista que merece o mais absoluto respeito, qualquer documento que ele venha produzir deve ser tomado como DENÚNCIA, podendo gerar, aí sim, providências das autoridades policiais no sentido de produção e documentação das provas.
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Cancelar só a prova oral???
Como um cara que não sabe “definir um quadrado ou em que região fica a Bahia…” conseguiu passar NA PROVA ESCRITA…
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Não estou entendendo, 3º Polícia? Senão me falha a memória, quando na universidade, na faculdade de direito, meu professor, e Procurador da República, Luis Carlos,o qual ministrava a aula de direito constitucional, diga-se de passagem um dos melhores professores que eu já tive, me ensinou que constitucionalmente SOMENTE HÁ em nosso país, duas policias, a nossa mal adminstrada PC e a meganha, por isso que no meu ver, é até demais dar estatos de Policia, a tal instituição, mas como sabemos não é só no concurso para a superindentencia cientifica, que há ajuda dos parentes, infelizmente isso acontece em quase todos os concursos da nossa PC, infelizmente, cada vez mais faz parte do nosso quadro gente despreparada, que não sabe e não entende nada de policia, vou dar um exemplo, um recém delegado, que acabou de sair da academia, e esta no plantão do 7º D.P. de Guaarulhos, queria autuar em flagrante dois investigadores do Garra, daquela cidade, que foram fazer remoção de preso, para a cadeia local, pois eles queriam algemar o preso para colocá-lo dentro da VTR, por isso acho que os concursos deveriam ser melhor elaborados, e essa prova oral deveria ser extinta, pois, é nela que entra quem os padrinhos e os parentes querem, e cada vez mais policiais despreparados.
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Na realidade não existem só duas polícias. São cinco ao todo. É só ver a Constituição Federal088. Lá estão dispostas as cinco polícias.
Gabriel
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É assim que os corruptos que lá estão, colocam novos
corruptos na instituição.
É preciso repensar o processo de recrutamento.
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